Ancelotti aproveita vinho na colina em final de semana marcado por gols no futebol

Neste final de semana tivemos mais uma rodada do Brasileirão, e com ela acontecimentos que chamaram a atenção nas redes sociais. Com reencontros como o de Yuri Alberto e Mano Menezes, Neymar e Deyverson e ainda o italiano Ancelotti curtindo um vinho na colina, pois esteve acompanhando a partida do clube carioca cruz-maltino, foram os grandes destaques.

Flamengo e Palmeiras continuam na disputa pelo título, pois ambos venceram e mantiveram a diferença que já estava nas rodadas anteriores e o Ceará se distanciou mais um pouco do z-4, pois derrotou o Fluminense em casa.

Bombou na net

Durante a derrota do Vasco para o São Paulo neste fim de semana, o treinador da equipe canarinho esteve acompanhando o jogo, e aproveitou para tomar um vinho, sentindo um gostinho de casa nesta noite chuvosa do Rio de Janeiro. Na mesma rodada, ainda teve um belíssimo gol de falta no maracanã, marcado por Arrascaeta.

Após 48 dias lesionado, Neymar, recuperado, bateu uma falta pelo Santos no jogo contra o Fortaleza na Vila Belmiro. Ele fez uma paradinha, porém a bola parou nas mãos do goleiro Brenno, e o placar terminou em 1 x 1. Essa partida marcou o encontro entre o craque santista com o centroavante do Fortaleza, Deyverson, que foi ao vestiario conversar com ele.


Arraescaeta comemorando gol contra o Sport com o seu colega (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Lucas Figueiredo)


Ancelotti carreira

Iniciou sua carreira como jogador em 1976 no Parma com 18 anos, na época a equipe estava na série C na temporada de 1976-1977. Em 1979, foi para Roma, conquistando a Série A, formando uma grande dupla com Falcão. Nesse período, foi campeão pela segunda vez consecutiva da Copa da Itália.

Sua grande conquista foi na temporada 1982-1983, que ele chamou de sua primeira grande vitória. Após isso, seguiu em carreira até parar em 1992, com 32 anos, num amistoso contra a seleção brasileira na derrota do Milan, que era a equipe que jogava na ocasião.

Começou como auxiliar técnico em 1992, indo até 95. Nesse período, levou a Azurra junto a Arrigo Sacchi à final da copa em 1994, que foi quando foram derrotados pela seleção brasileira na final nos pênaltis. Começou como treinador no Regianna em 1995.

Megaoperação no Rio apreende 91 fuzis de exércitos da América do Sul ligados ao crime organizado

Uma grande operação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, resultou na apreensão de 91 fuzis, incluindo armas que teriam pertencido a exércitos da Venezuela, Argentina, Peru e Brasil. O delegado Vinicius Domingos, da Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos, destacou que a presença de armamentos de forças armadas estrangeiras chama atenção, ainda que não seja algo totalmente novo.

Armas possuíam “ligações” entre facções

Segundo os investigadores, os fuzis apresentam inscrições, símbolos e apelidos que indicam conexões entre o Comando Vermelho (CV) e facções de outros estados. Um dos exemplos é uma arma com a inscrição “baiano”, que seria de traficantes da Bahia, e outra com o termo “Tropa do Lampião”, sugerindo envolvimento de criminosos do Nordeste. Há ainda armas com marcas que remetem a crimes específicos, como o artigo 157, relacionado a roubo.

As armas estão sendo periciadas, e a polícia busca rastrear rotas de entrada e fornecedores. Parte do material pode ser incorporada ao arsenal das forças de segurança. De acordo com os investigadores, os traficantes têm adotado uma estratégia de “pulverizar” o transporte das armas — trazendo apenas partes pelo Paraguai e completando o armamento no Brasil com peças compradas pela internet.


Polícia Militar e batalhões especiais do Rio de Janeiro realizam operações para busca e apreensão (Foto: reprodução/X/@PopularNewsBR)


Arsenal tem origem na Europa

A maioria dos fuzis é dos calibres 5.56 e 7.62, com fabricação europeia. O delegado Domingos alertou sobre o poder destrutivo desse arsenal, citando o fuzil G3, capaz de disparar até 10 tiros por segundo. Ele comparou a situação à de países como México e Colômbia, onde grupos narcoterroristas usam armas pesadas para dominar territórios.

Entre janeiro e setembro deste ano, o Rio de Janeiro já retirou 593 fuzis das mãos de criminosos — 40% das apreensões nacionais. A Polícia Federal também descobriu fábricas ilegais que produziam até 3.500 fuzis por ano para abastecer facções em comunidades como o Complexo do Alemão e a Rocinha.

Lista com 99 mortos durante megaoperação é divulgado

Nesta sexta-feira (31), a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro divulgou uma lista contendo 99 nomes de suspeitos que morreram durante a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, na última terça-feira (28). 

Entre os mortos, de acordo com o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, 78 tinham histórico criminal por homicídio ou tráfico de drogas, 42 estavam foragidos da Justiça e outros 39 eram residentes de outros estados brasileiros, como: Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso e Paraíba.

Operação Contenção

Na última terça-feira (28), 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, incluindo o BOPE, realizaram uma operação nos complexos do Alemão e da Penha, localizados na zona oeste do Rio de Janeiro. Com objetivo de apreender um dos líderes do Comando Vermelho, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, a Operação Contenção também tinha como finalidade o cumprimento de 180 mandados de busca e apreensão, além de 100 mandados de prisão, que foram expedidos pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes. 


Dos 100 mandatos de prisão expedidos para a operação, apenas 20 foram cumpridos (Foto: Reprodução/Instagram/@folhadespaulo)

Ao final, a operação resultou na prisão de 113 suspeitos, incluindo 33 de outros estados, como Amazonas, Ceará, Pará e Pernambuco. Além disso, considerada a ação policial mais letal da história brasileira, a megaoperação resultou na morte de 121 pessoas, incluindo quatro policiais. 

Criminosos fortemente armados

Após megaoperação realizada na última terça-feira (28), imagens obtidas através de drones registraram a presença de criminosos fortemente armados reunidos para fugir da polícia pela mata, conhecida como Serra da Misericórdia,  área que divide  as duas comunidades. 

As imagens, capturadas por volta das 6h enquanto se iniciava a megaoperação,  registram a presença de homens armados do Comando Vermelho (CV). Primeiro, os drones identificam a ação de 23 membros do CV vestindo roupas camufladas e uniformes característicos utilizados por policiais, dificultando a identificação dos criminosos.  Além disso, mais adiante,  as imagens também capturaram a presença de 83 traficantes fugindo pela Serra da Misericórdia. 

Kylie Minogue diz estar “animada” para voltar ao Brasil

Com retorno ao Brasil marcado pela segunda vez neste ano, Kylie Minogue compartilhou em seu Instagram nesta quinta-feira (30) que não vê a hora de voltar ao país.

Empolgada, a cantora publicou: “Ooohhh estou tão animada por estar de volta na próxima semana Brasil!!!”, seguida de uma foto vestindo roupas verdes e amarelas e um vídeo mostrando sua camisa da Seleção Brasileira.

Minogue vem ao país para se apresentar no Earthshot Prize 2025, prêmio criado pelo Príncipe William para reconhecer indivíduos, entidades ou organizações por suas relevantes contribuições ao ambientalismo e por propostas relevantes ao combate às mudanças climáticas.

Kylie Minogue já esteve em São Paulo este ano

A cantora se apresentou no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, em agosto, quando trouxe a sua turnê “Tension Tour” ao Brasil. À época, Minogue quebrou um hiato de cinco anos sem se apresentar em terras brasileiras. A última vez que a artista se apresentou por aqui foi em 2020, no festival GRLS!, que possui line-up 100% feminina.

Em um show que reuniu diversos nomes famosos, a cantora apresentou vários de seus clássicos, entre eles “Can’t Get You Out Of My Head”, clássico do pop.

O Earthshot Prize 2025

O Earthshot Prize deste ano tem a performance confirmada de Anitta, Gilberto Gil, Shawn Mendes e Seu Jorge, além de Minogue. Na lista dos apresentadores estão Cafu, Rebeca Andrade, Sebastian Vettel e a líder indígena Txai Suruí. Para completar, Luciano Huck será o anfitrião da noite.


Kylie Minogue em novo post do Instagram (Foto: reprodução/Instagram/@kylieminogue)


Além disso, dois projetos brasileiros estão entre os finalistas do prêmio: o Fundo Floresta Tropical, iniciativa do governo brasileiro com apoio de dez países, e a re.green, que usa inteligência artificial, drones e imagens de satélite para recuperar áreas degradadas e impulsionar a proteção das florestas. 

O Earthshot Prize acontece no dia 5 de novembro, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. O prêmio será transmitido a partir das 20h30, horário de Brasília, no Globoplay e no canal Multishow.

ONGs apontam cortes internacionais após megaoperação no Rio

Após a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha que resultou em dezenas de mortes, ONGs brasileiras começaram a mover esforços para pressionar organismos internacionais. A mobilização busca financiamento externo e denúncias contra as violações consideradas graves nas comunidades afetadas do Rio de Janeiro. Organizações presentes no manifesto incluem Anistia Internacional Brasil, Conectas, Justiça Global, Observatório de Favelas, Instituto Papo Reto e outros movimentos que atuam em comunidades periféricas.

Críticas nacionais e articulação internacional

Vinte e sete organizações de direitos humanos divulgaram uma nota conjunta classificando a ação como “matança produzida pelo Estado brasileiro”. Elas acusam o governo estadual, liderado por Cláudio Castro, de adotar uma lógica de guerra, enfatizando o uso excessivo da força e mortes entre civis como política de segurança.

Além das acusações internas, surgem mobilizações para alcançar organismos internacionais. As ONGs buscam cortes e sanções diplomáticas como forma de responsabilizar o Brasil por violações alegadas de direitos humanos. Ao colocar os olhos fora das fronteiras nacionais, essas entidades pretendem gerar pressão externa sobre autoridades públicas para que haja investigação, reparação e revisão das táticas de segurança.


Operações no Rio são alvo de ONGs que buscarão cortes internacionais (Foto: reprodução/José Lucena/TheNews2/Estadão)

Repercussões políticas e resposta oficial

O Governador Cláudio Castro rejeitou críticas e tratou acusações de ONGs como tentativas de politizar a operação. Ele afirmou que, se necessário, excederia competências para cumprir “a missão de servir e proteger o povo”. Por outro lado, ONGs reforçam que discursos de combate ao crime não justificam vidas perdidas e demandam formas de segurança pública baseadas em direitos, planejamento e controle judicial. A ação nas favelas, para essas entidades, reforça padrões históricos de violência contra populações periféricas.

Internacionalmente, a atuação gera repercussão: a Organização das Nações Unidas, a ONU, expressou horror e pediu investigações independentes após os relatos da operação. Organismos de direitos humanos globais monitoram o caso como indicativo de abusos policiais em grandes operações urbanas.

Mortes em operação policial no RJ superam o massacre do Carandiru

A ação policial deflagrada no Rio Janeiro na última terça-feira (28) superou o número de mortes do massacre do Carandiru, que aconteceu em 1992, em São Paulo. De acordo com dados da Secretaria do Estado e da Polícia Militar do Rio de Janeiro, até o momento 121 mortes foram confirmadas, sendo entre elas 4 policiais civis e militares e 117 suspeitos. 

O massacre do Carandiru, que aconteceu na penitenciária após uma intervenção da polícia militar para conter uma rebelião dos detentos, deixou 111 mortos, sendo a operação mais letal da história até a ação policial que aconteceu no Rio nesta semana.

A operação mais letal da história

A ação policial fazia parte da operação Contenção, que foi uma iniciativa do governo do estado para prender lideranças criminosas dentro e fora do Rio de Janeiro e combater a expansão e domínio territorial do Comando Vermelho (CV), que tem dominado grandes territórios dentro do estado do Rio. Mais de 2.500 agentes estaduais participaram da operação, que teve como foco o Complexo do Alemão e da Penha. O confronto durou mais de 15 horas, se iniciando às 6h da manhã e terminando às 21h, de acordo com o coronel Marcelo de Menezes.


Familiares choram em volta dos corpos encontrados na mata da Penha (Foto: reprodução/Tomaz Silva/Agência Brasil)

Na manhã desta quarta-feira (29), a Defensoria Pública do Rio informou primeiro que eram 30 mortos, mudando o número para 119 mortos horas mais tarde. Dentro do novo número oficial divulgado, 61 novos corpos foram encontrados na mata nesta quarta, somando aos 58 mortos da operação de ontem (28). Os corpos encontrados na mata na Penha foram levados por civis para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, segundo órgãos de direitos humanos e moradores da região. 

O massacre do Carandiru

No dia 02 de outubro de 1992, a polícia militar fez uma operação para conter uma rebelião que estourou no Pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo, que terminou com 111 mortos, sendo todos detentos da penitenciária. É estimado que o número de mortos no massacre tenha sido muito maior do que foi divulgado. 

A chacina deu origem à criação do Primeiro Comando da Capital (PCC), que se formou para combater a opressão dentro do sistema penitenciário de São Paulo. Em 2002, a casa Casa de Detenção foi desativada e teve alguns pavilhões implodidos até o ano de 2005, restando somente dois pavilhões que atualmentte funcionam duas Escolas Técnicas (Etec), a Etec de Artes e a Etec Parque da Juventude.

STF pressiona: Moraes intima Castro a explicar megaoperação no RJ

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (29) que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), compareça a uma audiência para prestar esclarecimentos  sobre a recente megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em um número alarmante de mais de 100 mortes. A decisão atende a pedidos formais do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas.

Magistrado exige prestação de contas detalhada do governador

Em sua determinação, o magistrado exige que o chefe do Executivo fluminense detalhe o cumprimento de todas as diretrizes judiciais estabelecidas anteriormente pela Corte em relação a essas operações. Entre os pontos cruciais que Castro deverá justificar estão a motivação central para a realização da incursão, o efetivo de agentes empregados, o balanço oficial de vítimas fatais e feridas, as medidas adotadas para assegurar a responsabilização em eventuais casos de abuso de autoridade, as providências de assistência às famílias afetadas, a comunicação formal ao Ministério Público e a utilização de equipamentos de gravação, como câmeras corporais.


Matéria sobre a cobrança de esclarecimento de Moraes ao governador do RJ por megaoperação (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Moraes definiu uma agenda intensa para a próxima segunda-feira (3), na capital carioca. A primeira sessão, marcada para as 11h, reunirá o governador Castro juntamente com os principais escalões da Segurança Pública do estado: os chefes da Secretaria de Segurança Pública, da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Superintendência-Geral de Polícia Técnico-Científica. O ministro foi enfático ao pontuar que o governador deverá apresentar as informações de maneira detalhada na audiência designada. Posteriormente, estão agendadas reuniões com o Presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), o Procurador-Geral de Justiça e o Defensor Público Geral.

PSB pede investigação federal

A intervenção do STF ocorre em um cenário de crescente pressão institucional. Ainda na quarta-feira, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), autor original da ADPF das Favelas, solicitou formalmente que Moraes determine a instauração de uma investigação federal para apurar o possível descumprimento de decisões do Supremo pelo Governo Estadual. O partido aponta indícios muito fortes de desrespeito às medidas judiciais, citando inclusive a alegação de perda de imagens de câmeras corporais por parte da autoridade policial. O PSB criticou ainda a tentativa de Castro de transferir a responsabilidade pela insegurança pública às determinações da ADPF n° 635.

A ADPF das Favelas, ajuizada em 2019, visa questionar a letalidade policial em operações nas comunidades do Rio e estabelecer um marco regulatório mais rigoroso. Em abril deste ano, o STF homologou parcialmente um plano apresentado pelo estado para retomar áreas sob domínio de facções criminosas, exigindo, entre outras coisas, maior transparência nos dados relativos a operações com óbitos.

A cadeira de relator do caso, anteriormente ocupada pelo ministro aposentado Luís Roberto Barroso, está sendo exercida temporariamente por Moraes. A expectativa agora se volta para a análise do pedido do PSB e, fundamentalmente, para os esclarecimentos que deverão ser prestados pelo Palácio Guanabara na próxima semana.

Cláudio Castro diz que somente policiais foram vítimas na megaoperação

Nesta quarta-feira, dia 29 de outubro, o governador do estado do Rio de Janeiro Cláudio Castro esteve em uma coletiva de imprensa a respeito da Operação Contenção que aconteceu na terça-feira, dia 28 de outubro. Durante a entrevista coletiva, Cláudio Castro afirmou que os policiais que perderam a vida durante a operação são as únicas vítimas verdadeiras do conflito. A ação das forças de segurança do Rio de Janeiro deixou por volta de 130 vítimas: 128 civis morreram, e quatro pessoas das forças do Rio de Janeiro morreram. A megaoperação foi violenta e afetou a cidade: tiros, ruas interditadas, arrastões, comércios fechados e expediente suspenso foram alguns dos acontecimentos que a cidade passou.

Declaração de Cláudio Castro

Durante a coletiva de imprensa, o governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro declarou que “as verdadeiras vítimas da megaoperação foram os policiais”. Além disso, o governador do Rio também falou que se solidarizava com os quatro guerreiros (os quatro policiais que perderam a vida durante a operação), e que as respectivas famílias receberão amparo e apoio do estado. 

Na terça-feira, dia em que a operação aconteceu, Cláudio Castro avaliou a megaoperação como a de mais sucesso na história do estado do Rio de Janeiro. A declaração repercutiu e foi tida como controversa. No momento da afirmação, o número de mortos já era alto: 64 confirmações de pessoas mortas. 60 eram civis, e quatro eram policiais. 

A megaoperação

A Operação Contenção foi realizada na terça-feira, dia 28 de outubro, pela Polícia Civil e pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, em conjunto. A megaoperação aconteceu na Zona Norte do Rio de Janeiro, nos complexos do Alemão e da Penha. A operação mobilizou 2.500 agentes.


 

Operação Contenção é a operação policial mais letal do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Instagram/@uolnoticias)

O objetivo da Operação Contenção era cumprir 100 mandados de prisão. Os mandados eram relacionados a integrantes do CV – o Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do Brasil. A Operação Contenção se tornou a operação policial mais letal do Rio de Janeiro: segundo o primeiro balanço oficial, foram 64 mortes; porém, durante a noite de terça-feira (28/10) para quarta-feira (29/10) os moradores do Complexo da Penha recuperaram mais de 70 corpos.

Governo do Rio divulga 121 óbitos durante megaoperação no estado

Em nova divulgação nesta quarta-feira (29), o governo do Rio de Janeiro confirmou o total de 121 mortos na megaoperação contra o CV (Comando Vermelho). De acordo com o governo, 4 eram policiais e os outros 117 suspeitos. A operação foi realizada nos complexos do Alemão e da Penha ontem (28).

Nesta manhã, moradores do complexo da Penha encontraram e levaram 74 corpos para a Praça São Lucas, com objetivo das famílias os reconhecerem, de acordo com apuração do G1.

Números divulgados

Em primeiro balanço, realizado até às 15h desta terça-feira (28), o número divulgado era de 64 mortos, com 4 sendo policiais. Contudo, nesta manhã, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro confirmou somente 58 mortos, afirmando que 54 eram criminosos, pois estavam na área de mata. Ele não comentou acerca do balanço divulgado no dia anterior.

Já em coletiva hoje, a cúpula de segurança do Rio divulgou uma nova atualização: 121 mortos, entre eles, 4 policiais e 117 suspeitos. O número não contabiliza os 74 corpos encontrados pelos moradores na mata e levados para a praça. O secretário da Polícia Civil, o delegado Felipe Curi, difere da informação dada pelos moradores, falando apenas em 63 corpos achados.

O secretário da Polícia Civil também afirmou que mais 113 suspeitos foram presos em outros 33 estados, incluindo Amazonas, Ceará, Pará e Pernambuco.


Secretário da Polícia Civil, Felipe Curi (Foto: reprodução/Getty Images Embed)

Corpos na Praça São Lucas

De acordo com o ativista Raull Santiago em entrevista para o G1, ele nunca viu nada parecido com o que aconteceu nos complexos ontem, classificando a operação como “brutal e violenta”. 74 corpos, todos homens, foram encontrados em uma região de mata no complexo da Penha e levados para a Praça São Lucas.

Nas imagens, os corpos aparecem estirados no chão e sem camisas, para que as famílias pudessem os reconhecer, segundo reportagem do G1. Corpos contavam com ferimentos de bala e rostos desfigurados, além de um que havia sido decapitado.

Durante coletiva mais cedo, o governador do Rio de Janeiro não comentou acerca dos corpos encontrados. Castro ainda disse que a operação foi um “sucesso”, além de se solidarizar com as vítimas dos quatro policiais mortos, os chamando de “guerreiros”. “De vítima ontem lá, só tivemos esses policiais”, completou o governador. Segundo ele, a contabilidade do governo estadual só é feita a partir de corpos que entram no IML.

ONU pede investigação rápida em megaoperação no Rio de Janeiro

A operação policial lançada nos Complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou em pelo menos 64 mortos até o momento, incluindo suspeitos, policiais civis e militares. O número já é considerado recorde em confrontos recentes na cidade. A ONU divulgou nota afirmando estar horrorizada com a escala da ação e reforçando que operações desse tipo devem ser acompanhadas de apuração imediata para garantir a proteção dos direitos humanos.

Além disso, a organização internacional destacou que é fundamental avaliar os impactos sobre a população civil, considerando que moradores relataram bloqueios de ruas, interrupção de serviços básicos e medo generalizado. A entidade cobrou que se realizem investigações rápidas e eficazes, lembrando que o Brasil possui compromissos internacionais em matéria de direitos humanos.

A operação e seus desdobramentos

Segundo informações iniciais, a ação contou com milhares de agentes, uso de blindados, drones e barricadas estratégicas. O governador Cláudio Castro afirmou que a operação visa conter a expansão da facção Comando Vermelho (CV) e que se trata da maior ação desse tipo nos últimos 15 anos.


Polícia Civil lamenta falecimento de policiais que participaram da megaoperação (Reprodução/X/@PCERJ)

No entanto, críticos apontam que o uso de força intensa em áreas densamente povoadas aumenta os riscos para civis e questionam se houve planejamento adequado para minimizar danos. Especialistas em segurança pública e direitos humanos chamaram atenção para a necessidade de protocolos claros, sobretudo em operações que envolvem tantas vidas.

Repercussão local e internacional

Nas comunidades, o clima foi de medo e tensão. Moradores relataram tiros, fumaça e interrupções em escolas e transporte. A situação se espalhou rapidamente nas redes sociais, gerando debates sobre o impacto das operações policiais em áreas vulneráveis.

Internacionalmente, a nota da ONU gerou atenção imediata, com órgãos de mídia repercutindo a preocupação global. A pressão sobre o governo fluminense aumentou: agora, além de justificar a operação, as autoridades precisam demonstrar transparência e responsabilidade em relação às vítimas e às consequências da ação. O episódio levanta um alerta sobre como equilibrar combate ao crime e proteção da população em áreas sensíveis.