Primeira Turma do STF condena núcleo 3 da trama golpista que planejou matar autoridades

Nesta terça-feira (18), a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por unanimidade, seguir o voto do relator Alexandre de Moraes para condenar mais nove réus por envolvimento na trama de tentativa de golpe promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022. Nesta fase de julgamento, a Primeira Turma julgou o núcleo 3 da trama golpista, formado por dez réus: nove militares e um agente da Polícia Federal.

Alexandre de Moraes, o qual é o relator do caso julgado, votou para condenar 7 dos 10 réus. Os crimes foram apontados como os mais severos e violentos de toda a trama, por conta de que essa parte do núcleo ficou responsável pelo plano para o assassinato de autoridades, como, por exemplo, o presidente Lula. Esse mesmo grupo ficou à frente do planejamento de ações para pressionar o comando do Exército a aderir ao golpe para manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas eleições.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou os réus a serem julgados por 5 crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Condenações pela Primeira Turma do STF

A votação pelas condenações foi por unanimidade, o que significa que os ministros da Primeira Turma do STF votaram seguindo o voto do relator. Os réus condenados pelos crimes citados acima são: Bernardo Romão Corrêa Netto e Fabrício Moreira de Bastos, os quais são coronéis do Exército, foram condenados a 17 anos, 120 dias-multa, e 16 anos, 120 dias-multa, respectivamente.

Já os tenentes-coronéis do Exército Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros foram condenados, respectivamente, a penas de 24 anos, 120 dias-multa; 21 anos, 120 dias-multa; 21 anos, 120 dias-multa; 17 anos, 120 dias-multa. O Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal, foi condenado a 21 anos, 120 dias-multa, todos em regime inicialmente fechado.


Julgamento do núcleo 3 (Vídeo: reprodução/YouTube/STF)


Os outros dois réus foram julgados por crimes diferentes dos outros réus citados anteriormente; esses crimes são por incitação ao crime e associação criminosa. O coronel do Exército Márcio Nunes de Resende Jr. foi condenado a 3 anos e 5 meses; e o tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Jr. a 1 ano e 11 meses, ambos ao regime inicial aberto.

Absolvição pela Primeira Turma do STF

Por outro lado, tivemos pela primeira vez desde o começo do julgamento da trama golpista, onde se julgou os núcleos 1 e 4 pela condenação de todos os réus. Porém, no julgamento do núcleo 3, o general da reserva Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira foi absolvido das acusações, diz o relator Alexandre de Moraes, e os outros ministros da Primeira Turma concordaram que não havia provas suficientes para condená-lo.


Imagem do General Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (Foto: reprodução/Aleam/Alberto César Araújo)


Para concluir, o núcleo 1, chamado de “núcleo crucial”, foi o primeiro a ser julgado; nele tivemos o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Esse núcleo 1 também teve mais 7 pessoas condenadas. Já o núcleo 4 foi julgado por promover desinformação; nesse núcleo temos Ailton Gonçalves Moraes Barros (ex-major), que foi condenado a 13 anos e 6 meses; nele tivemos outros seis condenados.

Agora tivemos o julgamento do núcleo 3, com a condenação de nove pessoas e a absolvição de uma. Ainda será julgado o núcleo 2, que ficou com a responsabilidade do gerenciamento de ações e também a menção de uma possível participação no processo da criação de desinformação, com somente um acusado: Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho.

Max Dowman, Estêvão, Yamal: jovens revelações surgem em nova tendência do mercado

Os clubes mais ricos do mundo estão contratando e lançando jogadores cada vez mais jovens. Não é por acaso; é uma tendência do mercado de futebol, uma estratégia que as grandes ligas adotaram. E o Brasil pode ficar para trás nesse momento, ele que se posiciona no mercado como vendedor, muitas vezes não mantendo seus jovens atletas, que saem muito cedo para o mercado europeu.

As grandes ligas, como o campeonato espanhol (La Liga), francês (Ligue 1), inglês (Premier League), alemão (Bundesliga) e italiano (Serie A), promovem e incentivam financeiramente seus clubes a formarem cada vez mais os seus jovens atletas e usá-los no futebol profissional.

E, portanto, esses jogadores tendem a ter mais espaços e tempo de jogo. É possível observar nos dados abaixo uma crescente desses atletas, que se tornaram fundamentais para suas equipes.

La Liga à frente na formação de jovens 

O campeonato espanhol está à frente nessa nova tendência; eles apostam muito na formação de atletas, não somente comprando de outros países, como faz a Premier League, mas sim formando na sua própria casa. Observamos um grande incentivo e investimento médio por ano na base de clubes da 1ª divisão da Espanha, que fica entre 5 e 12 milhões de euros (R$ 73,3 milhões). Em média, os valores passam dos 20 milhões de euros (R$ 122,3 milhões) ao comparar os dois grandes da liga espanhola, Barcelona e Real Madrid.

Jovens jogadores oriundos das categorias de base dos próprios clubes espanhóis disputaram 19,8% dos minutos da liga na temporada passada; portanto, é a liga com maior percentual de minutos disputados por atletas novos entre as grandes ligas europeias.


Lamine Yamal completou já 100 jogos profissionais e não competiu 19 anos ainda (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Quality Sport Images)


O que mais impressiona é o caso do Barcelona: os jogadores formados em La Masía disputaram 49,3% dos minutos do time na La Liga 2024/25. Esse time, que contava com muitos jogadores jovens e formados em sua base, foi campeão da La Liga na temporada 24/25. Entre outros dados que impressionaram dessa temporada, o Barça tinha a menor média de idade, de 25,4 anos, segundo dados do Observatório do Futebol do CIES, o qual é um centro de pesquisa internacional ligado ao Centro Internacional de Estudos do Esporte, sediado na Suíça.

Outros campeonatos europeus

A Premier League lançou, em 2012, um plano de estratégias chamado Plano de Performance do Jogador de Elite, cujo objetivo era garantir aos clubes mais e melhores jogadores formados em suas bases. Incentivando financeiramente os clubes, os valores poderiam chegar a 3 milhões de libras (R$ 20,8 milhões), ou 30 mil libras por jogo na Premier League, ao se usar um jogador da base do clube. Ao todo, mais de 2,8 bilhões de libras foram investidos desde 2012.

Porém, o plano de rejuvenescimento da Premier League acabou se diferenciando na prática. Os grandes clubes acabaram indo pelo caminho da contratação de muitos jovens, o que acabou não beneficiando o uso da base. Quando analisamos os 20 clubes integrantes da Premier League, somente o Manchester City e o Chelsea deram mais de 15% dos minutos desta temporada para atletas formados em casa. Mesmo com a maior parte do mercado comprando jogadores, vemos estrelas jovens surgirem da base, como o jovem Max Dowman que estreou na Premier League pelo Arsenal aos 16 anos.

O Chelsea é um dos clubes que mais contratam jovens de outras ligas; vemos como exemplo o Estêvão, contratado com 17 anos, podendo só jogar pelo clube quando completasse os 18 anos. Ele, que chegou já com muito destaque, se tornou o jogador mais jovem a marcar um gol pela equipe do Chelsea na Champions League.


Gol do Estêvão pela Champions League, se tornado o jogador mais jovem do Chelsea a marcar na competição (Vídeo: reprodução/YouTube/TNT Sports Brasil)


No Brasil existe uma tendência ainda maior pela venda. Mesmo clubes grandes, como o Palmeiras, que investe em média R$ 30 milhões por ano na base, encontram-se sempre no mercado como vendedor. Claro que esse clube consegue melhores valores pelas vendas, mas seus jovens atletas, quando se destacam, logo têm um grande clube europeu que os compra. E, em território nacional, não há um incentivo claro para a formação e a continuidade desses jovens atletas no próprio mercado brasileiro. Sendo assim, os clubes trabalham individualmente seus planos de base, procurando priorizar a venda desses atletas.

Carlos Ancelotti vai fazer testes no ataque da seleção brasileira contra a Tunísia

Em entrevista nesta segunda-feira (17), o treinador da seleção brasileira de futebol masculino, Carlos Ancelotti, afirmou já ter um sistema e a base do time que imagina que vá para a Copa do Mundo de 2026 – que será nos Estados Unidos, México e Canadá. Porém, deixou claro que ainda vai fazer testes e ver como cada jogador responde, principalmente no setor de ataque.

Nesta Data FIFA, a seleção brasileira já enfrentou Senegal no estádio Emirates Stadium, em Londres, na Inglaterra, e venceu por 2 a 0, com gols de Estêvão e Casemiro. E enfrenta, como último compromisso do time comandado por Ancelotti esse ano, a seleção da Tunísia, na terça-feira (18), às 16h30 (horário de Brasília), no estádio Decathlon Stadium, em Lille, na França.

O italiano afirmou ter uma boa base de quem pretende levar para a Copa do Mundo, mas que o ataque da seleção está aberto a disputas para possíveis suplentes.

Ataque de Carlos Ancelotti

Carlos Ancelotti, desde que chegou ao comando da seleção brasileira, testou 45 jogadores. E, desses testados, alguns já viraram jogadores de confiança do treinador, fazendo parte essencial da estrutura de jogo que ele pensa para sua seleção, como, por exemplo, no meio de campo, o volante Casemiro, sendo capitão e peça fundamental para seu esquema.

Já no ataque, vemos uma grande concorrência; porém, com um esquema de jogo que o treinador italiano adotou com quatro atacantes, é possível aproveitar ao máximo o que a seleção tem de bom.


Entrevista coletiva de Carlos Ancelotti em pré-jogo contra a Tunísia (Vídeo: Reprodução/Youtube/@Confederação Brasileira de Futebol)


O ataque da seleção treinada pelo italiano soma, em sete jogos, treze gols. Para ter um bom desempenho como esse, é necessário ter bons atacantes. E, portanto, temos o artilheiro da era Ancelotti, o Estêvão, com quatro gols, depois temos Vinícius Jr. e Rodrygo, com dois gols cada um. Esses jogadores já estão na frente dos outros, com as suas vagas praticamente garantidas para a Copa do Mundo de 2026.

Além deles, temos Matheus Cunha e Raphinha como indicados para serem convocados para a Copa. Matheus, que joga como um “falso” nove, consegue ajudar muito na pressão ofensiva, sendo muito importante para o estilo de jogo da seleção. Já Raphinha “briga” pela quarta vaga como titular com Rodrygo.

Para possíveis suplentes, ainda existem algumas vagas; nelas, brigam hoje João Pedro, Richarlison, Luiz Henrique e Vitor Roque, que foi citado pelo Ancelotti, onde possivelmente receberia uma oportunidade de jogar contra a Tunísia.

Possíveis nomes para o ataque da seleção para Copa do Mundo

Os nomes mais fortes cotados para ir para a Copa do Mundo como titulares são: Estêvão, pelo ótimo momento que vive e o que ainda tem a evoluir para o próximo ano; e Vini Jr., que foi o The Best em 2024 e segue sendo fundamental para a seleção. Além deles, Ancelotti comentou muito sobre a importância de Matheus Cunha, sendo seu provável camisa 9, porque ele ajuda na saída de bola entre o meio e o atacante e isso abre espaço para os outros atacantes brilharem.

Brigando pela quarta vaga de titular, temos Rodrygo, que vem sendo decisivo pelo Real Madrid nas últimas temporadas, e Raphinha, que também tem sido decisivo para as boas campanhas do Barcelona nos últimos anos.


Post sobre último treino da seleção brasileira antes do jogo contra a Tunísia (Foto: reprodução/Instagram/@brasil)


Gabriel Martinelli e Luiz Henrique estão bem cotados, disputando uma vaga de suplente. Além disso, com Matheus Cunha praticamente garantido como titular, João Pedro surge como principal substituto, tendo características parecidas, entretanto, ao mesmo tempo, sendo jogadores de chegadas ao ataque de forma diferente. Sobrando uma “briga” para outros possíveis camisas 9 pela terceira vaga, nela está Richarlison, jogador de confiança de Carlos Ancelotti, que o comandou no Everton da Inglaterra.

O Vitor Roque, que vive ótimo momento no Palmeiras, vem brigando por títulos nesta temporada. Kaio Jorge, que está tendo uma das melhores temporadas da sua carreira, está brigando pela artilharia do Campeonato Brasileiro, jogando pelo Cruzeiro. E Pedro, que mesmo com a atual lesão, sempre que saudável, é um dos melhores camisas 9 que temos jogando em território nacional.

A seleção brasileira enfrenta a Tunísia nesta terça-feira (18), às 16:30h (Horário de Brasília), no estádio Decathlon Stadium, em Lille, na França, sendo o último amistoso e testes do treinador da seleção brasileira neste ano de 2025.

Inep divulga gabarito oficial do primeiro fim de semana do Enem 2025

Nesta quinta-feira (13), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, pela primeira vez em datas diferentes, o gabarito oficial das provas do Enem. A prova de Linguagens, Ciências Humanas e Redação ocorreu no domingo (9). Essa prova tem 45 questões de Linguagens, 45 de Ciências Humanas e a Redação. Nela, o vestibulando teve o tempo de 5 horas e 30 minutos para resolver as questões e fazer a redação.

Até o ano de 2024, o gabarito oficial era divulgado dias após o segundo domingo do Enem, nele estavam os gabaritos de todas as provas juntos (Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática). A mudança é bem vista, pois os vestibulandos podem aliviar um pouco a pressão e a ansiedade entre uma prova e a outra. Também ajuda no fluxo operacional e pode ter sido adotada como uma medida de otimização. Porém, os estudantes devem ficar atentos, porque o número de acertos sozinho não determina a sua nota, mas sim o sistema (TRI), que só será divulgado em janeiro do ano seguinte à aplicação da prova.

Teoria de Resposta ao Item (TRI)

A Teoria de Resposta ao Item (TRI) é um método de correção utilizado pelo Inep no Enem. Nesse método, prioriza-se a coerência no desempenho dos vestibulandos. Por exemplo, se um estudante acertar as questões muito difíceis, mas errar as fáceis, seria incoerente, e o sistema, com esse método, detecta um possível “chute” e, então, atribuirá menos pontos ao estudante. Para concluir, esse método serve para comprovar que o aluno não acertou pelo acaso, mas sim porque sabia as respostas.

Em outro exemplo, dois candidatos que acertarem exatamente o mesmo número de perguntas podem tirar notas diferentes.


Gabarito Oficial das provas de Linguagens e Ciências Humanas do Enem 2025 (Foto: reprodução/Instagram/@inep_oficial/@mineducacao)


A Redação do Enem 2025 teve como tema “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”, um tema muito importante e atual. Por coincidência, justamente neste ano, o Enem registrou um aumento no número de idosos inscritos na prova: 17.192 participantes, comparado a 2022, o que representa um crescimento de 191%. Os estados do Sudeste tiveram a maior representatividade da terceira idade: no Rio de Janeiro, foram 3.087 estudantes; em São Paulo, 2.367 vestibulandos; e em Minas Gerais, mais 1.997 alunos.

Ingresso a universidades pelo Enem 

O Enem foi criado em 1998 pelo Ministério da Educação (MEC), com o objetivo inicial de avaliar o desempenho dos estudantes no Ensino Médio. A primeira mudança ocorreu em 2004, quando a prova começou a ser usada para o ingresso no ensino superior por meio do Programa Universidade para Todos (Prouni). Em 2009, houve uma reforma que consolidou a prova no país, com um novo formato e a criação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Com isso, o Enem se tornou a principal forma de acesso a universidades públicas e a outros programas com bolsas em universidades particulares, como o Prouni, e bolsas de estudo oferecidas pelo governo, como o Fies.


Post do Mec sobre o segundo dia de prova do Enem (Foto: reprodução/Instagram/@inep_oficial/@mineducacao)


Para concluir, no próximo domingo (16), ocorrerá o segundo dia de prova do Enem. Desta vez, serão 45 questões de Matemática e 45 questões de Ciências da Natureza, e o vestibulando terá cerca de 5 horas para concluir a prova. — Você, estudante que não acertou tantas questões no primeiro dia, não deixe de fazer a segunda prova. Como citado anteriormente, o método TRI é fundamental para sua nota final e, portanto, com a junção da primeira prova, da nota da redação e da segunda prova, ainda é possível conseguir sua entrada em uma universidade e realizar o sonho de estudar e se formar na profissão que almeja.

 

Marcas de glitters e pós decorativos são suspensos pela Anvisa 

Nesta quinta-feira (13), uma decisão publicada no Diário Oficial da União, a pedido da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), proibiu a comercialização e definiu o recolhimento de diversas marcas de glitters e pós decorativos que geralmente eram usados na confeitaria, por conta da presença de diversos materiais plásticos e de um metal.

Foram suspensas algumas marcas famosas do setor: Glitter Glow e Glitter Shine, da marca Iceberg Chef; Flocos de Ouro, de Prada e Rose Gold, Pó de Ouro, Pó para Decoração e Brilho para Decoração, da marca Jeni Joni; Glitter para Decoração, da marca Jady Confeitos, e Glitter para Decoração, da marca Glitz, da empresa Fab. Além disso, também havia a presença de um ingrediente desconhecido: o metal de transição laminado atômico 99, em alguns materiais vendidos.

Marcas suspensas pela Anvisa

A marca Iceberg Chef teve seus produtos da linha Glitter Glow e Glitter Shine suspensos à venda, propaganda, distribuição e fabricação. A Anvisa argumentou que a ação ocorreu por conta da presença de materiais plásticos de diversas cores e por estarem sendo indicados como ingrediente para uso junto a alimentos, o que ficou comprovado no site da instituição e também em plataformas onde a empresa vendia seus produtos online, informando serem glitters comestíveis.


Post da Anvisa sobre a suspensão da venda de algumas marcas de glitters (Foto: Reprodução/Instagram/anvisaoficial)


Entre outras marcas suspensas, a Jady Confeitos teve a linha de produtos Glitter para Decoração proibida de comercialização, distribuição, fabricação e propaganda, por conta das investigações que encontraram a presença de materiais plásticos. O órgão de controle argumentou também haver indícios de que o produto era vendido para uso como ingrediente em alimentos, devido a certas evidências no site da empresa, onde constavam informações de que se tratava de um glitter comestível.

Também foi suspensa a comercialização de produtos da marca Glitz, da empresa Fab Indústria e Comércio de Produtos para Arte e Festas Ltda., devido à presença de materiais plásticos em seu produto Glitter para Decoração. A organização de vigilância definiu o recolhimento e a proibição de comercialização, distribuição, fabricação e propaganda de qualquer produto voltado à alimentação por parte dessa marca.

Outras marcas e regras da Anvisa

Outra marca que teve os produtos suspensos foi a Jeni Joni (Nadja F. de Almeida Confeitos). Os produtos cuja comercialização foi proibida são: Flocos de Ouro, de Prada e Rose Gold; Pó de Ouro; Pó para Decoração; e Brilho para Decoração Glitter, visto que a Anvisa argumenta haver presença de materiais plásticos nos produtos, além de um metal de transição laminado atômico 99, que faz mal à saúde das pessoas.

Mais uma vez, ficou evidente que havia indicação de venda dos produtos como ingredientes para alimentos. Em seu site oficial, foi comprovado esse argumento do órgão controlador. Após isso, a agência determinou o recolhimento e a suspensão da comercialização, distribuição, fabricação e propaganda dos produtos também dessa marca.


Foto do Leandro Pinheiro Safatle, diretor-presidente da Anvisa participando de um congresso (Foto: Reprodução/Instagram/@lendro.saflate)


Para resumir, a Anvisa autoriza a comercialização de glitters e pós decorativos comestíveis, caso sejam fabricados com matérias-primas aprovadas para uso em alimentos, com aditivos ou ingredientes autorizados pela agência. No caso, o órgão permite a venda de glitters em geral, desde que não indiquem conter plástico ou material não comestível; porém, neste caso, eles estavam sendo vendidos como produtos que poderiam ser consumidos, o que a Anvisa não permite. Portanto, suspendeu todos os produtos e proibiu qualquer atividade das empresas, até que estas mudem a nomenclatura para “não comestível” ou realizem nova fabricação sem o uso de plásticos e metais.

Decreto presidencial muda regras do vale-refeição e alimentação

Na última terça-feira (11), o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou um decreto que regulamenta as mudanças no vale-refeição e alimentação. As principais alterações estão na criação de um teto na taxa cobrada pelas empresas, de 3,6%, e na redução do prazo de repasse dos valores aos lojistas para, no máximo, 15 dias.

Bem como, o decreto também incorporou a interoperabilidade, que é a capacidade de sistemas, organizações ou equipamentos diferentes de trabalharem juntos eficazmente, permitindo que qualquer maquininha de cartão passe a aceitar vales de todas as bandeiras. Estabeleceu, ainda, que o prazo para essa regra comece a valer em até 360 dias. Esse decreto foi estudado durante dois anos pelo governo e assinado em uma reunião no Palácio da Alvorada. Além de Lula e Marinho, participaram o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Rui Costa, da Casa Civil.

Mudanças nas regras dos vales-refeições e alimentações

As empresas terão prazo de até 90 dias para se adequar a essas novas regras. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, informou que, hoje em dia, a taxa chega a ser de 15%. Além disso, Marinho afirma que, na visão do governo, essas medidas vão aumentar a quantidade de estabelecimentos que aceitarão essas formas de pagamento.


Lula sobre novo decreto dos vales (Vídeo: reprodução/X/@Lulaoficial)


A medida estabeleceu um prazo máximo de 15 dias para o repasse dos valores pagos por meio de vales aos restaurantes, bares e supermercados. O novo prazo entrará em vigor 90 dias após ser oficializado. Atualmente, esse prazo é de até 30 dias após a transação, em média, podendo chegar a 60 dias, o que novamente é visto positivamente pelo mercado, que acredita que isso vai aumentar a fomentação no setor.

Como funcionam as novas medidas para os vales

Esse decreto também contém regras de transição, que levam em consideração as proporções e a dimensão das empresas. O órgão federal responsável é o Ministério do Trabalho e Emprego, que também comanda o órgão que controla o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e ficará a cargo da fiscalização dessa transição. Esse programa busca adesão voluntária e oferece benefícios fiscais às empresas que possuem políticas de alimentação, por exemplo, a oferta de vale-alimentação e refeição.

Além disso, Lula determinou que os sistemas de pagamento com mais de 500 mil trabalhadores deverão migrar para o modelo de arranjo aberto, com prazo de até 180 dias. No modelo de arranjo aberto, o benefício pode ser usado em qualquer estabelecimento que aceite a bandeira do cartão, mesmo que não seja parceiro direto da empresa emissora. Por exemplo, um vale-refeição de uma determinada bandeira de cartão pode ser usado em qualquer supermercado ou restaurante que aceite cartões dessa bandeira, independentemente da operadora do benefício.


Restaurante com pessoas se alimentando (Foto: reprodução/Nelson Almeida/Getty Images Embed)


Já no arranjo fechado, o benefício só pode ser usado em estabelecimentos cadastrados ou parceiros da própria empresa emissora. Por exemplo, um vale-refeição de uma empresa específica só pode ser usado em restaurantes conveniados a ela. Caso a pessoa tente usar em outro restaurante que não esteja na rede, o pagamento não é aceito. Além disso, esse novo decreto proíbe práticas comerciais consideradas abusivas, como, por exemplo, deságios, que são a diferença entre o valor nominal do benefício e o valor que o estabelecimento realmente recebe quando o cartão ou voucher é utilizado.

São práticas proibidas: cobrança de valor pelo uso da máquina; descontos; benefícios indiretos; prazos incompatíveis com repasses pré-pagos; e vantagens financeiras não relacionadas à alimentação. Portanto, o novo decreto estabelecido pelo governo federal tem vigência imediata, e as empresas beneficiárias têm a obrigação de cumprir as novas normas desse programa.

Além disso, para reforçar, o valor gasto continua sendo destinado somente aos gastos com alimentação do trabalhador. Esse decreto deve ser oficializado e publicado no “Diário Oficial da União” nesta quarta-feira (12).

Avião turco se desintegra no ar antes de cair na Geórgia

Nesta terça-feira (11), um avião de carga turca, um Lockheed C-130 que faz parte do exército turco, decolou do Azerbaijão em direção à Turquia. Porém, logo após decolar, ela teve um problema ainda não identificado e acabou se desintegrando no ar, com uma queda terrível no território da Geórgia.

O governo da Turquia informou que há vítimas, porém não especificou quantas, e ainda não identificou os motivos pelos quais a aeronave caiu. O vídeo mostra imagens impressionantes em que o avião começa a se desintegrar antes de finalmente atingir o solo.

Queda do avião turco

O presidente da Turquia, Recep Erdogan, afirmou estar muito triste com o acidente e expressou suas condolências aos “mártires”. No mesmo comunicado, reforçou que está em contato com as autoridades da Geórgia e enviou alguns de seus representantes para participar das buscas e resgates no local da queda da aeronave.


Vídeo da queda do avião (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)


As autoridades de aviação locais, em comunicado, afirmaram que perderam o contato com a aeronave logo após sua entrada no espaço aéreo georgiano, e que o veículo militar não emitiu sinal de emergência. Portanto, é necessário ter calma para uma análise mais profunda a fim de entender as causas da queda. O principal foco, no momento, é tentar resgatar o máximo de pessoas possível. (Mesmo que alguns veículos de comunicação digam que todas as 20 pessoas morreram na queda, nada foi confirmado oficialmente.) Essas aeronaves militares de carga C-130 são amplamente utilizadas pelas Forças Armadas da Turquia para transporte de pessoal e operações logísticas.

Entendo geograficamente os países envolvidos na queda do avião

A Turquia divide fronteira com a Geórgia, que, por sua vez, faz fronteira com o Azerbaijão. Somente um país, a Armênia, separa a Turquia do Azerbaijão. Para entender melhor, historicamente a Turquia mantém uma aliança de irmandade com o Azerbaijão, a ponto de chamarem sua união de “uma nação em dois Estados”, principalmente por serem países turcófonos, cujo idioma azeri é muito próximo do turco, e por ambas as populações compartilharem origem étnica e cultural túrquica.


Foto da união da Turquia e Azerbaijão (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Anadolu)


A Turquia e a Geórgia têm uma relação diplomática de boa vizinhança, e, portanto, a passagem de aeronaves sobre seus territórios é mais tranquila. Entretanto, com a Armênia a situação é diferente: o Azerbaijão esteve por muitos anos em guerra com a Armênia pelo Nagorno-Karabakh, e a Turquia, em diversas ocasiões, apoiou o Azerbaijão durante esse conflito. Até hoje, os três países vivem uma situação de tensão em relação aos seus territórios.

UEFA cogita mudança de formato das eliminatórias europeias por conta de baixo público

Na última segunda-feira (10), foi publicada uma reportagem sobre uma possível mudança de formato das eliminatórias europeias, muito por conta do esvaziamento de audiência sentida pelos canais de TV do torneio atual.

Em outubro de 2025, Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, comentou que uma mudança no formato das Eliminatórias da Europa não estaria descartada. Durante o “Football Summit”, o presidente da UEFA revelou que a entidade pensava em um formato mais interessante e ainda falou nas possibilidades de o Comitê Executivo da UEFA organizar esse novo formato, sempre lembrando que a Fifa precisa autorizar.

Novo formato das eliminatórias europeias

Como dito anteriormente, um grupo de pessoas, comandado por Philippe Diallo, atual presidente da Federação Francesa de Futebol e membro do Comitê Executivo da UEFA, está encarregado de apresentar essa possível nova proposta, que iria mudar o formato atual das eliminatórias europeias, deixando-o mais “vendável” e interessante para o público assistir. Entretanto, como comentado anteriormente, toda mudança de regulamento passa pela aprovação da FIFA


Símbolo da UEFA (Foto: reprodução/Instagram/@Uefa)


 

O regulamento das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 prevê que as competições que precedem a Copa do Mundo são organizadas pela FIFA em parceria com outras confederações, como, por exemplo, as eliminatórias europeias pela UEFA (União das Associações Europeias de Futebol). No continente das Américas, temos a Concacaf (Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e Caribe), que abrange as Américas do Norte, Central, Caribe e três entidades da América do Sul: as nações independentes da Guiana e do Suriname, e a Guiana Francesa. Na América do Sul, é a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).

Também temos a OFC (Confederação de Futebol da Oceania), a CAF (Confederação Africana de Futebol) e a AFC (Confederação Asiática de Futebol). Portanto, as confederações formatam o torneio, mas ele é oficialmente organizado e comandado pela FIFA, sempre dependendo da aprovação dela para qualquer mudança.

Opiniões sobre possível mudança de formato

O jornalista francês Eric Frosio, do jornal L’Équipe, da França, é um pouco mais otimista com as mudanças. Ele comentou sobre o assunto e afirmou que, no atual formato, alguns jogos sofrem com pouco interesse dos telespectadores. Eric cita a França como exemplo e diz que o jogo contra a Islândia teve somente 4,6 milhões de pessoas assistindo, o que é um número baixo. Já contra o Azerbaijão, foram 4,7 milhões, continuando a ser um número muito baixo.

Portanto, esses números demonstram que há público, mas, se houver qualquer outra coisa melhor para fazer, eles deixam de assistir aos jogos. Com isso, um novo formato seria necessário, já que praticamente todas as grandes seleções vão para a Copa do Mundo. Ele também afirmou que poderia ser algo parecido com o que ocorreu com a Champions League, que mudou seu formato e ficou mais interessante.


Como funciona o novo formato da Champions League (Vídeo: reprodução/Youtube/@TNTSportsBR)


O jornalista José Félix Díaz, do jornal “As”, da Espanha, é um pouco mais conservador quanto à mudança de formato. Ele comentou que acha muito difícil ver alterações no formato, porque há uma diferença enorme entre as seleções, na opinião de José. É raro que uma seleção de história, como aconteceu com a Itália, fique de fora de uma Copa do Mundo, ainda mais considerando que foram incluídas mais vagas.

Félix diz que não há emoção, mas acredita ser necessário realizar essas partidas, mesmo que, como dito anteriormente, dificilmente alguma seleção de ponta fique de fora da Copa do Mundo. Portanto, a verdade é que esse assunto gera muitos debates; porém, são realmente necessárias certas mudanças para tornar mais interessantes essas competições eliminatórias, porque, com tantas vagas, até quando algumas seleções históricas não jogam bem, ainda têm muitas chances de ir para a Copa do Mundo.

Seleção Brasileira de Carlos Ancelotti segue roteiro da seleção de Tite de 2022, antes da Copa do Mundo

Na próxima semana, a Seleção Brasileira masculina irá fazer seus últimos amistosos do ano de 2025. No sábado (15), o Brasil, comandado pelo treinador italiano Carlos Ancelotti, irá enfrentar Senegal no estádio Emirates Stadium, em Londres, Inglaterra. E, na terça-feira (18), jogará contra a Tunísia no estádio Decathlon Stadium, em Lille, na França.

No ano de 2022, a mesma Seleção Brasileira, então comandada por Tite, jogou os últimos amistosos pré-Copa do Mundo contra as seleções de Gana e Tunísia. Os dois amistosos contra as equipes africanas em 2022 ocorreram na França, mais uma coincidência da Seleção de Tite com a Seleção de Ancelotti hoje, já que o jogo contra a Tunísia vai ocorrer no país novamente.

E mais uma das coincidências é que, na lista de convocados de Carlos, temos alguns dos nomes que estavam na lista de Tite e jogaram o último jogo. Eles são: Danilo, Marquinhos, Casemiro, Lucas Paquetá, Rodrygo e Richarlison, que estiveram em campo naquela partida disputada em Paris e podem novamente estar em campo nessa partida do dia 18.

Coincidências entre a Seleção Brasileira de Ancelotti e Tite

No ano de 2022, a Seleção Brasileira usou a Data Fifa anterior à última mencionada acima para amistosos contra a Coreia do Sul, em Seul, e o Japão, em Tóquio, exatamente as mesmas seleções e locais em que o Brasil de Carlos Ancelotti jogou na última Data Fifa, em 2025.


Melhores momentos do jogo entre a Seleção Brasileira e a Seleção da Tunísia (Vídeo: reprodução/Youtube/@getv)


Também vale lembrar que os últimos quatro jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, no Catar, foram diante de Equador, Paraguai, Chile e Bolívia, os mesmos adversários contra os quais a equipe de Ancelotti jogou nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Ele assumiu a Seleção Brasileira no fim de maio. Agora, o que muda é que Ancelotti terá mais alguns confrontos com seleções europeias antes da Copa do Mundo.

Confrontos importantes antes da Copa do Mundo

A Seleção Brasileira do treinador Carlos Ancelotti terá a oportunidade que a Seleção de Tite não teve: confrontos com seleções europeias; muito por conta da pandemia da covid-19, que acabou alterando a tabela de jogos das Eliminatórias e levando algumas partidas a serem adiadas, diminuindo, portanto, o espaço para a realização de amistosos.

Além disso, a Copa do Mundo do Catar foi realizada ao final do ano, por ser uma época menos quente, o que fez com que as Datas Fifa anteriores coincidissem com jogos da Liga das Nações da Uefa, impedindo que a Seleção de Tite enfrentasse equipes europeias.


Imagens de Carlos Ancelotti e Tite como treinadores da Selação Brasileira (Fotos: reprodução/Getty Images Embed/Toru Hanai/Visionhaus)


Portanto, Carlos Ancelotti terá a oportunidade de realizar mais dois amistosos pré-Copa do Mundo de 2026, que ocorrerá em três países: Estados Unidos, México e Canadá. Os amistosos ocorrerão em março de 2026, nos Estados Unidos, e já está definido que serão contra fortes seleções europeias.

A Seleção Brasileira tem encontrado confrontos desafiadores nas Copas do Mundo, onde acabou sendo eliminada recentemente. Os possíveis candidatos a esses dois amistosos são a seleção da França, e o outro deverá ficar entre Holanda ou Croácia. A Seleção Brasileira joga contra Senegal no dia 15 de novembro de 2025, às 13h (horário de Brasília), no Emirates Stadium, em Londres, Inglaterra, e contra a Tunísia no dia 18 de novembro de 2025, às 16h30 (horário de Brasília), no estádio Decathlon Stadium, em Lille, França.

Câmara dos Deputados aprova projeto que dificulta aborto legal no caso de crianças vítimas de estupro

Nesta quarta-feira (5), na Câmara dos Deputados, reuniram-se os deputados para discutir um projeto que suspende uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) sobre o direito de menores ao aborto legal. Com a votação unânime por parte do partido do PL, e com apoio de partidos do centrão, o projeto foi aprovado e suspendeu a antiga resolução.

O PL orientou seus deputados a votar a favor da proposta e registrou 74 votos favoráveis, a totalidade dos deputados do partido na Câmara, dos 317 votos a favor. Já o PT teve 60 deputados votando contra e somente dois deputados do partido que votaram a favor: o deputado Marcon (RS) e Valmir Assunção (BA), dos 111 votos dos deputados contra. Tivemos uma abstenção do deputado AJ Albuquerque, do partido PP, do estado do Ceará. Ausentes foram 83 deputados na sessão.

O que significa essa suspensão pela câmara dos deputados

Ao suspender a resolução do Conanda, o projeto dificulta o acesso de crianças e adolescentes ao aborto legal. Atualmente, a legislação brasileira permite o procedimento do aborto em três casos: gravidez decorrente de violência sexual, risco de vida para a gestante e quando o feto é anencéfalo.


Deputados falando sobre a resolução (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)


Com a suspensão votada pelos deputados, a resolução deixaria de valer, mas isso não muda a lei do aborto no Brasil. O que muda é a organização e a garantia do atendimento que essa norma regulamentava. O que deixaria de existir é o protocolo específico de proteção a menores, que hoje é definido pela resolução do Conanda, sobre como o Estado deveria agir nesses casos com crianças e adolescentes envolvidos. O aborto continua valendo nos casos de gravidez decorrente de violência sexual, risco de vida para a gestante e quando o feto é anencéfalo.

Como os partidos votaram 

Os partidos que votaram a favor do projeto da suspensão do protocolo do Conanda foram todos os 74 deputados do PL. Também votaram a favor todos os deputados presentes do PSD (39 votos), do partido Podemos (15 votos), PRD (3 votos), Novo (4 votos) e Cidadania (1 voto). Já alguns dos outros partidos tiveram uma certa divisão de votos. A maioria dos deputados presentes do União Brasil votou a favor, com 46 votos e 4 contra. Do PP, 38 deputados votaram a favor e 9 contra. Os Republicanos tiveram 38 votos a favor e 1 contra. Do MDB, 32 votos a favor e 1 contra. Do PSDB, 9 a favor e 2 contra. O Avante teve 5 votos a favor e 2 contra. Já no PDT, os votos foram acirrados, mas a maioria votou a favor, com 4 votos e 3 contra, e o Solidariedade também foi muito próximo, com 2 votos a favor e 1 contra.

Já os partidos que votaram contra o projeto em maioria foram: deputados presentes do PT, com 60 votos contra e 2 votos a favor, dos deputados Marcon (RS) e Valmir Assunção (BA). Além disso, todos os deputados do PSOL (13 votos), PCdoB (9 votos) e Rede (2 votos) foram contra a suspensão. A maioria dos deputados presentes do PSB votou 9 contra e 4 a favor, e do PV, 3 votos contra e 1 a favor. Agora, o PDL 3/2025 será enviado ao Senado Federal para votação. No Senado, há três possibilidades de continuidade: aprovado o PDL pelo Senado como está, suspende-se a Resolução 258/2024 do Conanda; se o Senado rejeitar, a resolução continuará em vigor; e os senadores também podem fazer novas emendas ou alterações no texto, que retornariam à Câmara, exigindo uma nova apreciação.