A doença é silenciosa e já afetou outros nomes das artes e também da ciência, como o astrofísico britânico Stephen Hawking. A ELA, como é conhecida a esclerose lateral amiotrófica, é uma enfermidade de caráter progressivo que afeta os neurônios responsáveis pela parte motora do corpo.
No filme “A Teoria De Tudo”, de 2014, o ator Eddie Remayne interpreta o astrofísico Stephen Hawking, acometido pela doença aos 21 anos. O cientista faleceu em 2018, aos 76 anos.
Stephen Hawking para o lançamento de “A Teoria De Tudo”. (Reprodução/Mike Marsland/Getty images embed)
O diagnóstico do ator de Grey’s Anatomy, Eric Dane, foi revelado nesta quinta-feira (10), aos 52 anos.
O ator é casado com Rebecca Gayheart e tem dois filhos. Em declaração enviada à revista “People”, o ator, que atualmente trabalha na série “Euphoria”, diz que é grato por ter sua família e que seguirá trabalhando na série.
Eric Dane, em Grey’s Anatomy (Reprodução/Jean Baptiste Lacroix/Getty images embed)
Desenvolvimento da doença
A perda de movimentos da ELA se dá de forma gradativa e se inicia com dificuldades em movimentos essenciais, como a fala e a deglutição e respiração. Afeta o sistema nervoso e a paralisia motora é irreversível, levando a óbito o paciente após 3 a 5 anos do diagnóstico. Os neurônios do paciente se desgastam e não conseguem mais se comunicar com os músculos, que perdem o movimento.
A perda do movimento muscular acarreta o enfraquecimento dos músculos e o paciente passa a ter contrações involuntárias até que os músculos do tórax deixam de funcionar, devendo o paciente, a partir de então, respirar com ajuda de aparelhos.
Causas e sintomas
As causas da esclerose lateral amiotrófica ainda são desconhecidas, sabe-se apenas que acomete pacientes entre 55 e 75 anos.
O que se sabe até o momento é que a ELA é proveniente de um desequilíbrio químico no cérebro, considerando-se, então, como uma doença autoimune. Estudos apontam que pacientes acometidos pela doença têm altos níveis de glutamato, o que é tóxico para as células nervosas.
O portador da doença, a princípio, sente dificuldades em realizar tarefas corriqueiras como andar, levantar-se, assim como dificuldades em respirar e engolir; também passa a ter mais cãibras, gagueira e rouquidão.
O diagnóstico da ELA é feito por análise clínica com hemogramas, tomografia e ressonância, teste genético e exames físicos. A doença não tem cura, mas tem tratamento com fisioterapia, sessões de fonoaudiologia e medicamentos que ajudam a melhorar a qualidade de vida.