Brasil fecha 2025 com empate sem brilho contra a Tunísia em último teste antes da Copa

O Brasil encerrou o ano de 2025 sem vitória no último amistoso antes da reta final de preparação para a Copa do Mundo de 2026. Na tarde desta terça-feira (18), a equipe de Carlo Ancelotti empatou por 1 a 1 com a Tunísia no Estádio Decathlon, em Lille, na França. A partida, marcada pela instabilidade defensiva e pela falta de criatividade no meio-campo, deixou a torcida com mais perguntas do que respostas a poucos meses do Mundial, que será disputado nos Estados Unidos, México e Canadá.

Mesmo repetindo a escalação utilizada na vitória sobre Senegal, Ancelotti viu um Brasil menos agressivo e com dificuldades para furar a marcação adversária. O único desfalque da equipe foi Gabriel Magalhães, substituído por Éder Militão, que atuou mais centralizado. Wesley, lateral da Roma, ganhou oportunidade como titular, mas acabou envolvido no lance que originou o gol tunisiano. Apesar do volume de jogo — superior em posse e número de passes — a Seleção não transformou o domínio em oportunidades claras, desperdiçando inclusive um pênalti no segundo tempo.

Brasil domina posse, mas sofre com lentidão e falhas individuais

O primeiro tempo do amistoso escancarou a dificuldade brasileira em transformar posse em eficiência. Embora o Brasil tenha controlado as ações, com 64% de posse de bola contra 36% da Tunísia, o ritmo lento e a falta de infiltrações deixaram o ataque previsível. A Seleção precisou recorrer a chutes de média distância, quase sempre sem ameaça real ao goleiro tunisiano.

A Tunísia, por sua vez, explorou com inteligência os contra-ataques, especialmente pelo lado esquerdo, com Abdi. Foi justamente por esse setor que surgiu o gol adversário. Aos 22 minutos, Wesley perdeu a disputa e permitiu que o lateral tunisiano avançasse com liberdade para cruzar. Na área, Mastouri dominou com categoria e finalizou na saída de Bento, abrindo o placar em Lille.

Em desvantagem, o Brasil seguiu com dificuldade de acelerar as jogadas. No entanto, encontrou o empate nos minutos finais da primeira etapa. Aos 42, após revisão do VAR, o árbitro assinalou pênalti por toque de mão de Bronn. Estêvão, em grande fase, cobrou com precisão e recolocou a Seleção no jogo. O time encerrou o primeiro tempo com 269 passes trocados, além de 88% de acerto — números altos, mas pouco refletidos em chances reais de perigo.

Apesar da igualdade, o desempenho coletivo estava longe do ideal. O meio-campo apresentou lentidão, e a transição ofensiva mostrou-se pouco coordenada. A Tunísia, mesmo recuada, manteve-se ameaçadora nos contra-ataques, aproveitando cada erro individual brasileiro.


Brasil fica no empate com a Tunísia no frio da ciade de Lille (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


Segundo tempo tem mudanças, pênalti perdido e pouca evolução

Na volta do intervalo, Ancelotti promoveu duas alterações imediatas: Danilo e Vitor Roque entraram para tentar dinamizar o jogo. As mudanças, porém, não surtiram o efeito esperado. O Brasil manteve a posse de bola, mas seguiu sem agressividade, esbarrando na organização defensiva da Tunísia.

Vitor Roque protagonizou um dos lances mais importantes da etapa final ao pressionar Sassi dentro da área e sofrer pênalti, aos 32 minutos. A chance de virar parecia clara, mas a decisão de Ancelotti surpreendeu: Lucas Paquetá, e não Estêvão, assumiu a cobrança. O meia bateu forte demais e mandou por cima do travessão, desperdiçando a melhor oportunidade brasileira no jogo.

Após o erro, o Brasil tentou acelerar as jogadas, mas continuou esbarrando na compactação tunisiana. A equipe africana, firme na marcação e consciente taticamente, segurou o empate até o apito final. O resultado premiou a disciplina da Tunísia e expôs as limitações brasileiras no último compromisso antes da virada do ano.

O desempenho preocupa pela falta de intensidade e pela baixa capacidade de criação. Mesmo com amplo domínio territorial, faltou objetividade, triangulações rápidas e maior presença ofensiva. A equipe mostrou dependência dos lances individuais e fragilidade nas transições defensivas, além de desperdiçar chances fundamentais.


Brasil e Tunísia emparam no último amistoso do ano (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Sameer Al-Doumy)


Desafios pela frente antes da Copa de 2026

O empate em Lille deixa a Seleção com lições importantes para o ano que antecede o Mundial. Com um elenco talentoso, mas ainda em busca de identidade consolidada sob o comando de Carlo Ancelotti, o time precisará ajustar setores-chave — especialmente a criação e a recomposição defensiva.

O técnico italiano, conhecido pela gestão de grandes grupos, terá de trabalhar para alinhar intensidade, variações táticas e maior conexão entre os setores. O rendimento mostrado contra a Tunísia reforça a necessidade de equilíbrio entre posse de bola e eficiência, especialmente em jogos contra adversários que apostam na transição rápida.

Apesar do tropeço, o ano termina com observações importantes, novos nomes ganhando espaço e tempo para ajustes. Restam meses cruciais até o início da Copa do Mundo, e o Brasil sabe que precisará evoluir para chegar competitivo ao maior palco do futebol mundial.

Neymar volta ao centro do debate: Ancelotti diz que atacante tem seis meses para garantir vaga na Copa

Durante a entrevista coletiva realizada na véspera do amistoso entre Brasil e Tunísia, Carlo Ancelotti voltou a ser questionado sobre o tema que se tornou recorrente desde sua chegada à Seleção Brasileira: a presença de Neymar na próxima Copa do Mundo. Com o olhar firme, o treinador reforçou que o atacante segue entre os atletas cotados para disputar o torneio nos Estados Unidos, México e Canadá, mas ressaltou que ainda há um caminho a percorrer até a convocação final.

O técnico explicou que Neymar terá um intervalo de seis meses para provar que está pronto. A condição física, segundo Ancelotti, será decisiva. Não há qualquer promessa, e o comandante preferiu adotar um tom cauteloso ao dizer que todos os jogadores estão sendo avaliados criteriosamente. “Nós só temos que observá-lo, como fazemos com os outros, para tentar não cometer erros na lista definitiva”, afirmou o italiano, na manhã desta segunda-feira, em Lille, na França, reforçando seu discurso de equilíbrio.

Torcida pressiona e espera mais comprometimento do craque

Desde que assumiu o comando da Seleção, Ancelotti enfrenta perguntas sobre o futuro do camisa 10. Em todas as entrevistas, o treinador deixou clara sua intenção de contar com Neymar, desde que ele apresente boas condições físicas e ritmo de jogo. O atacante, porém, segue em busca de estabilidade após sucessivas lesões e um período irregular em campo.

A reafirmação de Ancelotti de que Neymar figura entre os nomes possíveis para o Mundial reacendeu debates entre torcedores. Nas redes sociais, parte da torcida demonstrou apoio, enquanto outros pediram mais dedicação por parte do jogador. Há quem veja na oportunidade uma chance de retomada da carreira, mas também quem enxergue o momento como um teste crucial para definir se o craque ainda pode ser protagonista em competições internacionais.

O início do Campeonato Brasileiro, marcado para o fim de janeiro, surge como aliado nesse processo. A sequência de jogos pode servir como plataforma para que Neymar recupere ritmo, se readapte ao calendário e demonstre evolução física. Ele terá até a Data Fifa de março — quando o Brasil enfrenta França e Croácia em amistosos nos Estados Unidos — para convencer o treinador de que merece voltar a vestir a camisa amarelinha.


Comentário de torcedor sobre a provável convocação (Vídeo: reprodução/X/@vitiwho)


Números reforçam trajetória vitoriosa, mas desafio agora é físico

A carreira de Neymar pela Seleção Brasileira é marcada por números expressivos: 128 jogos, sendo 123 como titular, 79 gols, 57 assistências e participação direta em gols a cada 78 minutos. Estatísticas que o mantêm entre os maiores nomes da história recente do futebol mundial.

Além dos números individuais, o atacante sustenta conquistas importantes com a camisa verde e amarela. Foi campeão da Copa das Confederações em 2013 e conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, momentos que reforçaram seu papel como referência na seleção ao longo da última década. Esses feitos, no entanto, não garantem vaga automática no próximo Mundial, como fez questão de destacar Ancelotti.

Para o treinador, o ciclo até a Copa demanda desempenho, regularidade e, sobretudo, condições físicas que permitam ao jogador atuar em alto nível. Neymar, que hoje defende o Santos, sabe que terá uma espécie de contagem regressiva para recuperar espaço. A expectativa é que ele consiga utilizar o período de pré-temporada e os primeiros meses de competição para demonstrar evolução e afastar dúvidas sobre sua forma.


Atacante Neymar do Santos (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Wagner Meier)


Observação constante e avaliação técnica até a lista final

O staff da Seleção trabalhará com monitoramento minucioso nos próximos meses. Ancelotti, conhecido pela capacidade de gestão de grupo e leitura tática, pretende analisar Neymar com os mesmos critérios aplicados aos demais atletas. O objetivo, segundo ele, é evitar erros e construir uma lista final equilibrada e competitiva.

A presença do atacante na Copa ainda é uma incógnita, mas o discurso oficial aponta para uma porta aberta — desde que ele apresente condições ideais. Os amistosos de março devem funcionar como divisor de águas, tanto para o jogador quanto para a comissão técnica. A partir deles, será possível medir se Neymar reúne o desempenho necessário para competir no mais alto nível.

A torcida brasileira segue dividida, entre esperança e cautela. O próximo semestre será determinante para definir se o camisa 10 voltará a liderar o ataque em uma Copa do Mundo ou se verá, pela primeira vez desde 2010, o principal torneio do planeta de fora. O relógio já começou a correr.

Militão é escalado por Ancelotti na lateral da Seleção durante amistosos

Mais uma Data Fifa se aproxima e a Seleção Brasileira se prepara para voltar ao campo. Nesse sábado (15), o Brasil enfrenta o Senegal, em Londres, e Carlo Ancelotti já deu a prévia da sua escalação: a base que goleou a Coreia será mantida, e a principal novidade é o teste de Éder Militão na lateral-direita.

Novos testes na lateral

Durante os treinos de quarta e quinta-feira, Ancelotti colocou Militão pela direita, em mais uma tentativa de ampliar as opções para a Copa do Mundo de 2026. Desde que assumiu, o treinador já convocou 11 jogadores para as laterais, mas ainda sem definição clara sobre quem deve assumir cada faixa do campo.

Para os amistosos em Londres, Luciano Juba, do Bahia, aparece pela primeira vez na lista. Caio Henrique e Alex também retornam e disputam espaço pelo lado esquerdo. Na direita, Paulo Henrique volta a ser observado após a convocação de outubro. Vanderson e Vitinho seguem no radar, mas a tendência é que Wesley siga como favorito para iniciar a partida contra o Senegal.


Treino da Seleção Brasileira nessa quinta-feira (Foto: reprodução/@rafaelribeirorio/CBF)


Em entrevista coletiva, Ancelotti explicou o teste com Militão e ressaltou que o defensor oferece uma leitura de jogo diferente dos laterais habituais. Falou também sobre a busca por maior solidez, lembrando que a equipe sofreu três gols contra o Japão e ainda trabalha para ajustar a linha defensiva antes do amistoso.

Força defensiva

Ancelotti citou a Seleção de 1994 como referência, destacando a organização das duas linhas compactas e a dupla Romário e Bebeto responsável por decidir no ataque. Para ele, o equilíbrio entre firmeza atrás e dinamismo na frente será determinante para a campanha no Mundial.

O técnico confirmou que manterá a estrutura usada na goleada sobre a Coreia. Assim, o Brasil deve ir a campo no sábado com Ederson; Éder Militão, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Alex Sandro; Casemiro e Bruno Guimarães; Estêvão, Matheus Cunha, Vini Jr e Rodrygo.
O último treino antes da partida está marcado para esta sexta-feira, no estádio do Arsenal. Depois do duelo com o Senegal, a seleção segue para Lille, onde enfrenta a Tunísia na terça-feira.

Com novas peças testadas e a defesa no centro das atenções, Ancelotti usa a Data Fifa como laboratório final antes de avançar para uma etapa mais decisiva da preparação. Londres marca o início dessa sequência, em que o técnico pretende reduzir dúvidas e se aproximar de uma base mais definida para 2026.

Brasil inicia última preparação do ano sob comando de Ancelotti em Londres

A Seleção Brasileira iniciou neste domingo (9) a última etapa de preparação em 2025, sob o comando de Carlo Ancelotti. Os convocados começaram a se apresentar em Londres, cidade que servirá como base para os dois amistosos que encerrarão o calendário da equipe nacional neste ano. O primeiro compromisso será diante de Senegal, no sábado (15), no Emirates Stadium, às 13h (de Brasília). Já o segundo confronto está marcado para o dia 18, contra a Tunísia, em Lille, na França, às 16h30 (de Brasília).

A chegada dos jogadores à capital inglesa aconteceu de forma gradual. A maioria desembarcou nesta segunda-feira (10), enquanto os últimos nomes, entre eles Alex Sandro, Danilo, Vitor Roque e Fabrício Bruno, devem se juntar ao grupo nesta terça (11). Os quatro atuaram no fim de semana pelo Campeonato Brasileiro, o que atrasou a viagem para a concentração no Landmark London Hotel, onde toda a delegação ficará hospedada.

Primeiros treinos e rotina de preparação

Entre os primeiros a se apresentar estavam o goleiro Bento, do Al-Nassr, o volante Fabinho, do Al-Ittihad, e o atacante Richarlison, do Tottenham. Eles chegaram acompanhados de membros da comissão técnica, que já vinham acompanhando partidas da Premier League desde o fim de semana. O clima no grupo é de otimismo, especialmente por se tratar da reta final de um ano de transição, marcado pela consolidação do trabalho de Ancelotti no comando técnico.

O primeiro treino da Seleção foi realizado ainda nesta segunda, no Centro de Treinamento do Arsenal, mas sem a presença da imprensa. O treinador italiano começou a ajustar os detalhes táticos para os amistosos, priorizando a compactação defensiva e a construção de jogadas a partir do meio-campo. A expectativa é de que Ancelotti teste novas formações, especialmente no setor ofensivo, em busca de equilíbrio e dinamismo entre os jovens talentos e os jogadores mais experientes.


 Ancelotti recebe os atletas convocados para os amistosos da Seleção (Vídeo: reprodução/Instagram/@tntsportsbr)


Coletivas e treinos abertos à imprensa

De acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), as entrevistas coletivas terão início nesta terça-feira (11), diretamente do hotel onde o grupo está concentrado. A partir de quarta (12), os treinos terão trechos abertos para a cobertura da mídia, o que deve permitir um olhar mais próximo sobre o trabalho desenvolvido nos bastidores.

A preparação em Londres se encerrará na sexta-feira (14), com treino e coletiva no Emirates Stadium, palco do duelo diante de Senegal. O cronograma prevê que, logo após a partida, no domingo (16), a delegação embarque em voo fretado para Lille, na França, onde enfrentará a Tunísia para concluir a Data Fifa de novembro.

Com esses dois compromissos, o Brasil encerra o ano em busca de desempenho consistente e fortalecimento coletivo. Além de encerrar o ciclo de 2025, os amistosos também servirão para que Ancelotti defina as últimas observações antes do início das competições oficiais de 2026, quando a Seleção volta a disputar partidas decisivas e inicia uma nova fase sob a liderança do treinador italiano.

Ancelotti comenta reação de Vinícius Júnior e garante que situação está resolvida

O técnico Carlo Ancelotti abordou publicamente, nesta segunda-feira (3), um tema que ganhou repercussão nos últimos dias: a reação de Vinícius Júnior ao ser substituído no clássico entre Real Madrid e Barcelona, disputado em 26 de outubro. Durante a coletiva após anunciar a nova convocação da Seleção Brasileira, o treinador explicou que teve uma conversa franca com o camisa 7 sobre o episódio, que gerou debate entre torcedores e comentaristas. O atacante deixou o campo visivelmente irritado, esbravejando e proferindo palavrões ao dar lugar a Rodrygo, gesto que foi interpretado como um descontentamento com o técnico do Real Madrid, Xabi Alonso.

Segundo Ancelotti, o diálogo entre ele e o jogador foi direto e maduro. O treinador afirmou que Vinícius reconheceu que passou dos limites naquele momento de frustração e pediu desculpas pela atitude. O comandante da Seleção reforçou que o assunto foi encerrado internamente e que a boa relação com o atacante segue inalterada. “Nós temos uma relação muito boa com o Vinícius, assim como temos com todos os jogadores. Quando acontece algo, conversamos, buscamos entender e ouvir o que eles têm a dizer. Falamos com o Vinícius, e ele reconheceu que havia cometido um erro. Diante disso, acredito que o assunto esteja resolvido”, declarou o técnico, demonstrando tranquilidade sobre o caso.

Relação de confiança e maturidade

A resposta de Ancelotti reforça o perfil de gestão de grupo que o italiano construiu ao longo da carreira, pautado pelo diálogo e pela confiança. Desde que assumiu o comando da Seleção, o treinador tem mostrado preocupação em equilibrar a cobrança por resultados com a valorização individual dos atletas. No caso de Vinícius Júnior, o cuidado é ainda maior, considerando o papel central que o atacante desempenha tanto na equipe nacional quanto no Real Madrid.

Mesmo com o temperamento explosivo dentro de campo, o jogador é visto por Ancelotti como peça essencial para o projeto de longo prazo da Seleção. O técnico tem apostado no amadurecimento do camisa 7, que se tornou referência ofensiva e símbolo da nova geração brasileira. O episódio no clássico, portanto, é tratado mais como um deslize pontual do que como um problema de comportamento. “Essas situações fazem parte do futebol, especialmente quando há tanta competitividade e emoção envolvidas. O importante é reconhecer o erro e seguir em frente”, completou o treinador.


Atacante do Real madrid Vini Jr. (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Denis Doyle)


Discrição fora dos gramados

Durante a coletiva, Ancelotti também foi questionado sobre a exposição de Vinícius Júnior fora de campo, principalmente nas redes sociais, onde o jogador é bastante ativo e frequentemente alvo de polêmicas. O técnico, no entanto, preferiu não se aprofundar no tema, destacando que sua função se limita ao aspecto profissional e esportivo. “Vinícius é um jogador muito importante para nós, alguém que pode contribuir muito e por quem temos enorme carinho. Mas eu não sou o pai nem o irmão dele, sou apenas o treinador. A vida pessoal é dele, e isso não é um problema nem aqui, nem no clube”, afirmou o italiano.

A postura de Ancelotti evidencia sua preferência por preservar o ambiente interno da Seleção, evitando que assuntos externos interfiram no desempenho coletivo. O comandante entende que a pressão e a visibilidade fazem parte da rotina de atletas de elite, mas ressalta que o foco principal deve permanecer no campo. A ideia é manter um grupo coeso, emocionalmente equilibrado e comprometido com os objetivos esportivos, especialmente nas competições que se aproximam.

Foco total no futuro

Com o episódio considerado superado, Ancelotti volta suas atenções para os amistosos e compromissos que antecedem as próximas competições oficiais. A expectativa é de que Vinícius Júnior continue sendo um dos protagonistas da Seleção, utilizando seu talento e velocidade para desequilibrar os adversários. Internamente, o treinador aposta na maturidade crescente do atacante para lidar melhor com as frustrações e transformar eventuais críticas em motivação.

Ao adotar um tom sereno e conciliador, Carlo Ancelotti reafirma sua filosofia de liderança baseada no respeito mútuo e na responsabilidade individual. A forma como tratou o caso de Vinícius Júnior mostra que, para o técnico, erros podem acontecer, mas o essencial é a capacidade de reconhecer, aprender e seguir adiante — dentro e fora das quatro linhas.

Ancelotti convoca Seleção Brasileira para os últimos amistosos do ano

A Seleção Brasileira já tem definidos os nomes que encerrarão o calendário de 2025. O técnico Carlo Ancelotti anunciou, nesta segunda-feira, a convocação para os dois últimos amistosos do ano, diante de Senegal e Tunísia. As partidas, marcadas para os dias 15 e 18 de novembro, em Londres e Lille, respectivamente, servirão como os últimos testes antes do treinador definir a base do elenco que disputará a Copa do Mundo.

Entre as novidades estão Vitor Roque, atacante do Palmeiras, Luciano Juba, lateral do Bahia, e o volante Fabinho, que atua no Al-Ittihad, da Arábia Saudita. O trio integra uma lista que combina jovens promessas e nomes experientes, em um elenco que evidencia o equilíbrio buscado por Ancelotti desde que assumiu o comando da equipe.

Mistura de juventude e experiência marca nova convocação

Na lista divulgada pela CBF, destacam-se nomes consolidados no futebol europeu, como Casemiro, Marquinhos, Rodrygo e Vini Jr., todos com grande bagagem internacional. Ao mesmo tempo, Ancelotti aposta em novos talentos que vêm se destacando em seus clubes, a exemplo de Estêvão, do Chelsea, e Andrey Santos, também da equipe inglesa.

Os goleiros convocados são Bento (Al Nassr), Ederson (Fenerbahçe-TUR) e Hugo Souza (Corinthians), enquanto a defesa conta com opções variadas: Alexsandro e Danilo (Flamengo), Eder Militão (Real Madrid), Gabriel Magalhães (Arsenal), Fabrício Bruno (Cruzeiro) e Wesley (Roma). No meio-campo, nomes como Bruno Guimarães (Newcastle), Lucas Paquetá (West Ham) e Fabinho (Al-Ittihad) dão solidez ao setor. Já o ataque, recheado de estrelas, tem Matheus Cunha (Manchester United), Richarlison (Tottenham), João Pedro (Chelsea), além dos já citados Vini Jr. e Rodrygo.

O primeiro compromisso será diante de Senegal, no Emirates Stadium, em Londres. O elenco se apresenta diretamente na Europa no próximo domingo (9), e fará cinco sessões de treino no centro de treinamento do Arsenal antes da partida. Já o duelo com a Tunísia, no Decathlon Stadium, em Lille, encerrará o ciclo de amistosos do ano, com um treino único em solo francês antes da bola rolar.


Lista de convocação de Carlo Ancelotti ( Foto: reprodução/Instagram/@tntsportsbr)


Preparação para a Copa começará no Brasil

Pensando na próxima temporada, a CBF confirmou que a preparação da Seleção Brasileira antes da Copa do Mundo acontecerá na Granja ComaryAncelotti a, em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro. O planejamento prevê que os jogadores se apresentem no país para um período de treinos e testes físicos, antes do embarque para os Estados Unidos, local que receberá o torneio.

A entidade também estuda a realização de um amistoso de despedida em solo brasileiro, como forma de aproximar o time da torcida antes da viagem. Já nos Estados Unidos, está prevista uma nova partida preparatória, dessa vez contra um adversário de menor expressão, para ajustes táticos e observação final do elenco.

O técnico Carlo Ancelotti afirmou recentemente que os jogos diante de Senegal e Tunísia devem marcar o encerramento da fase de observações. Segundo o treinador, a partir da próxima Data Fifa, em março de 2026, a tendência é que a convocação já seja composta, em sua maioria, pelos atletas que estarão na Copa. “Será o momento de consolidar o grupo, fortalecer o entrosamento e trabalhar o padrão de jogo que queremos levar ao Mundial”, declarou o comandante italiano em coletiva recente.

Ancelotti fecha ciclo de observações

Desde que assumiu o comando da Seleção, Ancelotti tem priorizado a análise individual e coletiva dos atletas. Nos seis jogos disputados sob sua gestão — quatro pelas Eliminatórias e dois amistosos contra Coreia do Sul e Japão —, o técnico utilizou 39 jogadores diferentes. A diversidade nas convocações evidencia o objetivo de montar um grupo competitivo e versátil, capaz de se adaptar a diferentes estilos de jogo.

Com o fim da temporada se aproximando, a expectativa é de que a Seleção Brasileira finalize o ano em clima de definição. Os amistosos de novembro representam a última oportunidade para alguns nomes garantirem vaga na lista final. Em um elenco que mescla renovação e experiência, Carlo Ancelotti demonstra confiança na capacidade do time de retomar o protagonismo no cenário mundial e chegar forte à próxima Copa.

Hugo Souza se prepara para sua estreia na Seleção Brasileira

O goleiro Hugo Souza, atualmente no Corinthians, foi escalado como títular do elenco que enfrenta o Japão nesta terça-feira (14). A informação foi divulgada por Carlo Ancelotti no dia da convocação para os dois amistosos da seleção canarinha em solo asiático.

Vinda de uma excelente goleada em cima da Coreia do Sul na última semana, a equipe brasileira encara agora seu segundo desafio nesta reta final do ano que antecede a Copa do Mundo, realizada nos EUA, Canadá e México, a partir do próximo mês de junho.

Expectativa pela grande oportunidade

Revelado pelo Flamengo, Hugo já passou por altos e baixos ao longo destes primeiros 5 anos de carreira no futebol profissional. A ida para o Corinthians foi a verdadeira volta por cima do goleiro de 26 anos, após os momentos difíceis que viveu em sua passagem pelo rubro-negro, e já assumindo a responsabilidade de assumir a posição deixada por Cássio, um dos maiores e mais longevos ídolos do timão.

Hugo já esteve presente entre os convocados para defender a amarelinha mundo afora, mas apenas agora com a titularidade, poderá realmente sentir o gostinho de assumir o posto ocupado por diversos gigantes ao longo da história, como: Félix, Taffarel, Dida, Marcos e Júlio César.

O defensor expressou sua empolgação durante entrevista para a CBF TV:

“A expectativa está a mil, da melhor forma possível. É a realização de um sonho. Trabalhei a minha vida inteira para chegar a este momento. Agora é entrar em campo e fazer o que sei, o que me trouxe até aqui. Estou muito feliz com essa chance”


Entrevista de Hugo Souza para a CBF TV (Vídeo: reprodução/YouTube/Confederação Brasileira de Futebol)

Segundo round dos amistosos

Na manhã da última sexta-feira (10), os brasileiros encantaram com a goleada por 5 a 0 sobre a seleção sul-coreana — com gols de Estevão, Rodrygo e Vini Jr. Um grande destaque da partida foi a estreia do jogador Paulo Henrique, do Vasco, bastante comemorada pelos torcedores cruzmaltinos.


Elenco titular contra a Coréia do Sul (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Anthony Wallace)


Agora a missão será contra os japoneses, direto do Estádio Nacional de Tóquio — e a tendência é que Ancelotti repita o time de semana passada, apenas com Hugo Souza como novidade entre os titulares. A ideia é encaixar a melhor combinação de peças para o italiano extrair o potencial máximo de sua equipe, já com a próxima Copa do Mundo à vista.

Brasil brilha sob comando de Ancelotti e goleia a Coreia do Sul em amistoso preparatório

Na manhã desta sexta-feira (10), o Brasil apresentou, talvez, sua atuação mais convincente sob o comando de Carlo Ancelotti. Com personalidade, intensidade e alto nível técnico, a Seleção Brasileira atropelou a Coreia do Sul por 5 a 0, no Estádio da Copa do Mundo, em Seul, em amistoso que abre a série de seis jogos antes da convocação definitiva para a Copa do Mundo de 2026. Os gols foram marcados por Estêvão e Rodrygo, duas vezes cada, além de Vini Jr., que fechou o placar.

Mesmo com forte chuva e diante de aproximadamente 65 mil torcedores que apoiavam fervorosamente os donos da casa, o Brasil não se intimidou. A equipe dominou do início ao fim, mostrando repertório ofensivo e disciplina tática, aspectos que Ancelotti vem tentando consolidar desde que assumiu o cargo.

Quarteto ofensivo comanda início arrasador

A escolha de Carlo Ancelotti por escalar um quarteto ofensivo foi determinante para a atuação avassaladora. Rodrygo, Estêvão, Vini Jr. e Matheus Cunha formaram a linha de frente, enquanto Casemiro e Bruno Guimarães garantiam o equilíbrio no meio-campo, mas com liberdade para se aproximar da área. Essa movimentação resultou nos dois primeiros gols ainda no primeiro tempo.

Aos 12 minutos, Bruno Guimarães encontrou espaço entre os zagueiros e deu passe preciso para Estêvão, que finalizou com categoria para abrir o marcador. O gol precoce deu tranquilidade à Seleção, que manteve a posse de bola e pressionou constantemente a saída adversária.

Pouco antes do intervalo, Casemiro brilhou ao recuperar a bola e acionar Rodrygo. O atacante do Real Madrid não desperdiçou e ampliou a vantagem, marcando seu oitavo gol em 34 jogos pela equipe nacional.

Do outro lado, a Coreia do Sul, 23ª colocada no ranking da Fifa, apostava em um esquema fechado, mas não encontrou formas de conter a pressão alta brasileira. Mesmo com a torcida empurrando, o time asiático sofreu para criar qualquer chance de perigo.


Melhores mmentos da vitória brasileira sobre os coreanos (Vídeo: reprodução/YouTube/geTV)


Erros coreanos selam goleada brasileira

Na volta do intervalo, os donos da casa tentaram modificar a postura com uma alteração no meio-campo, mas logo sofreram dois golpes fatais. Com apenas dois minutos jogados, Estêvão aproveitou falha de Kim Min-Jae na saída de bola, roubou no limite da área e bateu firme para fazer o terceiro do Brasil.

Sem tempo de respirar, a Coreia voltou a errar. Casemiro pressionou no setor ofensivo, recuperou a posse e rapidamente acionou Vini Jr., que, com inteligência, deixou Rodrygo em condições de marcar o quarto gol. Em menos de cinco minutos, a partida já estava definida.

Com o placar elástico, Ancelotti utilizou a etapa final para rodar o elenco. Foram seis substituições, entre elas a estreia de Paulo Henrique, lateral do Vasco, que entrou em campo pela primeira vez com a camisa da Seleção. Carlos Augusto, André, Lucas Paquetá, Richarlison e Igor Jesus também tiveram minutos.

Mesmo com tantas trocas, o nível de intensidade permaneceu alto. Aos 32 minutos, Vini Jr. aproveitou jogada bem trabalhada e anotou o quinto gol, coroando uma atuação coletiva de alto padrão.

Preparação para novos desafios

O resultado expressivo em Seul reforça a confiança da Seleção Brasileira neste início de trajetória rumo ao Mundial de 2026. Além de demonstrar solidez defensiva e criatividade no ataque, o time mostrou que pode se adaptar a diferentes cenários de jogo, um ponto destacado por Carlo Ancelotti após o apito final.

A vitória também evidencia a ascensão de jovens talentos, como Estêvão, que, mesmo em início de carreira, teve papel de protagonista com dois gols e muita personalidade. A integração entre jogadores experientes e novos nomes parece ser uma das chaves do trabalho do treinador italiano.

Agora, o Brasil se prepara para o segundo amistoso da excursão pela Ásia. Na próxima terça-feira (14), a Seleção enfrenta o Japão em Tóquio, às 7h30 (horário de Brasília). Será mais uma oportunidade para Ancelotti observar o elenco e testar variações antes da reta final de preparação para a Copa do Mundo. Se a atuação contra a Coreia do Sul servir de parâmetro, o torcedor brasileiro pode começar a sonhar com uma equipe mais madura, criativa e competitiva, capaz de recuperar o protagonismo perdido nos últimos anos.

Seleção Brasileira faz único treino completo antes de encarar a Coreia do Sul

Nesta quarta-feira (8), o comandante da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, realizou o penúltimo treino antes do amistoso contra a Coreia do Sul, marcado para a próxima sexta-feira, às 8h no horário de Brasília. Apesar disso, o treinador italiano não contou com os 26 convocados, realizando assim a atividade com o elenco incompleto. 

Isso porque o volante Joelinton, que atua no Newcastle, na Inglaterra, teve um problema para chegar à capital sul-coreana e não pôde participar do treinamento. O jogador aterrissou em Seul apenas no período da tarde, no horário local. 

Joelinton e Bruno Guimarães tiveram problemas com o voo

Além de Joelinton, Bruno Guimarães, que também atua no Newcastle teve problemas para chegar a Seul.  Os meio-campistas titulares do clube inglês atuaram pela Premier League no último domingo (5) e eram esperados para chegar à capital sul-coreana na última terça-feira (7).


Bruno Guimarães compartilha registros de seu primeiro treino pela Seleção Brasileira nesta quarta-feira (8) (Foto: Reprodução/Instagram/@brunoguimaraes)

No entanto, problemas com uma das janelas da aeronave fizeram com que os dois passassem 12 horas no avião, retornassem à Europa e não conseguissem se apresentar na Seleção a tempo. Nesse sentido, a CBF refez a logística da dupla para conseguir trazê-los a Seul para poderem completar o elenco dos 26 convocados pelo técnico Carlo Ancelotti para a disputa dos dois amistosos no continente asiático. 

Bruno Guimarães chegou para o penúltimo treino

Apesar dos problemas com a chegada do voo na última terça-feira, Bruno Guimarães pousou em Seul a tempo de participar do penúltimo treino da Seleção Brasileira, nesta quarta-feira (8), antes do amistoso contra a Coreia do Sul. 

Isso porque Ancelotti teria solicitado a chegada do camisa 8 a tempo para ele participar da penúltima atividade com o grupo, visto que Guimarães provavelmente será um dos 11 titulares para a partida contra os sul-coreanos. 

Apesar disso, ainda não há informações sobre a escalação da Seleção para o jogo desta sexta-feira. No entanto, como de costume, o treinador italiano deve escalar os titulares na coletiva de imprensa na próxima quinta-feira.  

Comissão técnica do Brasil avalia jogadores atuando na Europa

O planejamento para a Copa do Mundo da comissão técnica da Seleção Brasileira, liderada por Carlo Ancelotti, está a todo vapor. Para a próxima data Fifa, os auxiliares estão mapeando vários atletas que o técnico italiano quer avaliar. A partida que a comitiva viu nesta quarta-feira (24/09) aconteceu entre Real Betis e Nottingham Forest pela primeira rodada da Europa League.

Estiveram presentes no estádio Paul Clement, Luigi La Sala, Francesco Mauri, Simone Montanaro e Mino Fulco para passar seus pareceres a Ancelotti.

Atletas em avaliação no duelo

O atacante Anthony é o nome do time espanhol, após uma passagem apagada pelo Manchester United, da Inglaterra, viu seu futebol evoluir na nova equipe. Sua conexão com a Espanha foi tão grande que, logo no primeiro semestre deste ano, os números e seu desempenho em campo o fizeram estar na lista do comandante italiano.

Já o Nottingham tem cinco possíveis nomes, sendo eles: Morato, Jair e Murillo na zaga, John Victor para o gol e o ex-botafoguense Igor Jesus no ataque. O último nome, inclusive, já participou de jogos na última eliminatória, tendo destaque e agradando o professor. O outro destaque fica para o ex-corintiano, convocado por Dorival Jr, mas não pelo italiano, mesmo sendo titular absoluto do time.


Destaque no jogo o jogador Anthony (Foto: reprodução/Instagram/@realbetisbalompie)


Vale ressaltar que o Nottingham Forest fez história ao ficar no G4 da competição por um bom tempo, mas na reta final não conseguiu segurar seus adversários de peso. E terminou a Premier League na sétima colocação, que lhe deu vaga para a Europa League desta temporada.

Caminho do Brasil até a Copa

Após o encerramento das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo em 2026, que garantiu a seleção brasileira na fase de grupos. Ancelotti já iniciou seu planejamento para a lista final de 23 jogadores que vão tentar o hexacampeonato. Mesmo tendo alguns atletas de confiança como Alisson, Marquinhos e o volante Casemiro, com quem trabalhou no Real Madrid, o técnico ainda tem dúvidas em posições.

Nas próximas datas FIFA, o Brasil pretende fazer amistosos. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no entanto, não divulgou nenhum adversário ou local até o momento. Porém, a preparação será importante para o grupo que estará representando a amarelinha.

Vale lembrar que Ancelotti causou polêmica já de início por não convocar Neymar Jr, por conta de sua condição física e quantidade de jogos no Santos. Essa avaliação é um indício para que ele entenda que um desses nomes pode substituir o camisa 10 caso seja necessário.