Depois da expectativa de vida do povo brasileiro sofrer uma queda durante a pandemia, novas projeções mostram elevações, porém bem abaixo do esperado.
De acordo com informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as projeções de expectativa de vida em 2022 eram de 75,5 anos, tendo se elevado após o período pandêmico. Em 2019, antes de começar as drásticas quedas, a projeção era de 76,2 anos. Apenas com o fim da pandemia que os números voltaram a se estabilizar.
Representação da população brasileira em destaque (Foto: Reprodução/ Rovena Rosa/Agência Brasil)
Instabilidade nas projeções
Entretanto, esse resultado ainda é preocupante por ser considerado inferior a ideia inicial que foi projetada anteriormente às grandes crises de saúde no Brasil, com informações do Censo Demográfico do ano de 2010.
Com base na fala do assistente técnico de comunicação do IBGE, Luiz d´Álbuquerque Bello, foi necessário entender e recalcular as expectativas do passado, com o objetivo principal de analisar o quadro atual da demografia brasileira. “As projeções sempre tiveram bons resultados para fins de acompanhamento demográfico. Até a chegada da pandemia, as projeções não ficaram muito distantes da demografia real. Mas, como não era possível prever a crise sanitária, os números ficaram mais distantes do que os cálculos permitiam considerar.”, afirmou o profissional.
Por certo, fatores climáticos e globais não são possíveis de prever, o que os torna um desafio para calcular a demografia.
Importância das projeções
De acordo com Izabel Guimarães Marri, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida representa muito mais do que apenas um número. “A expectativa de vida sintetiza toda a experiência de mortalidade que uma pessoa média vai ter a partir daquela idade. Então, a taxa de vida ao nascer é o resumo do que se espera viver em cada uma dessas idades. Ela sintetiza toda uma experiência da mortalidade da população de todas as idades naquele ano”, reforçou.
De fato, os pesquisadores buscam entender cada vez mais as novas projeções.
Foto Destaque: em foco. (Reprodução/ Vinícius Schmidt/ Metrópoles)