Os brasileiros que estão se destacando neste início de Champions

As primeiras rodadas da UEFA Champions League já deixaram claro que o talento brasileiro continua muito bem representado no principal torneio de clubes do mundo. Mesmo num início de competição ainda marcado por ajustes táticos e elencos em formação, vários jogadores do Brasil têm chamado atenção pela regularidade, protagonismo e impacto direto dentro de campo.

A presença brasileira na Europa nunca foi apenas numérica. Ao longo dos anos, nomes do país tornaram-se decisivos em momentos-chave da Champions, e este começo de temporada segue exatamente essa lógica. Entre jovens em ascensão e atletas já consolidados, o futebol brasileiro volta a ser um dos grandes motores técnicos da competição.

Gabriel Martinelli em alta no Arsenal

Gabriel Martinelli vive um dos momentos mais consistentes da sua carreira e isso tem ficado evidente neste início de Champions League. No Arsenal, o atacante brasileiro não é apenas mais uma opção ofensiva. Ele assumiu protagonismo pela intensidade, pela leitura de jogo e pela capacidade de decidir em momentos importantes.

Martinelli tem sido fundamental na dinâmica ofensiva dos Gunners, explorando bem os corredores, atacando espaços com velocidade e ajudando na recomposição quando o time precisa baixar linhas. Mais do que números, o que chama atenção é a maturidade com que o brasileiro tem atuado em jogos grandes, mantendo regularidade mesmo contra adversários de alto nível.

Graças também ao desempenho do brasileiro, o Arsenal está tendo uma trajetória incrível na Champions League. De fato, até mesmo os especialistas do oddschecker, o melhor comparador de odds do Brasil, colocam os Gunners no pódio dos possíveis vencedores da competição, reflexo de um time equilibrado e cada vez mais competitivo no cenário europeu.

Igor Paixão ganha espaço e protagonismo no Feyenoord

Outro brasileiro que vem chamando atenção neste início de Champions é Igor Paixão. Atuando pelo Feyenoord, o atacante tem sido peça importante na construção ofensiva da equipe holandesa, especialmente pela versatilidade e pela capacidade de acelerar o jogo em transições rápidas.

Paixão se destaca pelo drible curto, pela boa finalização e pela leitura para ocupar espaços entre linhas. Mesmo enfrentando adversários tradicionalmente mais fortes, o brasileiro tem mostrado personalidade, participando ativamente das jogadas decisivas e contribuindo tanto na criação quanto na finalização.

A Champions costuma ser um palco exigente para jogadores que atuam fora das ligas mais midiáticas, e Igor Paixão tem aproveitado bem essa vitrine. Seu desempenho reforça a ideia de que o talento brasileiro continua surgindo em diferentes mercados, não apenas nos gigantes do futebol europeu.

Outros brasileiros que vêm se destacando na competição

Além de Martinelli e Igor Paixão, vários outros brasileiros têm tido atuações relevantes neste início de Champions League. No Real Madrid, Vinícius Júnior e Rodrygo seguem como referências ofensivas. Vini Jr., com sua explosão e capacidade de decidir jogos grandes, continua sendo um dos jogadores mais temidos do torneio. Rodrygo, por sua vez, mantém a fama de decisivo em momentos importantes, aparecendo bem em jogos equilibrados.

No Paris Saint-Germain, Marquinhos segue como um dos pilares defensivos da equipe. Sua liderança, leitura de jogo e regularidade fazem dele um dos zagueiros mais confiáveis da competição, especialmente em partidas de maior pressão.

Matheus Silva também merece destaque pelo desempenho sólido, mostrando consistência defensiva e boa saída de bola, características cada vez mais valorizadas no futebol europeu atual. Já Estêvão, mesmo ainda jovem, começa a aparecer como uma promessa que pode ganhar espaço ao longo da temporada, chamando atenção pela técnica e pela ousadia.

O conjunto desses jogadores mostra que o Brasil não depende apenas de um ou dois nomes para manter relevância na Champions League. Há uma geração diversificada, atuando em diferentes posições e contextos táticos, contribuindo para que o futebol brasileiro siga influente no torneio.

A força do Brasil no cenário europeu atual

Este início de Champions League reforça uma tendência clara. O jogador brasileiro continua sendo valorizado não apenas pelo talento individual, mas também pela capacidade de adaptação ao futebol europeu moderno. Intensidade, disciplina tática e leitura de jogo passaram a caminhar lado a lado com a técnica, algo que fica evidente nas atuações recentes.

Mais do que estatísticas isoladas, o que se observa é impacto coletivo. Os brasileiros citados participam ativamente das engrenagens dos seus times, seja como protagonistas ofensivos, líderes defensivos ou peças de equilíbrio tático. Isso explica por que tantos clubes europeus continuam apostando em atletas do Brasil para fortalecer seus elencos.

À medida que a Champions League avança e os confrontos se tornam mais exigentes, a tendência é que esses nomes ganhem ainda mais destaque. Se o início já foi promissor, o restante da competição promete consolidar o papel dos brasileiros como figuras centrais na luta pelo título europeu.

Lando Norris conquista seu primeiro título mundial e encerra hegemonia na Fórmula 1

Lando Norris é o novo campeão mundial de Fórmula 1. O britânico da McLaren confirmou o título após uma temporada marcada por regularidade, coragem estratégica e duelos intensos contra Max Verstappen e Oscar Piastri. A conquista encerra um período de domínio prolongado de Verstappen e recoloca a McLaren no topo do automobilismo mundial, fato que não acontecia desde 2008.

O título veio na etapa final em Abu Dhabi, em uma corrida tensa, de ritmo controlado e marcada por momentos de pressão extrema. Norris largou com vantagem matemática e precisou administrar ritmo, pneus e decisões da equipe para evitar riscos desnecessários. Mesmo diante da forte ameaça de Verstappen ao longo da prova, o britânico manteve a calma, cruzou a linha de chegada no pódio e confirmou a taça inédita da carreira.

Temporada de afirmação: de promissor a campeão do mundo

A conquista coroou o melhor ano da trajetória de Norris na Fórmula 1. Desde as primeiras etapas, ficou claro que o britânico havia dado um passo além, mais veloz, mais consistente e com maior capacidade de leitura de corrida. Sua evolução emocional também foi decisiva; em situações críticas, Norris conseguiu evitar erros que custaram vitórias em anos anteriores.

A McLaren desempenhou papel essencial nessa jornada. O desenvolvimento do carro, aliado à harmonia entre os dois pilotos, permitiu que a equipe brigasse de igual para igual com Red Bull e Ferrari. Sem o clima de rivalidade interna visto em outros times, Norris e Piastri protagonizaram disputas limpas e estratégicas que mantiveram a McLaren no centro da disputa até o fim.


Fórmula 1 confirma que Lando Norris irá correr a temporada de 2026 com o número 1 (Mídia: reprodução/X/@F1)


Rivalidade com Verstappen marcou o campeonato

Max Verstappen foi o grande adversário da temporada e o principal obstáculo no caminho de Norris. O holandês, experiente e agressivo, pressionou o britânico em praticamente todas as provas decisivas. Duas vitórias consecutivas de Verstappen no meio do campeonato foram o ponto de maior risco para Norris, que soube responder com constância e estratégias eficazes.

A disputa entre os dois consolidou um dos duelos mais intensos desde Hamilton e o próprio Verstappen, combinando rivalidade esportiva, respeito e estilos opostos. enquanto Verstappen apostou na agressividade e ritmo extremo, Norris recorreu à precisão e à regularidade, fórmula que acabou determinando o campeão.

O título também representa a retomada da McLaren como força do automobilismo mundial. Após anos de instabilidade e reconstrução, a equipe inglesa reaparece como protagonista com um projeto sólido, competitividade técnica e uma dupla de pilotos considerada uma das melhores do grid.

Executivos já celebram o resultado como marco de uma nova fase. A McLaren planeja ampliar investimentos, fortalecer sua estrutura e consolidar o momento que devolveu a equipe aos holofotes. A vitória de Norris é vista internamente como o ponto de virada de um ciclo que começou há quase cinco anos.

Norris entra para a história e mira futuro ainda maior

Aos 26 anos, Lando Norris se junta à lista de campeões britânicos que fizeram história na Fórmula 1, como Lewis Hamilton, Jenson Button e Damon Hill. Além disso, conquista o status de “líder de geração”, sendo o primeiro piloto nascido perto dos anos 2000 a erguer o troféu mundial.

Após cruzar a linha de chegada em Abu Dhabi, Norris comemorou emocionado com a equipe: “Sonhei com isso desde criança. Hoje eu realizei”. O novo campeão agora entra em uma fase inédita de sua carreira, a de defender o título, assumir o papel de referência no grid e continuar seu legado em uma Fórmula 1, que vive constante transformação.

Globo retoma a Fórmula 1 e prepara cobertura ampla para 2026

A Globo retomará as transmissões da Fórmula 1 a partir de 2026, encerrando um intervalo de cinco anos fora da categoria. Com acordo válido até 2028, a emissora prepara um dos esquemas de cobertura mais amplos dos últimos tempos: 15 grandes prêmios serão exibidos ao vivo na TV aberta, enquanto todas as 24 etapas da temporada, incluindo treinos, classificatórios e corridas sprint, estarão disponíveis no Sportv e também no Globoplay.

Além das transmissões principais, a Globo integrará conteúdos da F1 em seus telejornais, programas esportivos e plataformas digitais, reforçando a aposta no automobilismo e reacendendo uma tradição histórica com a categoria.

Como será o novo esquema de transmissões

Para 2026, a Globo estruturou sua cobertura de modo a contemplar tanto o público da TV aberta quanto o assinante das plataformas fechadas e digitais. A emissora transmitirá ao vivo, em rede nacional, 15 dos 24 grandes prêmios da temporada, priorizando corridas de maior audiência e relevância esportiva. As outras nove etapas, além de treinos livres, classificações e provas sprint, ficarão sob responsabilidade do Sportv, garantindo ao espectador acesso completo ao calendário anual.

O Globoplay também terá papel central na estratégia: todas as corridas e conteúdos complementares estarão disponíveis na plataforma, incluindo materiais exclusivos, bastidores e análises estendidas. Junto disso, uma equipe de reportagem viajará para etapas do Mundial, oferecendo entrevistas, apurações e cobertura aprofundada no portal Ge, fortalecendo a experiência multiplataforma que a emissora pretende entregar ao torcedor.


Postagem comenta sobre a saída da Band (Mídia: reprodução/X/@NarradoresB)


O que isso significa para os fãs e para o automobilismo no Brasil

Com o retorno da Fórmula 1 à Globo, o público brasileiro presencia uma mudança relevante nas transmissões. Após cinco temporadas em que o campeonato esteve na TV aberta por meio da Band, a categoria volta a um modelo híbrido: parte na TV aberta e parte nos canais fechados e streaming do grupo Globo. Isso altera a experiência do torcedor, que antes tinha acesso integral sem necessidade de assinatura, mas agora acompanhará um calendário dividido entre plataformas.

Ainda assim, o alcance nacional proporcionado pela Globo pode ampliar a visibilidade da F1, especialmente em corridas transmitidas aos domingos, quando a audiência espontânea é maior. A emissora também promete mais estrutura, presença internacional e integração entre TV e digital, o que tende a enriquecer a cobertura e oferecer maior profundidade jornalística.

Para o automobilismo brasileiro, a mudança representa tanto oportunidade quanto desafio: por um lado, a volta à maior emissora do país amplia a exposição e atrai novos patrocinadores; por outro, exigirá adaptação dos torcedores acostumados ao modelo 100% aberto da Band. De todo modo, a presença multiplataforma pode reforçar a retomada do interesse pela categoria e abrir caminho para uma nova fase de engajamento do público.

Alonso se incomoda com GP de Las Vegas

O brilho, glamour  e todo espetáculo visual do GP de Las Vegas não impediram que a etapa voltasse ao centro de discussões entre pilotos e equipes. Fernando Alonso, um dos mais experientes do grid, afirmou após a corrida que o asfalto e a configuração do circuito colocam a prova abaixo do nível esperado pela categoria. O espanhol também criticou a organização do calendário, que para ele compromete o rendimento dos competidores na fase final do campeonato.

Qualidade do asfalto não agradou

O piloto da Aston Martin afirmou que o asfalto do circuito montado em Las Vegas oferecia pouca aderência e apresentava irregularidades que afetavam o desempenho dos carros. Segundo o piloto, a incapacidade de aquecer os pneus de forma adequada tornou a pilotagem mais arriscada do que deveria ser em uma etapa da Fórmula 1. Ele destacou que a pista exige velocidade e precisão, mas o pavimento não proporciona as condições mínimas para que isso aconteça de forma segura. O espanhol considerou a experiência frustrante para quem espera uma corrida tecnicamente compatível com o patamar da categoria.


Experiente piloto espanhol tem se incomodado com calendário (Foto: reprodução/Instagram/@astonmartinf1)


Calendário defasado também é problema

Além da pista em si, Alonso manifestou insatisfação com o posicionamento de Las Vegas no calendário. A etapa acontece logo após uma corrida intensa, em um trecho da temporada em que as equipes já acumulam desgaste físico e técnico. Para o espanhol, a sequência de provas exige um esforço exagerado em um momento crucial do campeonato, quando cada detalhe pode influenciar no desempenho. Ele argumenta que essa configuração compromete a capacidade de pilotos e engenheiros de manterem o nível ideal de competitividade.

A situação se agrava com o deslocamento imediato para o Oriente Médio (onde será disputado o GP do Catar), que envolve longas horas de viagem e uma mudança significativa de fuso horário. Alonso ressalta que essa alternância brusca de clima, ambiente e logística impacta diretamente a preparação das equipes e aumenta o risco de erros operacionais. Em sua visão, a Fórmula 1 precisa rever a ordem das etapas para reduzir o desgaste acumulado e garantir que o rendimento esportivo não seja prejudicado por fatores externos que poderiam ser melhor planejados.

Definição dos potes para Copa do Mundo é anunciada

Faltando pouco mais de uma semana para o sorteio que definirá os grupos da Copa do Mundo de 2026, a Fifa confirmou a distribuição oficial das seleções nos quatro potes que nortearão a formação das chaves. A medida é fundamental para garantir equilíbrio nas chaves e, consequentemente, na disputa da primeira fase, definindo assim quem pode cruzar com quem e traçando os possíveis trajetos até as fases eliminatórias.

Potes são divididos

A divisão foi feita levando em conta o ranking mais recente da Fifa, após o encerramento da última Data-Fifa. As 42 seleções já classificadas, mais as seis que disputam as repescagens, foram alocadas em quatro grupos de 12 equipes como podemos ver abaixo:

  • Pote 1: Canadá, México, Estados Unidos (países-sede), além de Espanha, Argentina, França, Inglaterra, Brasil, Portugal, Países Baixos, Bélgica e Alemanha;
  • Pote 2: Croácia, Marrocos, Colômbia, Uruguai, Suíça, Japão, Senegal, Irã, Coreia do Sul, Equador, Áustria e Austrália.

  • Pote 3: Noruega, Panamá, Egito, Argélia, Escócia, Paraguai, Tunísia, Costa do Marfim, Uzbequistão, Catar, Arábia Saudita e África do Sul.

  • Pote 4: Jordânia, Cabo Verde, Gana, Curaçao, Haiti e Nova Zelândia (além de todas as equipes vindas da repescagem europeia e intercontinental).

Vale destacar as seleções que ainda vêm dos playoffs (repescagens) foram automaticamente colocadas no Pote 4, independentemente da colocação no ranking.


Técnico Carlo Ancelotti da Seleção Brasileira (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Chung Sung – Jun)


Fase de grupos com mudanças

A mecânica do sorteio segue o formato tradicional que distribui as seleções em potes. Primeiro são definidos os grupos com as equipes do Pote 1 e, depois, são sorteadas as seleções dos Potes 2, 3 e 4. Cada grupo contará com exatamente uma equipe de cada pote.

Há também regras relacionadas às confederações. As seleções de uma mesma confederação não podem estar juntas no mesmo grupo, com exceção da Europa, que terá um número maior de representantes. Por isso, poderá haver até duas equipes europeias em uma mesma chave.

A Fifa ainda estabeleceu um critério especial para as quatro seleções mais bem colocadas no ranking mundial, que são Espanha, Argentina, França e Inglaterra. Se esses países terminarem a fase de grupos na primeira posição, eles só poderão se enfrentar a partir das semifinais, o que reduz a possibilidade de confrontos entre favoritos nas fases iniciais. O calendário completo da fase de grupos, incluindo datas, locais e estádios, será divulgado um dia após o sorteio, no dia 6 de dezembro.

Athletico-PR vence o América-MG, garante acesso e comemora volta à Série A

O Athletico-PR encerrou sua participação na Série B com uma vitória por 1 a 0 sobre o América-MG, em Curitiba, na tarde deste sábado (23), em jogo válido pela última rodada da competição. O resultado não apenas coroou a boa reta final rubro-negra, mas também confirmou matematicamente o acesso à Série A, devolvendo o clube à elite após uma temporada marcada por desafios.

O gol decisivo saiu aos 41 minutos da etapa inicial, quando João Cruz aproveitou uma sobra dentro da área para concluir com precisão. A Arena da Baixada explodiu em comemoração, não apenas pelo gol, mas pela confirmação do objetivo máximo da temporada: o retorno à primeira divisão, garantido com uma campanha de ascensão na fase final do campeonato.

Primeiro tempo: intensidade, domínio e o gol que abriu o caminho

Desde os minutos iniciais, o Athletico se mostrou disposto a assumir o protagonismo da partida. Com boa mobilidade no ataque e controle no meio-campo, o time criou suas primeiras chances com Julimar e Kevin Viveros, que incomodaram a defesa mineira. Aos 26 minutos, Julimar levou perigo em cabeceio dentro da área.

O América-MG respondeu em contra-ataques rápidos, principalmente com Guilherme Pato. Ele teve a melhor oportunidade dos visitantes aos 35 minutos, mas finalizou para fora. O castigo veio pouco depois: João Cruz, bem posicionado, aproveitou cruzamento e abriu o placar aos 41 minutos, garantindo ao Furacão uma vantagem emocional importante para o restante do duelo.


Athletico lança vídeo para comemorar acesso a série A (Vídeo: reprodução/YouTube/Athletico Paranaense)

Segundo tempo: administração consciente e celebração pela vaga na elite

Na volta dos vestiários, o Athletico adotou postura mais estratégica, buscando controlar o ritmo e reduzir o espaço de criação do América-MG. A equipe paranaense segurou a bola, diminuiu a velocidade do jogo e neutralizou as principais peças ofensivas do adversário.

O América-MG tentou reagir com substituições e maior presença no campo ofensivo, mas parou na solidez defensiva rubro-negra. O Furacão, por sua vez, ainda criou boas escapadas em contra-ataques, mas sem transformar em gol.

Com o apito final, a festa tomou conta da Arena da Baixada. Diante de sua torcida e em um clima de decisão, o Athletico-PR completou a última rodada da Série B com vitória, desempenho consistente e a confirmação oficial do acesso à Série A, terminando a competição em alta e projetando uma temporada para o ano de 2026 de reencontro com a elite do futebol brasileiro.

Quando o esporte vira resistência: atletas que desafiam o racismo

A relação entre esporte e ativismo racial está longe de ser superficial: ela atravessa décadas e contextos geográficos distintos, mostrando que os gramados, ringues, pistas e torcedores podem servir como arenas poderosas para reivindicar igualdade. Para marcar o Dia da Consciência Negra, é fundamental revisitar trajetórias de esportistas que desafiaram preconceitos não apenas com talento, mas com coragem política.

Desde os primórdios do atletismo até os tempos modernos, esses atletas provaram que vencer uma prova ou erguer um troféu é apenas parte de sua missão, o gesto, a mensagem e a repercussão social que acompanham o sucesso também importam. Muitos deles foram pioneiros, abrindo espaço para vozes negras e colocando em xeque estruturas preconceituosas dentro e fora do esporte.

Lutando no pódio e nos bastidores

Um dos episódios mais emblemáticos de protesto racial no esporte ocorreu durante as Olimpíadas de 1968, quando Tommie Smith e John Carlos ergueram o punho fechado no pódio. Descalços e usando símbolos que denunciavam a opressão, eles transformaram seu momento de glória em ato político, e, mesmo após a expulsão dos Jogos, seu gesto se tornou parte indelével do movimento pelos direitos civis.

Na Fórmula 1, Lewis Hamilton quebrou barreiras ao se tornar o primeiro piloto negro na categoria. Mas sua voz vai além das pistas: ele ajoelha antes das corridas, veste camisetas antirracistas e luta por diversidade institucional na própria competição que conquistou tantas vezes. Seu ativismo mostra que vencer após a bandeirada também pode significar avançar na luta por justiça social.

Resistência e identidade no ringue e nas quadras

No boxe, Muhammad Ali se destacou não apenas por sua técnica inflamável, mas por se recusar a lutar na Guerra do Vietnã por motivos de consciência, denunciando a desigualdade que sofria a população negra nos Estados Unidos. Sua carreira ficou marcada pela fusão entre esportividade e ativismo, ele não aceitava ser apenas um campeão, mas um símbolo vivo de mudança.

Já Serena Williams, no tênis, enfrentou uma barreira dupla: o racismo e o sexismo. Ela tornou público o que muitos tentavam esconder, denunciando episódios de discriminação dentro e fora das quadras. Sua postura firme e seus sucessos avassaladores ajudaram a inspirar uma nova geração de mulheres negras no esporte, mostrando que talento e resistência caminham lado a lado.


Eric Faria comenta sobre casos de racismo com o jogador Vini Jr. (Foto: reprodução/X/@futebol_info)


Vozes contemporâneas e desafios ainda presentes

O ativismo negro no esporte não é coisa do passado, ele se renova em figuras modernas. O quarterback Colin Kaepernick ficou mundialmente conhecido ao se ajoelhar durante o hino nacional dos EUA, em protesto contra a violência policial e o racismo sistêmico. O gesto custou caro à sua carreira na NFL, mas seu impacto reverbera até hoje como símbolo de luta pacífica e corajosa.

No futebol, o brasileiro Vinícius Júnior vem enfrentando ataques racistas desde que chegou à Europa. Ele tem denunciado publicamente essas agressões, provocando debates sobre a posição de clubes, ligas e governos diante do preconceito. A visibilidade e a recusa em se calar fazem dele uma referência contemporânea na luta contra o racismo no esporte.

No Brasil, a trajetória de Reinaldo, ídolo do Atlético-MG durante a ditadura militar, também merece destaque. Ele celebrava gols com o punho cerrado, gesto que remetia à luta dos Panteras Negras, uma provocação simbólica que deixava claro que sua arte no campo também era um protesto político.

Por fim, Aída dos Santos, atleta de salto em altura, superou insultos racistas, falta de estrutura e desigualdade para se tornar a primeira mulher negra do Brasil a disputar uma final olímpica. Sua perseverança evidenciou as barreiras históricas enfrentadas por mulheres negras no esporte e reafirmou a importância do acesso e da representatividade.

Antony admite forte disputa na Seleção

Atravessando ótima fase na carreira com papel de protagonismo no Real Betis, o brasileiro Antony ainda mantém vivo seu sonho de retornar à Seleção Brasileira. Em entrevista dada nesta terça-feira (18) ao Globo Esporte, o jogador falou abertamente sobre os desafios que enfrenta para voltar a vestir a camisa verde-amarela, destacando que a competição entre pontas é intensa. Mesmo com respeito pelos concorrentes, o atacante afirmou que seguirá se dedicando para estar entre os convocados.

Disputa acirrada por vaga na Seleção

Para Antony, a disputa por espaço na Seleção Brasileira é uma das mais difíceis do elenco, especialmente na posição de ponta, que reúne alguns dos talentos mais promissores e consolidados do país. A competição é intensa porque a função exige explosão, criatividade e regularidade, tornando a luta por uma vaga ainda mais acirrada no momento atual do time.

O atacante reconhece que seus concorrentes vivem fases de destaque em seus respectivos clubes, mas afirma que esse cenário funciona como motivação adicional para seguir evoluindo. Ele entende que, para voltar à Seleção, precisa manter desempenho consistente e demonstrar capacidade de decisão.


Treinador Carlo Ancelotti pode ganhar opções em futuras convocações (Foto: reprodução/Getty images embed/Jean Catuffe )


Por atuar pelo lado direito usando majoritariamente o pé esquerdo, Antony disputa diretamente uma vaga que também é alvo de jogadores como Estêvão, Luiz Henrique e Raphinha, todos bem avaliados pela comissão técnica desde os últimos amistosos do Brasil (contra Senegal e Tunísia, nos dias 15 e 18 de novembro respectivamente). Para ele, a intensidade nos treinamentos e o protagonismo no Betis são ferramentas essenciais para tentar reconquistar espaço nas próximas convocações.

Evolução em solo espanhol

A transferência para o tradicional Real Betis tem sido decisiva para a retomada do futebol de Antony. No clube espanhol, ele conseguiu números expressivos, com 15 gols e 7 assistências em 37 partidas. Esses bons resultados reforçam sua confiança e alimentam o desejo de estar presente em uma nova edição da Copa do Mundo vestindo a camisa do Brasil. Ele afirma que se sente fisicamente bem e preparado para manter a consistência, sabendo que esse desempenho pode pesar na hora das avaliações da comissão técnica brasileira.

Antony tenta transformar o bom momento no time verde e branco em argumento sólido para voltar ao radar da Seleção. Sua prioridade é manter regularidade e ritmo competitivo, apostando que a soma de desempenho, condição física e protagonismo em campo possa influenciar futuras escolhas da comissão técnica. Ele entende que cada convocação é uma oportunidade disputada ao limite e, por isso, adota uma postura de evolução contínua, tratando o ciclo até o Mundial como um processo em que cada jogo e cada atuação podem definir seu futuro na equipe nacional.

Mbappé gera debate após dispensa da França e viagem a Dubai

A ausência de Kylian Mbappé da seleção francesa, causada por uma inflamação no tornozelo, ganhou repercussão após o atacante decidir viajar para Dubai logo após a dispensa. Em vez de retornar a Madrid para novas avaliações médicas, ele optou por descansar, o que gerou debate sobre como conduziu o período e por que suas prioridades entre clube e seleção foram questionadas. O atacante do Real Madrid se machucou na última sexta-feira (14), no duelo entre França e Ucrânia.

Afastamento causa desconforto

O atacante foi liberado do centro de treinamento da seleção francesa após relatar dor no tornozelo. A decisão ocorreu após a partida que garantiu a vaga da França na Copa do Mundo de 2026. A federação optou por liberá-lo para que pudesse realizar exames com mais calma em seu clube, já que a lesão foi descrita como uma inflamação, sem sinais de algo mais grave.

A medida gerou debate, pois muitos comentaristas consideraram que a liberação foi precoce, principalmente por Mbappé ter sido decisivo no jogo anterior. Por outro lado, a comissão técnica explicou que preferiu não correr riscos e que a próxima partida das eliminatórias não tinha grande impacto, o que reforçava a ideia de preservar o jogador.


Atleta francês é envolvido em mal-estar na seleção francesa (Foto: reprodução/Instagram/@k.mbappe)


A polêmica do deslocamento para Dubai

A escolha de Mbappé em viajar para Dubai em vez de voltar diretamente para Madri depois de ser dispensado da seleção gerou novas dúvidas e críticas sobre sua postura. Para algumas pessoas, essa viagem significou apenas que o jogador buscou um momento de descanso e recuperação, tanto física quanto mental, após um período intenso de jogos. No entanto, para outra parte do público e da imprensa, a escolha passou a impressão de que ele estava distante das responsabilidades com a seleção francesa, alimentando a ideia de que suas prioridades podem estar mais ligadas à vida pessoal do que ao compromisso com o time nacional.

Esse episódio também ampliou um debate que já existia sobre o equilíbrio entre os interesses individuais dos atletas e as exigências de um calendário cheio de competições, além das expectativas que a federação francesa tem em relação a seus principais jogadores. A situação ganhou ainda mais repercussão por causa de informações de que a lesão de Mbappé não parecia ser grave, o que levou alguns observadores a questionar se a viagem era mesmo necessária ou apropriada naquele momento. Com isso, o caso acabou se transformando em mais um ponto de discussão sobre como grandes estrelas devem lidar com a imagem, responsabilidade e comunicação em momentos delicados.

PF faz nova ofensiva contra fraudes em contas de jogadores e treinadores de futebol

A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira (13/11), no Rio de Janeiro, uma nova etapa da Operação Fake Agents, com o objetivo de desarticular um esquema que teria autorizado saques irregulares do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em nome de jogadores, ex-jogadores e treinadores de futebol. Entre os alvos, estão bancários suspeitos de facilitar movimentações ilícitas.

De acordo com os investigadores, o montante movimentado de forma fraudulenta entre 2022 e 2024 chega a aproximadamente R$ 7 milhões. A investigação apontou que o golpe começou a se desenhar após um alerta de banco privado quanto à abertura de contas falsas com documentos de atletas.

Como funcionava o esquema e quem são as vítimas

O esquema investigado envolvia a abertura de contas bancárias em nome de atletas, inclusive estrangeiros com passagem pelo futebol brasileiro, para movimentação irregular de FGTS. Em um dos casos destacados, o nome de Paolo Guerrero foi usado para fraude de cerca de R$ 2,2 milhões.

A ação desta fase cumpriu mandados em três residências de funcionários da Caixa Econômica Federal localizadas nos bairros da Tijuca, Ramos e Deodoro, além de uma agência no Centro do Rio. Entre as vítimas identificadas, estão nomes como Ramires, Raniel, João Rojas e Christian Titi (Christian Chagas Tarouco).


SBT Rio comenta sobre a operação Fake Agentes (Vídeo: reprodução/X/@sbtrio)


Líder do esquema e suspeitas de corrupção bancária

As investigações apontam que uma advogada, Joana Costa Prado de Oliveira, atuava como chefe do grupo que coordenava as fraudes, usando procurações, documentos de atletas e contatos internos na Caixa. A profissional teve sua carteira da OAB suspensa preventivamente.

Funcionários bancários são suspeitos de liberar valores, enquanto documentos falsos eram usados para dar aparência legal às movimentações. As autoridades acreditam que o uso combinado de influência, falsificação e contas controladas criou uma estrutura sofisticada que permitiu os desvios.

Implicações e medidas cabíveis

Os responsáveis pelo esquema podem responder pelos crimes de falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa, entre outras infrações que venham a ser comprovadas.

Para os atletas e treinadores afetados, o golpe levanta preocupação, não só pelo prejuízo financeiro, mas pela invasão de seus nomes e documentos em fraudes. Há também impacto reputacional e necessidade de maior fiscalização por parte de clubes e instituições financeiras.

A investigação da PF, apoiada pela Inteligência da Caixa, busca restaurar a segurança dos sistemas bancários e restabelecer a confiança de quem trabalha no esporte.