Stalker de Isis Valverde é preso

A Delegacia Antissequestro (DAS) do Rio de Janeiro prendeu na noite de terça-feira (16), Cristiano Rodrigues Kellermann, de 43 anos, que perseguia a atriz Isis Valverde. O stalker confessou que persegue a atriz há mais de vinte anos, e que tentou contato diversas vezes.

O caso

Isis Valverde é uma atriz mineira, atualmente com 38 anos que se mudou para o Rio de Janeiro com 18 anos e começou a estudar artes cênicas. A atriz começou na televisão brasileira com a personagem Ana do Véu, no remake de Sinhá Moça, em 2006 com apenas 19 anos. Hoje a atriz conta com mais de 12 participações em novelas e séries brasileiras e 10 participações no cinema.


Isis Valverde posa usando Gucci para CCXP (Foto: reprodução/Instagram/@isisvalverde)


Kellermann já tentou se aproximar da atriz em diversas ocasiões, muitas vezes era visto e percebido, mas fugia antes da polícia aparecer no local. A polícia diz que Cristiano também contratou um detetive particular para obter dados pessoais de Isis, como o telefone e endereço.

Em depoimento, o stalker diz estar “apaixonado” pela atriz e que tentou aproximação de diversas maneiras, como se locomover para diferentes cidades e estados para tentar contato.

O stalker foi preso no condomínio da atriz em Joá, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Esta foi a terceira vez neste ano em que os policiais foram acionados por conta de Kellermann. A polícia foi acionada e levou o suspeito à delegacia, no Leblon, na Zona Sul.

Stalking

Em 2021 foi sancionada a lei nº 1.369/19 presente no Código Penal como “stalking”, o crime de perseguição.

O crime se dá quando um indivíduo persegue de maneiras diversas uma outra pessoa. O crime pode ser digital ou presencial, como o stalker seguindo, aproximando silenciosamente,
perturbando e atacando a vítima.

O criminoso pode telefonar, mandar mensagem e perseguir pessoalmente a vítima, passando a perseguição além de física, psicológica.

A pena por crime de stalking “simples” é de 6 meses a 2 anos, porém existe a possibilidade de prisão por até 3 anos.

 

Zema volta a defender Bolsonaro e critica decisão do STF após violação de tornozeleira

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro após a conversão da prisão domiciliar em preventiva determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi tomada após a violação da tornozeleira eletrônica usada pelo ex-mandatário. 

Para Zema, o episódio revela uma “situação extrema” vivida por Bolsonaro e sinaliza, em suas palavras, um cenário de perseguição política. O governador argumentou que a tentativa de retirar parte do equipamento com um objeto metálico poderia estar ligada a uma alteração emocional provocada por medicamentos, o que, no seu entendimento, caracterizaria um comportamento atípico e não uma tentativa consciente de fuga.

O diz a polícia federal e a decisão do STF 

A Polícia Federal, ao solicitar a conversão da prisão domiciliar em preventiva, afirmou que Jair Bolsonaro teria convocado apoiadores para se mobilizarem em frente à sua residência, o que foi interpretado como uma tentativa de gerar pressão externa sobre as autoridades e criar um ambiente de instabilidade institucional. 

Além disso, o relatório apontou risco de fuga após a violação da tornozeleira eletrônica, destacando que o equipamento apresentava sinais de manipulação com objeto metálico, fator decisivo para o endurecimento da medida. Para os investigadores, a soma desses elementos justificava a necessidade de prisão preventiva para evitar obstrução do trabalho policial e garantir o comprimento das determinações judiciais. 


Bolsonaro recebeu a visita de seu esposa Michelle Bolsonaro (Vídeo: reprodução/X/@g1)


Zema, entretanto, discordou da avaliação e classificou o rigor como desproporcional, afirmando que casos semelhantes recebem respostas mais brandas. Segundo ele, a decisão reforça sua percepção de seletividade judicial e contribui para o que chama de “enfraquecimento da democracia”.

Impactos políticos e possíveis reflexos em 2026

Zema também buscou contextualizar suas declarações dentro do cenário político mais amplo. Segundo ele, apesar da crise envolvendo Bolsonaro, os governadores alinhados à direita continuarão a articular seus projetos e devem desempenhar papel importante nas eleições de 2026. 

O governador defendeu que a pluralidade de nomes no campo conservador será positiva, permitindo que o eleitorado tenha alternativas caso o desgaste jurídico e político de Bolsonaro se intensifique. Seus aliados interpretam essa fala como uma tentativa de reorganizar a direita sem romper completamente com o ex-presidente, mantendo a narrativa de injustiça enquanto prepara o terreno para novos nomes.


Com possível candidatura a presidência, Tarcísio defende Zema de vice (Foto: reprodução/X/@eleiçãoempauta) 


A repercussão das falas ocorre em um contexto institucional já marcado por tensões. A prisão de um ex-presidente por descumprimento de medida cautelar e a acusação de incitação a mobilizações externas acentuam debates sobre a relação entre Judiciário e política. 

Possíveis desdobramentos para o caso 

Para apoiadores de Bolsonaro, a conversão da prisão reforça a tese de perseguição. Para analistas, o episódio evidencia uma estratégia deliberada de confronto com o STF e amplia a polarização política. O caso tem potencial para influenciar a dinâmica eleitoral de 2026 ao afetar alianças, discursos e a capacidade de reorganização do campo conservador.

Enquanto isso, a defesa de Bolsonaro poderá apresentar novos recursos ao STF na tentativa de reverter a decisão e restabelecer a prisão domiciliar. Para Zema, contudo, mais do que um caso jurídico isolado, o episódio simboliza uma crise institucional profunda, na qual decisões judiciais, disputas políticas e tensões sociais se entrelaçam em um momento decisivo para o futuro democrático do país.

Polícia Federal prepara sala especial para detenção de Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) já deixou pronta uma sala especial para o ex-presidente Jair Bolsonaro, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida que ele deve cumprir sua pena na superintendência do órgão, em Brasília, e não na Papuda. O espaço improvisado conta com cama, cadeira e banheiro privativo.

Mesmo com essa preparação, a palavra final sobre o local da prisão será do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. Outras possibilidades, como o Complexo Penitenciário da Papuda, continuam em análise.

Defesa de Bolsonaro pede por permanência domiciliar

Apesar dessa preparação, a decisão final não está nas mãos da PF, mas sim do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. Ele será o responsável por definir se Bolsonaro ficará em prisão domiciliar, em uma cela da Polícia Federal ou na Papuda. A avaliação de investigadores é de que, por enquanto, nenhuma definição deve sair rapidamente.

Isso porque, mesmo após a condenação, os advogados ainda podem apresentar recursos, conhecidos como “embargos de declaração”. Somente depois da análise e julgamento desses pedidos é que o acórdão será publicado, confirmando oficialmente a sentença e permitindo o início da execução da pena.


Polícia Federal prepara sala especial para Bolsonaro caso STF decida que sua sentença seja na superintendência (Foto: reprodução/X/@limalblue)


Bolsonaro foi condenado por tentativa de golpe

Na quinta-feira (11), a Primeira Turma do STF decidiu condenar Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão pelo envolvimento na tentativa de golpe. Como a pena ultrapassa oito anos, a lei prevê que ele deve iniciar o cumprimento em regime fechado. No entanto, a prisão imediata não está prevista, já que a defesa ainda pode explorar todas as possibilidades jurídicas.

Enquanto isso, Bolsonaro continua em prisão domiciliar por determinação de Moraes. O ministro justificou a medida apontando risco de fuga do ex-presidente. Atualmente, ele está proibido de sair de casa, usa tornozeleira eletrônica e é monitorado por policiais no condomínio onde vive, em Brasília.

Influenciador digital Hytalo Santos é preso em São Paulo

O influenciador paraibano Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente, foram detidos nesta sexta-feira (15) em uma residência localizada em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

Eles são alvos de investigações conduzidas pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que apuram denúncias de exploração e exposição de menores em conteúdos publicados nas redes sociais. O caso ganhou destaque nacional após o youtuber Felca, que possui mais de 4 milhões de inscritos, denunciar vídeos que, segundo ele, “adultizavam” crianças e adolescentes.

Desde a publicação do vídeo, no dia 6, Hytalo passou a responder a ações judiciais na Paraíba, que incluíram busca e apreensão e medidas restritivas. A operação que levou à prisão contou com a atuação conjunta do MPPB, MPT, Polícias Civil da Paraíba e de São Paulo e Polícia Rodoviária Federal.

A ordem de prisão foi emitida pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara de Bayeux, que apontou “fortes indícios” de crimes como tráfico de pessoas, exploração sexual, trabalho infantil artístico irregular e produção de vídeos com conteúdo constrangedor envolvendo menores. Segundo o magistrado, a detenção visa impedir destruição de provas, intimidação de testemunhas e continuidade das condutas investigadas.

Além disso, o juiz destacou que os acusados já teriam removido e destruído evidências e prejudicado o andamento das investigações.

Bloqueio de redes e corte de monetização

No dia 12, a Justiça determinou o bloqueio das contas de Hytalo nas redes sociais e autorizou a desmonetização de todos os seus vídeos, impedindo que gerem lucro. Ele também está proibido de entrar em contato com adolescentes citados nos processos.


Polícia grava momento que, Hytalo e seu marido Israel foram detidos (Vídeo: Reprodução/X/@updatecharts)


Na quinta-feira (14), foram apreendidos computadores e celulares na casa do influenciador em João Pessoa. Policiais tinham autorização judicial para forçar a entrada no imóvel, caso necessário. No dia anterior, uma tentativa de busca havia falhado porque o local estava vazio.

Posição da defesa

A defesa de Hytalo alegou que ele não sabia do mandado de busca e apreensão e que está à disposição da Justiça. Os advogados negam todas as acusações e afirmam que o influenciador “jamais praticou atos que atentassem contra a dignidade de crianças e adolescentes”.

Investigações antes do vídeo de Felca

O MPPB já investigava o caso desde o final de 2024. Em Bayeux, a promotora Ana Maria França apura denúncias de vizinhos que relataram festas com bebida alcoólica e adolescentes fazendo topless. Já em João Pessoa, o promotor João Arlindo investiga se Hytalo oferecia presentes, como celulares, em troca de que famílias aceitassem a emancipação dos menores, procedimento que permite a adolescentes de 16 a 18 anos agirem como adultos legalmente, podendo assinar contratos e realizar negócios.

Nos processos, Hytalo negou as acusações. Os jovens foram ouvidos apenas na investigação de João Pessoa para evitar revitimização.

Jair Bolsonaro é alvo de medidas do STF e recebe apoio de Trump em meio a investigações por tentativa de golpe

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se tornou alvo de novas ações da Justiça. Na última sexta-feira (12), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em locais ligados a ele, como sua casa e o escritório político na sede do PL, em Brasília. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou três medidas restritivas: Bolsonaro deve usar tornozeleira eletrônica, está proibido de usar redes sociais e também de ter contato com o filho Eduardo Bolsonaro.

PF cumpriu ordens de mandado na casa de Bolsonaro e na sede do PL

Essas decisões fazem parte do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo o STF, há suspeitas de que Bolsonaro e seus aliados tenham planejado um movimento para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Conversas, documentos e ações que indicariam uma estratégia para desacreditar o sistema eleitoral e convocar as Forças Armadas estão entre as provas analisadas pela Corte.

Na manhã de sexta-feira, a Polícia Federal realizou buscas em locais ligados a Jair Bolsonaro. Entre os alvos estavam a residência do ex-presidente e seu escritório político, que funciona na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília.

Logo após as medidas, Bolsonaro foi levado para instalar a tornozeleira eletrônica. A decisão de Moraes causou forte reação política e movimentou os bastidores em Brasília. Muitos aliados do ex-presidente classificaram as medidas como exageradas.

Trump acusa de “caça as bruxas” condenação de Bolsonaro

Em meio à repercussão, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saiu em defesa de Bolsonaro. Em uma postagem nas redes sociais, Trump criticou a atuação da Justiça brasileira e disse que Bolsonaro está sendo perseguido por motivos políticos. Para o republicano, seu aliado brasileiro está sendo alvo de um sistema que quer calar vozes conservadoras.


Trump publicou na noite de ontem (17) uma carta em apoio a Bolsonaro (Foto: reprodução/X/@TrumpDailyPosts)

As falas de Trump reforçam a ligação entre os dois políticos, que já haviam se apoiado mutuamente em outros momentos. Ambos enfrentam acusações relacionadas a ataques contra a democracia: Trump por sua tentativa de reverter o resultado das eleições de 2020 nos EUA, e Bolsonaro por suspeita de tentar impedir a posse de Lula em 2023.

Jogador do América-MG é suspeito de injúria racial

Durante uma partida da Série B do Campeonato Brasileiro, ocorrida em Ponta Grossa, no Paraná, o jogador boliviano Miguel Ángel Terceros Acuña, conhecido como Miguelito e atualmente no América-MG, foi detido sob suspeita de injúria racial contra Allano Brendon de Souza Lima, atleta do Operário Ferroviário.

O incidente teria ocorrido ainda no primeiro tempo do jogo, após uma disputa de bola. Segundo relatos, Miguelito teria proferido ofensas de cunho racista, que foram prontamente denunciadas pelo jogador ofendido e confirmadas por uma testemunha, o capitão do time paranaense.

Diante da acusação, o árbitro da partida interrompeu o jogo e acionou o protocolo antirracismo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), fazendo o gesto de X com os braços diante do peito, sinal que representa a denúncia de ato discriminatório. A partida foi paralisada por cerca de 15 minutos, e mesmo assim Miguelito permaneceu em campo até ser substituído no intervalo. Após o apito final, o jogador foi encaminhado pela Polícia Militar à delegacia da cidade.

A polícia acredita que não há provas suficientes

A Polícia Civil considerou os depoimentos como prova suficiente para configurar o flagrante, embora as imagens da transmissão oficial não tenham captado o momento exato da ofensa. A investigação segue em andamento, com a busca por imagens de outros ângulos que possam comprovar o ocorrido. Apesar da gravidade do caso, o juiz responsável concedeu liberdade provisória a Miguelito, considerando que não havia indícios de que sua soltura representasse risco à ordem pública ou à aplicação da lei penal.

Defesa adotada pelo jogador

A defesa do jogador nega as acusações e segue a linha adotada pelo América-MG, que publicou nota declarando solidariedade ao atleta, defendendo sua conduta e qualificando as denúncias como infundadas. Já o Operário Ferroviário afirmou que está dando todo o suporte necessário a Allano, e que tomará todas as medidas cabíveis para garantir justiça. O clube também destacou seu compromisso com o combate ao racismo, reforçando que não tolerará nenhum tipo de discriminação.


Momento da partida que iniciou a discussão sobre injúria racial (Foto: reprodução/X/@g1)

O caso teve repercussão dentro e fora do gramado, provocando confusões entre jogadores e torcedores. Allano, mesmo abalado, fez questão de se manifestar, destacando que não se calará diante do racismo e pedindo mais empatia, justiça e responsabilidade no futebol e na sociedade. A CBF, por sua vez, preferiu não comentar o episódio no momento, mas confirmou que o protocolo antirracismo foi devidamente seguido.

Saiba onde Collor cumpre prisão domiciliar

Vista para o mar de Maceió, piscina privativa, bar, quatro suítes e um quarto de empregada. Esse é o cenário da cobertura duplex onde o ex-presidente Fernando Collor de Mello vai cumprir prisão domiciliar a partir desta quinta-feira, primeiro de maio. A decisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após a defesa apresentar mais de 130 exames médicos que atestam que Collor tem doença de Parkinson desde 2019, além de transtorno bipolar e privação crônica de sono.

O apartamento fica no sexto andar do Edifício Residencial Chateau Larousse, na Avenida Álvaro Otacílio, em uma área valorizada do bairro Jatiúca, em Maceió. O imóvel foi penhorado pela Justiça do Trabalho de Alagoas em novembro de 2024 para garantir o pagamento de uma dívida de 264 mil reais a um ex-funcionário da TV Mar, emissora ligada ao grupo de comunicação de Collor. Avaliado em nove milhões de reais, o apartamento de 600 metros quadrados tem detalhes de alto padrão que constam no processo ao qual o g1 teve acesso.

Como é dividido o apartamento

A estrutura do imóvel é dividida em dois pavimentos. No primeiro andar há varanda, sala de estar, sala de jantar, galeria, gabinete, lavabo, adega, espaço de circulação, três suítes sendo uma delas máster, além de rouparia, despensa, copa, cozinha, área de serviço e o quarto de empregada com banheiro. Uma escada leva ao andar de cima, onde ficam mais uma suíte, um espaço de estar íntimo, dois terraços  um coberto e outro descoberto, jardineiras, dois banheiros, bar e uma piscina com vista para o mar.

Apesar de todo esse luxo, o imóvel não foi declarado por Collor na campanha ao governo de Alagoas em 2022. Na eleição de 2018, no entanto, o apartamento apareceu avaliado em um milhão e oitocentos mil reais, como bem adquirido em 2006.

Sobre a penhora

A cobertura continuará penhorada até fevereiro de 2028, prazo final para o pagamento do acordo. Se houver descumprimento, o imóvel pode ser leiloado. Esta não é a única propriedade bloqueada do ex-presidente. Uma mansão em Campos do Jordão também já foi penhorada por dívida trabalhista.


Fachada do prédio onde está localizado o apartamento de Collor (Foto: reprodução/x/@g1)

Condenado a oito anos e dez meses por corrupção e outros crimes investigados na Lava Jato, Collor estava preso em cela especial desde 26 de abril. Agora, passa a cumprir pena em casa com tornozeleira eletrônica, visitas restritas a advogados e impedimento de deixar o país. Os passaportes estão suspensos.

Ministro do STF para manter Collor preso

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira (25), para manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Até o momento, seis ministros se posicionaram a favor da manutenção da detenção: Alexandre de Moraes (relator do caso), Flávio Dino, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Dias Toffoli. Apesar disso, a decisão final ainda dependerá de novo julgamento no plenário físico da Corte, já que o ministro Gilmar Mendes solicitou a transferência do caso, interrompendo o julgamento no plenário virtual. Com isso, os votos já apresentados precisarão ser reapresentados presencialmente. Até lá, Collor seguirá preso.

Sobre a prisão

A prisão aconteceu durante a madrugada no aeroporto de Maceió, capital de Alagoas. Condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, Collor teve seus últimos recursos negados individualmente por Moraes, que classificou as tentativas da defesa como manobras protelatórias, com o objetivo de atrasar a execução da pena. Em nota, os advogados do ex-presidente manifestaram “surpresa” e “preocupação” com a decisão.


Sede do STF (Foto: reprodução/x/@g1)

Atualmente, Collor está detido na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, mas a ordem é que ele seja transferido para uma penitenciária em Maceió, onde ficará em uma cela individual em ala especial. O próprio ex-presidente preferiu permanecer em seu estado de origem, recusando transferência para Brasília.

Início do processo

O processo contra Fernando Collor teve início em 2015, quando foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato e obstrução de Justiça. No entanto, ao aceitarem a denúncia em 2017, os ministros descartaram as acusações de peculato e obstrução. Posteriormente, ao julgá-lo em 2023, consideraram que o crime de organização criminosa estava prescrito, concentrando a condenação nos crimes de corrupção e lavagem.

A investigação revelou que Collor teria recebido aproximadamente R$ 20 milhões em propinas, valor um pouco inferior aos R$ 26 milhões estimados inicialmente pela PGR. O esquema envolvia a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, onde Collor, como senador, exercia influência na nomeação de diretores e favorecimento de empresas em contratos milionários.

Delatores da Operação Lava Jato, como Alberto Youssef, Ricardo Pessoa e Rafael Ângulo, relataram repasses de dinheiro ao ex-presidente. Além disso, a Polícia Federal encontrou bens de luxo em sua residência, como uma Ferrari, um Porsche e uma Lamborghini, usados como instrumentos para lavar dinheiro obtido ilegalmente.

Vestígio de sangue ligam suspeitos a morte de Vitória Regina

As investigações sobre o assassinato da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, em Cajamar , Grande São Paulo, ganharam um novo desdobramento com a descoberta de vestígios de sangue no carro de Maicol Antônio Sales dos Santos, um dos suspeitos do crime.

A Polícia Civil de São Paulo informou que o material foi localizado no porta-malas do veículo e será submetido a exames de DNA para confirmar sua origem.

O rapaz é dono de um veículo da marca Toyota Corolla, veículo este que pode ter sido usado para perseguir Vitória antes do desaparecimento, os vestígios de sangue foram encontrados no tapete usando o luminol (produto químico que reage com o ferro do sangue, produzindo uma luz cor azul-fluorescente), a amostra encontrada foi recolhida e mandada para análise. Uma vez que a perícia comprove que o sangue é de Vitória, o rumo das investigações ficará mais fácil, pois seria a prova do homicídio.


Vídeo matéria sobre vestígios encontrados (Vídeo: reprodução/Youtube/@jornaldanoite)

Até o momento somente um foi preso

 Maicol Antônio Sales dos Santos, é neste momento, o único suspeito preso até o momento, em depoimento dado à polícia, foi encontrada contradições. Outras prisões solicitadas pela polícia não foram aceitas pela Justiça, alegando não possuir elementos necessários para justificar as prisões.

Entre os suspeitos estão Daniel Lucas Pereira e Gustavo Vinícius Moraes, ex-namorado da vítima. Daniel teria sido visto monitorando o trajeto que Vitória fazia ao voltar do trabalho, o que sugere um planejamento prévio do ataque.

As investigações ainda continuam

Segundo site G1, a polícia investiga sobre um local suspeito que pode ter sido usado como cativeiro da jovem, o corpo de Vitória foi encontrado em uma área de mata fechada, e estava desaparecido desde o dia 27 de fevereiro, após sair de seu trabalho em um shopping em Cajamar, São Paulo.

O corpo foi encontrado em 5 de março em uma área de mata próxima à sua casa, com sinais de tortura e violência extrema. As investigações continuam em andamento para esclarecer a motivação do crime e identificar todos os envolvidos.

Oruam é preso novamente no Rio de Janeiro

Nesta quarta-feira (26), a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma operação de busca e apreensão na mansão do rapper Oruam, na zona oeste da cidade. Durante a ação, os agentes encontraram Yuri Pereira Gonçalves, foragido da Justiça por tráfico de drogas e crime organizado.

Oruam, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, foi autuado por favorecimento pessoal, conforme o artigo 348 do Código Penal, que criminaliza quem auxilia na ocultação de um criminoso.


Momento que Oruam foi preso (Vídeo: reprodução/X/@qgdopop)

Oruam e sua relação com o crime organizado

Na saída da delegacia, Oruam evitou falar com a imprensa e respondeu com hostilidade às perguntas:

“Vou falar pra tu não. Tu é delegado, juiz, para eu falar alguma coisa pra você?”

Mauro Davi dos Santos Nepomuceno (Oruam)

O rapper, filho de Marcinho VP – condenado por assassinato e apontado como um dos chefes do Comando Vermelho, uma das maiores organizações criminosa do país –, tem tatuagens em homenagem ao pai e ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Motivo da investigação

A operação desta quarta-feira não tem relação com outra investigação que envolve o rapper. Na última quinta-feira (20), Oruam foi preso em flagrante por direção perigosa, após realizar um cavalo de pau na frente de um carro da Polícia Militar e parar na contramão. De acordo com a Polícia Civil, ele foi autuado em flagrante e teve a fiança fixada em R$ 60 mil, liberado no mesmo dia.

No fim de 2024, ele foi indiciado por disparo de arma de fogo após atirar dentro de um condomínio em São Paulo, colocando em risco a integridade de várias pessoas, segundo a polícia.

Durante as buscas em sua residência, os agentes encontraram uma pistola 9 mm, que ainda não teve ligação confirmada com o caso, além de armamento de airsoft e simulacros. A mãe do artista, Márcia Nepomuceno, também foi alvo de um mandado de busca e apreensão.