Tragédia em Hong Kong: incêndio mata dezenas e moradores seguem desaparecidos

Nesta quarta-feira (26), a população de Hong Kong foi surpreendida por um grande incêndio que atingiu um complexo de arranha-céus. As chamas ainda não foram apagadas e já deixaram mais de 60 pessoas mortas, além de outros moradores que estão desaparecidos até o momento.

Segundo as autoridades, o incêndio é considerado o mais mortal da história do país e teria sido causado por alguém; até então, três pessoas suspeitas estão presas, todas vinculadas a construtora que fazia obras perto dos prédios,

O incêndio

O complexo habitacional Wang Fuk Court, que tem mais de 2 mil apartamentos abrigando mais de 4 mil pessoas, pegou fogo na tarde desta última quarta-feira (26). As chamas começaram às 14h no horário local, e mais de 60 pessoas foram encontradas já sem vida. Além dos mortos, outras 76 pessoas estão hospitalizadas, sendo 33 delas em estado leve e 46 em estado grave.

Até o momento, as equipes de resgate já confirmaram mais de 280 moradores do complexo desaparecidos e também notificaram que o incêndio é o mais mortal da história do país asiático. Ao todo, foram 7 prédios atingidos, e as chamas ainda não foram totalmente apagadas.


 

 

Incêndio em Hong-Kong: (Foto/reprodução/X/@le_Parisien)


Causas do incêndio

As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas pelos policiais; entretanto, as autoridades afirmam que materiais de construção, que estavam sendo utilizados em uma reforma, estavam fora do padrão recomendado, o que teria iniciado o fogo.

Foram presos 3 homens que são da construtora e que também tomavam conta da obra que iria reformar parte do complexo Wang Fuk Court. A superintendente da polícia de Hong Kong, Eileen Chung, afirma que há motivos suficientes para acreditar na negligência dos funcionários da empresa, que ocasionou o incêndio, vitimando mais de 60 pessoas.

Temos motivos para acreditar que os responsáveis ​​da empresa foram extremamente negligentes, o que levou a este acidente e fez com que o incêndio se alastrasse descontroladamente, resultando em um grande número de vítimas”

Equipes de resgate seguem buscando sobreviventes nos apartamentos e nos escombros, além da tentativa de apagar o fogo que resta, que, segundo o corpo de bombeiros, está controlado até o momento.

Deslizamento na Indonésia mata duas pessoas e deixa outras desaparecidas

Na madrugada desta sexta-feira (14), um deslizamento de terra vitimou duas pessoas na Indonésia, além de deixar outras 21 pessoas até então desaparecidas. Ao todo, três vilarejos foram atingidos pela lama no distrito de Cilacap, localizado na província de Java Central.

Até o momento, 23 pessoas foram resgatadas com vida, e as equipes de resgate seguem em busca de mais sobreviventes em meio à terra e escombros de casas. Segundo a agência de Meteorologia do país, uma das razões para o desastre foram as fortes condições climáticas.

Buscas por sobreviventes

Segundo a Defesa Civil da Indonésia, até o momento foram encontradas 23 pessoas com vida, com diferentes níveis de ferimentos, que já foram encaminhadas para hospitais e estão sendo tratadas adequadamente. Outras 2 pessoas foram encontradas já ao amanhecer sem vida em meio aos escombros.

As equipes de resgate ainda buscam outras 21 pessoas que estão desaparecidas, segundo a listagem oficial. O resgate ressaltou a dificuldade na busca pelo terreno do local, que, junto aos escombros, atrasa o trabalho dos bombeiros.


 

 

Deslizamento de terra na Indonésia (Vídeo: reprodução/X/@RTVCnoticias)


Condições climáticas

A Agência de Meteorologia, Climatologia e Geofísica da Indonésia emitiu um alerta na segunda-feira (11) sobre as condições climáticas fortes para quinta e sexta-feira, preparando os moradores da região para possíveis pancadas de chuvas e até deslizamentos.

A Indonésia historicamente tem em seu território, neste período de novembro até abril, chuvas fortes que podem trazer consigo deslizamentos de terra, enchentes nas ruas, além de doenças transmitidas pela água suja. A Defesa Civil da Indonésia ainda alerta que os moradores da região central de Java fiquem em casa e, em caso de danos, procurem as equipes de resgate do país.

Enchentes no México deixam mais de 100 mil casas atingidas

Chuvas torrenciais atingiram o México na última semana, deixando ao menos 64 mortos e 65 desaparecidos, além de afetar gravemente mais de 100 mil residências. O desastre foi causado por uma depressão tropical que provocou deslizamentos de terra e alagamentos em várias regiões do país, incluindo partes da costa do Golfo e estados centrais. A presidente Claudia Sheinbaum afirmou que o governo federal está intensificando os esforços de socorro e reconstrução nas áreas devastadas.

Inundações e deslizamentos de terra afetam grande parte do país

As chuvas começaram a atingir o México com intensidade no início de outubro, provocando o transbordamento de rios já saturados devido à temporada de chuvas. A depressão tropical, que não foi nomeada, causou grandes inundações em estados como Veracruz, Puebla e Hidalgo, deixando as ruas cobertas por lama e detritos. Moradores de várias cidades foram forçados a evacuar suas casas, e muitos ficaram isolados por dias.


Publicação de CNN Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Equipes de emergência foram mobilizadas para as áreas mais afetadas, com o apoio de helicópteros e barcos. Imagens da operação mostraram equipes enfrentando águas profundas para entregar alimentos e remédios a comunidades que se encontravam incomunicáveis. A infraestrutura também sofreu danos severos: pontes foram destruídas e vias principais ficaram obstruídas, dificultando ainda mais o acesso das equipes de resgate.

Medidas emergenciais e esforços de recuperação

O governo mexicano, em parceria com organizações de ajuda, começou a reconstituir os serviços essenciais, como energia elétrica e abastecimento de água, nas regiões afetadas. A Companhia Federal de Eletricidade já conseguiu restabelecer o fornecimento de energia em cinco estados, embora alguns locais ainda enfrentem interrupções temporárias.

Além da reconstrução das infraestruturas, o Ministério da Saúde tem trabalhado para evitar surtos de doenças transmitidas por mosquitos, especialmente em áreas com água acumulada. Autoridades locais estão intensificando ações de limpeza e desinfecção para evitar a propagação de doenças como a dengue e a leptospirose.

Ministério da Justiça lança portal para ajuda na busca de pessoas desaparecidas

O Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas (CNPD), lançado pelo Ministério da Justiça na última quarta-feira (27), visa criar uma base de dados única — de alcance nacional, para reunir os dados estaduais a respeito de pessoas desaparecidas. Dessa forma, o acesso se torna mais fácil, e os dados podem ser acessados e vistos por todo o país.

Entenda o que é o CNPD

É uma grande base de dados que reúne informações a respeito de pessoas desaparecidas em todo o Brasil. O portal já conta com informações de mais de 85 mil pessoas desaparecidas, de 12 estados diferentes. As unidades federativas que já estão participando do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas são: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Os estados restantes serão integrados posteriormente.


Informações básicas sobre o CNPD (Vídeo: reprodução/YouTube/g1)

Como funciona

O CNPD reúne informações de três bancos de dados: informações públicas, informações sigilosas e informações genéticas e não genéticas. Dessa forma, foi possível reunir dados que são relevantes para a busca de desaparecidos. Os dados são inseridos no sistema por meio dos dados fornecidos pelos boletins de ocorrência feitos pelas Polícias Civis dos estados e do Distrito Federal. 

Dessa forma, as famílias dos desaparecidos conseguem receber mais facilmente informações a respeito do paradeiro do familiar, e compartilhar banners e cartazes de forma mais simples. Além disso, a população também consegue enviar, de maneira facilitada, quaisquer informações que possam ter. A integração entre dados de estados também ajuda na localização de pessoas desaparecidas, caso aconteça um avistamento em um estado diferente do estado do registro do desaparecimento. 

Dentro do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas, é possível fazer filtragens com informações como nome, idade, local do desaparecimento e local de origem. Também é possível verificar se o banner ou a informação de pessoa desaparecida é de verdade ou não. O CNPD pode ser acessado por meio deste link: https://cnpd.mj.gov.br/painel-publico .

Enchente no Texas deixa ao menos 82 mortos e dezenas de desaparecidos

Uma forte enchente atingiu o Texas entre quinta (4) e sexta-feira (5), durante o feriado da Independência dos Estados Unidos, O Rio Guadalupe subiu rápido e provocou alagamentos em várias regiões. Imagens em modo acelerado, gravadas em uma das áreas afetadas, mostram como a água subiu rápido, transformando lugares secos em áreas completamente cobertas pela água em poucas horas.

Mortes e desaparecidos podem aumentar

Segundo as autoridades locais, o número de mortos aumentou após as equipes de resgate encontrarem mais de 20 corpos neste domingo (6), no condado de Kerr, a região mais afetada pelas fortes chuvas. Dez meninas, que estavam em um acampamento de verão, e uma mulher ainda estão desaparecidas. As autoridades alertam que o total de mortes pode aumentar. Ao todo, 41 pessoas seguem desaparecidas, conforme o governador do Texas, Greg Abbott.

Dalton Rice, administrador da cidade de Kerrville, disse que os corpos estão aparecendo em diferentes áreas, do leste ao oeste da região. Ele afirmou que nunca enfrentou uma tragédia tão grave como essa.


Vídeo da enchente que afetou o Texas em velocidade aumentada (Vídeo: reprodução/X/@CNNBrasil)

Chuvas fortes e risco de novas enchentes

A situação crítica iniciou-se quando o Rio Guadalupe subiu aproximadamente 9 metros em apenas duas horas, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos. O rio corta a região de Texas Hill Country, conhecida pelas montanhas e pelo turismo, ao noroeste de San Antonio. As cidades de Hunt, Ingram e Kerrville foram atingidas de forma repentina pela enchente força das águas.

As enchentes também provocaram mortes em outras áreas próximas: quatro pessoas morreram no condado de Travis, onde fica a capital Austin; duas em Burnet; uma em Kendall; e outra em Tom Green. As autoridades continuam as buscas pelos desaparecidos e intensificaram os alertas para o risco de novas inundações nos próximos dias.

Em entrevista à emissora Fox News, o vice-governador do Texas, Dan Patrick, afirmou que as chuvas ainda continuam fortes nesta segunda-feira e que, infelizmente, a expectativa é de que o número de mortos siga aumentando.

Sete desaparecidos após enchentes na Espanha interromperem viagens aéreas e ferroviárias

Sete pessoas estão desaparecidas após chuvas intensas provocarem enchentes no sul e leste da Espanha, nesta terça-feira. As tempestades geraram interrupções nos transportes aéreos e ferroviários, além de suspensões de aulas e eventos em diversas regiões, informaram autoridades locais.

Enchentes arrastam carros e interrompem buscas

Em Letur, cidade da província de Albacete, fortes enchentes varreram as ruas, arrastando veículos em meio à correnteza, conforme imagens divulgadas pela televisão espanhola. Equipes de emergência, com apoio de drones, estão procurando seis pessoas desaparecidas na área, segundo Milagros Tolon, representante do governo em Castilla-La Mancha. “A prioridade é encontrar essas pessoas”, afirmou Tolon à emissora pública TVE.

No leste, em L’Alcudia, região de Valência, a polícia busca um motorista de caminhão desaparecido desde a tarde de terça-feira, quando as chuvas intensificaram-se, provocando o transbordamento de rios e bloqueio de várias estradas.

Suspensões de voos e trens em Valência

Em Valência, as condições climáticas extremas desviaram 12 voos que pousariam no aeroporto da cidade, direcionados para outras regiões da Espanha, enquanto outros 10 voos foram cancelados, segundo a operadora aeroportuária Aena. Para a segurança dos passageiros, a operadora nacional de infraestrutura ferroviária, ADIF, suspendeu todos os serviços de trem na região até que “a situação volte ao normal”, com trens de alta velocidade entre Madrid e Valência também interrompidos até pelo menos 10h da manhã de quarta-feira.

A prefeitura de Valência anunciou a suspensão de todas as aulas e eventos esportivos na quarta-feira, além do fechamento de parques, enquanto equipes de resgate em Alora, Andaluzia, utilizaram helicópteros para retirar moradores após o transbordamento de um rio local. Um trem de alta velocidade com 276 passageiros descarrilou na região, mas sem feridos, segundo o governo regional.


Homens ao lado de um carro coberto de lama (Foto: reprodução/Jorge Guerreiro/AFP)

Estado de alerta e impactos climáticos

A agência meteorológica estatal AEMET declarou alerta vermelho em Valência e um nível elevado de alerta em partes da Andaluzia, mantendo bloqueadas várias estradas. Cientistas apontam que eventos climáticos extremos como esse tendem a se intensificar devido às mudanças climáticas, embora sem detalhes específicos sobre o impacto direto das alterações climáticas neste episódio.

O primeiro-ministro Pedro Sanchez usou a rede social X para comentar sobre os desaparecidos e os danos provocados pela tempestade, ressaltando a importância de que a população siga as orientações das autoridades para sua segurança e evite deslocamentos que não sejam essenciais.

Polícia Civil resgata 45 desaparecidos em áreas alagadas do RS

A tragédia que vem assombrando o Rio Grande do Sul desde o início das chuvas recentemente teve uma notícia boa quando a Polícia Civil informou que já conseguiu encontrar 45 pessoas com vida que antes eram tidas como desaparecidas por seus familiares. De acordo com a instituição, essas pessoas foram encontradas em abrigos oficiais em áreas ainda alagadas.

Parceria com Senasp vem ajudado na identificação de desaparecidos

De acordo com a polícia, a ação é resultado de uma parceria com a Diretoria de Operações de Inteligência da Secretaria Nacional da Segurança Pública (Senasp), por meio do Ciberlab, que permite uma busca pelas vítimas em cooperação com as redes sociais e outros mecanismos digitais, usando a tecnologia para identificar possíveis desaparecidos.

O trabalho ainda conta com o apoio das polícias civis do Pará, de Pernambuco e de Sergipe, que vêm disponibilizando integrantes, assim como recursos e conhecimentos, para ajudar a coletar informações úteis sobre as vítimas.

Neste momento tão difícil e desafiador para todos nós, a cooperação tem sido crucial para localizar pessoas e diminuir o sofrimento das famílias

Delegado Fernando Sodré Chefe da Polícia Civil do RS

Mortes já chegam a 154

De acordo com a Defesa Civil do estado, a tragédia que vem acontecendo em razão das chuvas já deixou um total de 154 mortos e 94 desaparecidos. Além disso, 540 mil pessoas estão desalojadas e 78 mil estão em abrigos.


Enchentes destruíram o estado (Foto: reprodução/AFP/GUSTAVO GHISLENI/Getty Images Embed)


A situação vem sendo aliviada pela série de doações que o estado vem recebendo, entre elas alimentos não perecíveis e roupas, que têm ajudado a tornar a situação menos difícil para as famílias que foram abaladas pela tragédia.

Os policiais ainda destacaram a importância de registrar um boletim de ocorrência, seja presencialmente ou pela Delegacia Online, informando o nome e o local do desaparecimento, para facilitar as buscas. Informações úteis sobre pessoas desaparecidas podem ser enviadas pelo WhatsApp para o número (51) 98444-0606, ajudando a agilizar o trabalho das autoridades.

Tragédia sem precedentes no Rio Grande do Sul atinge milhões

Mais de 2,1 milhões de pessoas foram impactadas pelos temporais devastadores no Rio Grande do Sul, numa tragédia que já registra 136 mortos e 125 desaparecidos. A situação, que se agravou no final de abril, continua crítica, com novas chuvas ameaçando a região e complicando os esforços de resgate e ajuda aos afetados. Enquanto a Defesa Civil e outros órgãos lutam para atender às emergências, a população busca refúgio e segurança em meio ao caos.


Moradores se movimentam nas águas do Rio Taquari em Encantado, no Rio Grande do Sul (Foto: reprodução/Diego Vara/Reuters)

Impacto profundo nas comunidades

O desastre afetou 446 dos 497 municípios do estado, deixando 618,4 mil pessoas fora de suas casas. Destes, 81 mil encontram-se em abrigos improvisados, enquanto outros 537,3 mil estão desalojados, alojados temporariamente com parentes ou amigos. A situação é agravada pela previsão de mais chuvas, que podem levar a novos alagamentos e deslizamentos, especialmente nas regiões Norte e Leste do estado, onde se espera até 140 milímetros de chuva no próximo domingo.

O governo do estado e a Defesa Civil estão trabalhando incessantemente para garantir a segurança nos abrigos, onde já foram registrados crimes, incluindo assaltos e violência sexual. A resposta inclui o aumento do policiamento e a convocação de mil policiais militares aposentados para reforçar a segurança nesses locais críticos.


Pessoas são resgatadas de barco em Santa Cruz do Sul (Foto: reprodução/Prefeitura de Santa Cruz do Sul)

Esforços de recuperação e prevenção

Além do apoio imediato às vítimas, o estado também se mobiliza para recuperar a infraestrutura danificada. O governador Eduardo Leite anunciou a liberação de mais de R$ 50 milhões para a saúde, incluindo suporte especial para hospitais que foram interditados ou parcialmente danificados pelas enchentes. Outro foco é o suporte para saúde mental, crucial neste momento de grande estresse para os afetados.

Em um esforço para prevenir futuros desastres, a prefeitura de Bento Gonçalves, uma das cidades mais atingidas na Serra Gaúcha, está criando um núcleo de riscos geológicos. Esta medida visa mapear e gerenciar os riscos de deslizamentos, que foram uma das principais causas de mortes na região.


Rio Guaíba, usina do gasômetro, em Porto Alegre após chuva intensa (Foto: reprodução/Gilvan Rocha/Agência Brasil)

Enquanto o Rio Grande do Sul luta para se recuperar deste episódio catastrófico, a solidariedade e a resiliência das comunidades locais continuam a ser um ponto de luz em meio às adversidades enfrentadas. A luta é longa e as necessidades são grandes, mas o espírito de cooperação e a rápida resposta dos governos local e federal são essenciais para a recuperação do estado.