STF: mandato de Zambelli pode ser cassado

Na noite de quarta-feira (10), a Câmara dos Deputados votou para manter o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Foram 227 votos a favor da cassação, 170 contrários e 10 abstenções — para a deputada ter o mandato cassado, eram necessários 257 votos a favor.

Zambelli foi julgada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e condenada a dez anos de prisão por envolvimento em um ataque hacker ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No ataque, foram inseridos documentos falsos no sistema do órgão, incluindo um mandado de prisão falsificado contra o ministro da Primeira Turma do STF,  Alexandre de Moraes.

Além dessa condenação, a parlamentar também foi julgada e condenada a cinco anos e três meses de prisão pelo crime de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. Esses crimes teriam ocorrido na véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando a deputada teria perseguido uma pessoa armada em São Paulo.

Somadas, as penas ultrapassam quinze anos de prisão, mas o tempo exato dependerá de decisões judiciais futuras sobre se as penas serão concomitantes — cumprindo somente a maior, de dez anos — ou consecutivas, totalizando quinze anos, além de possíveis recursos apresentados pela defesa da deputada Carla Zambelli.

Câmara dos deputados vs STF

A decisão da Câmara de manter o mandato da deputada Carla Zambelli, que está presa e condenada com trânsito em julgado, não teria respaldo constitucional. O Supremo Tribunal Federal (STF) poderá derrubar essa decisão e cassar o mandato da deputada.

O jurista Miguel Reale Jr. afirma que cada dia fica mais evidente o conflito entre os poderes, impedindo uma ação conjunta e dificultando decisões que poderiam beneficiar o país.

Esse processo de perda de mandato de parlamentares condenados em processos penais é previsto na Constituição. Em casos recentes, por exemplo, a Primeira Turma do STF aplicou um entendimento de que a perda do mandato é automática, por ser impossível que um deputado continue no cargo enquanto cumpre pena em regime fechado.


Deputados votando sobre o mandato de Carla Zambelli que foi condenada pelo STF (Vídeo: reprodução/YouTube/Câmara dos Deputados)


Alguns exemplos são o caso da deputada Carla Zambelli e do também deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado por participação na tentativa de golpe de Estado em 2022. Ambos fugiram do Brasil após a condenação do STF. Ramagem está foragido nos Estados Unidos, e o rito para a cassação de seu mandato ainda não foi definido.

O caso de Carla Zambelli, porém, tem suas particularidades: a parlamentar está detida na Itália e aguarda uma decisão do país europeu sobre o processo de extradição.

Prisão da deputada Carla Zambelli 

Em 2023, ocorreu a invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com a inserção de documentos falsos, incluindo mandados de prisão atribuídos ao ministro da Primeira Turma do STF, Alexandre de Moraes, cometida pelo hacker Walter Delgatti Neto.

Em 2024, a Polícia Federal prendeu o hacker, que confessou que Carla Zambelli seria a responsável por encomendar a invasão.

Após as investigações, ela foi julgada em maio de 2025. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a deputada Carla Zambelli a dez anos de prisão pelos crimes de invasão de sistemas do CNJ e falsidade ideológica. No dia 3 de junho do mesmo ano, Zambelli fugiu para a Itália, a deputada tem nacionalidade ítalo-brasileira. Em julho, a parlamentar foi presa em Roma, capital da Itália.

Durante esse período, Zambelli também foi julgada e condenada em outro processo no STF por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, com pena de cinco anos e três meses, que também precisará ser cumprida caso a extradição ocorra.


Post de Carla Zambelli comemorando a decisão da Câmara (Vídeo: Reprodução/Instagram/@carla.zambelli)


Para concluir, o pedido de extradição brasileiro começou a tramitar na Justiça italiana. Foi convocada uma sessão de extradição, que ocorrerá no dia 18 de dezembro de 2025, após solicitações de documentos feitas pela defesa de Zambelli. E, também, a justiça europeia requisitou informações ao STF sobre o sistema prisional brasileiro, como parte da análise do pedido de extradição.

Caso o pedido seja aceito, a deputada Carla Zambelli será entregue às autoridades brasileiras para cumprir as penas de prisão em território nacional.

Se o pedido for negado, a deputada continuará no país europeu, e a Justiça italiana poderá manter a prisão temporária ou adotar medidas alternativas, como prisão domiciliar, dependendo da avaliação do risco de fuga.

O governo brasileiro poderá então reformular o pedido de extradição, apresentando novos argumentos ou documentos. Caso seja recusado novamente, outra alternativa seria capturá-la caso ela saia do território italiano.

 

Licença de Carla Zambelli acaba, e faltas serão registradas

A licença parlamentar de Carla Zambelli (PL-SP) terminou oficialmente nesta quinta-feira (2), após um período de 127 dias fora do mandato. O afastamento foi dividido entre sete dias por motivos de saúde e 120 dias por “interesse particular”, o tempo máximo permitido pelo regimento interno da Câmara dos Deputados sem necessidade de justificativa adicional.

Com o término da licença, Zambelli volta a constar na lista de presenças das sessões plenárias. Caso não compareça, suas ausências passarão a ser registradas como faltas injustificadas.

Regras internas e risco de perda de mandato

Pelas normas da Câmara, parlamentares que faltarem a mais de um terço das sessões ordinárias sem justificativa adequada podem ter o mandato cassado por falta de decoro parlamentar. A medida é prevista no artigo 55 da Constituição Federal, que também define a perda do cargo para quem deixar de comparecer às sessões deliberativas sem autorização da Casa.


Deputada Carla Zambelli participa de audiência na CCJ (Foto: Reprodução/g1/Kevin Lima)

Além do controle de presenças, a Secretaria-Geral da Mesa acompanha os registros de justificativas, que podem ser médicas, por missão oficial ou convocação de comissões. Como Zambelli está detida no exterior, a ausência deverá ser considerada injustificada enquanto não houver documentação formal que comprove impedimento legal.

Prisão e impasse jurídico

A deputada está presa na Itália desde agosto, em meio a um processo que ainda aguarda decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e de autoridades italianas. O caso é acompanhado de perto pela Mesa Diretora e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que analisa um processo disciplinar em razão da condenação criminal de Carla Zambelli por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal.

A deputada foi acusada de perseguir, armada, um homem em plena rua de um bairro nobre de São Paulo, em outubro de 2022, durante as eleições. A vítima apoiava o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Esta é a segunda condenação da parlamentar no STF. Em maio, ela recebeu dez anos de prisão por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).


Deputada Carla Zambelli (PL-SP) (Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados/Renato Araújo)

Dependendo do desfecho, a deputada pode perder o mandato tanto por decisão judicial quanto por excesso de faltas. Se a perda do mandato for confirmada, o cargo será ocupado por Coronel Tadeu (PL-SP). Ele já chegou a assumir brevemente durante o período de licença, mas precisou deixar o posto após o término do prazo oficial de afastamento.

O caso de Carla Zambelli é semelhante ao de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que solicitou 122 dias de licença e, após o término em julho, permaneceu nos EUA, acumulando faltas não justificadas no plenário.

Até que haja uma definição judicial ou administrativa, a Câmara continuará registrando as faltas e acompanhando o caso em seus trâmites regimentais.

Deputada Carla Zambelli é presa na Itália

O Ministério da Justiça afirmou nesta terça-feira (29), que a deputada federal, Carla Zambelli (PL-SP), foi presa na Itália. Ela havia fugido para a nação europeia após ser condenada a 10 anos de prisão, pelo caso da invasão hacker no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela atualmente é mantida no país, porém tem risco de obter extradição, sendo forçada a retornar para o Brasil.

A prisão da deputada

O deputado italiano Angelo Bonelli veio ao seu perfil no X (antigo Twitter), declarar que ele foi o responsável por entregar o endereço de Carla Zambelli para a polícia, que foram ao apartamento onde a deputada estava e a prenderam.

Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia está identificando Zambelli”, disse o deputado.


Tweet de Angelo Bonelli denunciando Carla Zambelli (Vídeo: reprodução/X/AngeloBonelli1)

Zambelli disse que quer ser julgada pela justiça italiana e iria provar que não tinha envolvimento no caso da invasão ao sistema do CNJ. Ela declarou que a condenação dela foi baseada em um depoimento de um hacker, chamado Walter Delgatti, que foi chamado de mentiroso, pela deputada.

O Ministério da Justiça já havia demandado oficialmente o retorno parlamentar, que estava foragida. Em até 48h haverá a confirmação da audiência que definirá a possível extração.

O caso que levou à prisão

O caso original, que levou à condenação de Carla Zambelli, envolve a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em que a deputada trabalhou junto com o hacker Walter Delgatti, que também está preso, em janeiro de 2023. O Supremo Tribunal Federal (STF), então a declarou culpada e Carla foi condenada a 10 anos de prisão e era considerada foragida, após sua fuga para a Europa. Ela também deve perder seu mandato, como determinado pela Corte, que aguarda somente a aprovação da Câmara.

Zambelli deixou o Brasil em maio, passando pelos Estados Unidos e então indo para a Itália, onde se firmou, por ter cidadania italiana.

Carla Zambelli mantém atividade no Instagram após ter contas suspensas por Moraes

A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), foragida da Justiça brasileira, reapareceu nas redes sociais na semana passada, 10 de julho. O retorno público se deu por meio de um novo perfil após o Superior Tribunal Federal determinar que as redes oficiais de Zambelli fossem retiradas do ar.

Página pessoal veicula o discurso de Zambelli sobre os fatos recentes da história política brasileira

Criada em 5 de maio deste ano, a nova conta de Carla Zambelli teve seu primeiro post em 13 de junho, cerca de 10 dias após a cassação do perfil original da ex-deputada. Desde então, Zambelli mantém um contato contínuo com seus apoiadores através da plataforma. Seu perfil conta com mais de 4.800 seguidores.

Ao longo de 21 publicações, a figura pública lamenta comemorar o aniversário longe da família devido a supostas arbitrariedades do Judiciário brasileiro e recebe o apoio de colegas como o Secretário de Segurança e Defesa Civil de Bragança Paulista, Coronel Américo, e o deputado federal Helio Lopes. 


Carla Zambelli se comunica com eleitores pelo Instagram em vídeo publicado em 10 de julho (Vídeo: reprodução/Instagram/@carlazambellireserva)


No vídeo publicado em 10 de julho, Zambelli expõe sua versão sobre o motivo das taxas que o presidente americano, Donald Trump, impôs ao Brasil, atribuindo-as a uma represália frente a um suposto excesso do ministro Alexandre de Moraes.

Carla Zambelli estaria na Itália

A ex-deputada deixou o Brasil após ser condenada a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), juntamente do hacker Walter Delgatti Neto. 

Com a decretação, por Alexandre de Moraes, de sua prisão preventiva, sob risco de continuidade delitiva, Zambelli, que já estava fora do país, entrou na lista de difusão vermelha da Interpol.

Embora o Estado brasileiro ainda não tenha identificado o exato paradeiro de Zambelli, estima-se que a ex-deputada passou por Buenos Aires (Argentina) e Fort Lauderdale (Estados Unidos) antes de embarcar definitivamente para Roma (Itália), onde, é pensado, permanece até hoje.

Suplente de Zambelli assume vaga e lamenta ausência da deputada

O deputado Coronel Tadeu (PL-SP) tomou posse nesta segunda-feira (16) na vaga deixada por Carla Zambelli (PL-SP), que teve o mandato suspenso após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal. Em tom solene, ele reconheceu o peso da situação: “Para mim é uma honra, mas também uma tristeza muito grande estar aqui neste momento”. A deputada pediu licença de 127 dias e deixou o Brasil após ser alvo de mandado de prisão.

Zambelli entra na lista da Interpol

Condenada a 10 anos de prisão pelo STF, Zambelli passou a ser procurada internacionalmente. A ordem foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes e levou à inclusão do nome da parlamentar na lista vermelha da Interpol. A condenação se refere ao episódio da invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o que a tornou inelegível.

Segundo o regimento da Câmara dos Deputados, quando a licença parlamentar ultrapassa 120 dias, o suplente assume de forma imediata. Nesse caso, coube ao Coronel Tadeu ocupar o cargo. “Mando um abraço aos eleitores da Carla Zambelli, que teve quase um milhão de votos”, comentou ele, reforçando que pretende representar o mesmo grupo com “respeito e responsabilidade”.


Deputada Carla Zambelli (Foto: reprodução/Evaristo SA/Getty images embed)


Cassação ainda está pendente

Apesar da condenação e da fuga, o mandato de Zambelli ainda não foi oficialmente cassado. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a decisão será tomada pelo plenário da Casa. A expectativa é que o caso entre na pauta nos próximos dias, mas a definição pode depender de articulações políticas internas.

O afastamento de Zambelli acontece em um momento delicado para o PL e para os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Enquanto isso, Coronel Tadeu, que já foi deputado anteriormente, volta ao Congresso com a missão de manter viva a base conservadora que Zambelli ajudou a formar. O desfecho do caso ainda pode impactar diretamente o cenário político nacional.

Carla Zambelli pode ser incluída na Difusão Vermelha da Interpol

Nesta quarta-feira (4) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou que a deputada Carla Zambelli deve ter o seu nome enviado para a lista de foragidos internacionais. Assim, a Polícia Federal brasileira, que é a principal sede da Interpol no Brasil, será encarregada de enviar uma solitária para a inclusão do nome de Zambelli na Difusão Vermelha.

Ademais, o pedido deverá passar pela validação do Ministério da Justiça por meio da Diretoria de Cooperação Internacional e, de acordo com a CNN Brasil, a Interpol esclareceu que a cidadania italiana da deputada do PL não impede sua inserção na listagem de procurados.

Carla Zambelli, condenada a 10 anos de prisão deixa o Brasil

Caso a introdução dela no ranking de procurados seja aceita pela Organização Internacional de Policia Criminal, a política ítalo-brasileira será considerada foragida da justiça em 196 países. Por tanto, o jurista ex-político brasileiro, Alexandre de Morais, decidiu que a proposta deve ser encaminhada para a Justiça do país onde a deputada do Partido Liberal está, para agilizar o pedido e o processo de extradição de Zambelli.

A deputada federal eleita por São Paulo, foi condenada a 10 anos de prisão por invasão de dispositivo eletrônico, segundo uma denúncia que aponta Carla, como a contratante do hacker Walter Delgatti para entrar no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para cadastrar um falso mandato de prisão em nome do Ministro Moraes. Após sua sentença apurada pela CNN Brasil, a funcionária pública anunciou em suas redes sociais nesta última terça-feira (3) que saiu do Brasil para poder continuar resistindo a uma suposta perseguição política.

Zambelli divulga canais para comunicação com apoiadores

Além disso, a figura influente do Partido Liberal utilizou seu Instagram oficial para se expressar, deixando claro que sua viagem para a Europa não é um abandono do País e que ela não desistiu da sua luta. Para Zambelli, sua ação deve ser encarada com um ato de resistência que implica sua necessidade de continuar se expressando sem as amarras da suposta ditadura brasileira.


—Em seu Instagram, Carla Zambelli divulga novo projeto de troca de mensagens (foto: reprodução/Instagram/@carla.zambelli/@auriverdebrasil)


Em suas declarações para o canal Auri Verde Brasil, Carla afirmou que seus seguidores podem contar com ela mais firme e mais forte e divulgou duas propostas de redes sociais. Sendo elas: zambellibrasil.substack.com e um canal no YouTube denominado Família Zambelli. Ademais, a condenada que buscou refugou em terras europeias recebeu uma chuva de críticas nas redes sociais pela divulgação de sua chave pix, nas exibições de sua participação na conta midiática.

Zambelli recorre da condenação por invasão ao sistema do CNJ

A defesa da deputada Carla Zambelli (PL-SP) recorreu nesta sexta-feira (23) contra a condenação a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ocorrida em 2023. Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o objetivo era emitir um mandado de prisão falso contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

De acordo com as investigações, a invasão foi realizada por Walter Delgatti, que confirmou ter executado a ação a mando da parlamentar.

Defesa alega cerceamento e falta de acesso às provas

Os advogados de Zambelli pedem sua absolvição e argumentam que houve cerceamento de defesa. Segundo eles, a parlamentar não teve acesso completo às provas colhidas durante a investigação.

“Não foram franqueadas todas as provas produzidas à defesa da embargante e franquear o acesso à íntegra dessas provas, consubstanciadas nos 700 GB do arquivo”, afirmaram os defensores. Eles também solicitam que o STF conceda acesso integral aos documentos e, com base nisso, anule a condenação.


Carla Zambelli fala sobre condenação no STF (Vídeo:reprodução/Instagram/@carla.zambelly)


Pedido para afastar multa e perda de mandato

Além da absolvição, a defesa pede que sejam afastadas outras penalidades impostas à parlamentar, como a perda do mandato e a indenização de R\$ 2 milhões por danos coletivos.

“Não há critérios objetivos que possam quantificar e precisar, ainda que grosseiramente, o prejuízo sofrido pela administração da justiça”, afirmaram os advogados. Eles criticam a indenização fixada, que consideram baseada apenas na discricionariedade do julgador.

A condenação foi decidida por unanimidade pela Primeira Turma do STF. Votaram pela sentença os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Luiz Fux e Cristiano Zanin. Para Moraes, os crimes extrapolam a simples violação penal e representam uma tentativa de desmoralizar o Judiciário e ameaçar o Estado Democrático de Direito. O recurso ainda será analisado pelo Supremo, que decidirá se mantém ou reverte a decisão unânime da Primeira Turma.

Xuxa perde ação e terá de indenizar a deputada Carla Zambelli

A apresentadora Xuxa Meneghel entrou com um processo sobre a deputada federal Carla Zambeli (PL-SP), contra as críticas feitas ao livro “Maya: Bebê Arco-Íris”, que retrata a história da criança que possui duas mães.

Abertura do processo

O caso aconteceu no ano de 2020, quando a Xuxa moveu uma ação contra deputada por proferir críticas ao vídeo que outro politico postou no sua rede social o X( o antigo Twitter). O livro que foi escrito pela apresentadora e aborda a questão LGBTQIA+ em relação a uma criança recém-nascida que possui duas mães.


A deputada federal, Carla Zambelli. (foto: reprodução/ Lula Marques/EBC/Agência Brasil)

“O alvo dessa teia de destruição de valores humanos não é mais você. Essa mira está apontada para as nossas crianças! Sexualizar e instigar inocentes ao sexo pavimenta a pedofilia e a depravação.” escreveu Zambelli no twitter.

Zambelli, associou o livro infantil à pedofilia e chegou a subir uma hashtag em que solicitava que a loira deixasse as crianças “em paz”.

Caso julgado

A rainha dos baixinhos chegou a pedir uma indenização no valor de R$ 150 mil por danos morais contra as falas da deputada, que segundo a defesa da Xuxa, ela agiu com intenção de difamar a apresentadora, lhe imputando um crime que a mesma não cometeu. O argumento que foi utilizado pela defesa não foi valido e acabou sendo negado pela justiça, que concedendo a Carla o direito de se expressar.


Xuxa Meneghel (Foto: Reprodução/instagram/@xuxameneghel)

O caso foi julgado pela juíza juíza Carolina Pereira de Castro, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), que a condenou a pagar uma indenização no valor de R$ 31,3 mil em honorários advocatícios para a deputada federal. A Xuxa chegou a esgotar todas as possibilidades de recursos, fazendo com que a Carla vencesse o processo no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Polícia Federal indicia Carla Zambelli e Delgatti por invadir site do CNJ 

Nesta quinta-feira (29), a Polícia Federal encerrou o inquérito aberto em janeiro de 2023 sobre a invasão no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na decisão, foram indiciados a deputada federal Carla Zambelli, do PL, e o hacker Walter Delgatti Neto, que está preso desde agosto de 2023 pelos crimes de invasão cibernético. A PF concluiu que o objetivo do ataque foi questionar a confiabilidade do Poder Judiciário. 


A deputada federal, Carla Zambelli, é uma das maiores apoiadoras do ex-presidente Jair Bolsonaro (foto: reprodução/ Lula Marques/EBC/Agência Brasil)

Em novo depoimento, Delgatti confirmou que recebeu dinheiro em espécie de Zambelli para invadir o sistema.  

No hackeamento do sistema do CNJ, foram inseridos vários documentos falsos, incluindo uma ordem de Prisão para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os documentos analisados pela PF serão enviados para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que irá decidir de denúncia ou não a deputada ao STF. Se for adiante, o caso pode gerar uma ação penal que pode determinar a condenação ou absolvição. 

O que dizem os advogados de defesa 

Em entrevista ao Jornal Nacional, o advogado de Delgatti, Aroivaldo Moreira, disse que Walter está cooperando com a justiça desde o início das investigações, que o indiciamento de Carla só confirma a veracidade de seu depoimento e finaliza dizendo que, após o encerramento da investigação, irá reiterar o pedido para a libertação de Delgatti. 

Por nota, o advogado de Carla, Daniel Bialski, diz que a deputada não teria feito nenhum pedido de invasão ao hacker.

A defesa da deputada Carla Zambelli, conquanto ainda não tenha analisado minuciosamente os novos documentos e o relatório ofertado pela Polícia Federal, reforça que ela jamais fez qualquer tipo de pedido para que Walter Delgatti procedesse invasões ao sistema ou praticasse qualquer ilicitude”. 

Quais são os documentos inseridos no CNJ 

Mesmo que a PF não tenha encontrado mensagens entre Delgatti e Zambelli, em agosto de 2023, foram encontrados quatro documentos falsos inseridos por Walter ao sistema da CNJ. 

O primeiro é uma ordem de quebra de sigilo bancário para o ministro Alexandre de Moraes, gerada por Delgatti e enviada rapidamente para o celular da deputada federal. O segundo seria um recibo para bloquear os bens do ministro no valor de R$ 22,9 milhões, o mesmo valor da penalidade que Alexandre designou para o PL por contestarem a eleição.  

O terceiro é um falso mandado de prisão para Moraes, criado por Delgatti e enviado a Zambelli para ser divulgado na imprensa três horas depois. E por último, outro recibo de bloqueio de bens de Alexandre no valor de R$ 500 mil. 

Deputada Carla Zambelli adia pedido de impeachment contra presidente Lula

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), líder do movimento para protocolar um pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou o adiamento da petição, inicialmente prevista para terça-feira (20). O pedido já angariou o apoio de 133 deputados, sendo a maioria do Partido Liberal (PL).

O que desencadeou a mobilização

Zambelli enfatizou que além dos membros da oposição, legendas com ministérios no governo Lula também assinaram a lista, totalizando 122 assinaturas antes da inclusão de novos nomes. A mobilização foi desencadeada por declarações polêmicas do presidente, que comparou a atuação de Israel na guerra em Gaza ao holocausto nazista.

Foto: Presidente Lula em discurso na Etiópia, na abertura da 37º Cúpula da União Africana ( Ricardo Stuckert/PR/Reprodução/O Tempo)

Motivo do adiamento

O adiamento se deve a pedidos adicionais de parlamentares para participarem do movimento, segundo Zambelli, que pretende discutir o assunto com a Bancada Evangélica e Católica. O pedido de impeachment alega crime de responsabilidade por “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.

Opiniões divergentes de especialistas

Especialistas têm opiniões divergentes sobre a legalidade do pedido. Enquanto o professor de Direitos Humanos e de Direito Constitucional da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Flávio de Leão Bastos, não vê embasamento jurídico, a advogada Samantha Meyer considera viável juridicamente, embora politicamente difícil, devido ao alto quórum necessário para aprovação.

O impeachment necessita do apoio de pelo menos 342 deputados para autorização de instauração do processo, seguido pelo aval do presidente da Câmara, e depois deve ser analisado pelo Senado, requerendo o apoio de ao menos 54 senadores para que aconteça.

Lista de deputados que assinaram o pedido de impeachment de Lula até agora

Carla Zambelli (PL-SP)

Julia Zanatta (PL-SC)

Delegado Caveira (PL-PA)

Mario Frias (PL-SP)

Coronel Meira (PL-PE)

Maurício Marcon (PODE-RS)

Paulo Bilynskyj (PL-SP)

Sargento Fahur (PSD-PR)

Delegado Fabio Costa (PP-AL)

Carlos Jordy (PL-RJ)

Gustavo Gayer (PL-GO)

Sargento Gonçalves (PL-RN)

Kim Kataguiri (UNIAO-SP)

Bia Kicis (PL-DF)

General Girão (PL-RN)

Luiz Philippe (PL-SP)

Nikolas Ferreira (PL-MG)

Alfredo Gaspar (UNIAO-AL)

Rosângela Moro (UNIAO-SP)

Gilvan da Federal (PL-ES)

Carol de Toni (PL-SC)

Amália Barros (PL-MT)

Domingos Sávio (PL-MG)

Alexandre Ramagem (PL-RJ)

Antonio Carlos Nicoletti (União-RR)

Messias Donato (Republicanos-ES)

André Fernandes (PL-CE)

Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG)

Eros Biondini (PL-MG)

Junio Amaral (PL-MG)

Coronel Telhada (PP-SP)

Marcel Van Hattem (NOVO-RS)

José Medeiros (PL-MT)

Coronel Zucco (PL-RS)

Daniel Freitas (PL-SC)

Zé Trovão (PL-SC)

Daniela Reinehr (PL-SC)

Capitão Alden (PL-BA)

Filipe Martins (PL-TO)

Bibo Nunes (PL-RS)

Adriana Ventura (NOVO-SP)

Cabo Gilberto Silva (PL-PB)

Coronel Chrisóstomo (PL-RO)

Sanderson (PL-RS)

Giovani Cherini (PL-RS)

Filipe Barros (PL-PR)

Cristiane Lopes (UNIAO-RO)

Capitão Augusto (PL-SP)

Gilson Marques (NOVO-SC)

Coronel Fernanda (PL-MT)

Eduardo Bolsonaro (PL-SP)

Any Ortiz (CIDADANIA-RS)

Marco Feliciano (PL-SP)

Adilson Barroso (PL-SP)

Chris Tonietto (PL-RJ)

Silvio Antonio (PL-MA)

Ricardo Salles (PL-SP)

Silvia Waiãpi (PL-AP)

Abilio Brunini (PL-MT)

Marcio Alvino (PL- SP)

Jefferson Campos (PL- SP)

Rodrigo Valadares (União-SE)

Marcelo Moraes (PL-RS)

Delegado Éder Mauro (PL-PA)

Rodolfo Nogueira (PL-MS)

Dr. Frederico (PRD-MG)

Clarissa Tercio (PP-PE)

Evair Vieira de Melo (PP-ES)

Eli Borges (PL-TO)

Coronel Assis (União- MT)

Luiz Lima (PL-RJ)

Coronel Ulysses (União-AC)

Dr. Jaziel⁠ (PL-CE)

Capitão Alberto Neto (PL-AM)

Mariana Carvalho (Republicanos – RO)

Roberto Duarte (Republicanos – AC)

Marcos Pollon (PL-MS)

Magda Mofatto (PRD-GO)

Dayany Bittencourt (União-CE)

Maurício Souza (PL-MG)

Fernando Rodolfo (PL-PE)

Roberta Roma (PL – BA)

Alberto Fraga (PL –DF)

Reinhold Stephanes Jr (PSD – PR)

Lincoln Portela (PL – MG)

Miguel Lombardi (PL – SP)

⁠Dr. Zacharias Calil (UNIÃO – GO)

Professor Alcides (PL-GO)

Rosana Valle (PL –SP)

Helio Lopes (PL –RJ)