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A Rússia lançou Míssil que acertou, nesta noite de domingo (17), uma área residencial em Kharkiv, na Ucrânia, ferindo pelo menos 11 pessoas. Entre os feridos, uma menina de 13 anos. Conforme informou Oleh Synehubov, governador da região, pelo aplicativo Telegram.
Estragos na área afetada
A ofensiva militar fez com que o serviço de emergência do Estado realizasse atendimentos, prestando assistência tanto a moradores nas ruas quanto a bombeiros que precisaram inspecionar prédios residenciais. Os habitantes das casas foram obrigados a deixar seus lares, conforme divulgou a agência Reuters.
No nordeste do país, a região de Sumy também foi alvo de um ataque aéreo guiado, o qual feriu uma mulher de 57 anos e causou estragos em dezenas de residências, além de um prédio escolar, conforme as autoridades locais.
O rumo das negociações
Para haver paz entre os países, um cessar-fogo seria uma estratégia coerente. O ataque à cidade de Kharkiv pode impedir mais uma vez o avanço agendado para esta segunda-feira (18), entre o presidente Donald Trump e o líder da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Washington, com a participação de sete líderes europeus.
No fim da semana passada, Trump ficou muito otimista após encontro com Vladimir Putin, no Alasca, para um acordo de paz. Depois da conversa com o líder russo, o presidente americano voltou sua atenção para um diálogo com o presidente da ucrânia. Mas Zelensky já adiantou que não tem intenção de ceder território para ser feito o acordo de paz e manifestou querer garantias de segurança internacionais, conforme o artigo 5 da Otan. Nessa queda de braço, o presidente americano dá a dica do tom da negociação:
A Rússia é uma potência muito grande, e eles, a Ucrânia, não são”, disse o republicano.“
Encontro de Putin e Trump, antes do novo ataque da Rússia ( Foto: reprodução/Instagram/@whitehouse)
Ponderações da Rússia
O movimento da Rússia, que circula nos bastidores entre os diplomatas ocidentais, prevê a retirada de tropas de algumas áreas da Ucrânia. No entanto, os russos vão exigir a anexação da Crimeia. Mais o controle sobre grande parte do Donbas, além do bloqueio da entrada de Kiev na Otan, e o levantamento parcial das sanções internacionais.
O cenário indica que ambos os países querem garantias. Tanto que o embaixador russo em Viena, Mikhail Ulyanov concorda que a Ucrânia tenha essa exigência para o tratado de paz. Entretanto, enfatiza que a Rússia também precisa de garantia de segurança, pois os direitos são iguais.
O WhatsApp informou nesta quinta-feira (14) que o governo russo está ampliando esforços para restringir ou até impedir o funcionamento do aplicativo no país. A plataforma, controlada pela Meta, garantiu que continuará oferecendo serviços de mensagens com criptografia de ponta a ponta, ressaltando que a medida é essencial para preservar a privacidade e a segurança de milhões de usuários.
A empresa tratou o bloqueio como um movimento que vai além da questão técnica, envolvendo princípios fundamentais de liberdade de expressão e direitos digitais. Para o WhatsApp, enfraquecer a criptografia representaria abrir caminho para vigilância em massa, prática que, segundo especialistas, já é crescente no território russo.
Histórico de censura digital e base legal
Desde 2019, a Rússia conta com a chamada “Lei da Soberania da Internet“, que concede ao Estado amplos poderes para controlar o tráfego de dados dentro de suas fronteiras. A norma, que ganhou força depois da invasão da Ucrânia em 2022, permite bloquear sites e aplicativos estrangeiros sem necessidade de ordem judicial, justificando a ação como defesa de segurança nacional.
Rússia restringe ligações de WhatsApp (Vídeo: Reprodução/Youtube/CNNBrasil)
Casos anteriores mostram como essas restrições têm impacto limitado na prática. O bloqueio ao Telegram, iniciado em 2018, foi contornado por milhões de usuários por meio de redes privadas virtuais (VPNs). Embora a repressão a essas ferramentas também tenha aumentado, o acesso a plataformas proibidas segue ativo para uma parcela significativa da população.
Consequências econômicas e diplomáticas
Analistas apontam que o bloqueio ao WhatsApp pode gerar efeitos colaterais na economia russa, especialmente para pequenas empresas e profissionais autônomos que dependem do aplicativo para se comunicar com clientes. Além disso, a medida pode acentuar o isolamento do país, dificultando negociações comerciais e a troca de informações com parceiros estrangeiros.
No campo diplomático, ações contra plataformas de alcance global costumam atrair críticas de governos ocidentais e de organizações internacionais. A pressão externa, aliada à resistência interna de usuários, tende a colocar a Rússia em uma posição delicada: manter o bloqueio e lidar com seus impactos, ou recuar para evitar maior desgaste político e econômico.
Numa tentativa direta de pôr fim à guerra na Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proferiu declarações a bordo do Air Force One antes de se reunir com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Anchorage, Alasca, nesta sexta-feira (15). Ele afirmou que “não ficaria feliz se Putin não aceitasse o cessar-fogo” e expressou o desejo de que “a matança parasse”, evidenciando sua postura de pressionar por uma solução imediata para o conflito.
Um encontro crucial
O encontro entre Trump e Putin ocorreu na Base Conjunta Elmendorf-Richardson, em Anchorage, com o presidente russo recebido com tapete vermelho e ao som de aplausos. O objetivo claro da reunião entre os presidentes foi abrir caminho para um cessar-fogo, ainda que modelado como uma “sessão de escuta” com fortes sensibilidades diplomáticas. O presidente americano também sinalizou interesse em se reunir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, reforçando seu papel como mediador no conflito que já dura três anos.
Trump e Putin em reunião no Alasca sobre guerra na Ucrânia (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)
Contexto e tentativas anteriores de negociação
Esta não foi a primeira iniciativa de Trump para mediar o conflito: em fevereiro de 2025, ele manteve uma chamada considerada “profunda e produtiva” com Putin, acordando que suas equipes começariam negociações imediatamente, embora preocupações sobre excluir Kiev tenham sido levantadas por líderes europeus e pelo próprio presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy. Em março, avançou-se na proposta norte-americana de cessar-fogo de 30 dias, permitindo a retomada de ajuda e inteligência dos EUA a Kiev, mas Putin impôs condições duras, dificultando um acordo efetivo.
Situação atual da guerra
Enquanto isso, no campo de batalha, as forças russas continuavam ganhando terreno, especialmente no leste da Ucrânia, com avanços em locais como Dobropillia, embora os ucranianos conseguissem estabilizar certas frentes e realizar trocas de prisioneiros. Zelenskyy insiste que Kiev não pode ser excluída das negociações e alerta que soluções que desconsiderem a Ucrânia são “mortas”.
Embora o encontro em solo americano represente um passo significativo — e talvez necessário — na diplomacia para encerrar a guerra, os sinais permanecem mistos. Sem a inclusão efetiva de Kiev e com continuados avanços russos, o futuro das negociações ainda é incerto. A declaração de Trump no Air Force One deixa claro que os olhos do mundo estão voltados para esse esforço de paz, mas a estabilidade desse processo dependerá de esforços concretos e participação plena da Ucrânia.
Está marcada para hoje a primeira cúpula entre Estados Unidos e Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022. Os governantes Donald Trump e Vladimir Putindevem se encontrar no Alasca, território estadunidense que já fez parte da Rússia, na base militar de Elmendorf-Richardson, às 16h30 do horário de Brasília (11h30 no horário local), para discutir o futuro do conflito.
A reunião, proposta por Moscou, sem a participação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, gerou o temor do Ocidente de que seja negociado um cessar-fogo com vastas perdas territoriais para Kiev.
Encontro preocupa Ocidente
A cúpula russo-estadunidense foi anunciada na última sexta-feira (8) pelo presidente dos EUA, Donald Trump, no último dia do prazodado por Trump a Putin para acabar com a guerra no Leste Europeu.
Já na segunda (11), Trump declarou que “tentaria recuperar parte daquele território [ocupado pela Rússia] para a Ucrânia”, mas que qualquer acordo de paz envolveria “alguma troca de territórios para o bem de ambos” os beligerantes.
Lourival Sant’Anna, Américo Martins e Priscila Yazbek, da CNN Brasil, analisam o encontro de Trump e Putin desta sexta-feira (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)
A fala motivou uma reunião de emergência entre os líderes da Ucrânia, União Europeia e Estados Unidos, realizada na quarta-feira via vídeo-chamada, na qual Donald Trump comprometeu-se a que nenhum acordo de cessar-fogo fosse assinado sem o consentimento de Kiev.
Evento diplomático gera tensão e incerteza
A relação de Washington e Moscou, sob a administração Trump, é repleta de idas e vindas.
No início do ano, ao tentar se aproximar de Vladimir Putin, Donald Trump disse que a única solução para o fim da guerra seria a desistência ucraniana da ambição de manter sua integridade territorial, mas depois voltou atrás, garantindo a Zelensky e à comunidade internacional que negociaria com o Kremlin a devolução das regiões ucranianas ocupadas pelo exército de Putin.
Às vésperas do novo encontro, Trump e Putin trocaram elogios. Putin disse que há “esforços sinceros” de Washington para solucionar a guerra, em um movimento que pode selar a “paz mundial”. Já Trump, mais comedido, disse achar “que ele (Putin) fará um acordo”, embora tenha também admitido que não há garantias. “Será como uma partida de xadrez”, disse o todo poderoso morador da Casa Branca.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (13) que só aceitará discutir uma possível cessão de territórios à Rússia após um cessar-fogo formal. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e líderes da União Europeia, em um esforço conjunto para buscar alternativas de paz antes da cúpula entre Trump e Vladimir Putin, marcada para sexta-feira (15), no Alasca.
A reunião virtual ocorreu em meio à crescente preocupação entre aliados ocidentais de que os Estados Unidos estejam dispostos a apoiar uma proposta de paz que exija mais concessões da Ucrânia do que da Rússia. Para Zelensky, isso comprometeria a soberania nacional e abriria precedentes perigosos. “Não aceitaremos acordos que sejam discutidos sobre nós, sem nós”, declarou o presidente ucraniano.
Temor de concessões desequilibradas
Os líderes europeus também demonstraram receio de que Trump ceda demais à Rússia em busca de um cessar-fogo rápido. A proposta ventilada pela Casa Branca prevê uma “troca territorial estratégica”, na qual Kiev abriria mão de regiões como Donetsk e Luhansk para garantir o fim da guerra, em troca de garantias de segurança, ideia que Zelensky considera inaceitável.
Representante da Ucrânica Volodymyr Zelensky (Foto: Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)
Trump, por sua vez, insiste que sua prioridade é encerrar o conflito. Em nota, a secretária de imprensa Karoline Leavitt afirmou que a cúpula no Alasca visa “obter um entendimento mais firme de como alcançar a paz”, mas sinalizou que um encontro trilateral com Zelensky pode ocorrer no futuro, dependendo do avanço das conversas com Putin.
Condições da paz seguem distantes
A guerra, que já dura mais de três anos, continua sem sinais concretos de resolução. Moscou exige que a Ucrânia reconheça a anexação da Crimeia e ceda controle total de quatro regiões ocupadas, além de abandonar o objetivo de entrar na OTAN e parar de receber armamentos do Ocidente.
Zelensky, por outro lado, reafirma que só aceitará um acordo que preserve a integridade territorial ucraniana e garanta segurança com apoio internacional. “Enquanto houver tropas russas no nosso território, não há diálogo real possível”, reforçou. A expectativa é que a cúpula entre Trump e Putin defina os rumos da próxima etapa da diplomacia internacional, com a Ucrânia atenta para não ser colocada em segundo plano.
No domingo, 10, líderes europeus destacaram a importância da presença da Ucrânia nas negociações entre Washington e Moscou agendadas para esta semana. De acordo com um diplomata americano, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky poderá participar dessas reuniões. No sábado, dia 9, os líderes europeus afirmaram que a paz na Ucrânia não pode ser decidida sem a presença do país.
Reuniões e negociações envolvem líderes e ministros europeus
Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia estão programados para se encontrar na sexta-feira, 15, no Alasca, com o objetivo de buscar uma solução para o conflito que começou em fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia. No entanto, os líderes da União Europeia ressaltaram que qualquer acordo para pôr fim à guerra de três anos deve necessariamente envolver a Ucrânia.
Na segunda-feira, dia 11, os ministros das Relações Exteriores da União Europeia vão realizar uma videoconferência para discutir a cúpula entre EUA e Rússia, com a participação do ministro ucraniano. O embaixador americano na Otan, Matthew Whitaker, afirmou neste domingo que Zelensky pode estar presente na reunião no Alasca e destacou que nenhum acordo deve ser fechado sem o consentimento de todas as partes envolvidas.
Após o presidente Trump ter anunciado que se encontrará com Putin no dia 15 de agosto no Alasca, e de ter adiantado que está estudando opções que envolvem a cedência de territórios ucranianos para apaziguar o agressor (Putin), o presidente Zelensky fez uma declaração dizendo que… pic.twitter.com/XxUcyQYVIK
Declaração do Presidente da Ucrânia, Zelensky, sobre ter um acordo de paz (Vídeo: reprodução/X/@hoje_no)
Preocupações sobre exclusão da Ucrânia na cúpula do Alasca
A possibilidade de a Ucrânia ficar de fora da cúpula gerou preocupação, já que há o receio de que isso resulte em um acordo que obrigue Kiev a ceder territórios à Rússia, o que a União Europeia rejeita.
Ao anunciar a cúpula, o presidente Trump mencionou a possibilidade de troca de territórios entre Rússia e Ucrânia, sem entrar em detalhes. Zelensky declarou que qualquer decisão feita sem a participação da Ucrânia vai contra a paz e assegurou que os ucranianos não vão abrir mão de seus territórios.
Neste domingo, líderes europeus importantes assinaram uma declaração afirmando que somente a combinação de diplomacia ativa, apoio à Ucrânia e pressão sobre a Rússia pode acabar com a guerra. Eles também elogiaram o esforço diplomático de Trump e prometeram manter o apoio militar e financeiro à Ucrânia, além de continuar as sanções contra a Rússia.
Entre os signatários estão Emmanuel Macron, da França; Giorgia Meloni, da Itália; Friedrich Merz, da Alemanha; Donald Tusk, da Polônia; Keir Starmer, do Reino Unido; e Ursula von der Leyen, da Comissão Europeia.
O chanceler alemão Friedrich Merz disse que entrará em contato com o presidente Trump para que a Ucrânia participe das negociações que decorrerão na próxima sexta no Alasca entre EUA e Rússia. Merz também disse que não aceitará que a segurança europeia seja debatida e decidida… pic.twitter.com/WtjX1sb9jD
Chanceler alemão pedirá para Trump que Ucrânia participe das negociações entre Rússia e Estados Unidos (Vídeo: reprodução/X/@hoje_no)
A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, reforçou que qualquer acordo entre Estados Unidos e Rússia precisa incluir a Ucrânia e a União Europeia, pois a segurança da Ucrânia e da Europa está em jogo. Ela destacou que, segundo o direito internacional, todos os territórios ocupados são propriedade da Ucrânia.
Até o momento, as negociações entre Rússia e Ucrânia neste ano tiveram poucos avanços e ainda não está claro se a cúpula ajudará a aproximar as partes para a paz.
Diferenças entre Rússia e Ucrânia dificultam acordo de paz
A invasão da Rússia à Ucrânia teve início em fevereiro de 2022 e já resultou em milhares de mortes, milhões de pessoas deslocadas e grande destruição. O presidente Vladimir Putin tem ignorado os apelos dos Estados Unidos, Europa e Ucrânia para anunciar um cessar-fogo.
A reunião no Alasca será a primeira entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia desde que Joe Biden se encontrou com Putin em Genebra, em junho de 2021. Trump e Putin se encontraram pela última vez em 2019, na cúpula do G20 no Japão, e desde então têm mantido contato por telefone. Após mais de três anos de conflito, as posições da Ucrânia e da Rússia ainda estão muito distantes.
Moscou exige que a Ucrânia entregue quatro regiões parcialmente ocupadas: Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia e Kherson além da Crimeia, anexada em 2014. Também quer que a Ucrânia pare de receber armas do Ocidente e desista da adesão à Otan.
A Ucrânia rejeita essas condições e exige a saída das tropas russas, além de garantias de segurança vindas do Ocidente, como o envio de mais armas e tropas europeias, pedido que a Rússia não aceita.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (6) uma tarifa adicional de 25% sobre produtos importados da Índia. A justificativa foi a importação indiana de petróleo russo, que contribuiria para, de acordo com o líder estadunidense, financiar as hostilidades contra a Ucrânia.
A taxa se soma à de 25% imposta anteriormente, justificada como uma correção de assimetrias político-econômicas, e, com isso, gigante asiático pode chegar à taxação de 50% sobre o valor dos produtos exportados aos EUA. A nova medida entrará em vigor em 27 de agosto, com exceção de bens já em trânsito, para os quais ela passa a valer a partir de 17 de setembro.
Rússia é principal fornecedor de petróleo da Índia
Terceira maior importadora de petróleo bruto do mundo, a Índia aumentou em grande medida a compra do insumo russo desde o início da guerra com a Ucrânia, motivada por descontos oferecidos frente à diminuição da aquisição americana e europeia. Se, antes, a Rússia respondia por 2% do petróleo importado pelo país, o volume atual é de mais de um terço, o que torna o país vizinho seu principal fornecedor.
Narendra Modi e Vladimir Putin se cumprimentam na frente da imprensa durante visita de Modi ao Palácio do Kremlin, em Moscou, em julho de 2024 (Foto: reprodução/Contributor/Getty Images Embed)
“Eles não se importam com quantas pessoas na Ucrânia estão sendo mortas pela máquina de guerra russa”, disse Trump em um comunicado em sua própria rede social, Truth Social.
Após cinco rodadas de negociações, em que os indianos acreditavam poder manter o aumento de barreiras alfandegárias em até 15%, Nova Délhi recebeu a notícia com surpresa e classificou a decisão de Trump como “injusta, irracional e sem justificativa”.
O governo do primeiro-ministro Narendra Modi disse ainda que as importações do país “são baseadas em fatores de mercado e realizadas com o objetivo geral de garantir a segurança energética de 1,4 bilhão de pessoas”.
Índia participa dos BRICS
A “retaliação” sobre a economia de Nova Délhi já tinha sido comentada por Trump na semana passada, na Casa Branca.
“Eles têm o Brics, que é basicamente um grupo de países que são anti-Estados Unidos. É um ataque ao dólar, e não vamos deixar ninguém atacar o dólar”, afirmou o líder político e empresarial norte-americano, referindo-se à pauta da desdolarização.
Renata Lo Prete comenta a situação tarifária da Índia, Brasil e demais integrantes do BRICS em relação aos Estados Unidos (Vídeo: reprodução/YouTube/g1)
De fato, a Índia integra o grupo de países que se colocam como uma alternativa às grandes potências para os países menos desenvolvidos, no contexto da cooperação Sul-Sul. A criação do Novo Banco de Desenvolvimento, em contraste ao Fundo Monetário Internacional, historicamente controlado pelos países mais ricos do Ocidente, e discussões sobre a substituição do dólar nas trocas comerciais questionam a então inabalável hegemonia dos Estados Unidos.
Além do engajamento no bloco, a pujância econômica indiana também se destaca Impulsionado pelos investimentos em infraestrutura e transparência promovidos pelo primeiro-ministro Narendra Modi, à frente de seu terceiro mandato consecutivo, o país é um dos que cresce mais rapidamente no mundo, com uma expansão de 8,2% em 2023 e 6.5% em 2024. Em 2023, a Índia ultrapassou o Reino Unido e tornou-se a quinta maior economia do mundo. As expectativas são de que, até 2050, ela supere o Japão e a Alemanha, passando a rivalizar com China e Estados Unidos.
Se comparado à superpotência, alguns arriscam, decadente e ao vizinho emergente, a Índia é, hoje, o país mais populoso do planeta, segundo a ONU, com uma juventude que se reproduz velozmente e precisa trabalhar, em contraste com a China, apontada como principal alternativa aos EUA, mas que sofre com um baixo crescimento vegetativo. A mão de obra barata e os incentivos governamentais atraem fábricas e empresas estrangeiras, muitas das quais provenientes de território estadunidense, tornando o protecionismo uma opção lógica na busca por tornar a América grande de novo.
Tarifas indianas deixam Brasília em alerta
Ao anunciar a medida contra a Índia, Trump indicou que outros países que adquirem petróleo da Rússia podem estar sujeitos a tarifas extras de 25%. No mês passado, o político declarou que, caso a Rússia não interrompesse a guerra com a Ucrânia, os Estados Unidos imporiam “tarifas secundárias de 100%” sobre países que continuassem comercializando com Moscou.
A situação causa preocupação em Brasília, uma vez que o agronegócio nacional é extremamente dependente de fertilizantes russos e, assim como o gigante asiático, o Brasil aumentou a compra de combustíveis fósseis russos após o começo do conflito. A situação é particularmente representativa no setor de diesel, em que, nos últimos 3 anos, a Rússia substituiu os EUA como principal fornecedor.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (1), que ordenou o reposicionamento de dois submarinos nucleares em “regiões apropriadas”, em resposta a declarações do ex‑presidente russo Dmitry Medvedev, hoje vice‑presidente do Conselho de Segurança da Rússia. Medvedev havia criticado duramente ultimatos de Trump e alertado que a postura norte-americana poderia aproximar os países de uma guerra nuclear.
Troca de farpas entre Trump e Medvedev
Na quinta-feira (31), Medvedev declarou que Trump estaria brincando com um “jogo de ultimatos”, referindo‑se à redução de prazo para um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia de 50 para 10 dias, classificando isso como provocador. O ex-presidente russo também mencionou o sistema nuclear “Dead Hand”, símbolo da dissuasão soviética. Em reação, Trump postou em sua rede social: “Ordenei o posicionamento de dois submarinos nucleares … caso essas declarações tolas e inflamatórias sejam mais que apenas isso” e afirmou que “palavras são muito importantes e podem levar a consequências indesejadas”.
Fontes oficiais confirmaram que a ação representa um gesto de força diplomática, mesmo sem revelar localização ou tipo exato de submarino. A movimentação ocorre em meio à crescente tensão entre Washington e Moscou.
Panorama das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia
Enquanto esse atrito verbal se intensifica, as negociações de paz continuam estagnadas. Desde maio, delegações russas e ucranianas realizaram três rodadas de conversas em Istambul, mas não avançaram em temas críticos como cessar-fogo ou cessão territorial. A Rússia exige que a Ucrânia se retire de quatro regiões parcialmente ocupadas e aceite outras condições consideradas inaceitáveis por Kiev. O presidente russo Vladimir Putin afirmou desejar uma “paz estável e duradoura”, mas sem indicar disposição para concessões.
Donald Trump, por sua vez, estabeleceu um prazo até 8 de agosto para que um acordo seja firmado, sob ameaça de novas sanções e tarifas severas aos países que mantiverem apoio econômico à Rússia.
Intensificação do conflito e ameaças de retaliação
Sem avanços diplomáticos, a guerra segue intensa. Ataques aéreos e com drones russos têm atingido áreas civis, inclusive Kyiv, causando dezenas de mortes em bombardeios recentes. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reafirmou o apoio à mediação internacional e se mostrou aberto a negociações diretas com Putin, em linha com a proposta de Trump.
Equipes de resgate buscam vítimas após ataque com drones e mísseis russos a Kyiv, que deixou ao menos seis mortos e dezenas de feridos (Foto: reprodução/Yevhenii Zavhorodnii/Getty Images embed)
Enquanto isso, o governo norte-americano anunciou o envio do enviado especial Steve Witkoff para tentar destravar as conversas de paz. Paralelamente, Trump ameaçou impor tarifas de até 100% a países que continuem comprando energia russa, endurecendo ainda mais sua postura diante da estagnação nas negociações.
Clima de Tensão
A escalada verbal entre Trump e Medvedev, incluindo a sinalização nuclear através do reposicionamento de submarinos, reflete um momento tenso nas relações entre Estados Unidos e Rússia. Ao mesmo tempo, as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia permanecem emperradas, com exigências consideradas inaceitáveis e ofensivas militares em curso. A combinação de diplomacia tensa, ameaças econômicas e movimento estratégico militar aponta para um impasse perigoso — cujas consequências podem ser graves se não houver avanços concretos nos próximos dias.
Um terremoto de magnitude 8,8 que atingiu a costa leste da Rússia na noite da terça-feira (29) provocou grandes ondas no oceano Pacífico. Com o grande impacto dos tremores, milhares de pessoas estão se deslocando para locais mais seguros em diversos continentes ao redor do mundo, sob alerta de tsunami.
Países atingidos
Os primeiros países a serem impactados com as grandes ondas foram a Rússia e o Japão, em seguida a costa oeste dos Estados Unidos começou a ser afetada, nos estados do Havaí, Califórnia, Oregon, Washington e Alasca.
O Havaí foi o estado mais impactado com as ondas. O alerta para tsunamis permanece para essa terça-feira (30), com novas ondas previstas para a costa oeste. Os voos e pousos em Maui, no Havaí, foram cancelados, deixando 200 passageiros abrigados no terminal. Alerta de ondas mais severas foram emitidas do Havaí até o Oregon que posteriormente foram para a escala mais baixa de alerta. Atualmente o único estado norte-americano que ainda mantém o alerta para ondas é a Califórnia.
Na Ásia, países como as Filipinas, Indonésia, Taiwan e Japão também foram afetados. No Japão, mais de 1,9 milhão de pessoas foram orientadas a deixarem as suas casas e se deslocarem por conta das ondas que atingem a costa norte e leste. Conforme a agência meteorológica do Japão, uma onda de tsunami de 1,3 metro de altura foi observada perto do Porto de Kuji, no nordeste do país.
Países da américa latina também foram afetados com os tremores, o Equador, Peru, Chile, México e Panamá. A ilhas Galápagos, localizada no Equador, poderia receber uma onda de mais de 1,4 metro de altura às 19h no horário local, 12h pelo horário de Brasília. O Sistema Integrado de Alerta de Tsunami do México e da América Central também emitiu um novo alerta para tsunamis, que se estende da costa noroeste do México até o Panamá.
Edíficio é atingido por tremores de terremoto em Petropavlovsk-Kamchatsky na Rússia (Foto: reprodução/Handout/REUTERS).
Próximo ao epicentro, no distrito Severo-Kurilsk, um alerta emergencial foi emitido após ondas atingirem a costa, arrancando barcos e arrastando contêineres de armazenamento. Por conta do ocorrido, mais de 300 pessoas foram deslocadas do porto, segundo a agência estatal RIA News. Ondas de 3 a 4 metros de altura também foram registradas em outros pontos da Rússia.
Origem das grandes ondas
O epicentro dos terremotos que deram origem às grandes ondas e alertas de tsunami no oceano pacífico fica na Península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, atingindo uma profundidade de 20,7 quilômetros segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Kamchatka está localizada em uma região chamada de “círculo de fogo do pacífico”, onde há uma intensa atividade sísmica e vulcânica de ambos os lados do pacífico. Tremores secundários de escala 5 a 6,9 foram sentidos em algumas regiões da Rússia posteriormente.
O vulcão Klyuchevskaya Sopka, o mais alto da Eurásia com cerca de 4.750m, entrou em erupção nesta quarta-feira (30), pela manhã. O evento ocorre horas após um forte terremoto de magnitude 8,8 – uma das magnitudes mais fortes de acordo com a Escala de Richter, usada para medir forças de terremotos – atingir o extremo leste da Rússia e desencadear alertas de tsunami em regiões do Pacífico.
O forte terremoto sacudiu a península de Kamchatka, locaizada na Rússia, nesta manhã (pelo horário local) e provocou uma série de alertas de tsunami ao longo do Oceano Pacífico. Pouco depois, o vulcão localizado na Eurásia entrou em erupção de acordo com a RIA Novosti – agência estatal de notícias russa – emitindo lava e explosões que podiam ser visíveis à distância.
Vulcão Klyuchevskaya Sopka
Localizado na Eurásia, uma massa continental formada pelos continentes da Europa e da Ásia, o vulcão é um dos ativos mais altos do mundo, com aproximadamente 4.750 metros de altitude. De acordo com a agência RIA Novosti, a erupção começou poucas horas após o terremoto na Rússia.
Apesar da magnitude do fenômeno, turistas que estavam na área não cancelaram os passeios e não há registros de reclamações por parte dos visitantes. Ao contrário, muitos turistas demonstraram interesse em testemunhar o vulcão entrar em atividade ao vivo, segundo a RUTI (União Russa da Indústria de Viagens). As condições da região são voláteis, podendo mudar a qualquer momento sem previsão, com ventos fortes, temperaturas baixas e presença constante de neve em grandes altitudes.
Vulcão entra em erupção na Rússia horas após terremoto, na mesma região do epicentro do tremor https://t.co/kfNUi4yO83#g1
Vulcão entra em erupção horas após terremoto na Rússia (Mídia: reprodução/X/@g1)
A três anos atrás, em 2022, oito pessoas morreram escalando o vulcão, em uma expedição que levava um grupo de doze pessoas, incluindo dois guias.
Terremoto na Rússia e tsunamis no Pacífico
O terremoto de magnitude 8,8 foi registrado na Península de Kamchatka nas primeiras horas desta quarta-feira e teve profundo impacto geológico. O tremor registrado foi de 19,3km de profundidade, o que torna as condições favoráveis para um tsunami. Provocado pelo terremoto, logo em seguida ocorreu um tsunami, que desencadeou alertas em regiões do Pacífico. Contudo, parte da população foi evacuada da península e pessoas sofreram ferimentos leves. De acordo com o governo russo, um tsunami forte foi observado em Kamchatka, com ondas registradas de até 4 metros.
O fenômeno também foi registrado no Japão e no estado do Havaí. No Japão, ondas abaixo de 1 metro chegaram a atingir o norte do país e o governo prevê que elas possam chegar a altura de até 3 metros. Já no Havaí, o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico afirmou que um tsunami atingiu o país e o governo determinou que parte da área costeira fosse evacuada.
Alertas foram sinalizados para quase toda a costa das Américas, incluindo Estados Unidos, México, Chile, Equador e Colômbia – os dois últimos determinaram a evacuação das costas e a interrupção dos serviços marítimos. Apesar de serem efeitos do terremoto na Rússia, os riscos nessas áreas são considerados menores.