Anvisa proíbe cosméticos com o termo “hemp” nos rótulos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso, a propaganda, a comercialização, a distribuição e a produção de cosméticos que contenham a expressão “hemp” em suas rotulagens. A medida se dá porque a expressão “hemp” sugere que a composição dos produtos tenha substância derivada da planta Cannabis sativa e pode confundir os consumidores.

Os cosméticos proíbidos são: California drop serum facial Hemp Vegan, Psiloglow lip balm Hemp Vegan, Magic LSD mascara capilar Hem Vegan e Alucina Creme Hidratante Facial Hemp Vegan.

Posicionamento da Hemp Vegan

A Hemp Vegan emitiu uma nota afirmando que todos os produtos notificados pela Anvisa não contém substâncias psicoativas ou proibidas, como LSD, tetrahidrocanabinol (THC) ou canabidiol (CBD). Além disso, contam com documentação técnica e laudos laboratoriais que garantem que os cosméticos são feitos apenas com ingredientes permitidos pela lei brasileira.

A empresa classifica como desproporcional a ação da Anvisa, além de ser baseada em interpretações subjetivas. A Hemp Vegan diz, em nota, que vai tentar reverter a medida por meio de recurso administrativo.


Anvisa proíbe uso de produtos da empresa Hemp Vegan (Foto: reprodução/site/Hemp Vegan)

O que diz a resolução da Anvisa

A resolução de 2024 da Anvisa alerta que rotulagem de cosméticos não pode causar erro ou confusão quanto à sua fórmula e composição, e isso vale para nome comercial, marca ou imagem que possa gerar interpretação ambígua.

No Brasil, os produtos derivados de Cannabis precisam seguir o regime de controle especial, conforme a legislação nacional. Além disso, a utilização de derivados de Cannabis só é permitida para medicamentos e produtos de Cannabis autorizados pela Anvisa.

Segundo a Lei n.º 9.782/1999, é papel da Anvisa garantir que as informações nos rótulos não apresentem riscos à saúde pública. Logo, o uso do termo “hemp” pode levar o consumidor a pensar que está utilizando um produto que contém cannabis, quando, na verdade, não tem. 

Anvisa suspende protetor solar e cosméticos vendidos sem autorização no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta segunda-feira (15), por meio de publicação no Diário Oficial da União (DOU), a suspensão da comercialização, distribuição, propaganda e uso de diversos cosméticos irregulares no Brasil. Entre eles está o protetor solar Antiox C FPS 58, da marca Cosmobeauty, que não possui registro sanitário válido no país. Todos os lotes do produto, fabricado pela empresa Biodomani Indústria e Comércio Ltda., devem ser recolhidos do mercado.

Além disso, a agência proibiu todos os produtos da empresa Treelife Pharmah Ltda., que, além de não possuir registro de seus cosméticos, não tem sequer autorização para funcionar como fabricante no Brasil. A empresa promovia cremes com alegações consideradas enganosas, como a promessa de “alto gasto calórico em repouso”, sem qualquer comprovação científica.

O que uma empresa precisa para vender cosméticos no Brasil?

Para comercializar produtos cosméticos no Brasil, as empresas precisam seguir regras rigorosas da Anvisa. Em primeiro lugar, é necessário obter Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE), documento que comprova que a empresa está apta a operar no setor regulado. Depois disso, cada produto cosmético deve ser regularizado, o que pode ocorrer por registro sanitário (no caso de produtos mais complexos, como filtros solares) ou notificação (para cosméticos de risco menor).


Processo farmacêutico de produção de cosméticos (Foto: reprodução/Mr Vito/Getty Images embed)


No caso dos produtos suspensos, nem a Cosmobeauty regularizou seu protetor solar Antiox C, nem a Treelife Pharmah tinha qualquer autorização para operar, o que torna sua atuação completamente ilegal no território nacional.

Produtos com promessas exageradas e riscos à saúde

A Anvisa também alertou para os riscos do consumo de cosméticos com alegações falsas ou não comprovadas, como os vendidos pela Treelife Pharmah. Produtos que prometem resultados milagrosos sem respaldo técnico ou científico podem representar sérios riscos à saúde pública, além de induzir o consumidor ao erro. A medida da agência visa proteger a população contra o uso de itens que não passaram por testes adequados de eficácia e segurança.

O papel da Anvisa

A suspensão dos produtos irregulares reforça o papel da Anvisa na proteção da saúde pública e no combate à atuação de empresas que operam à margem da legislação sanitária. A população deve sempre verificar se um produto é regularizado e se a empresa responsável está autorizada a operar no Brasil antes de realizar a compra.

Anvisa mantém uso de PMMA apenas para fins médicos

A Anvisa concluiu recentemente uma reavaliação sobre o uso do polimetilmetacrilato (PMMA) e decidiu manter sua autorização apenas para indicações médicas específicas, excluindo qualquer aplicação com finalidade estética. A revisão foi motivada por uma solicitação do Conselho Federal de Medicina (CFM), que sugeriu a suspensão da comercialização do produto no Brasil devido a sérias preocupações com a saúde pública.

Uso restrito a indicações médicas

Segundo a agência, o PMMA pode ser utilizado apenas em casos como correções de deformidades de pele ou perda de volume facial e corporal por razões clínicas, sempre com prescrição médica e estrito acompanhamento. O uso estético, como para aumento de glúteos sem justificativa médica, permanece proibido. A aplicação em pacientes com lipodistrofia associada ao uso de antirretrovirais, por exemplo, é permitida, desde que respeitado o limite de 60 mL por glúteo.

A Anvisa também destacou que há indícios de subnotificação de efeitos adversos relacionados ao uso inadequado do PMMA, o que reforça a necessidade de atuação dos conselhos profissionais para coibir práticas irregulares e perigosas. A substância, por ser não absorvível, pode causar complicações graves e duradouras, como inflamações, granulomas, necroses e até óbitos, exigindo máxima cautela.


Procedimento estético (Foto: reprodução/Vitapix/Getty Images Embed)


O alerta da Anvisa sobre o PMMA

A agência inspecionou os dois fabricantes com produtos registrados no país — LINNEA SAFE e BIOSSIMETRIC — e confirmou que ambos seguem as boas práticas de fabricação. No entanto, a Anvisa reforça que a aplicação do PMMA deve ser feita exclusivamente por médicos ou cirurgiões-dentistas habilitados, devido aos riscos graves envolvidos. Essa medida é crucial para a segurança dos pacientes e para evitar complicações.

Por fim, a Anvisa reafirma que o uso do PMMA fora das indicações aprovadas não é regulamentado e representa um risco significativo à saúde pública, sendo responsabilidade dos conselhos profissionais fiscalizar e orientar os profissionais da área sobre as diretrizes corretas.

Anvisa suspende marca de sorvete

Na última terça quinta-feira (10), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), emitiu um comunicado no Diário Oficial da União determinando a suspensão de uma linha de gelados comestíveis por falhas graves na rotulagem.

A suspensão afeta os produtos da AICE, uma marca de sorvetes originária de Singapura e importados pela New Arrival Importação & Exportação LTDA.

Problemas encontrados

Entre as marcas analisadas pelo órgão os problemas encontrados foram a falta de sinalização quanto a presença do corante amarelo artificial – Tartrazina- que pode causar reações adversas, principalmente aos alérgicos, e também a falta de sinalização da presença de amendoim no produto Berry Chomax, componente com alto teor alérgico.

Vídeo de ação promocional AICE Brasil (Vídeo: reprodução/Instagram/@aicebrasil)

Os produtos recolhidos pela agência são: Milk Melon, Juju Apple, Frutyroll, Nanas. Estes por conter o corante Tartrazina, enquanto sorvete Berry Chocomax foi retirado por conter amendoim sem a devida sinalização no rótulo.

A medida afeta todos os sorvetes e picolés listados acima, sua venda ou divulgação estão proibidas até a empresa se retratar com os erros.

A New Arrival, empresa que importa os sorvetes, será a responsável por recolher todos os lotes em circulação no mercado nacional e poderá voltar a comercializar os produtos somente após a regularização dos rótulos.

A Anvisa

Criada em 1999, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), está sempre verificando a regularidade dos produtos comercializados no Brasil, se algo não está nos padrões exigidos para a segurança do consumidor, logo a retirada do produto é feita do mercado. Em nota, a agência declarou: “A rotulagem adequada é essencial para a segurança alimentar (…) A omissão de ingredientes alérgicos apresenta um risco real à saúde pública”.

Saber os componentes do produto que se está adquirindo é um direito do consumidor e uma obrigação de quem oferta o produto, muito além de apenas exigência técnica. A Anvisa enfatiza a importância da vigilância constante sobre alimentos importados, com atenção especial aos voltados para o público infantil.

Anvisa proíbe venda de azeite irregular e outros alimentos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ordenou a retirada do mercado de lotes específicos de champignon, molho de alho e polpa de fruta, após a constatação de não conformidades em testes realizados por laboratórios públicos. Os produtos, pertencentes a três fabricantes distintos, não atenderam aos parâmetros exigidos pelas normas sanitárias. Além disso, foi vetada a venda do azeite da marca Vale dos Vinhedos, cuja origem é desconhecida e cuja composição apresentou falhas técnicas.

Lote de polpa de morango apontou matérias estranhas

Entre os itens proibidos está a polpa de morango da marca De Marchi, lote 09437-181, com validade até novembro de 2026. De acordo com análise feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC), foram identificadas substâncias estranhas no conteúdo da embalagem. Diante do resultado insatisfatório, a Anvisa determinou o recolhimento imediato do lote, bem como a suspensão de sua distribuição e consumo.

Também foi alvo de recolhimento o champignon inteiro em conserva da marca Imperador, lote 241023CHI, fabricado pela Indústria e Comércio Nobre. Análise do Lacen do Distrito Federal identificou excesso de dióxido de enxofre, substância cuja presença é controlada por lei. O mesmo problema foi constatado no molho de alho da marca Qualitá, lote 29, produzido pela Sakura Nakaya Alimentos. O nível da substância ultrapassou o limite permitido, o que resultou na suspensão da comercialização.


Marcas de azeite são proibidas pela Anvisa (Vídeo: reprodução/Youtube/@cnnbrasil)


Azeite tem comercialização proibida por origem desconhecida

A marca de azeite Vale dos Vinhedos, importada pela empresa Intralogística Distribuidora Concept LTDA, teve todos os seus produtos proibidos no território nacional. Segundo a Anvisa, o óleo possui origem indefinida e foi reprovado em ensaios de rotulagem e características físico-químicas. Diante das falhas, ficou proibida qualquer forma de fabricação, venda, distribuição, propaganda ou uso.

Todas as decisões foram oficializadas por meio de resolução publicada nesta segunda-feira (8) no Diário Oficial da União. A Anvisa reforçou que consumidores devem verificar os rótulos antes do consumo e suspender imediatamente o uso dos produtos afetados. As empresas responsáveis deverão recolher os lotes do mercado e poderão responder por infrações sanitárias, conforme a legislação vigente.

Colgate suspende fabricação de creme dental após aumento de reações adversas

A Colgate-Palmolive decidiu parar de produzir a versão Clean Mint do creme dental Colgate Total Prevenção Ativa. A decisão foi tomada após o crescimento no número de reclamações de consumidores que usaram a pasta e relataram desconfortos como ardência, inchaço, aparecimento de aftas e dores na boca. Em alguns casos, os sintomas atrapalharam até na hora de comer e falar.

Segundo a empresa, a suspensão da fabricação faz parte de um processo de investigação sobre os ingredientes presentes no produto. A medida também atende a orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que acompanha de perto o caso.

Número de reclamações cresce após mudanças no produto

No fim de maio, mais de 1.200 pessoas já tinham procurado a Anvisa para informar reações adversas após o uso da pasta. Isso representa um salto significativo, considerando que no início do ano apenas 13 notificações tinham sido registradas.

A versão Clean Mint é uma reformulação do conhecido Colgate Total 12. Ela passou por alterações na composição e também no nome. A principal mudança aconteceu em julho de 2024, quando o fluoreto de sódio foi trocado por fluoreto de estanho como o ingrediente ativo. Ainda não há confirmação de que essa troca seja a causa dos efeitos relatados, mas ela está sendo investigada.


Consumidores relatam aftas e inchaço após usar creme dental da Colgate (Vídeo: Reprodução/YouTube/@uol)

Além disso, outro ponto que está sendo analisado são os aromatizantes utilizados, que são derivados de óleos essenciais. Essas substâncias, conhecidas por seu aroma marcante, também têm potencial para provocar reações em algumas pessoas. Corantes e aditivos usados para realçar o sabor da pasta também estão na lista de componentes em análise.

Em nota oficial no seu site, a Colgate-Palmolive Brasil informa que:

“A Colgate-Palmolive Brasil comunica que está descontinuando o creme dental Colgate Total Prevenção Ativa Clean Mint. O creme dental, cuja distribuição para as lojas foi interrompida no final de março, não apresenta problemas de qualidade. A decisão é incentivada pela investigação conduzida em atenção aos consumidores brasileiros e à ANVISA, tendo por objeto os níveis de aromatizante do produto.

Caso você perceba qualquer tipo de desconforto, irritação ou alteração incomum ao utilizar o produto, suspenda o uso imediatamente e entre em contato com o seu dentista. Em caso de qualquer insatisfação, estamos à disposição para trocar o produto por meio dos canais de atendimento indicados abaixo:

https://www.colgatepalmolive.com.br/contact-us#

ou pelo WhatsApp +55 11 972768642″

Corantes e aditivos usados para realçar o sabor da pasta também estão na lista de componentes em análise.

Venda está suspensa por tempo indeterminado

A comercialização do creme dental foi interrompida inicialmente no final de março, após os primeiros relatos. A Colgate chegou a conseguir uma liberação temporária e voltou a distribuir o produto a partir de 30 de março. Porém, com o aumento das reclamações, a Anvisa voltou atrás e decidiu manter a proibição.

Desde então, o produto não está mais sendo enviado para os pontos de venda e a suspensão segue válida. A empresa informou que está colaborando com as autoridades sanitárias para identificar o que pode estar causando os problemas relatados. Enquanto isso, consumidores que usaram o Clean Mint e apresentarem qualquer tipo de reação devem interromper o uso imediatamente e procurar orientação médica, se necessário.

Anvisa aprova medicamento Mounjaro para perda de peso

Nesta segunda-feira (9), a Anvisa publicou no Diário Oficial da União a autorização para o uso do medicamento Mounjaro no tratamento da obesidade no Brasil. A decisão amplia as opções disponíveis para pacientes que buscam controle de peso com respaldo médico. A farmacêutica Eli Lilly, responsável pelo Mounjaro, já havia solicitado o registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária em setembro do ano passado. Entretanto, só teve pedido aceito após resultados científicos positivos.

Anteriormente, os médicos indicavam o remédio apenas para diabetes tipo 2 — assim como o concorrente Ozempic — agora, com a aprovação, especialistas podem utilizá-lo para combater o excesso de peso. Entretanto, em vários estados do país, há relatos de farmácias e sites que vendiam o medicamento de forma off-label, fora das indicações da bula.


Antes usado para diabetes tipo 2, agora o medicamento também auxilia na perda de peso (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Como Mounjaro atua no combate ao excesso de peso

O medicamento age no organismo ao estimular dois hormônios essenciais para o controle do peso: GLP-1 e GIP. Esses hormônios regulam o apetite, melhoram a resposta à insulina e retardam o esvaziamento gástrico, proporcionando maior saciedade. Estudos clínicos demonstraram que pacientes tratados com tirzepatida — princípio ativo do Mounjaro — perderam em média 22,5% do peso corporal, um resultado comparável à cirurgia bariátrica.

Além de reduzir o apetite, o remédio melhora o metabolismo da glicose e contribui para a diminuição da gordura visceral, ou seja, a gordura que se acumula envolvendo órgãos como o fígado e pâncreas. A medicação é aplicada semanalmente por meio de uma caneta auto injetável e garante efeito contínuo no organismo.

Preços e disponibilidade no Brasil

A princípio, a fabricante Eli Lilly oferecerá um programa especial de descontos, reduzindo o preço para compras feitas pela internet, através do site oficial da empresa ou em lojas físicas.

  • Para a versão de 2,5 mg, a caixa com quatro canetas custará R$ 1.406,75 no site, e R$ 1.506,76 em lojas físicas. Fora do programa de fidelidade da farmacêutica, o valor sobe para R$ 1.907,29.
  • Já na dosagem de 5 mg, os preços serão R$ 1.759,64 online e R$ 1.859,65 em lojas físicas, enquanto compras fora do programa terão custo de R$ 2.384,34.

Mas atenção: prefira comprar sempre em revendedores autorizados e sites de confiança. Evite negociações por chats de redes sociais e, principalmente, desconfie quando o medicamento estiver muito abaixo do valor de mercado. Remédios falsificados ou de procedência duvidosa podem conter substâncias inadequadas, comprometer a eficácia do tratamento e causar efeitos adversos.

Anvisa suspende venda de certos suplementos vitamínicos para sono e dor muscular

Na última terça-feira (27), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que a fabricação, distribuição, comercialização, propaganda e uso de inúmeros lotes de suplementos alimentícios da marca AlwaysFit e Curcumais/AlwaysFit seja descontinuado.

Divulgada no Diário Oficial, a medida ocorreu devido à falta de avaliação de segurança para o uso sublingual dos ingredientes que constam nos produtos.

Suplementos afetados pela Anvisa

Os produtos da AlwaysFit proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária foram:

  • Suplemento alimentar líquido de melatonina;
  • Suplemento alimentar líquido de melatonina em spray;
  • Suplemento alimentar líquido de óleo de semente de abóbora;
  • Suplemento alimentar líquido em gotas de metil B9-B12.

Da marca Curcumais/AlwaysFit, foi suspensa a venda do suplemento alimentar líquido.


Suplementos alimentar da marca não estavam regulados para preservar a saúde dos consumidores, fazendo com que a Anvisa suspendesse quaisquer ações dos produtos (Foto: Reprodução/X/@Metropoles)

Risco de uso sublingual

Em nota encaminhada para o G1, a Anvisa informou que as substâncias administradas por via sublingual são metabolizadas diferentemente das que são absorvidas pelo intestino.

Os limites para nutrientes e substâncias bioativas, definidas na Instrução Normativa n° 28/2018, foram determinados para os produtos de ingestão oral — que serão ingeridas e absorvidas pelo intestino —, não sendo apropriadas para os que são indicados para uso sublingual.

Desta forma, isso significa que os suplementos absorvidos sob a língua não tiveram sua segurança comprovada, o que pode prejudicar e causar riscos à saúde dos consumidores.

Não houve pedido de atualização das listas da IN n° 28/2018 por parte da empresa encarregada dos produtos. Além disso, a regularização de constituintes destinados ao uso sublingual não foi apresentada. Assim, a suspensão por parte da Anvisa é uma forma de mitigação do risco sanitário ao qual a população está exposta, mediante a irregularidade e potencial falta de segurança no uso dos produtos.

Para quem possui algum destes produtos em casa, a agência recomenda que o uso seja parado imediatamente, e que busque informações de como descartar adequadamente, a fim de que o meio ambiente não seja prejudicado.

Mounjaro tem lançamento antecipado no Brasil

Nesta sexta-feira (25), o laboratório Eli Lilly anunciou que o lançamento do Mounjaro no Brasil foi oficialmente antecipado. Marcando um passo importante na chegada do medicamento ao país. A expectativa inicial era de que o remédio só estaria disponível no segundo semestre, mas, agora, a previsão é que ele chegue às farmácias brasileiras a partir da primeira quinzena de maio.

Valores e dosagens revelados

O Mounjaro será vendido em cinco apresentações diferentes: 2,5 mg, 5 mg, 7,5 mg, 10 mg e 15 mg. Cada embalagem virá com quatro canetas injetáveis, e o valor sugerido é de R$ 1.690. Embora o medicamento tenha sido desenvolvido para tratar o diabete tipo 2, estudos e relatos de pacientes também apontam para resultados expressivos na redução de peso — fator que aumentou ainda mais o interesse em torno do produto.


Medicamento Mounjaro fabricado pela Eli Lilly (Foto: reprodução/Jakub Porzycki/Getty Images Eme)

Receita simples e pedido à Anvisa

Uma novidade relevante é a mudança na exigência da prescrição médica: inicialmente considerada de receita azul (controlada), a Anvisa autorizou o uso de receita branca comum, facilitando o acesso para os pacientes. Além disso, o laboratório já solicitou à Anvisa a ampliação da bula para incluir a indicação do Mounjaro no tratamento da obesidade, algo que já ocorre nos Estados Unidos.

Grande expectativa no mercado

A antecipação do lançamento mostra como o laboratório Eli Lilly tem buscado atender de forma rápida a crescente demanda do público brasileiro. A decisão reforça o interesse e a urgência em torno do Mounjaro, considerado por muitos médicos e pacientes como uma alternativa promissora no tratamento do diabetes tipo 2 e, possivelmente, da obesidade.

Agora, todas as atenções estão voltadas para a chegada do Mounjaro às prateleiras das farmácias e para como o mercado vai receber essa novidade tão esperada. Com a expectativa crescendo a cada dia, há uma forte esperança de que o medicamento não só cumpra o que promete, mas também traga mudanças reais e positivas na rotina de quem convive com o diabetes tipo 2 — e, futuramente, da obesidade. Para muitos, ele representa mais do que um tratamento: é uma nova chance de bem-estar e qualidade de vida.

Anvisa autoriza registro de vacina contra chikungunya

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o pedido de registro definitivo da vacina contra a chikungunya produzida pelo Instituto Butantan em São Paulo. A medida foi efetuada pelo Diário Oficial da União na última segunda-feira (14) e possibilita a aplicação do imunizante em todo o país à população maior de 18 anos. 

Problema endêmico

Países da América do Sul como Brasil, Bolívia, Argentina e Paraguai foram os países mais atingidos pela doença, que afetou mundialmente 620 mil pessoas no ano de 2024. Pela primeira vez, a vacina para a chikungunya foi autorizada, um pedido antigo, enviado à Anvisa no ano de 2023. 

O desenvolvimento da vacina foi planejado estruturalmente através de um estudo clínico na qual a proteção foi de 99,1% em indivíduos testados. Após as aplicações da vacina teste, a detecção de anticorpos neutralizantes foi observada em 100% dos voluntários que tiveram infecção e em 98,8% dos que não tiveram contato anterior com o vírus.


Anúncio oficial do Instituto Butantan (Reprodução/X/@butantanoficial)

Para o governo do estado de São Paulo, a vacina continua sofrendo alguma alteração para a maior compatibilidade e incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento ainda vai passar por uma análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para poder ser incrementado no SUS.

Informações sobre a chikungunya

A chikungunya é uma doença causada tanto pelo Aedes aegypti quanto pelo Aedes albopictus, ambos transmissores de outras infecções. Entre seus sintomas, podem incluir febre maior que 38,5 °C, fortes dores nas articulações de mãos e pés, dores musculares, náuseas e marcas vermelhas sobre a pele. Atualmente, o tratamento receitado para o combate à doença é repouso, muita hidratação e determinados analgésicos para aliviar as dores causadas pela chikungunya, muito semelhantes e confundidos com a dengue, doença que é uma das causadas pelo Aedes aegypti.