Ex-presidente Jair Bolsonaro afirma não ter realizado nenhuma doação para Carla Zambelli

Jair Bolsonaro prestou depoimento nesta quinta-feira (5) e afirmou não ter feito nenhuma doação para a deputada Carla Zambelli (PL-SP). A declaração ocorreu logo após o ex-presidente sair da sede da Polícia Federal, em Brasília.

“Não tenho nada a ver com a Carla Zambelli, tá certo? Não botei dinheiro no Pix dela e tô aguardando. Obviamente, acompanhei pela imprensa o caso Zambelli”, comentou Bolsonaro.

A revelação foi feita por Bolsonaro, que, na condição de testemunha da investigação que apura as ações do seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, também do Partido Liberal (PL) declarou não ter relação com a parlamentar. Eduardo é suspeito de ter articulado sanções com o governo norte-americano em oposição ao Poder Judiciário brasileiro.

Carla Zambelli, que viajou para os Estados Unidos, foi condenada no último mês deste ano a dez anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e por falsidade ideológica. Ela comunicou sua permanência no exterior, alegando ter saído em busca de tratamento médico. A deputada também afirmou que seguirá para a Itália, na Europa, pois acredita que não poderá ser extraditada por possuir dupla nacionalidade.

Prisão da deputada

O nome de Carla Zambelli entrou na lista de procurados da Interpol após ela deixar o país logo depois da condenação. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, acatou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), determinando a suspensão das redes sociais e das contas bancárias da parlamentar, além da inclusão de seu nome na lista internacional de procurados.

Aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro, Carla Zambelli foi apontada por ele como um dos principais motivos para sua derrota nas eleições de 2022, nas quais tentava a reeleição.

“Aquela imagem da Carla Zambelli, da forma como foi usada, perseguindo o cara lá… Teve gente que pensou: ‘Olha, o Bolsonaro defende o armamento’. Mesmo quem não votou no Lula, anulou o voto. A Carla Zambelli tirou o mandato da gente”, disse Bolsonaro.


Carla Zambelli perseguindo um eleito do Bolsonaro(vídeo:reprodução/YouTube/O Globo)



Crimes cometidos pela deputada e pedido de cassação de mandato

Zambelli é investigada pelo STF por outras ações. Em 2022, ano das eleições, a deputada licenciada perseguiu, armada, um apoiador do atual presidente Lula pelas ruas de São Paulo. O episódio tornou a parlamentar alvo de apurações, pelo porte ilegal de arma de fogo e por constrangimento ilegal com o uso de armamento.

Ela também é acusada de ter auxiliado o hacker Walter Delgatti a invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para forjar um falso pedido de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Diante disso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que as atitudes de Zambelli demonstram negligência com o cargo parlamentar e um entusiasmo em executar ações ilícitas durante o mandato. Por esse motivo, foi solicitada a cassação de sua função legislativa.

Bolsonaro presta depoimento à PF sobre pressão de Eduardo nos EUA contra STF

A Polícia Federal ouve nesta quinta (5) o ex-presidente Jair Bolsonaro em uma apuração que envolve seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro. O inquérito investiga se Eduardo articulou, nos Estados Unidos, ações contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com possível apoio direto do pai.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) quer esclarecer se Bolsonaro incentivou as tentativas do filho de influenciar autoridades norte-americanas. Em especial, aliados de Donald Trump, para que adotassem sanções contra o STF. Bolsonaro chegou a afirmar publicamente que ajudaria a bancar a permanência de Eduardo no exterior.

Pressão internacional e possível obstrução

Eduardo Bolsonaro está nos EUA desde fevereiro após anunciar licença do mandato. Segundo a PGR, ele passou a fazer declarações públicas atacando o STF e, em especial, o ministro Alexandre de Moraes. Em entrevistas e redes sociais, o filho do ex-presidente pediu abertamente que o governo norte-americano adotasse medidas punitivas contra ministros da Corte brasileira.


Bolsonaro presta depoimento à PF. (Vídeo: reprodução/YouTube/g1)

A Procuradoria aponta que essas ações podem configurar crimes como coação no curso do processo, tentativa de abolição do Estado de Direito e obstrução de investigações sobre organização criminosa.

Depoimentos buscam rastrear articulações políticas

Além do ex-presidente, diplomatas brasileiros e parlamentares como Lindbergh Farias (PT-RJ) serão ouvidos. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, autorizou todos os depoimentos. A investigação quer determinar até que ponto Jair Bolsonaro teve envolvimento direto nas articulações do filho.

A PGR trata o caso como parte de um esforço mais amplo para enfraquecer instituições brasileiras a partir de influência externa, o que pode ter implicações criminais e diplomáticas.

Inquérito e pedido de cassação

A PGR abriu inquérito contra Eduardo Bolsonaro por atacar instituições democráticas em viagens aos EUA. O deputado é acusado de difundir desinformação sobre o sistema eleitoral e pressionar o Judiciário via articulações internacionais. O PT pediu sua cassação, alegando quebra de decoro. Documentos reunidos por Lindbergh Farias sustentam a denúncia e reforçam a ofensiva jurídica.

Deputada Zambelli é alvo de nova investigação por tentativa de obstrução de justiça

A deputada Carla Zambelli é alvo de nova investigação judicial determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Na data de ontem, quarta-feira (04), Moraes abriu inquérito a fim de investigar se a parlamentar cometeu os crimes de coação e obstrução de justiça devido suas ações em território americano, ligadas a condenação referente ao processo envolvendo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Carla Zambelli que foi condenada a 10 anos de prisão e perda de mandato no processo citado acima, está nos EUA desde o começo desta semana. E, de acordo com Alexandre de Moraes, a deputada pratica os mesmos atos que o seu correligionário, o também deputado atualmente licenciado, Eduardo Bolsonaro. Para Moraes, tanto Zambelli quanto Eduardo Bolsonaro, possuem os mesmos “modus operandi”, incitando o governo de Donald Trump a aplicar sanções contra autoridades brasileiras, incluindo o próprio ministro. 

Do prazo

O ministro Alexandre de Moraes determinou o prazo de 10 dias, a partir da instauração do inquérito, para que a deputada federal possa prestar esclarecimentos sobre as alegações feitas contra ela. Os esclarecimentos podem ser feitos por escrito e devem ser encaminhados à Polícia Federal brasileira (PF), uma vez que a parlamentar encontra-se fora do país. 


Publicação do STF sobre o novo inquérito aberto contra a deputada federal Carla Zambelli (Foto: reprodução/X/@STF_oficial)

Além do depoimento de Zambelli, a PF também fica encarregada de preservar e monitorar todo o conteúdo extraído das redes sociais da deputada ou de pessoas ligadas a ela, que tenham relação com a investigação em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), a fim de resguardar o acervo complementando a investigação. 

Vale ressaltar que as redes sociais da deputada federal Carla Zambelli, de sua mãe Rita Zambelli e seu filho, João Zambelli, foram bloqueadas na tarde de ontem, quarta-feira (04), por determinação judicial. Acatada pelas principais empresas de tecnologia, sob pena de multa diária de R$ 100 mil reais em caso de descumprimento.

Prisão preventiva

A parlamentar, que viajou para os EUA, segundo investigações da Polícia Federal, a partir de um voo da cidade de Buenos Aires, na Argentina, teve seu nome incluído na lista vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), na data de ontem. O pedido de prisão preventiva foi feito pela Procuradoria Geral da República (PGR) e aceito pelo ministro Alexandre de Moraes. 

Carla Zambelli afirma ser inocente e declara ser alvo de perseguição política. Antes de ter suas redes sociais bloqueadas por decisão judicial, a parlamentar informou que buscaria refúgio na Itália, por ter dupla cidadania e que somente voltaria ao Brasil, segundo ela, quando a democracia fosse instaurada novamente no país.

Carla Zambelli pode ser incluída na Difusão Vermelha da Interpol

Nesta quarta-feira (4) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou que a deputada Carla Zambelli deve ter o seu nome enviado para a lista de foragidos internacionais. Assim, a Polícia Federal brasileira, que é a principal sede da Interpol no Brasil, será encarregada de enviar uma solitária para a inclusão do nome de Zambelli na Difusão Vermelha.

Ademais, o pedido deverá passar pela validação do Ministério da Justiça por meio da Diretoria de Cooperação Internacional e, de acordo com a CNN Brasil, a Interpol esclareceu que a cidadania italiana da deputada do PL não impede sua inserção na listagem de procurados.

Carla Zambelli, condenada a 10 anos de prisão deixa o Brasil

Caso a introdução dela no ranking de procurados seja aceita pela Organização Internacional de Policia Criminal, a política ítalo-brasileira será considerada foragida da justiça em 196 países. Por tanto, o jurista ex-político brasileiro, Alexandre de Morais, decidiu que a proposta deve ser encaminhada para a Justiça do país onde a deputada do Partido Liberal está, para agilizar o pedido e o processo de extradição de Zambelli.

A deputada federal eleita por São Paulo, foi condenada a 10 anos de prisão por invasão de dispositivo eletrônico, segundo uma denúncia que aponta Carla, como a contratante do hacker Walter Delgatti para entrar no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para cadastrar um falso mandato de prisão em nome do Ministro Moraes. Após sua sentença apurada pela CNN Brasil, a funcionária pública anunciou em suas redes sociais nesta última terça-feira (3) que saiu do Brasil para poder continuar resistindo a uma suposta perseguição política.

Zambelli divulga canais para comunicação com apoiadores

Além disso, a figura influente do Partido Liberal utilizou seu Instagram oficial para se expressar, deixando claro que sua viagem para a Europa não é um abandono do País e que ela não desistiu da sua luta. Para Zambelli, sua ação deve ser encarada com um ato de resistência que implica sua necessidade de continuar se expressando sem as amarras da suposta ditadura brasileira.


—Em seu Instagram, Carla Zambelli divulga novo projeto de troca de mensagens (foto: reprodução/Instagram/@carla.zambelli/@auriverdebrasil)


Em suas declarações para o canal Auri Verde Brasil, Carla afirmou que seus seguidores podem contar com ela mais firme e mais forte e divulgou duas propostas de redes sociais. Sendo elas: zambellibrasil.substack.com e um canal no YouTube denominado Família Zambelli. Ademais, a condenada que buscou refugou em terras europeias recebeu uma chuva de críticas nas redes sociais pela divulgação de sua chave pix, nas exibições de sua participação na conta midiática.

Lula chama de “inadmissível” crítica do governo dos EUA sobre ações de Alexandre de Moraes

Nesta terça-feira (03), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desaprovou novamente as críticas do governo dos EUA sobre as ações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. 

A afirmação se deu após o governo brasileiro receber um ofício dos EUA no dia 27 de maio, como resposta às decisões judiciais de Alexandre de Moraes, que resultaram no bloqueio de redes sociais americanas no Brasil.

“Primeiro, é inadmissível que um presidente de qualquer país do mundo dê palpite sobre a decisão da Suprema Corte de um outro país” disse o presidente.

Além disso, Lula também fez fortes críticas ao deputado Eduardo Bolsonaro, que tem se reunido com as autoridades norte-americanas para discutir possíveis sanções. Ele chama as práticas de Eduardo de “terroristas” e “anti patrióticas”.


Matéria do G1 sobre declaração do presidente Lula (Foto: reprodução/X/@g1)


O ofício enviado pelo governo dos EUA

As ações judiciais do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que resultaram no bloqueio de redes sociais americanas no Brasil, têm sido alvo de críticas e ameaças do governo norte-americano. 

No dia 27 de maio, o governo brasileiro recebeu um ofício dos EUA criticando as decisões do ministro brasileiro. Segundo o jornal norte-americano New York Times, que teve acesso ao documento, parte da carta dizia:

“O Departamento de Justiça disse ao ministro Alexandre de Moraes que ele poderia aplicar as leis no Brasil, mas que não poderia ordenar que empresas obedecessem ordens específicas nos Estados Unidos”

Enviado pelo Departamento de Justiça dos EUA, o documento tem caráter meramente informativo, segundo o Ministério da Justiça.

EUA vai a barrar autoridades estrangeiras “cúmplices de censura a americanos”

Na última quarta-feira (28), Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, anunciou a restrição de visto contra autoridades estrangeiras que são “cúmplices de censura a americanos”. 

Além disso, também na semana passada, Rubio não descartou a possibilidade de o ministro Alexandre de Moraes ser sancionado pelos EUA e disse que há “grande chance”. 

Em resposta, Lula afirmou que o Brasil vai defender, não só o seu ministro, mas defender a Suprema Corte”, finaliza.

Ação penal contra Bolsonaro: STF ouve testemunhas e inicia interrogatórios de réus por tentativa de golpe

Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta semana a fase de depoimentos no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado articulada para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota nas eleições de 2022. As oitivas ocorreram na sede do tribunal, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. A ação penal contra Bolsonaro e aliados entra agora em uma nova fase, com a expectativa de que o julgamento avance ainda neste semestre.

Testemunhas detalham bastidores da tentativa de golpe e núcleo próximo a Bolsonaro é listado para depoimentos

O Supremo Tribunal Federal (STF) ouviu ao longo das últimas semanas testemunhas ligadas à tentativa de golpe de Estado que, segundo as investigações, visava manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após sua derrota nas urnas.

A fase de depoimentos incluiu militares, ex-ministros e servidores públicos, e expôs detalhes de reuniões e movimentações internas no governo após o segundo turno de 2022.

Estão listados para prestar depoimento no processo o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, e outros seis integrantes considerados centrais na estrutura da suposta articulação golpista:

  • Deputado federal Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin);
  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha);
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça);
  • Augusto Heleno (ex-ministro-chefe do GSI);
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa);
  • Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022).

— Mauro Cid durante seu depoimento em 2023 (Foto: reprodução/Evaristo Sa/Getty Images Embed)

Os depoimentos, conduzidos sob sigilo por decisão do relator Alexandre de Moraes, abordam pontos sensíveis como a minuta de decreto que previa intervenção no Judiciário, pressões sobre as Forças Armadas e tentativas de desacreditar o processo eleitoral.

A medida de sigilo gerou críticas entre aliados do ex-presidente, que apontam falta de transparência na condução da ação penal.

STF inicia interrogatórios finais com foco nos réus centrais do caso

Com a fase de testemunhas encerrada, o processo avança agora para os interrogatórios dos réus. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal na Primeira Turma do STF, os depoimentos começam a partir das 14h com o tenente-coronel Mauro Cid — que firmou acordo de delação premiada com a Justiça. Os demais réus serão ouvidos em ordem alfabética.

As audiências foram organizadas para ocorrer ao longo de toda a semana:

  • 9/6 – começa 14h, com o delator Mauro Cid;
  • 10/6 – das 9h às 20h;
  • 11/6 – 8h às 10h;
  • 12/6 – das 9h às 13h;
  • 13/6 – das 9h às 20h.

Ao final dessa etapa, o Supremo abrirá prazo para alegações finais do Ministério Público e das defesas, antes de marcar o julgamento.


— Supremo Tribunal Federal (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


O encerramento dos depoimentos no STF marca uma virada na ação penal contra Bolsonaro, que se aproxima de uma decisão definitiva. Com os relatos das testemunhas já registrados, o Supremo se prepara para avaliar o mérito da acusação que envolve uma das maiores crises institucionais do país desde a redemocratização.

Lula defende Alexandre de Moraes contra possíveis sanções dos EUA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), diante da possibilidade de sanções dos Estados Unidos contra o magistrado. A declaração foi feita neste domingo (01), durante discurso na convenção nacional do PSB, realizada em Brasília.

Frases do presidente

“Os EUA querem processar o Alexandre de Moraes, porque ele quer prender um cara brasileiro, que está nos EUA fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro”, disse o presidente.

“Eu nunca critiquei a Justiça deles. Eles fazem tanta guerra, tanta coisa e eu nunca critiquei. Por que eles querem criticar o Brasil?”, afirmou Lula durante a convenção.

No dia 21 de maio, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, declarou que o ministro Alexandre de Moraes poderia ser alvo de sanções por parte do governo norte-americano.

Além disso, em um episódio mais recente, veio a público uma carta enviada pelo Departamento de Justiça dos EUA. Nessa mensagem, o órgão informou Moraes de que decisões da Justiça brasileira não têm validade automática em território americano, a menos que sejam oficialmente reconhecidas pelas autoridades dos Estados Unidos.

Essa carta foi uma resposta às decisões judiciais tomadas no Brasil que resultaram, por exemplo, no bloqueio de redes sociais norte-americanas, como a plataforma Rumble.


Lula volta a defender a regulamentação das redes sociais (Vídeo: reprodução/X/ @CNNBrasil)

Entenda o que é o Rumble

O Rumble é uma plataforma de vídeos similar ao YouTube, conhecida por defender a liberdade de expressão e atrair criadores com visões conservadoras ou que se dizem censurados em outras redes. Ganhou popularidade por permitir conteúdos que outras plataformas costumam restringir.

Em fevereiro deste ano, Moraes mandou suspender a plataforma Rumble porque a empresa não obedeceu a várias ordens da Justiça. Entre elas, estavam a retirada do perfil do jornalista Allan dos Santos, o bloqueio de dinheiro enviado para ele e a nomeação de um representante da empresa no Brasil.

Allan dos Santos mora nos Estados Unidos e é considerado foragido pela Justiça brasileira desde 2021. Isso porque Moraes mandou prendê-lo durante uma investigação sobre um grupo suspeito de espalhar notícias falsas.

Em restrição de vistos, conselheiro de Trump marca Alexandre de Moraes no X

Nesta quarta-feira(28), o conselheiro de Donald Trump, Jason Miller, marcou em sua conta do X (antigo Twitter), o Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, numa postagem relacionada a restrições envolvendo visto para estrangeiros, incluindo autoridades que estariam censurando americanos. Ele fez uma referência no post, chamando a atenção para aqueles que censuram americanos nos seus países em questão, deixando claro que ira ter direcionamento relacionado àqueles que censurarem os cidadães americanos em seus respectivos países.

Considerada ameaça a democracia

Recentemente, Jason Miller, já havia dito que Alexandre de Moraes era uma ameaça a democracia, conforme informou em post, ele seria um grande problema para a liberdade de expressão, lembrou ainda na postagem que as pessoas vão achar que ele esta perseguindo todo mundo, lembrando de uma entrevista feita pelo magistrado ao jornal The New Yorker. Enquanto era entrevistado pelo New Yorker, o ministro disse que esta havendo um populismo digital nas redes sociais, sendo ele alto e inteligente, infelizmente falou enquanto prestava a entrevista a imprensa americana.


Alexandre de Moraes no dia 15 de agosto de 2024 (Foto: Reprodução/Ton Molina/Getty Images Embed)


Miller foi interrogado anteriormente

Em 2021, Jason Miller havia sido interrogado, quando esteve no Brasil num evento promovido pela família Bolsonaro, ele foi ouvido num inquérito que envolvia na época manifestações feitas naquela semana, na ocasião seus advogados informaram que não haviam tido acesso aos aludidos dos inquéritos, motivo pelo qual se valeram do direito de ficar em silêncio. As pessoas que estavam envolvidas em sua defesa se despuseram as autoridades, sendo os acontecimentos ocorridos em setembro daquele mesmo ano, em virtude da situação daquele momento.

Além de ser conselheiro do presidente dos EUA Donald Trump, ele ainda fundou a rede social Gettr, deixando o cargo da plataforma para trabalhar no governo dos Estados Unidos da America a qual faz parte no momento, ele está envolvido nos trabalhos relacionados ao trabalho feito pelo governante atual da terra do Tio Sam. Alexandre de Moraes ainda não se manifestou a respeito dessa questão.

Polícia Federal encontra nomes de Moraes e Zanin em anotações de grupo de extermínio

A Polícia Federal (PF) investiga um grupo que cobrava até R$ 250 mil para observar e matar autoridades. No âmbito da operação foram encontrados os nomes dos ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação deseja saber se houve monitoramento dos magistrados.

De acordo com fontes relacionadas ao caso, existe uma tabela de preços que visa monitorar autoridades, com valores orçados de R$ 150 mil se a vítima fosse senador e R$ 100 mil se a vítima fosse deputado.

Cristiano Zanin autorizou a operação que cumpriu mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. A PF prendeu cinco integrantes da organização criminosa. Alguns dos nomes dos integrantes do grupo são:

Aníbal Manoel Laurindo – fazendeiro citado como mandante do assassinato de Zampieri. Já havia sido preso em 2024 e foi solto. Fazia uso de tornozeleira eletrônica.

Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas – coronel da reserva do exército desde 2002, está preso desde janeiro de 2024 pelo assassinato de Zampieri. Foi citado como um dos executores. Foi alvo de novo mandado de prisão nesta quarta.


Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou operação da Polícia Federal que visa o combate a grupo de extermínio. (Foto: reprodução/Instagram/@supremotribunalfederal)


Objetivo da operação

Tais ações da PF fazem parte de um inquérito que segue sob sigilo, e que também apura a venda de sentenças judiciais que envolvem servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJ-MT). O grupo se intitulava “Comando C4” e era composto por civis e militares da ativa e da reserva. “Comando C4” significava Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos.


Polícia Federal investiga grupo de extermínio com lista que inclui o nome de ministros do STF (Foto: reprodução/Instagram/@policiafederal)


O que apura a Polícia Federal

A investigação da Polícia Federal aponta que o grupo era usado para lavagem de dinheiro, intermediada por uma rede empresarial e financeira, com ascendência em supostas propinas para a compra de decisões judiciais no STJ. O grupo tem ligação com a execução do advogado Roberto Zampieri, morto em 2023, em Cuiabá (MT). Zampieri era indicado como figura central de intermediação de sentenças judiciais.

A investigação apura a participação de advogados, lobistas, empresários, assessores parlamentares, chefes de gabinetes e magistrados. Organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação do sigilo funcional são alguns dos crimes investigados.

Moraes inicia apuração após levantamento de sigilo do inquérito de Eduardo Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, levantou o sigilo sobre o inquérito de Eduardo Bolsonaro por coação contra integrantes da corte. O levantamento do sigilo do caso já foi comunicado à Procuradoria Geral da República, que solicitou a abertura do caso neste domingo (25).

A relação de Moraes com o caso

Moraes foi delegado pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, como relator do inquérito, já que o ministro é responsável por investigações relacionadas de forma direta com as ações de Eduardo e seu pai, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, por articulação e envolvimento com os atos contra a democracia realizados no dia 08/01/2023 no Palácio do Planalto.

Nos termos do inciso IX do art. 93 da Constituição Federal de 1988, em regra, todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos. Na presente hipótese, não há justificativa para a manutenção do sigilo.


Alexandre de Moraes instaura inquérito contra Eduardo Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

A resposta da Procuradoria

Paulo Gonet, Procurador Geral da República, analisou os discursos do deputado, nos quais o mesmo fala abertamente que o avanço da tentativa de golpe levará ao aumento da pressão por sanções dos Estados Unidos a integrantes do Supremo, mais notadamente o próprio Moraes.

Na semana passada, Gonet avisou sua equipe que levantaria o sigilo do caso de Eduardo. O procurador-geral listou uma série de declarações públicas de Eduardo e comunicou que já tinha reunido material suficiente para indiciar Bolsonaro por coação contra membros do STF. O deputado disse que, quanto mais a Primeira Turma avançasse no caso do julgamento contra seu pai por articular atos golpistas, mais ele trabalharia para obter sanções, principalmente contra o relator do caso, Alexandre de Moraes.

Após as falas em tom de ofensa por parte de Eduardo, fez com que ministros se solidarizassem com Moraes, incluído ministros indicados pelo deputado.