Brasil amplia regras e cria sistema para controlar operações de criptomoedas

A Receita Federal endureceu a regulação sobre criptomoedas com uma nova norma que obriga plataformas estrangeiras que atendem clientes brasileiros a reportarem informações ao Fisco, órgão responsável por fiscalizar assuntos acerca da legislação tributária.

A norma moderniza o envio de dados e amplia a fiscalização do Estado, cobrindo não apenas as exchanges nacionais, como anteriormente, mas também as internacionais que prestam serviço a brasileiros. Além disso, a iniciativa introduz o novo sistema DeCripto, que visa substituir o modelo atual a partir de 2026.

No dia 10 deste mês, o Banco Central anunciou a criação de um conjunto de regras responsáveis por regulamentar o mercado de ativos virtuais no Brasil. No mesmo, foram incluídas normas para autorização, prestação de serviços e atuação no mercado de câmbio. De acordo com o BC, as regras viabilizam a redução de golpes, fraudes e lavagem de dinheiro.

Novas regras

A instrução normativa nº 2.991 da Receita Federal foi publicada na última sexta-feira (14), atualizando as antigas regras para envio de informações acerca de operações com criptoativos – que estava em vigor desde 2019. Segundo a Receita, o novo pacote de normas não gera novos impostos, nem modifica a base atual de cálculo de tributos, tendo o único objetivo de modernizar os envios e aumentar o monitoramento do mercado.

A partir disso, o Brasil começará a usar o sistema Carf (Crypto-Asset Reporting Framework), para realizar a troca de informações de forma automática entre as entidades que são responsáveis pela regulação dos tributos.


Nova medida amplia fiscalização de investimentos (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Chesnot)


Sistema DeCripto

Para implementar as novas exigências, a Receita criou o sistema DeCripto. Hospedado na e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte), o novo sistema irá substituir o utilizado atualmente a partir de julho de 2026, com declaração sendo realizada mensalmente. A mudança também permitirá a integração com setores internacionais, pois o modelo Carf já é aplicado em outros 70 países.

Através do DeCripto tanto exchanges nacionais quanto pessoas físicas ou jurídicas que realizem operações sem a mediação de corretoras do país precisaram declarar os dados a cada mês. Anteriormente, o limite exigido pela Receita para que o usuário reportasse os dados era de R$ 30 mil, e com a implementação das novas regras, o valor aumenta para R$ 35 mil por mês.

Novas regras do vale-alimentação e refeição opõem empresas do setor a varejo e governo

A Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABTT), que reúne empresas de VA e VR, veio a público hoje (13) para criticar as novas regras do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), iniciativa governamental que regulamenta as regras do benefício trabalhista alimentício no Brasil. Segundo a ABTT, a reformulação do PAT pode desviar verba voltada à alimentação, desestimular a concorrência e enriquecer empresas varejistas sem trazer ganhos diretos aos trabalhadores. Governo e varejo, por outro lado, entendem que o novo programa reduziria o preço dos alimentos em supermercados e restaurantes.

Decreto muda regras do setor

O presidente Lula assinou na terça (11) um decreto que moderniza o Programa de Alimentação do Trabalhador. Entre as novidades anunciadas, estão um teto de 3,6% para a taxa paga pelos estabelecimentos comerciais em operações com cartões de VA e VR e uma maior cobertura de estabelecimentos comerciais (mantendo-se a natureza exclusivamente alimentícia) e maquininhas que aceitam os benefícios. 


O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, detalha as novidades no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)


Com isso, governo e varejo defendem que supermercados, bares e restaurantes terão seu preço reduzido e os trabalhadores terão mais opções de consumo. O Ministério da Fazenda calculou que a redução da margem de lucro de empresas emissoras de VA e VR gerará um repasse de R$8 bilhões por ano ao setor varejista. Cada trabalhador, por sua vez, deve ganhar R$225 anuais com as mudanças, apontou o órgão.

Entidade critica alterações

Se, por um lado, a nova dinâmica trouxe otimismo para certos mercados, como o comércio de alimentos, outros indicaram potencial prejuízo.

A Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador disse que o limite de arrecadação percentual anunciado, com impacto nos lucros, pode desencorajar que o setor de VA e VR expanda suas operações no país, o que traria perdas a longo prazo para a população. A organização também pontuou que o “arranjo aberto” de estabelecimentos comerciais aptos a aceitar o benefício poderia desviar sua real finalidade. Nesse sentido, os consumidores poderiam optar por usar o programa para outras atividades que não a própria alimentação, sugeriu o texto, enfraquecendo a segurança alimentar brasileira. A ABTT também alertou para a possibilidade de que o varejo (isto é, supermercados, bares e restaurantes) não repassem a diminuição das taxas dos cartões para o consumidor final, de forma que não haveria a redução dos preços dos estabelecimentos.

Devido aos entraves competitivos e financeiros representados pela nova norma, as ações de duas das maiores empresas do segmento de VA e VR no Brasil, as francesas Edenred (proprietária da Ticket) e Pluxee, caíram 6,4% e 8,6%, respectivamente, na Bolsa de Paris.

As medidas interferem em relações comerciais privadas e limitam a capacidade das emissoras de inovar e competir. Por isso, a Pluxee — atuando de forma independente e em coordenação com a ABBT — estuda adotar medidas legais para contestar a implementação do decreto, o que pode resultar na suspensão de seus efeitos“, afirmou a Pluxee em nota.

Mercados em alerta: bolhas de ativos e otimismo da IA desafiam sinais tradicionais da economia global

Desde a disparada das ações impulsionadas pela inteligência artificial até o ouro atingindo recordes históricos, praticamente todas as classes de ativos parecem estar em transformação. O cenário atual desperta uma dúvida antiga em Wall Street: estaríamos diante de um novo ciclo de prosperidade ou à beira de uma bolha prestes a estourar

IA ajuda a Impulsionar a ações

O índice S&P 500 chegou aos 6.700 pontos, quase o dobro do registrado há cinco anos. A explicação está, em grande parte, nos chamados “sete gigantes da tecnologia” empresas que concentram cerca de 40% do índice e que investem trilhões de dólares em inteligência artificial (IA), tecnologia vista como a principal força motriz dessa valorização.


Um gráfico do S&P 500 (Foto: Reprodução/Michael Nagle/Bloomberg via Getty Images Embed)


Mas o fenômeno não se restringe às ações. O ouro opera próximo de suas máximas históricas, o café também registra valorização, e o bitcoin considerado o ativo de risco por excelência — já acumula alta superior a 130% desde que passou a integrar fundos negociados em bolsa (ETFs) no início de 2024.

No setor imobiliário, os preços residenciais seguem em ascensão, tornando-se cada vez mais inacessíveis para compradores comuns. Até mesmo os títulos de alto risco estão sendo negociados como se não existisse possibilidade de colapso. Esse comportamento generalizado de euforia reacende comparações com ciclos anteriores de bolhas financeiras.

O economista John Kenneth Galbraith já alertava

O economista John Kenneth Galbraith já alertava que as bolhas seguem um roteiro previsível: uma nova ideia encanta o mercado, o crédito se expande, os preços disparam e a confiança cresce até que a realidade se impõe. Para ele, o combustível essencial dessas euforias não é o crédito em si, mas a “esperança ilimitada e a memória curta” que fazem cada geração acreditar que “desta vez é diferente”.

Apesar dos sinais de alerta, muitos investidores ainda mantêm o otimismo. A curva de rendimento, que ficou invertida entre junho de 2022 e agosto de 2024,  um indicador tradicional de recessões, não se confirmou como prenúncio de crise. Segundo o Deutsche Bank, se não fosse pelos investimentos maciços em infraestrutura de IA, os Estados Unidos já estariam em recessão.

Essa coexistência de sinais contraditórios ajuda a explicar por que o ouro, símbolo de segurança, e as ações, termômetro de otimismo, sobem ao mesmo tempo. Enquanto alguns veem um mercado equilibrado e resiliente, outros enxergam investidores se protegendo de uma possível correção.

Kim Kardashian amplia fortuna com valorização recorde da Skims, agora avaliada em US$ 5 bilhões

Kim Kardashian está mais rica do que nunca. A empresária e influenciadora viu sua fortuna crescer significativamente após a nova rodada de investimentos em sua marca de roupas, a Skims, anunciada nesta quarta-feira (12). A empresa levantou US$ 225 milhões (R$ 1,19 bilhão), elevando seu valor de mercado para impressionantes US$ 5 bilhões (R$ 26,5 bilhões). O novo aporte acrescentou cerca de US$ 200 milhões (R$ 1,06 bilhão) ao patrimônio de Kardashian, que agora soma US$ 1,9 bilhão (R$ 10,07 bilhões), segundo estimativas da Forbes.

Foi liderada pela Goldman Sachs Alternatives

A rodada de captação foi liderada pela Goldman Sachs Alternatives, com participação da BDT & MSD Partners, do bilionário Byron Trott. A valorização consolida a Skims como uma das marcas de moda mais bem-sucedidas dos últimos anos. Fundada em 2019 por Kim, Jens Grede e Emma Grede, a empresa começou com uma linha de modeladores corporais e expandiu seu portfólio para incluir roupas casuais, pijamas, jaquetas e até peças masculinas.

“Este marco reflete a confiança contínua na nossa visão de longo prazo e posiciona a Skims para desbloquear sua próxima fase de crescimento”, declarou Jens Grede, CEO da companhia.

Com projeção de alcançar US$ 1 bilhão em vendas líquidas ainda neste ano, a Skims reforça a posição de Kim Kardashian como uma das mulheres mais bem-sucedidas  e influentes  do mundo dos negócios.

Muitas lojas físicas

Com 20 lojas físicas nos Estados Unidos e no México, a Skims planeja se tornar um “negócio predominantemente físico” nos próximos anos. O novo investimento será usado para expandir a presença global da marca e lançar novas coleções. Em fevereiro, a empresa lançou a NikeSkims, uma parceria com a Nike voltada para roupas esportivas femininas. Uma nova coleção da collab, com meias, pochetes e luvas de treino, será lançada nesta quinta-feira (13).


Kim Kardashian comparece ao evento da NikeSKIMS (Foto: Reprodução/Kevin Mazur/Getty Images Embed)


Além do setor de moda, Kim Kardashian aposta também em beleza e cosméticos. Em março, a Skims comprou de volta os 20% de participação da Coty na linha SKKN by Kim, encerrando uma parceria iniciada em 2021. Recentemente, a marca contratou Diarrha N’Diaye, fundadora da Ami Colé, para liderar as novas iniciativas de beleza e fragrâncias.

Apesar da fama construída com programas como Keeping Up With the Kardashians e The Kardashians, Kim afirma que sua principal fonte de renda hoje é a Skims, na qual detém cerca de um terço das ações. “Eu faço tudo, desde o design até a escolha de todas as campanhas. Esse é o meu trabalho diário”, disse a empresária em entrevista recente ao The Graham Norton Show.

Trump promete cortar tarifas e agita o mercado global do café

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que o governo norte-americano reduzirá as tarifas impostas sobre importações de café, conforme afirmou em entrevista à Fox News nesta terça-feira (11). A fala ocorre em meio às negociações comerciais com países exportadores do grão, entre eles Brasil, Colômbia e Vietnã.

Os preços do café no varejo americano registraram alta de quase 21% em agosto, em relação ao ano anterior, e as taxas aplicadas sobre grãos importados são apontadas como uma das causas.

Brasil entre os mais atingidos

Em julho, o Brasil enfrentou uma das maiores alíquotas de importação de café nos Estados Unidos, chegando a cerca de 50%; o Vietnã pagou em torno de 20%, e a Colômbia, 10%. Os EUA dependem quase totalmente de café importado — mais de 99%, segundo a Associação Nacional do Café. O Brasil é o principal fornecedor, responsável por cerca de 30,7% do volume, seguido pela Colômbia (18,3%) e pelo Vietnã (6,6%).


Trump diz que vai reduzir tarifas sobre café (Vídeo: reprodução/YouTube/Jovem Pan News)


No mesmo dia, o chanceler Mauro Vieira se reuniu com o senador norte-americano Marco Rubio, à margem do encontro de ministros das Relações Exteriores do G7, no Canadá. Segundo o Itamaraty, a conversa abordou as tarifas adicionais de 40% sobre produtos brasileiros, em vigor desde outubro, e os esforços para retomar o diálogo comercial entre os dois países.

Anúncios esperados

Após a entrevista de Donald Trump, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que o governo pretende fazer “anúncios substanciais” nos próximos dias para reduzir preços de itens como café e bananas, produtos em grande parte importados. Segundo ele, as medidas fazem parte de um plano mais amplo para aliviar a pressão sobre o custo de vida e conter os efeitos da inflação que ainda afetam o consumo interno norte-americano. A proposta, segundo fontes da Casa Branca ouvidas pela imprensa local, incluiria ajustes tarifários pontuais e incentivos para importadores.

Economistas avaliam que o alívio tarifário pode ter reflexos rápidos nas prateleiras, especialmente em redes varejistas que dependem de importações diretas. As medidas também estão sendo acompanhadas por exportadores brasileiros como uma possível oportunidade de ampliar os embarques para os EUA. No entanto, analistas ressaltam que ainda não há cronograma oficial para as mudanças, que podem depender do ritmo político em Washington nas próximas semanas.

Gastos bilionários da OpenAI e o papel de Sam Altman por trás da decisões da empresa

O CEO da OpenAI, Sam Altman, firmou uma série de acordos bilionários com empresas de tecnologia – como Microsoft, Amazon, Nvidia e Oracle – prevendo investimentos em data centers pelos próximos anos. Mesmo com uma previsão de receita em US$ 20 bilhões para 2025, os acordos chegam a US$ 1,4 trilhão, mostrando uma discrepância no que se tem e no que se promete investir. 

O cenário de expansão acelerada da OpenAI reflete a crença de Sam Altman nas leis de escala, onde quanto mais recursos significam maior inteligência e desempenho nas inteligências artificiais. Entretanto, apesar dos valores altos investidos, o CEO não deve arcar pessoalmente com esses custos. 

Acordos entre as empresas

De acordo com estimativas, para cumprir os acordos em computação, a OpenAI precisaria gerar uma renda de US$ 577 bilhões até 2029 – um salto de 2.900% em relação às projeções para 2025. 

Uma das possibilidades da OpenAI para resolver essa questão financeira é a renegociação de contratos. Algo comum no mundo das datacenters, significa que a empresa pode escolher pagar e utilizar apenas uma parte da computação que contratou, causando assim a renegociação dos contratos feitos pelas companhias de tecnologia. 

Entretanto, o que mais pesa para o CEO da gigante é a possibilidade de não ter acesso a computação para treinar e operar modelos de IA quando chegar a hora certa. O mesmo afirmou que o risco mais significativo para a empresa é não ter poder computacional, invés de ter muito.


Sam Altman, CEO da OpenAI (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Justin Sullivan)


O papel de Altman na OpenAI

Uma das ambições do CEO é a chegada da AGI, uma inteligência artificial geral que é capaz de igualar ou ser superior às habilidades dos seres humanos. Isso se reflete na sua ideia de que o melhor cenário para a OpenAI é ter poder computacional, pois assim, sua empresa teria capacidade para essa tecnologia no momento certo. Para ele, velocidade é essencial; primeiro é necessário crescer para depois descobrir o que acontece.

Contudo, essa ousadia e busca por velocidade podem atrapalhar os planos financeiros da OpenAI, como acontece agora, onde o valor de acordos ultrapassa o valor de receita anual. 

De acordo com declarações feitas pelo próprio Altman, o executivo não mantém participação acionário na OpenAI, e que mesmo após a reestruturação da gigante como corporação de benefício público isso não deve mudar. Ou seja, caso a empresa não consiga cumprir suas metas de receita, Altman não é afetado diretamente, já que não possui participação financeira. No fim, não importa quantos acordos e seus valores a OpenAI fechar, Altman não será atingido de forma direta. Danos como a sua reputação caso esses acordos não ocorram positivamente podem ocorrer, mas no papel Altman está protegido. 

Banco Central cria regras para criptomoedas e promete mais segurança ao investidor

Na ultima segunda-feira (10), foi anunciado pelo Banco Central, em Brasília, um conjunto de regras para regulamentar o mercado de criptomoedas no Brasil. O objetivo é proteger os investidores e coibir fraudes, golpes e lavagem de dinheiro. As novas normas entram em vigor em fevereiro de 2026 e vão atingir todas as empresas que oferecem serviços com moedas digitais no país.

A medida é considerada um marco para quem investe ou pretende investir em criptomoedas. Pela primeira vez, o setor passa a ter uma fiscalização direta do Banco Central, que exigirá mais transparência nas operações e responsabilidade das empresas que intermediam compras, vendas e transferências desses ativos digitais.

O que muda para quem investe em criptomoedas

Na prática, o novo regulamento deve trazer mais segurança para o público. As empresas que lidam com criptoativos, conhecidas como corretoras ou exchanges, precisarão de autorização do Banco Central para funcionar. Elas também terão que comprovar que possuem estrutura adequada para evitar fraudes e proteger os dados dos clientes.


Publicação do UOL (Vídeo: reprodução/Youtube/Uol)


Isso significa que o investidor terá mais clareza sobre onde está aplicando seu dinheiro. Até agora, o mercado era praticamente livre, o que facilitava golpes e operações ilegais. Com a supervisão direta do BC, será mais difícil para empresas fantasmas ou plataformas sem respaldo enganarem consumidores com promessas de lucros rápidos.

Outro ponto importante é que as transferências internacionais com criptomoedas passarão a ser tratadas como operações de câmbio. Na prática, quem enviar ou receber valores do exterior usando moedas digitais precisará seguir regras parecidas com as de bancos tradicionais, o que garante mais rastreabilidade e segurança.

Como a medida pode ajudar o consumidor

A regulamentação também deve tornar o mercado mais confiável. Com a nova lei, o Banco Central poderá exigir relatórios das empresas, definir padrões de governança e aplicar punições em caso de irregularidades. Isso ajuda a evitar perdas financeiras e dá mais confiança a quem deseja entrar no mundo das criptomoedas.

Para o consumidor, a principal vantagem é a transparência. Será possível saber quais empresas estão devidamente registradas e confiáveis. Além disso, a supervisão promete reduzir os casos de pirâmides financeiras e fraudes que marcaram o setor nos últimos anos. As regras também incentivam o crescimento do mercado de forma saudável, atraindo novos investidores e fortalecendo o uso das criptomoedas como meio de pagamento e investimento no país.

Justiça decreta falência da Oi e preocupa milhões de clientes

A falência do Grupo Oi, foi decretada na última segunda-feira (10), pela Justiçã do Rio de Janeiro. A empresa é uma das maiores do grupo de telecomunicações do Brasil. A decisão tomada é resultado de anos tentando recuperação judicial. A medida deve afetar diretamente acionistas, credores e também consumidores, pois a empresa ainda atende milhões de brasileiros, tanto com os serviços de internet, como também de telefonia.

A falência marca o fim de uma era para a antiga “campeã nacional” do setor, que já chegou a operar em países da Europa e da África. Agora, o controle das atividades da Oi fica sob responsabilidade de um administrador judicial, que deve garantir o funcionamento provisório dos serviços e avaliar como será feita a liquidação da companhia.

Como os clientes da empresa ficam nessa situação

Mesmo com o decreto de falência, é importante ressaltar que os clientes não precisam se preocupar com os cortes imediatos dos serviços prestados pelo Grupo. A justiça determinou que a empresa deve continuar operando, até que um novo plano de gestão seja definido. Ou seja, para os consumidores, a internet, telefone fixo e móvel devem continuar funcionando.


Grupo OI tem falência decretada (Imagem: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


Os consumidores que têm contratos ativos seguem com os mesmos direitos de antes. Reclamações e problemas técnicos continuam podendo ser resolvidos pelos canais oficiais da empresa e também pelos órgãos de defesa do consumidor. O objetivo é evitar que a falência prejudique ainda mais quem depende dos serviços da operadora no dia a dia.

No entanto, os consumidores ainda assim devem ficar atentos. Pois a médio prazo, a empresa Oi será vendida em partes ou transferir os seus contratos para outras operadoras, como já aconteceu em anos anteriores. Mas, nestas situações, vale ressaltar que o cliente precisa ser avisado oficialmente e tem o direito de decidir se quer continuar com o serviço ou não.

Razões da falência

A Oi acumulava dívidas bilionárias desde 2016, quando entrou pela primeira vez em recuperação judicial. O valor da dívida ultrapassava de R$ 60 bilhões na época. Mesmo após a reestruturação de uma parte da empresa e vender operações para a Claro, TIM, Vivo as suas principais concorrentes, a Oi não conseguiu se manter financeiramente de uma forma estável.

Em 2023, a empresa pediu uma nova recuperação judicial, mas o plano não teve sucesso. O endividamento aumentou e a falta de caixa inviabilizou a continuidade das operações. A falência, segundo especialistas, era esperada e agora abre caminho para que o patrimônio da empresa seja usado para pagar credores e, possivelmente, preservar empregos e serviços essenciais.

Blackjack vs Roleta – Quais Jogos de Mesa São Mais Populares ao Redor do Mundo?

A disputa entre eles é quase cultural. Em alguns países, a roleta é símbolo de glamour, com o barulho da bolinha girando e as apostas em volta da mesa. Em outros, o blackjack é o favorito por dar ao jogador a sensação de controle, já que as decisões mudam o rumo da partida. Mas, afinal, qual deles é o mais popular hoje?

O fascínio dos clássicos dentro do cassino online

Quem frequenta um cassino online percebe rapidamente que blackjack e roleta nunca saem de moda. Mesmo com tantos lançamentos e gráficos modernos, esses jogos seguem firmes no topo da lista dos mais jogados. Isso acontece porque ambos combinam tradição, emoção e uma boa dose de expectativa a cada rodada.

É dentro de sites como a Betespecial que os jogadores conseguem encontrar um ambiente seguro e confiável para jogar e apostar. Isso porque essa plataforma paga mesmo os prêmios via Pix e respeita todas as regras do governo federal.

Na roleta da Betepecial, por exemplo, o jogador escolhe um número, cor ou grupo de números e espera o resultado. É simples, rápido e totalmente baseado na sorte. Já o blackjack tem outro ritmo: exige concentração e cálculo. O objetivo é chegar o mais perto possível de 21 pontos, sem ultrapassar esse valor. E é justamente essa diferença que faz cada jogador escolher o seu lado.

A facilidade de acesso nos cassinos digitais também ajudou a popularizar os dois. Hoje é possível jogar com crupiês reais por vídeo, em tempo real, recriando o clima de um cassino físico, mas no conforto de casa.

Blackjack: o jogo da estratégia e da paciência

O blackjack, também conhecido como vinte e um, tem uma legião de fãs fiéis. Ele atrai quem gosta de desafios mentais e de jogos em que a habilidade pode fazer diferença. Saber quando pedir uma carta, quando parar e quando dobrar a aposta é o que separa os jogadores casuais dos experientes.

Em muitas culturas, o blackjack é visto como o jogo “intelectual” dos cassinos, aquele em que se joga contra o crupiê, não contra o acaso. E, claro, existe toda uma mística em torno da mesa verde e das cartas sendo viradas. Mesmo nas versões online, essa sensação permanece viva.

Nos Estados Unidos e em boa parte da Europa, o blackjack é o jogo de mesa mais popular. É comum ver torneios e competições que colocam à prova a habilidade dos jogadores. No mundo digital, isso também se reflete em transmissões ao vivo e versões interativas com diferentes limites de aposta.

Roleta: o jogo do charme e da sorte

A roleta é puro espetáculo. O som da bolinha rodando, a tensão antes de ela parar e o olhar de todos presos na mesa fazem parte de um ritual que encanta jogadores há séculos. Ela é mais antiga que o blackjack e se tornou o símbolo dos cassinos de luxo, especialmente os de Monte Carlo e Las Vegas.

O apelo da roleta está na sua simplicidade. Não é preciso pensar muito ou seguir estratégias complexas. É um jogo leve, dinâmico e democrático, perfeito para quem quer diversão rápida. E, com a chegada das versões online, ficou ainda mais acessível para todos os tipos de apostadores.

Hoje, é possível encontrar roletas ao vivo em várias línguas, com diferentes estilos, como a européia, a americana e a francesa. Cada uma tem suas pequenas variações, mas o charme é sempre o mesmo.

Quem vence a disputa?

Se o assunto for popularidade, a disputa é acirrada. O blackjack domina em países onde os jogadores preferem jogos com mais controle sobre o resultado. Já a roleta é imbatível em lugares que valorizam o glamour e a sorte pura.

No mundo digital, ambos conquistaram espaço e seguem lado a lado entre os favoritos. O que muda é o perfil do jogador: quem gosta de pensar cada jogada acaba indo para o blackjack; quem busca emoção instantânea escolhe a roleta.

No fim, não há um vencedor definitivo. Tudo depende do estilo de quem está jogando e do tipo de experiência que procura.

Futuro dos jogos de mesa

Mesmo com tantas inovações nos cassinos modernos, é difícil imaginar um cenário sem blackjack e roleta. As plataformas continuam lançando novas versões com gráficos melhores, transmissões ao vivo e bônus exclusivos, mas a essência é a mesma: a diversão de jogar com emoção e um toque de sorte.

Esses dois clássicos continuam atravessando gerações e se adaptando aos novos tempos, provando que, quando o jogo é bom, ele nunca sai de moda.

Fórum econômico mundial aponta bolhas: IA, cripto e dívida

Em um cenário de intensa volatilidade nos mercados globais de tecnologia, Borge Brende, presidente do Fórum Econômico Mundial (WEF), lançou um alerta grave sobre a possível formação de três grandes bolhas financeiras. Segundo Brende, o mundo deve monitorar de perto os excessos de otimismo e os níveis recordes de endividamento global, que, juntos, podem estar inflando bolhas nos setores de Inteligência Artificial (IA), Criptomoedas e Dívida Soberana.

Durante uma visita a São Paulo nesta quarta-feira (5), o líder do Fórum, conhecido por organizar o encontro anual de líderes em Davos, na Suíça, expressou a preocupação de que o frenesi em torno da IA possa ter levado a uma precificação exagerada no mercado de tecnologia. A menção às bolhas surge em meio a quedas significativas nas ações globais de tecnologia, um movimento que, segundo analistas, é motivo de cautela, mas não de pânico imediato, após os mercados terem atingido picos recordes.

“É possível que vejamos bolhas no futuro. Uma delas é a bolha de criptomoedas, a segunda é a bolha de IA e a terceira seria a bolha de dívida,” afirmou Brende a jornalistas.

A preocupação com a dívida global é particularmente acentuada, com o presidente do WEF observando que os governos não se endividavam tanto desde o ano de 1945. Paralelamente, os mercados têm demonstrado uma resiliência notável, ignorando historicamente as preocupações com juros altos, inflação persistente e turbulências comerciais, em grande parte impulsionados pela crença no potencial transformador da IA nas perspectivas econômicas e corporativas.

Ameaça aos Colarinhos Brancos

O potencial da IA para ganhos de produtividade é inegável, segundo Brende, mas a tecnologia também representa um risco significativo para o emprego. O executivo alertou para o perigo de um novo “Cinturão da Ferrugem” (região industrial em declínio) se materializar nas grandes cidades, onde trabalhadores de “colarinho branco” que atuam em escritórios estariam mais suscetíveis à substituição pela automação e ao aumento da produtividade impulsionada pela IA. Brende citou cortes de vagas recentes em empresas como Amazon e Nestlé como exemplos dessa tendência.


Moeda digital Bitcoin (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Dan Kitwood)


Apesar dos riscos de curto prazo, o presidente do WEF reiterou a visão histórica de que a mudança tecnológica, em última análise, impulsiona a produtividade, que ele considera o único caminho sustentável para elevar a prosperidade a longo prazo. “Assim, é possível pagar melhores salários e garantir mais prosperidade à sociedade,” concluiu.

Ações de Tecnologia em Correção

As quedas recentes nas ações de tecnologia reforçam o clima de cautela. O setor, que vinha em trajetória de recordes, registrou perdas pelo segundo dia consecutivo. Bolsas como as de Seul e Tóquio caíram cerca de 5% em relação aos picos, e os futuros da Nasdaq também sinalizaram recuo. As empresas mais afetadas foram aquelas que se beneficiaram intensamente do rally de IA, notadamente a fabricante de chips Nvidia, que viu suas ações recuarem quase 4% em Wall Street.

Analistas do mercado, como Jon Withaar, da Pictet Asset Management, e Herald van der Linde, do HSBC, veem o movimento majoritariamente como um ajuste de posição ou uma realização de lucros de curto prazo, e não como o prenúncio de um colapso em massa. No entanto, a reação negativa aos resultados da Palantir Technologies, empresa de dados e IA, serviu como um gatilho para a liquidação.

“As pessoas estão envolvidas até o pescoço com essas ações de IA,” observou Van der Linde, sugerindo que uma “pausa” ou “rotação” no mercado seria natural. Apesar da venda ampla na “parte alavancada do mercado,” a intenção de uma saída em massa ainda não foi detectada pelos gestores de fundos, que, após um ano de ganhos sólidos, se mostram vigilantes. O cenário atual, portanto, pede vigilância redobrada, com o otimismo da IA confrontando os riscos estruturais da dívida e do excesso de euforia.