O padrão amoroso de Shawn Mendes volta aos holofotes com reaproximação de Bruna Marquezine

Bruna Marquezine voltou a ser associada a Shawn Mendes, em meio a uma sequência de relacionamentos do cantor canadense com mulheres latinas, padrão recorrente ao longo de sua vida amorosa. A atriz brasileira passou a circular novamente ao lado do artista após o fim do envolvimento dele com a ativista equatoriana Helena Gualinga, apontada como affair entre janeiro e novembro de 2025.

Antes de Bruna e Helena, Shawn Mendes manteve um relacionamento público com a cantora Camila Cabello, de origem cubana-mexicana, com quem assumiu namoro em 2019. A recorrência de envolvimentos com mulheres latino-americanas passou a ser destacada após a reaproximação com Marquezine, que já havia sido ligada ao cantor em outros momentos.

Helena Gualinga, assim como Bruna Marquezine e Camila Cabello, ganhou projeção internacional por sua atuação pública. Ativista indígena do povo Kichwa Sarayaku, ela é reconhecida pela defesa dos direitos dos povos originários, do meio ambiente e por pautas feministas, características que também aproximam os perfis das mulheres associadas ao cantor.

Bruna e Shawn teriam ficado em 2017

Os primeiros rumores de um envolvimento entre Bruna Marquezine e Shawn Mendes surgiram em 2017, quando os dois passaram a interagir nas redes sociais e foram vistos em eventos durante a passagem do cantor pelo Brasil. À época, a atriz vivia uma fase de idas e vindas no relacionamento com Neymar.

Em 2018, o namoro de Bruna com o jogador chegou ao fim, enquanto, no ano seguinte, Shawn Mendes assumiu um relacionamento com Camila Cabello. Desde então, a aproximação com Marquezine reapareceu de forma pontual, sempre sem confirmação pública por parte dos dois.


Bruna Marquezine e Shawn Mendes são vistos saindo juntos de restaurante no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/X/@TMZ)


Fotos no aeroporto e embarque para SP

Na terça-feira, 16 de dezembro, Bruna Marquezine e Shawn Mendes foram filmados por fãs ao embarcarem juntos em um voo do Rio de Janeiro para São Paulo. As imagens circularam nas redes sociais e reforçaram os rumores sobre a reaproximação entre a atriz e o cantor.

No registro, Bruna aparece usando boné e óculos escuros, enquanto Shawn embarca sem disfarces, carregando uma mochila e uma bolsa com o cachorro da atriz. Até o momento, nenhum dos dois comentou publicamente o episódio ou confirmou um relacionamento.

Lula diz a Trump que não aceita conflito na América Latina

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira (11) que expressou a Donald Trump sua preocupação com a escalada militar na América Latina. A princípio, Lula afirmou que a conversa ocorreu por telefone na semana passada e tratou diretamente da tensão envolvendo a Venezuela.

Ainda mais, Lula relatou que reforçou ao presidente dos Estados Unidos que a região defende estabilidade. “Nós não queremos guerra na América Latina. Nós somos uma zona de paz”, disse o presidente durante discurso em Belo Horizonte.

A tensão crescente na Venezuela

Ainda durante o relato, Lula afirmou que Trump reagiu com menção ao poderio militar norte-americano. Assim, para o presidente brasileiro, porém, o diálogo deve prevalecer. Ele disse que prefere “o poder da palavra” a qualquer demonstração bélica. Pouco antes, a fala ocorreu na abertura da Caravana Federativa, em Minas Gerais. Mais tarde, a Secretaria de Comunicação ajustou a data da ligação e informou que a conversa citada ocorreu na semana anterior.


Barricada antitanque em Caracas após tensões regionais (Foto: reprodução/Juan Barreto/AFP/Getty Images Embed)


Ao passo que a crise venezuelana domina o cenário geopolítico sul-americano, desde agosto os Estados Unidos mantêm forte presença militar no Caribe sob o argumento de combater o narcotráfico. A movimentação, no entanto, tem sido interpretada por governos da região como pressão direta sobre o regime de Nicolás Maduro. Na semana passada, Lula conversou com o presidente venezuelano e discutiu a necessidade de preservar a paz no continente.

Atuação diplomática do Brasil

Nesse ínterim, Trump declarou em novembro que os EUA podem iniciar operações terrestres para enfrentar grupos ligados ao tráfico na Venezuela. Segundo o republicano, ações navais dificultaram rotas criminosas e abriram espaço para uma nova fase militar.

Enquanto isso, o Brasil busca mediar o impasse, visto que Lula já se ofereceu para aproximar EUA e Venezuela em diferentes ocasiões. Ele defende que o respeito à soberania regional precisa orientar qualquer decisão. Pouco depois, em outubro, o presidente alertou que invasões unilaterais criariam um ambiente sem regras claras. A conversa entre Lula e Trump também abordou caminhos para cooperação envolvendo polícias e ministérios da Justiça dos países. Para o governo brasileiro, a construção de soluções conjuntas reduz riscos e fortalece a estabilidade regional.

A disputa ganhou novos contornos após Trump afirmar que Maduro ignorou um ultimato para deixar o cargo. Além disso, fontes internacionais relataram que Washington teria oferecido passagem segura à família do líder venezuelano para acelerar uma transição política. A iniciativa buscava diminuir tensões no Caribe em meio ao avanço de operações militares norte-americanas.

AC/DC confirma show no Brasil em fevereiro de 2026

A Live Nation anunciou hoje (03) que a próxima turnê da banda AC/DC, a Power UP Tour, terá sua primeira parada no Brasil, no dia 24 de fevereiro de 2026, seguindo, após, pela América Latina, com passagens por Santiago (11/03/2026), Buenos Aires (23/03/2026) e México City (07/04/2026). A banda de metal alternativo The Pretty Reckless fará a abertura dos shows.

Demorou, mas chegou

Após 16 anos longe das terras brasileiras, com última apresentação há mais de dez anos – no dia 27 de novembro de 2009 -, também no Estádio do MorumBIS, em São Paulo, a banda australiana, finalmente retornará ao Brasil, país escolhido para abrir a turnê Power UP Tour na América Latina. Algumas cidades dos Estados Unidos e Canadá também serão privilegiadas com a referência do hard rock mundial.

Será mais uma oportunidade pra rever os inconfundíveis riffs e performances marcantes, especialmente do irreverente guitarrista Angus Young, considerado um dos maiores do rock and roll mundial. Vestindo seu uniforme escolar, deixa a galera de queixo caído com seus solos explosivos, garantindo a adrenalina do grupo que continua influenciando gerações de músicos, angariando cada dia mais fãs.


Cartaz da Turnê Power Up Tour pela América Latina e do Norte (Foto: reprodução/Instagram/@acdc)


Ingressos e informações adicionais

Preparem-se, pois tantos anos de espera deixaram os admiradores e adeptos da banda sedentos e, sem sombra de dúvidas, haverá uma acirrada disputa por ingressos, que estarão disponíveis a partir das 10 horas da manhã, do dia 07 de novembro, pelo site da Ticketmaster. Entretanto, ainda não há informações sobre setores e valores acerca.

A Power Up Tour promete reviver toda a energia que faz o AC/DC essa grande potência da música, e que faz questão de manter uma constante interação com o público, sem se render a modismos, mantendo, assim, a tradição do puro rock’n’roll.

JP Morgan projeta Selic em 10,75% e Brasil se destaca na América Latina

O relatório mais recente do JP Morgan destaca uma visão de otimismo para o mercado de ações brasileiro, com projeção de 10,75% na Selic. De acordo com analistas, fatores como a perspectiva de cortes nas taxas de juro e a crescente aproximação das eleições de 2026 reforçam um caminho positivo para um novo recorde no mercado. Além da projeção, o Brasil também teve destaque entre os países vizinhos da América Latina.

A previsão de acordo com a empresa de serviços financeiros é de que a Selic, atualmente em 15%, começará a ter queda por volta de dezembro, com um corte de 4,25 pontos, posicionando a nova taxa em 10,75%. Segundo a JP Morgan, o ciclo atual da Fed (Banco Central dos EUA) está diferente dos anteriores. Anteriormente, os cortes no Banco Central americano ocorriam em períodos de crise, obrigando os bancos da América Latina a elevarem suas taxas. Entretanto, com o enfraquecimento do dólar mundialmente, países como o Brasil tem a possibilidade de subirem na economia através de cortes de juros.

Saída e entrada de bancos

Paralelamente, o levantamento do JP Morgan sinaliza mudanças no portfólio de investimentos no Brasil. O Banco do Brasil foi retirado da lista de recomendações por deterioração da qualidade dos ativos do agronegócio, de acordo com o JP Morgan. Conforme último balanço divulgado pelo BB, o lucro líquido ajustado registrou uma queda de 60%, com a inadimplência rural sendo um dos principais motivos relatados. 

Em contrapartida a saída do BB, o Nubank ganha espaço no portfólio da gigante. O banco digital é visto como promissor pelo JP Morgan, com a tese sendo sustentada pela alta de operações no país e pela expectativa de que sua unidade no México alcance um equilíbrio. 


Nubank entrou na lista de recomendações do JP Morgan (Foto: reprodução/Cheng Xin/Getty Images Embed)


Análise da América Latina

A pesquisa do JP Morgan também se estende para outros países da América Latina, com resultados positivos e negativos nos mercados latino-americanos. A Argentina, em particular, é um dos países com resultados positivos no relatório. Os fatores citados incluem a queda da inflação, crescimento econômico acelerado e a redução do déficit fiscal. De acordo com os analistas, esses fatores atraem potencialmente investidores estrangeiros.

No campo neutro, o México e o Chile mantêm estabilidade em seus mercados. Contudo, as negociações do USMCA (acordo comercial entre os países da América do Norte) podem acarretar mudanças no cenário mexicano. 

Já nos resultados negativos, o Peru segue com recomendação de subpoderação e a Colômbia enfrenta um panorama com mais desafios ainda, através do agravamento fiscal e incertezas na política. Ambos os motivos negativos tornam os países menos atrativos para investidores. A percepção é de que, apesar dos avanços em alguns países, é o Brasil quem apresenta um momento mais favorável para investimentos, através de fatores internos que o posicionam de forma mais atrativa.

Senadores brigam no México após debate sobre intervenção dos EUA

O presidente do Senado mexicano, Gerardo Fernández Noroña, da esquerda governista, e o líder do Partido Revolucionário Institucional (PRI), Alejandro “Alito” Moreno, de viés opositor e minoritário, trocaram agressões físicas na quarta-feira (27), diretamente do Congresso, após acusações de que a oposição seria favorável a uma invasão estrangeira ao território nacional. Um jornalista ficou ferido e precisou de ajuda médica.

Governistas acusam opositores de estimular invasão dos EUA

Na sessão de quarta, uma parte majoritária do Senado, ligada à presidente Claudia Sheinbaum, sustentou que o PRI e o conservador PAN estariam agindo em prol de uma intervenção militar dos EUA após a senadora de oposição Lilly Téllez conceder entrevista ao canal estadunidense Fox News no domingo apontando uma suposta presença de cartéis no governo de seu próprio país.


Senadores mexicanos entraram em confronto físico ontem, na Casa legislativa nacional, causando confusão generalizada (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)


O dia foi finalizado de forma acalorada, sem que, alega o opositor, Moreno pudesse proferir suas últimas palavras. Nesse sentido, ele se levantou durante a execução do hino nacional, que sinaliza o fim dos trabalhos diários da Casa legislativa mexicana, e empurrou o líder governista repetidamente, que também revidou. Um jornalista acabou empurrado, caiu no chão e, depois, recebeu assistência médica.


Registro do momento da briga entre senadores na Casa Legislativa Nacional (Foto: reprodução/Stringer/Getty Images Embed)


Trump envia forças estadunidenses ao Caribe

O presidente americano, Donald Trump, enviou tropas militares para o sul do Caribe há cerca de duas semanas, a fim de combater facções ligadas ao narcotráfico, como o Tren de Aragua (da Venezuela) e MS-13 (de Los Angeles, com origens em imigrantes ilegais da América Central). Trump considera a atuação desses grupos uma modalidade de terrorismo. A decisão ocorreu sem a autorização do Congresso dos EUA, que, pela Constituição, deve autorizar a incursão militar em territórios estrangeiros. 

Frente à atitude, o líder venezuelano Nicolás Maduro convocou cerca de 4,5 milhões de mercenários, aprofundado a já conturbada relação entre Caracas e Washington.

Claudia Sheinbaum, do México, por sua vez, disse ter sido informada sobre as movimentações, mas que elas não ocorreriam. A julgar pelos recentes acontecimentos no Senado mexicano, no entanto, a tensão permanece.

Crise Climática pode redesenhar o “mapa da pobreza” infantojuvenil na América Latina até 2030

A Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quinta-feira (28), divulgou dados sobre os impactos das mudanças climáticas no desenvolvimento de crianças e adolescentes latino-americanos e caribenhos. Até 2030, conforme o relatório, 5,9 milhões de pessoas nesta faixa etária poderão ser afetadas devido aos danos causados pelo efeito estufa e pela falta de financiamento climático. 

O estudo, que é uma parceria entre o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe (CEPAL), analisou os impactos climáticos no Brasil e em mais 17 países da região, projetando cenários sombrios caso medidas urgentes não sejam adotadas.

Impactos climáticos

Segundo o relatório, a crise climática não é apenas uma questão ambiental, uma vez que está diretamente ligada à realidade social de milhões de crianças e jovens na América Latina e no Caribe. Conforme o documento, se nada for feito de forma efetiva, a situação tende a se agravar, lançando milhares de crianças e jovens destes países à pobreza extrema. Podendo quase triplicar a projeção inicial, alcançando 17,9 milhões de jovens em situação de vulnerabilidade.


Publicação sobre o estudo referente aos impactos do clima na América Latina (Foto: reprodução/X/@ONUNews)

Além do impacto direto, o relatório chama atenção para as “perdas e danos” que comprometem o desenvolvimento satisfatório dos jovens e sua qualidade de vida. A falta de acesso a serviços de saúde, nutrição adequada e saneamento básico interfere diretamente na capacidade cognitiva e no bem-estar desta parcela da população. 

Apesar destes dados, o estudo denuncia que apenas 3,4% do financiamento climático multilateral é direcionado às iniciativas voltadas para o público infantojuvenil. Evidenciando a necessidade urgente para uma mudança nas prioridades e maior proteção dos mais vulneráveis, desde os primeiros anos de vida.

Regiões mais afetadas

O relatório apontou o nordeste brasileiro como uma das áreas críticas onde os efeitos das mudanças climáticas são mais severos. O “Cone Sul”, formado por Argentina, Chile e Uruguai, também é uma região que merece mais atenção. Além do “Corredor Seco” da América Central, entre o Sul do México e o Panamá, regiões expostas a eventos extremos, como secas prolongadas, enchentes, ondas de calor e furacões. 

Para os analistas, esses fenômenos não apenas colocam em risco a integridade física das crianças e jovens, mas também prejudicam seriamente seu acesso a direitos básicos como educação, moradia, água potável e alimentação.  Sem uma atuação coordenada, de acordo com o estudo, a desigualdade tende a se aprofundar, perpetuando um ciclo de pobreza e exclusão que poderia ser evitado com planejamento, investimento e compromisso político real.


Conferência sobre Desenvolvimento Social que acontecerá entre 2 e 4 de setembro de 2025, em Brasília, capital federal (Foto: Reprodução/X/@cepal_onu)

A Unicef e a Cepal destacam que a resposta à crise climática deve ir além da redução de emissões. Para os analistas, é fundamental garantir políticas públicas que fortaleçam os serviços sociais e promovam a resiliência das comunidades. Também reforçam a importância da educação ambiental nas escolas como ferramenta para preparar as novas gerações. Segundo informaram, para evitar que a pobreza adicional se concretize, seriam necessários entre US$ 10 e US$ 48 bilhões de dólares em recursos para proteger crianças, adolescentes e jovens com menos de 25 anos. 

Projeção do PIB para América Latina deve crescer, de acordo com Moody’s

A Moody’s Analytics divulgou nesta segunda-feira (18), uma análise econômica da América Latina para este ano e para 2026. Em seu relatório, a agência elevou a projeção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países latinos em 2025, elevando a estimativa de 2,1% para 2,2%. 

O relatório destacou que a região teve uma expansão percentual de 2,3% no segundo trimestre de 2025, comparado ao mesmo período do ano interior. A revisão positiva teve destaque para o Brasil, Argentina e Chile, que mesmo em meio ao ambiente de tarifas rígidas impostas pelos EUA, mostraram resiliência. Apesar do crescimento para esse ano, a Moody’s ressalta que o cenário pode desacelerar em 2026, devido às tensões no ambiente político e social atualmente.

Projeção para 2025 e 2026

O crescimento percentual de 2,1% para 2,2% – por mais que um avanço tímido – está ligado a uma performance mais estabilizada no início de 2025. No primeiro trimestre deste ano, a América Latina já havia registrado um crescimento de 3,1% na economia latina, superando o valor projetado pela agência Moody’s inicialmente, de 2,6%. Graças ao mercado de trabalho no Brasil e aos processos de recuperação econômica no Chile, Peru e Colômbia, os países conseguiram manter um bom desempenho no ano. 

Entretanto, a agência alerta que a tendência pode ser de desaceleração do ritmo em 2026. É estimado pela Moody’s uma expansão de 2,1% para 2026, sendo um valor que está abaixo da projeção prevista antes. O documento ressalta que a diminuição do ritmo de crescimento pode estar relacionada a fatores externos – como desaceleração global e o tarifaço dos EUA impostos aos países latinos – e também a fatores internos, como a inflação e dificuldades fiscais. Esse panorama reforça que a região vive um cenário de recuperação e crescimento, mas ainda pode estar vulnerável a desafios. 

Impactos das tarifas 

Um dos principais pontos ressaltados pelo relatório que podem influenciar na baixa do crescimento é a política tarifária dos Estados Unidos. O tarifaço imposto pelo governo Trump desde o primeiro trimestre do ano afeta diretamente o crescimento e competitividade global das exportações dos países latinos-americanos. O Brasil, por exemplo, foi um dos países mais impactados pelas tarifas, sendo um dos únicos no mundo a enfrentar tarifas de 30%. Essa política afeta diretamente setores estratégicos da economia local e pode comprometer parte do crescimento econômico esperado. 

Paralelamente, Chile e Peru puderam ter um respiro de alívio com a exclusão do cobre refinado das tarifas adicionais, o que garantiu uma margem de respiro, já que a maior parte das exportações da commodity são direcionadas aos EUA. Contudo, o cenário à frente ainda é desafiador, devido à agenda eleitoral dos países, restrições fiscais e guerra política e tarifária dos Estados Unidos. 


A análise feita pela Moody’s demonstra um crescimento, mas alerta para desaceleração em 2026 (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Cenários dos países

O Brasil aparece na análise como um dos países em que a economia persiste, sustentado pelo mercado de trabalho e consumo das famílias. Apesar dos desafios fiscais e da inflação que segue elevada, a economia do país conseguiu resistir melhor do que o esperado aos impactos tarifários. 

Na Argentina, o cenário também é positivo. O programa de estabilização adotado no fim do ano passado vem apresentando resultados positivos, com uma queda drástica na inflação e crescimento do crédito. Para 2026, a agência projeta a continuação da recuperação de forma estável.

Já o Chile, Peru e Colômbia tiveram resultados beneficiadores devido à valorização das commodities, especialmente minerais. No Peru, a inflação permanece controlada, com um mercado de trabalho em ascensão e na Colômbia, a queda do desemprego apoiou a economia. O México, paralelamente, enfrenta desafios em sua economia, pressionado por cortes nos gastos públicos e taxas altas dos EUA.

Deputados uruguaios votam pela legalização da eutanásia

A Câmara dos Deputados do Uruguai decidiu, nesta quarta-feira (13), liberar a eutanásia no país, por 64 a 29 votos (dos 99 assentos da câmara baixa do Parlamento). A deliberação uniu deputados de esquerda e direita. O próximo passo é a votação no Senado, a ser realizada até o fim do ano.

A nova norma permitiria que pessoas maiores de 18 anos, mentalmente competentes e acometidas por doenças terminais ou incuráveis que lhe impusessem grave sofrimento tomassem a decisão de seguir ou não com a própria vida. Caso aprovado pelo Congresso, o paciente terá de ser avaliado por dois médicos, que emitirão pareceres favoráveis ou contrários ao procedimento. Um terceiro profissional de saúde será consultado se os dois primeiros médicos não entrarem em consenso.

Discussão sobre a eutanásia no Uruguai não vem de hoje

Em 1934, o Código Penal Uruguaio, vigente até hoje, passou a prever uma possível impunidade para o “homicídio piedoso”, cometido por motivo piedoso por indivíduo de antecedentes honráveis, frente a reiteradas súplicas da vítima. O mesmo Código punia, no entanto, o que chama de “suicídio assistido”.


CNN 360º repercute o debate uruguaio sobre a morte assistida (reprodução/Youtube/CNN Brasil)


Em 2009, uma lei conhecida como “lei da vontade antecipada” ou “lei do bom morrer”, permitiu que doentes terminais pudessem interromper tratamentos médicos que lhe prolongasse a vida, mediante livre expressão dessa vontade.

Em 2020, a eutanásia foi oficialmente discutida, com um projeto de lei que passou na Câmara dos Deputados, mas nunca foi votada no Senado.

País destaca-se historicamente por políticas progressistas na América Latina 

Com 3,4 milhões de habitantes e uma extensão de cerca de 176 mil quilômetros quadrados (menor do que o estado do Paraná), o Uruguai sempre esteve na vanguarda dos direitos sociais na América Latina.

O país foi o primeiro da região a permitir o divórcio, em 1913. Ainda na segunda década do século XX, o país estabeleceu a jornada de trabalho de 8 horas, quando muitos países, mesmo da Europa, não o tinham feito.

Mais recentemente, sob a gestão de Pepe Mujica, do qual o atual presidente, Yamandú Orsi, é visto como herdeiro político, o Uruguai aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, além de descriminalizar e regulamentar a interrupção voluntária da gravidez e o mercado de maconha. Se, em 2009, o país autorizou a retificação do registro civil de acordo com a identidade de gênero, em 2018, ele passou a reservar 1% dos cargos da administração pública a pessoas trans.

Além disso, o país é considerado sistematicamente, pela organização Transparência Internacional, como o país menos corrupto da América Latina, segundo o Índice de Percepção de Corrupção, e possui um PIB per capita maior que Brasil, México e Argentina, as maiores economias do sub-continente.

Congresso de El Salvador aprova reeleições ilimitadas e abre margem para que Bukele permaneça no poder

O poder legislativo do Estado de El Salvador aprovou, na última quinta-feira (31), um projeto de lei que autoriza múltiplas reeleições, além de aumentar o mandato presidencial de 5 para 6 anos e extinguir o segundo turno eleitoral. A proposta do partido governista Nuevas Ideas, que domina o Parlamento, recebeu o apoio de 57 dos 60 membros da Casa.

Como parte de sua implementação, a norma estabelece eleições federais extraordinárias para 2027, encurtando o segundo mandato de Nayib Bukele, planejado originalmente para acabar em 2029.

Na prática, a medida gera a possibilidade de um terceiro mandato do controverso Nayib Bukel. A reeleição não era uma realidade no país até 2021, quando a Corte Constitucional do país, composta em sua maioria por juízes indicados pelo atual presidente, mudou o entendimento sobre o assunto.

Cresce o autoritarismo no país

As recentes mudanças na Constituição salvadorenha ocorrem diante de escândalos envolvendo defensores de direitos humanos no país. É que Bukele persegue seus opositores e cala, de forma intimidadora, críticas ao governo.


Veja+ explica em profundidade a complexa situação atual de El Salvador (Vídeo: reprodução/Youtube/Veja+)


O constitucionalista Enrique Anaya, por exemplo, foi preso em 7 de junho por lavagem de dinheiro após chamar de inconstitucional o atual regime do país em rede nacional. 

Já a chefe da unidade anticorrupção da organização de direitos humanos Cristosal, Ruth López, que denunciou ao menos 50 supostas irregularidades, foi detida em maio deste ano em um processo semelhante. 

Os casos motivaram a saíde de 40 jornalistas independentes e 10 defensores de direitos humanos do país.

Bukele ascende sob política de segurança polêmica

Filho de imigrantes palestinos que fizeram fortuna em El Salvador, Nayib Bukele, quando jovem, largou a faculdade de Direito e passou a atuar como publicitário prestando serviços para o partido de esquerda Frente Farabundo Martí (FMLN). Por tal legenda, entrou na política em 2012 e foi eleito prefeito da capital salvadorenha em 2015. Foi expulso da FMLN em 2017 e fundou seu próprio partido, Nuevas Ideas, no mesmo ano.

Elegeu-se presidente em 2019, colocando-se como uma alternativa à política tradicional, nem de direita nem de esquerda. A partir das eleições legislativas de 2021, o Nuevas Ideas alcançou ampla maioria no Congresso salvadorenho, desbancando os maiores partidos (FLMN e ARENA – Alianza Republicana Nacionalista).

Bukele começou o governo negociando com as gangues locais, como fizeram todos os ex-presidentes desde o fim da guerra civil, mas, após o assassinato de 87 pessoas em dois dias, em 2022, mudou sua atitude. A partir de então, governa sob regime de exceção (renovado mais de 35 vezes) e uma política de prisões em massa, que já encarceraram 88 mil pessoas. Estima-se que cerca de 10% da população masculina salvadorenha está atrás das grades – o maior número do mundo. Em contrapartida, o índice de homicídios caiu de 36 para 1,9 a cada 100 000 habitantes — o menor da América Latina e mais de dez vezes inferior ao do Brasil.

Do lado conservador do espectro político, Bukele é aliado do americano Donald Trump, do argentino Javier Milei e, no Brasil, de Pablo Marçal e Eduardo Bolsonaro.

Advogado de Cristina Kirchner pede prisão domiciliar em Buenos Aires

Com a sentença de Cristina Kirchner confirmada pela Suprema Corte da Argentina nesta terça-feira (10), a ex-presidente do país vizinho pediu para cumprir a pena de seis anos em um endereço divulgado pela Todo Notícias. Assim, a condenada por desvios de fundos públicos escolheu passar seus dias na residência da filha em Buenos Aires sem o uso de tornozeleira, pois segundo a CNN Brasil, ela já se encontra cercada por guardas e não vê a necessidade do rastreamento eletrônico.

Advogado de Kirchner relembra atentado para defender solicitação

De acordo com as informações noticiadas pela mídia argentina, em poucas horas depois do resultado do caso, o advogado de Kirchner, Carlos Beraldi, enviou para a justiça Argentina um pedido de prisão domiciliar que deveria ser realizada no bairro de San Telmo, na cidade de Buenos Aires. Além disso, Beraldi também entrou com o pedido da retirada da tornozeleira eletrônica geralmente utilizada nesse tipo de condenação, pois a ex-presidente da Argentina está cercada por um volume intenso de políciais.


Cristina Kirchner discursa para seus apoiadores nesta última segunda-feira (09) (Foto: reprodução/Instagram/@cristinafkirchner)


Ademais, o advogado da indiciada relembrou o atentado que Kirchner sofreu em 2022 e concluiu que sua solicitação visa a segurança de sua cliente. Assim, a Todo Notícias esclareceu que, Baldani, fez questão de pontuar que a cidadã argentina é uma autoridade de alto escalão e por isso necessita ser protegida de outros condenados.

Cristina Kirchner e amigo íntimo

Conforme a CNN Brasil, a viúva do também ex-presidente Néstor Kirchner, destacou-se em um processo que ganhou o nome de “Caso Valiedad” e já havia sido condenada em primeira instância no ano de 2022 e em seguida, recebeu sua segunda condenação em 2024 por liderar um esquema de corrupção enquanto governava o país vizinho em um longo período entre 2007 e 2015.

Em concordância com os dados apurados e divulgados, o Ministério Público Argentino afirmou que em colaboração com uma gama de ex-funcionários do governo Kirchner, a ex-presidente beneficiou empresários com acordos milionários para obras rodoviárias incompletas, superfaturadas e, às vezes, desnecessárias. Vale ressaltar, que outra figura essencial no caso de Cristina, é o empresário Lázaro Báez, um dos principais favorecidos no esquema de corrupção.