Ministro do STF para manter Collor preso

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira (25), para manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Até o momento, seis ministros se posicionaram a favor da manutenção da detenção: Alexandre de Moraes (relator do caso), Flávio Dino, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Dias Toffoli. Apesar disso, a decisão final ainda dependerá de novo julgamento no plenário físico da Corte, já que o ministro Gilmar Mendes solicitou a transferência do caso, interrompendo o julgamento no plenário virtual. Com isso, os votos já apresentados precisarão ser reapresentados presencialmente. Até lá, Collor seguirá preso.

Sobre a prisão

A prisão aconteceu durante a madrugada no aeroporto de Maceió, capital de Alagoas. Condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, Collor teve seus últimos recursos negados individualmente por Moraes, que classificou as tentativas da defesa como manobras protelatórias, com o objetivo de atrasar a execução da pena. Em nota, os advogados do ex-presidente manifestaram “surpresa” e “preocupação” com a decisão.


Sede do STF (Foto: reprodução/x/@g1)

Atualmente, Collor está detido na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, mas a ordem é que ele seja transferido para uma penitenciária em Maceió, onde ficará em uma cela individual em ala especial. O próprio ex-presidente preferiu permanecer em seu estado de origem, recusando transferência para Brasília.

Início do processo

O processo contra Fernando Collor teve início em 2015, quando foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato e obstrução de Justiça. No entanto, ao aceitarem a denúncia em 2017, os ministros descartaram as acusações de peculato e obstrução. Posteriormente, ao julgá-lo em 2023, consideraram que o crime de organização criminosa estava prescrito, concentrando a condenação nos crimes de corrupção e lavagem.

A investigação revelou que Collor teria recebido aproximadamente R$ 20 milhões em propinas, valor um pouco inferior aos R$ 26 milhões estimados inicialmente pela PGR. O esquema envolvia a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, onde Collor, como senador, exercia influência na nomeação de diretores e favorecimento de empresas em contratos milionários.

Delatores da Operação Lava Jato, como Alberto Youssef, Ricardo Pessoa e Rafael Ângulo, relataram repasses de dinheiro ao ex-presidente. Além disso, a Polícia Federal encontrou bens de luxo em sua residência, como uma Ferrari, um Porsche e uma Lamborghini, usados como instrumentos para lavar dinheiro obtido ilegalmente.

Eleições no Equador: Daniel Noboa é reeleito presidente

Daniel Noboa, candidato de direita, garantiu sua reeleição como presidente do Equador neste domingo (13). Com 90% das urnas apuradas, ele lidera com 55,88% dos votos, superando a adversária Luisa González, que soma 44,12%.

O segundo mandato de Daniel Noboa terá início em 24 de maio. Ele assumiu a presidência pela primeira vez em 23 de novembro de 2023, após vencer as eleições extraordinárias convocadas por Guillermo Lasso, que era o atual presidente naquele ano.

Lasso utilizou um mecanismo constitucional conhecido como “morte cruzada”, que permite ao presidente encerrar o mandato do Legislativo e, ao mesmo tempo, convocar novas eleições tanto para a presidência quanto para o parlamento.

Campanha para reeleição

O governo de Daniel Noboa enfrentou instabilidades, com destaque para as crises no setor elétrico e na segurança pública que afetaram o Equador.

Durante sua campanha de reeleição, ele se comprometeu a adotar novas estratégias para enfrentar a violência, intensificar o combate ao crime organizado e ao narcotráfico. Para Noboa, essas medidas são fundamentais para conter a escalada da violência impulsionada por máfias e grupos armados no país.


Noboa agradece seus eleitores por meio de sua rede social. (Foto: reprodução/X/@DanielNoboaOk)

Na área econômica, defendeu a geração de empregos, a redução da informalidade e o incentivo ao setor privado. Noboa também se comprometeu a reforçar os órgãos responsáveis por fiscalizar e investigar casos de corrupção no país. 

Adversária alega fraude eleitoral de Noboa

Em discurso para seus apoiadores, Luisa González não admitiu a vitória de Daniel Noboa nas urnas. A candidata de esquerda alegou que o processo eleitoral teve fraude e afirmou que o Equador vive sob uma ditadura.


Daniel Noboa é reeleito presidente (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Ela disse que recebeu informações de membros da inteligência da Polícia Nacional e das Forças Armadas sobre possíveis operações para fraudar registros de votação em diferentes regiões do país. Segundo ela, estariam fazendo fraude de forma grotesca. González também declarou que vai solicitar a recontagem dos votos, argumentando que 11 pesquisas eleitorais a indicavam como vencedora.

As sondagens de intenção de voto já apontavam um cenário equilibrado entre os dois candidatos. No primeiro turno, realizado em fevereiro, Noboa ficou em primeiro lugar com uma margem estreita de apenas 16.746 votos a mais do que González.

Milhares protestam na Argentina contra Milei às vésperas de greve geral

Na véspera de uma greve geral de 24 horas, marcada para a meia-noite desta quinta-feira (10), milhares de argentinos tomaram as ruas em protesto contra as políticas de ajuste fiscal do presidente Javier Milei. A manifestação, realizada em frente ao Congresso Nacional, reuniu sindicatos, aposentados, movimentos sociais e as três principais centrais sindicais do país: CGT, CTA-A e CTA-T.

Entre as principais reivindicações dos manifestantes estão a defesa por sindicatos livres, melhorias nas pensões e aposentadorias, atualização de bônus sociais e aumento nos orçamentos de saúde e educação.

Vim para defender os direitos dos aposentados e porque estou farto deste governo”, afirmou Carlos Salas, de 63 anos, funcionário público presente no ato, que teve clima tenso com o uso de bombas de efeito moral, além de instrumentos musicais.

Greve geral e serviços paralisados

Desde sua posse, essa é a terceira greve geral enfrentada pelo governo de Milei, revelando o aumento da insatisfação social com a política do presidente. Nas últimas semanas, o país enfrentou dezenas de milhares de demissões e já soma 15 meses consecutivos de queda no consumo.

A paralisação atinge diversos setores essenciais, como transporte público, trens, metrôs e táxis. O transporte aéreo funciona apenas parcialmente, com menos da metade da capacidade. Educação e serviços públicos, como correios e coleta de lixo, também aderiram à greve.

Economia em tensão e apoio popular

O governo argentino aguarda um empréstimo de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 121 bilhões) do Fundo Monetário Internacional (FMI) para sustentar seu plano econômico. A expectativa é antecipar pelo menos 40% desse valor, numa tentativa de conter a tensão cambial que levou o Banco Central a vender mais de US$ 1,8 bilhão (R$ 11 bilhões) de reservas nas últimas semanas.

Apesar da insatisfação popular, Javier Milei mantém um índice de apoio que varia entre 40% e 45%, principalmente por conseguir reduzir a inflação de 211% em 2023 para 118% no acumulado recente. Isso também contribuiu para a diminuição da taxa de pobreza, que teve altos índices no início de seu governo.


Milei enfrenta terceira greve no país (Vídeo: Reprodução/YouTube/UOL)


Escândalo e viajem internacional

No entanto, a liderança de Milei enfrenta certo desgaste após o escândalo chamado “criptogate”. O presidente promoveu uma criptomoeda em sua rede social X (antigo Twitter), cuja cotação desvalorizou logo em seguida. O caso está sendo investigado pelo Congresso argentino e pela justiça dos Estados Unidos.

Enquanto o país se encontrava em protesto, Milei estava em viagem ao Paraguai, onde se reuniu com o presidente Santiago Peña. Durante o encontro, defendeu a “liberdade econômica” como um valor essencial impulsionado por ambos os países.

Barack Obama quebra silêncio sobre casamento com Michelle após rumores de separação

Em uma conversa sincera com estudantes do Hamilton College, em Nova York, o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falou abertamente sobre os desafios enfrentados em seu casamento com Michelle Obama. Ele revelou que, recentemente, sentiu que havia criado um “déficit” em sua relação com a esposa, causado principalmente pelo tempo e dedicação que tem colocado na escrita da segunda parte de suas memórias.

Um pouco do casal

A confissão chamou atenção por vir de um casal que sempre foi considerado exemplo de união e parceria pública. Obama, hoje com 63 anos, está casado com Michelle há 29 anos. Juntos, eles têm duas filhas: Sasha, de 26 anos, e Malia, de 23. Nos últimos tempos, no entanto, rumores sobre um possível afastamento surgiram depois que o casal, conhecido por aparições públicas marcantes, começou a ser visto separado. Michelle, por exemplo, não compareceu ao funeral do ex-presidente Jimmy Carter nem à posse de Donald Trump, ocasiões em que Obama esteve presente sozinho. Ele também foi visto desacompanhado em eventos sociais em Los Angeles, como jantares e jogos.

Ele falou um pouco sobre os motivos do distanciamento

Apesar dos boatos, Obama deixou claro que está consciente da distância que o trabalho trouxe para sua vida pessoal e que tem feito esforços para reverter essa situação. Ele contou aos estudantes que está tentando compensar esse tempo perdido com momentos divertidos ao lado de Michelle. Essa fala demonstra não só humildade, mas também um compromisso contínuo com o relacionamento, mesmo após quase três décadas de casamento.


Barack Obama beijando Michelle Obama (Foto: reprodução/x/@rodrialmeida)

O ex-presidente, conhecido por seu carisma e por sempre destacar a importância da família, mostrou um lado mais íntimo e vulnerável. Suas palavras servem de lembrança de que relacionamentos exigem esforço constante, independentemente do status ou da fase da vida. Sua honestidade reforça o respeito que muitos já têm por ele, não apenas como líder político, mas como ser humano em constante evolução.

Donald Trump afirma que vai tentar se reeleger pela terceira vez à presidência

Neste domingo (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a mencionar a possibilidade de buscar um terceiro mandato, contrariando a Constituição do país. A 22ª Emenda, adicionada em 1951 após Franklin D. Roosevelt vencer quatro eleições seguidas, estabelece que ninguém pode ser eleito presidente mais de duas vezes.

Em entrevista à NBC News, portal norte-americano, Trump afirmou que “há métodos” para conseguir um terceiro mandato, e disse que “não está brincando”.

Tom de brincadeira, mas nem tanto

Trump ainda disse na entrevista: “Muitas pessoas querem que eu faça isso. Mas…meu pensamento é que temos um longo caminho a percorrer. Estou focado no mandato atual”.


Donald Trump na Casa Branca. (Reprodução/Instagram/RealDonaldTrump)

Trump já provocou sobre a possibilidade de um terceiro mandato. Durante um comício em Nevada, em janeiro deste ano, ele declarou que seria “a maior honra de sua vida servir não apenas uma, mas duas, três ou até quatro vezes”, em tom descontraído. Depois, ele esclareceu sua fala, afirmando: “Na verdade, serão duas vezes. Nos próximos quatro anos, não vou descansar.”

Para que a Constituição dos Estados Unidos seja alterada e permita um terceiro mandato presidencial, seria preciso obter o apoio de pelo menos dois terços dos membros da Câmara dos Representantes e do Senado. Mas, o Partido Republicano não possui essa maioria.

Possíveis manobras

Ao ser perguntado sobre a possibilidade de o vice-presidente J.D. Vance se candidatar à presidência, com Trump como seu vice, para depois renunciar e transferir o poder para ele, Trump respondeu que “esse é um método” e mencionou que “há outros”, mas preferiu não revelar mais informações.

Se Trump optar por não tentar alterar a Constituição por meio do Congresso, ele precisaria obter o apoio de dois terços dos 50 estados dos EUA para conseguir convocar uma convenção constitucional que tivesse modificações. Em ambas as opções, ele precisaria, em seguida, da aprovação de três quartos dos estados para que as mudanças fossem validadas.

Entenda porque o presidente Lula trocou de aeronave em sua viagem para Ásia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito pelo Partido dos Trabalhadores, embarcou na noite de sábado, 22 de março, para uma viagem ao Japão e Vietnã com o objetivo de fortalecer parcerias comerciais no continente asiático. Para essa missão internacional, Lula optou por utilizar uma nova aeronave, o KC-30, em vez do tradicional avião presidencial, o VC-1 (Airbus A319).

Motivos da mudança

O KC-30 é a maior aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) e tem capacidade para voar por até 12 horas seguidas sem necessidade de reabastecimento. A escolha se deu principalmente pela autonomia superior da aeronave, essencial para uma viagem de longa duração como essa. Inicialmente, o VC-1 foi utilizado na primeira etapa do trajeto, levando o presidente até o Texas, nos Estados Unidos. Caso Lula não tivesse feito a troca de aeronave, o voo precisaria de pelo menos mais duas paradas antes de chegar ao destino final.


Foto do presidente Lula (Foto: reprodução/X/@g1)

Capacidade da aeronave

De acordo com a FAB, dois aviões foram disponibilizados para a viagem, e a decisão pelo KC-30 foi tomada por questões logísticas. Com 59 metros de comprimento, ele é o maior avião já pertencente à Força Aérea Brasileira. A aeronave tem capacidade para transportar até 238 passageiros e pode carregar 45 toneladas de carga.

O KC-30 é uma versão adaptada do Airbus A330-200, modificada pela FAB para oferecer maior eficiência em viagens de longa distância. Com um alcance de 14,5 mil quilômetros e uma velocidade máxima de 913 km/h, o modelo se destaca por sua resistência e desempenho. Além disso, pesa cerca de 118 toneladas, conforme especificações do fabricante.

A escolha do KC-30 para a viagem ao Japão e Vietnã reforça a importância de um planejamento logístico eficiente para deslocamentos presidenciais de longa distância, garantindo mais conforto e agilidade para a comitiva brasileira.

Polícia turca e manifestantes entram em confronto após prisão de prefeito

A prisão do prefeito de Istambul, Ekrem Imamoglu, desencadeou uma onda de protestos intensos na cidade e em outras partes da Turquia. Acusado de corrupção e de auxiliar grupos terroristas, Imamoglu foi detido na última quarta-feira, 19 de março.

Sua prisão gerou forte reação popular, principalmente entre seus apoiadores, que veem o caso como um ataque à democracia e uma tentativa do governo de silenciar a oposição.

Mais sobre a manifestação

Nesta sexta-feira, 21 de março, milhares de manifestantes tomaram as ruas de Istambul para expressar sua indignação com a detenção do prefeito.

A situação rapidamente se tornou caótica, resultando em confrontos violentos entre a polícia e os protestantes.

Forças de segurança usaram canhões de água na tentativa de dispersar a multidão, que bloqueava vias importantes com carrinhos e lixeiras incendiadas. A tensão se espalhou para outras cidades, como Izmir, onde também ocorreram atos contra a prisão de Imamoglu.


Ekrem Imamoglu (Foto: reprodução/X/@veja)

A mobilização foi incentivada pelo principal partido de oposição ao governo de Recep Tayyip Erdogan. O líder da sigla pediu que a população saísse às ruas para protestar contra o que classificou como uma tentativa de golpe contra a democracia turca.

Por outro lado, Erdogan condenou as manifestações e afirmou que os atos eram ilegais, reforçando sua posição de que a prisão de Imamoglu foi uma medida legítima dentro do combate à corrupção.


Confronto e manifestações (Vídeo: reprodução/Youtube/CNNBrasil)

Oposição

Ekrem Imamoglu é uma das figuras mais importantes da oposição ao governo de Erdogan e sua prisão acontece em um momento crucial para a política turca, às vésperas de eleições importantes. Seus apoiadores alegam que as acusações são uma manobra política para enfraquecer a oposição e garantir o controle do governo sobre a maior cidade do país.

Com os protestos se intensificando, a Turquia vive um clima de crescente instabilidade. A população segue dividida entre aqueles que apoiam a prisão do prefeito e os que acreditam que sua detenção representa um grave retrocesso democrático. Enquanto isso, o mundo observa com atenção os desdobramentos dessa crise política.

Avião de Lula faz manobra por segurança antes de pousar em São Paulo

O avião que transportava o presidente Lula até São Paulo precisou adiar o pouso no Aeroporto Bertram Luiz Leupolz, em Sorocaba, nesta terça-feira (18). A aeronave teve que dar meia-volta para conseguir pousar em segurança por volta das 15h30. O procedimento é realizado quando há alguma intercorrência na pista ou no clima, sendo considerado seguro e normal pela aviação.


Avião presidencial (Foto: reprodução/Dircinha Welter/Getty Images Embed)


Motivo da viagem

O presidente Lula está acompanhando o processo de expansão da empresa Toyota no Brasil, que investirá R$ 11,5 bilhões no país até 2030. Ele viajou ao lado dos ministros Fernando Haddad e Luiz Marinho para visitar a fábrica automotiva.

A empresa está presente no Brasil há mais de 65 anos, e este é o maior investimento oficializado pela montadora no país nos últimos anos. O projeto também inclui a construção de uma nova fábrica para a produção de modelos híbridos, que combinam um motor a combustão com um elétrico.

Lula já havia visitado a cidade no último dia 14 de março para participar da cerimônia de entrega da nova frota de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O presidente saiu de Brasília para São Paulo, mas retornará ao Planalto ainda hoje.


Momento em que o avião de Lula faz tentativa de pouso, mas arremete por segurança (Vídeo: reprodução/Instagram/@sorocabanices)


Avião presidencial

Segundo a Defesa Civil, na tarde desta terça-feira (18), a cidade de Sorocaba, em São Paulo, registrou fortes ventos de até 54 km/h, o que motivou o piloto do avião presidencial a adotar o procedimento de espera para pouso.

No entanto, em outubro do ano passado, Lula passou por uma experiência ainda mais tensa. Seu avião precisou voar por 4h30 sobre a Cidade do México operando com apenas um motor. Na época, o presidente comentou que todos a bordo tiveram tempo para refletir sobre a vida e rever atitudes.

“Você pensa, como ser humano, o que cometeu de erro, de acerto, se passou pela Terra como um cara bom ou ruim, o que fez de errado… Alguns com mais medo, outros mais tranquilos”, disse o petista, que viajará para o exterior na próxima semana.

Após o ocorrido, José Múcio, ministro da defesa, chegou a apresentar algumas opções para a troca de aeronave para Lula, porém foi definido que o momento político não ajudaria a realizar a mudança por conta do alto custo para a troca.

Presidente Lula confirma recuperação total, após cirurgia

O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez uma aparição no último sábado (22), em um evento de 45 anos do “Partido dos Trabalhadores”, e afirmou que está recuperado da cirurgia que fez após um hematoma cerebral, realizada em dezembro de 2024. Durante o evento, no Rio de Janeiro, Lula ressaltou sua boa saúde e ironizou a vitalidade dos mais jovens.

“Lulinha está 100% curado da cabeça. Cabeça nova, cabeça limpa”

Lula

Acidente doméstico levou à necessidade de cirurgia

A intervenção cirúrgica de Lula foi necessária, após um acidente em casa, ocorrido em outubro do ano passado, quando o presidente caiu no banheiro do Palácio da Alvorada. O acidente levou Lula a uma cirurgia de emergência para drenar o hematoma causado.

Em suas declarações no evento, Lula relembrou o momento crítico e destacou a gravidade do quadro.

“Foi o momento mais delicado da minha vida. Os médicos chegaram a dizer que eu poderia ter entrado em coma, que eu poderia morrer por causa disso”

Lula

Check-up confirma plena recuperação

Na última quinta-feira (20), Lula fez alguns exames de rotina no Hospital Sírio-Libanês, onde o mesmo também fez a cirurgia, em São Paulo. O boletim médico confirmou que o presidente está bem, inclusive a respeito da queda e da sua recuperação cirúrgica. O cardiologista Roberto Kalil Filho, que acompanhou o presidente, afirmou que todos os exames realizados estão dentro da normalidade, incluindo a tomografia do crânio.


Lula compartilha sua rotina para cuidar da saúde (Vídeo: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


Com a recuperação completa, o presidente segue sua agenda normal, sem restrições de atividades. Segundo a equipe médica, Lula continuará sob monitoramento regular, mas sem previsão de novos exames imediatos. O presidente chegou a brincar com a situação, dizendo que vai ser muito difícil um jovem de 40 anos ter a sua saúde.

O evento no Rio de Janeiro contou com a presença de militantes e lideranças petistas, que celebraram a história do partido e a recuperação do presidente, considerado uma das principais figuras políticas do país e do PT.

Trump participou da Marcha pela Vida após perdoar 23 ativistas antiaborto

Ativistas contrários ao aborto nos Estados Unidos estão se mobilizando, impulsionados por apoio político em Washington e uma maioria na Suprema Corte, para revogar o direito ao aborto nacionalmente. Na Marcha pela Vida, esperada para atrair pelo menos 150 mil pessoas, o presidente Donald Trump, o vice-presidente JD Vance e o presidente da Câmara Mike Johnson devem fazer declarações.

Até um dia antes do evento, Trump assinou um decreto que concede perdão a 23 ativistas antiaborto, incluindo dez que foram processados por bloquear uma clínica de aborto em Washington em 2020.


Donald Trump (Foto: Reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)

Acusados

Os réus foram acusados de dois crimes federais: conspiração contra os direitos civis e violação do FACE Act, uma lei de 1994 que criminaliza ameaçar ou obstruir o acesso a clínicas de saúde reprodutiva.

Essa norma foi pouco utilizada no primeiro mandato de Trump (2017-2021), mas, após a aprovação de uma lei restritiva ao aborto no Texas em 2021, o procurador-geral Merrick Garland anunciou que o governo Biden priorizaria sua aplicação para proteger o direito ao aborto.

Lauren Handy, uma das ativistas, foi condenada a quase cinco anos de prisão por liderar um bloqueio em 2020, com seu caso ganhando notoriedade após a polícia encontrar cinco fetos em sua casa.

Outros réus receberam penas menores, sendo que Jay Smith, de 34 anos, foi condenado a dez meses. No mesmo ano, a Suprema Corte revogou o direito constitucional ao aborto, com três juízes nomeados por Trump desempenhando um papel crucial, o que levou o ex-presidente a reivindicar o mérito pela decisão.

Donald Trump

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto que afirma que o governo só reconhece dois gêneros: masculino e feminino. Isso foi visto como um sinal de que a administração pode estar mais agressiva em restrições ao aborto. No entanto, ainda não está claro se o aborto será uma prioridade para Trump.

Ele prometeu apoio a organizações cristãs que são contra o aborto, mas nomeou alguém que apoia os direitos ao aborto para liderar a saúde e serviços humanos.

Ativistas que apoiam o direito ao aborto temem que a administração processará quem facilita o aborto e criminalize o envio de materiais abortivos, incluindo pílulas.