Gaby Spanic acusa seu ex-empresário, André Kostta, de golpe

A atriz venezuelana Gaby Spanic acusa o ex-empresário André Kostta de aplicar um golpe ao não repassar valores referentes a trabalhos realizados nos últimos meses. Segundo a artista, a dívida acumulada chega a cerca de R$ 5 milhões. O caso veio a público após ela falar abertamente sobre a situação em entrevista ao Domingo Espetacular.

Durante a conversa, Gaby relatou promessas profissionais que não teriam sido cumpridas, além de destacar a quebra de confiança na relação profissional e as dificuldades financeiras que enfrentou enquanto esteve no Brasil. Segundo a atriz, o período foi marcado por insegurança e frustração diante do cenário que se desenhou após o início da parceria.

Sobre as acusações

De acordo com Gaby, a relação profissional entre os dois iniciou em agosto deste ano e durou pouco tempo. Ela afirma que foi convencida por Kostta a deixar o México e apostar em oportunidades no Brasil, com promessas de participação em realities, novelas e novos projetos na televisão. “Ele dizia conhecer meus sonhos como atriz. Eu confiei, assinamos um contrato e acreditei no profissionalismo dele”, contou.


Gaby Spanic fala sobre André Kostta (Vídeo: reprodução/Instagram/@gabyspanictv)


Ainda segundo a artista, os pagamentos chegaram a ser feitos corretamente no começo, mas a situação mudou com o passar das semanas. “Quando eu falava de dinheiro, ele se irritava, gritava e dizia coisas terríveis sobre mim”, afirmou. Gaby diz que os repasses estão suspensos desde 2 de setembro, o que agravou ainda mais o conflito entre os dois.

Mais sobre Gaby Spanic

Gaby Spanic é uma atriz e cantora venezuelana que se consolidou como um dos grandes nomes das novelas latino-americanas. Ela alcançou projeção internacional nos anos 1990, principalmente após protagonizar A Usurpadora, produção que se tornou um fenômeno mundial e marcou gerações de telespectadores.


 

Gaby Spanic (Foto: reprodução/Instagram/@gabyspanictv)


Ao longo da carreira, a artista construiu uma trajetória sólida e versátil na televisão, com trabalhos de grande destaque no México e em outros países, consolidando seu nome no mercado internacional. Além da atuação, Gaby também investiu na música e em diferentes projetos pessoais, mostrando sua capacidade de se reinventar ao longo dos anos.

Com uma carreira extensa, marcada por personagens memoráveis e forte presença na mídia, ela conquistou reconhecimento além das fronteiras do seu país de origem. Mesmo com o passar do tempo, sua imagem segue associada a grandes sucessos da teledramaturgia. Assim, Gaby Spanic continua sendo lembrada até hoje como um dos rostos mais emblemáticos e icônicos das telenovelas.

Marcelo Sangalo alerta sobre golpe em aplicativo de mensagens

Filho da cantora Ivete Sangalo, Marcelo Sangalo Cady, de 16 anos, foi às redes sociais nesta sexta-feira (5) para alertar seus seguidores sobre uma tentativa de golpe que sofreu, envolvendo o aplicativo de mensagens WhatsApp. Segundo relatos, o perfil de Marcelo havia sido clonado e criminosos estavam se passando por ele.

Modus operandi

Em seus stories no perfil do Instagram, Marcelo compartilhou prints das conversas dos criminosos, denunciando a ação. Segundo ele, os bandidos usaram a tática do “boleto fraudulento”, em que o objetivo dos golpistas é: apresentar um boleto supostamente “bloqueado” e pedem ajuda financeira às vítimas para pagar a dívida, prometendo devolver o valor no mesmo dia. Porém, o boleto é um documento falso.


Ivete Sangalo e seu filho Marcelo (Foto: reprodução/Instagram/@fcmarcelosangalo)


Além disso, Marcelo alertou que seu perfil é privado e usado apenas para se comunicar com seus familiares e amigos próximos, indicando que essas pessoas provavelmente eram o alvo dos criminosos.

Cuidados e prevenções

Marcelo pediu cautela e atenção aos amigos caso os criminosos tentem entrar em contato com algum deles. O caso rapidamente ganhou repercussão por se tratar de um golpe direcionado a alguém ligado a uma das artistas mais populares do Brasil.

A situação expôs como esse tipo de golpe digital ainda repercute e coloca a população em risco, desde jovens muito expostos à internet até idosos. Marcelo também relembrou a necessidade de cuidados extras, como verificar a confiabilidade dos aplicativos, recorrer à autenticação de dois fatores e sempre desconfiar de pedidos de ajuda financeira, sejam eles urgentes ou mais elaborados.

O caso também gera alerta e discussão sobre a exposição de crianças e adolescentes na internet. É necessário que exista supervisão de pais e responsáveis, mesmo em contas privadas. Para muitos jovens, a prevenção no mundo digital se torna cada vez mais essencial para garantir a segurança de toda a família. E essa necessidade pode se estender caso envolva informações pessoas expostas nas redes.

Moraes critica manobras de Eduardo e Flávio e endurece posição contra Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso na manhã deste sábado (22) após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal levou Bolsonaro de sua casa para a sede da corporação em Brasília, onde ele permanece sob custódia.

Acima de tudo, analistas apontam que as ações de Eduardo e Flávio Bolsonaro ampliaram a pressão sobre o caso. Ambos tentaram interferir no processo e buscavam aliviar a situação do pai, mas acabaram agravando o cenário jurídico.

Críticas de Moraes e impacto político das ações

Na decisão, Moraes classificou as iniciativas dos filhos como “patéticas” e reforçou que a democracia rejeita condutas ilegais. Nesse sentido, ele afirmou que Eduardo Bolsonaro teria articulado ações clandestinas para influenciar o processo, inclusive abandonando o mandato. Além disso, apontou que Flávio Bolsonaro incentivou a retomada de acampamentos golpistas e atacou o Judiciário.

Ainda na sexta-feira (21), Flávio divulgou um vídeo que convocava apoiadores para se reunir perto da casa do pai. Pouco depois, Moraes viu o gesto como sugestão de uma tentativa de usar apoiadores para dificultar a fiscalização da tornozeleira e da prisão domiciliar.

Prisão preventiva, PGR e recusa ao pedido humanitário

A prisão é preventiva e não possui prazo definido. A Polícia Federal pediu a medida ao STF após registrar violação da tornozeleira eletrônica e indicar risco de fuga. Logo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apoiou o pedido e afirmou que os novos fatos exigiam resposta imediata.

Apesar da pressão política, Moraes negou o pedido da defesa para converter a prisão em regime domiciliar humanitário. Em contrapartida, os advogados citaram problemas de saúde e defenderam cuidados contínuos. Contudo, o ministro não encontrou elementos suficientes para autorizar a mudança.


Flávio Bolsonaro critica Moraes (Vídeo: reprodução/YouTube/Metrópoles)


Enquanto isso, o clima político ficou mais tenso. Apoiadores do PL iniciaram movimentos para montar um acampamento diante da sede da Polícia Federal. O grupo tenta ampliar a visibilidade do protesto e reforçar o apoio ao ex-presidente. Nas redes, parlamentares ligados ao PL intensificaram convocações e estimularam novas adesões ao movimento.

Primeira Turma do STF condena núcleo 3 da trama golpista que planejou matar autoridades

Nesta terça-feira (18), a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por unanimidade, seguir o voto do relator Alexandre de Moraes para condenar mais nove réus por envolvimento na trama de tentativa de golpe promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022. Nesta fase de julgamento, a Primeira Turma julgou o núcleo 3 da trama golpista, formado por dez réus: nove militares e um agente da Polícia Federal.

Alexandre de Moraes, o qual é o relator do caso julgado, votou para condenar 7 dos 10 réus. Os crimes foram apontados como os mais severos e violentos de toda a trama, por conta de que essa parte do núcleo ficou responsável pelo plano para o assassinato de autoridades, como, por exemplo, o presidente Lula. Esse mesmo grupo ficou à frente do planejamento de ações para pressionar o comando do Exército a aderir ao golpe para manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas eleições.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou os réus a serem julgados por 5 crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Condenações pela Primeira Turma do STF

A votação pelas condenações foi por unanimidade, o que significa que os ministros da Primeira Turma do STF votaram seguindo o voto do relator. Os réus condenados pelos crimes citados acima são: Bernardo Romão Corrêa Netto e Fabrício Moreira de Bastos, os quais são coronéis do Exército, foram condenados a 17 anos, 120 dias-multa, e 16 anos, 120 dias-multa, respectivamente.

Já os tenentes-coronéis do Exército Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros foram condenados, respectivamente, a penas de 24 anos, 120 dias-multa; 21 anos, 120 dias-multa; 21 anos, 120 dias-multa; 17 anos, 120 dias-multa. O Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal, foi condenado a 21 anos, 120 dias-multa, todos em regime inicialmente fechado.


Julgamento do núcleo 3 (Vídeo: reprodução/YouTube/STF)


Os outros dois réus foram julgados por crimes diferentes dos outros réus citados anteriormente; esses crimes são por incitação ao crime e associação criminosa. O coronel do Exército Márcio Nunes de Resende Jr. foi condenado a 3 anos e 5 meses; e o tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Jr. a 1 ano e 11 meses, ambos ao regime inicial aberto.

Absolvição pela Primeira Turma do STF

Por outro lado, tivemos pela primeira vez desde o começo do julgamento da trama golpista, onde se julgou os núcleos 1 e 4 pela condenação de todos os réus. Porém, no julgamento do núcleo 3, o general da reserva Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira foi absolvido das acusações, diz o relator Alexandre de Moraes, e os outros ministros da Primeira Turma concordaram que não havia provas suficientes para condená-lo.


Imagem do General Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (Foto: reprodução/Aleam/Alberto César Araújo)


Para concluir, o núcleo 1, chamado de “núcleo crucial”, foi o primeiro a ser julgado; nele tivemos o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Esse núcleo 1 também teve mais 7 pessoas condenadas. Já o núcleo 4 foi julgado por promover desinformação; nesse núcleo temos Ailton Gonçalves Moraes Barros (ex-major), que foi condenado a 13 anos e 6 meses; nele tivemos outros seis condenados.

Agora tivemos o julgamento do núcleo 3, com a condenação de nove pessoas e a absolvição de uma. Ainda será julgado o núcleo 2, que ficou com a responsabilidade do gerenciamento de ações e também a menção de uma possível participação no processo da criação de desinformação, com somente um acusado: Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho.

Justiça acelera análise de recursos de Bolsonaro no STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para um desfecho iminente no caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros réus ligados à chamada “trama golpista”. Fontes da Corte indicam que o julgamento dos recursos da defesa de Bolsonaro, que culminaram na condenação a uma pena de 27 anos e três meses em regime inicialmente fechado, deve começar já na próxima semana.

O cronograma apertado foi estabelecido após a publicação, nesta quarta-feira (22), do acórdão referente à dosimetria da pena imposta ao ex-chefe do Executivo. Com a formalização da decisão, inicia-se um prazo improrrogável de cinco dias corridos para que a equipe jurídica de Bolsonaro apresente os embargos de declaração. Este prazo se encerra, portanto, na próxima segunda-feira (27).

Celeridade no STF pode acelerar mandados de prisão definitiva

A expectativa dentro do STF é que o processo seja levado rapidamente ao plenário virtual da Primeira Turma, responsável pelo julgamento inicial do caso. O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, teria sinalizado aos seus auxiliares a intenção de agir com celeridade. A pressa se justifica pelo fato de que, uma vez rejeitados estes embargos declaratórios — o desfecho mais provável segundo avaliações internas —, a defesa ainda teria a prerrogativa de interpor um último recurso.

Contudo, a negativa da Primeira Turma, prevista para ocorrer na análise dos embargos de declaração, é o passo que antecede a emissão dos mandados de prisão definitiva. É neste momento que a determinação de prisão se torna executória, dependendo apenas do esgotamento dos prazos regimentais.


Matéria sobre a condenação de Bolsonaro e prazo para recursos (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Embargos como último obstáculo antes da execução das prisões

A inclusão do caso na pauta do plenário virtual é o próximo ponto de atenção. As sessões virtuais usuais têm início às sextas-feiras e permanecem abertas para votação durante uma semana. No entanto, diante da relevância política e da natureza do processo, especula-se a possibilidade de o Ministro Moraes solicitar uma sessão extraordinária.

Tal manobra visa encurtar o tempo de análise, possivelmente restringindo o período de votação a meras 24 ou 48 horas, garantindo uma resposta judicial mais célere a um dos casos mais emblemáticos em tramitação na Suprema Corte. A movimentação sinaliza que a fase recursal, que protege os réus até este momento, está prestes a se encerrar, abrindo caminho para a execução da sentença.

Trama Golpista: Supremo coloca núcleo de desinformação no banco dos réus

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (14), o julgamento do chamado “Núcleo 4” da mega investigação que apura a tentativa de golpe de Estado supostamente orquestrada após as eleições de 2022. As sessões, que se estenderão por esta e a próxima semana — nos dias 14, 15, 21 e 22 de outubro —, marcam a estreia do ministro Flávio Dino na presidência da Primeira Turma.

O grupo, formado por sete réus, é formalmente acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter atuado na disseminação orquestrada de desinformação com o objetivo explícito de minar a credibilidade do sistema eleitoral brasileiro e das urnas eletrônicas perante a opinião pública. A PGR, em suas alegações finais apresentadas no início deste mês, solicitou a condenação de todos os envolvidos, sustentando que eles agiram em coordenação direta com o “núcleo central” da organização criminosa, apontado como sendo liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Acusações detalhadas e o papel da Abin

De acordo com o Ministério Público, a meta principal deste núcleo era “enfraquecer as instituições democráticas”, tornando-as questionáveis perante a população. A acusação é grave e aponta que os réus teriam, inclusive, utilizado a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para potencializar a divulgação de notícias falsas sobre o processo eleitoral. Em resposta, todos os réus enviaram alegações finais ao Supremo, nas quais negaram todas as acusações.

Este será o segundo núcleo da trama a ser submetido a julgamento pela Primeira Turma do STF. Em um precedente recente de grande impacto, a mesma Turma já condenou em setembro o ex-presidente Bolsonaro e outros sete integrantes do Núcleo 1 pela tentativa de golpe de Estado, reforçando a linha dura do colegiado.


Matéria sobre o julgamento do núcleo 4 da trama golpista de 2022 (Vídeo: reprodução/YouTube/Metrópoles)

Flávio Dino assume a presidência

Uma novidade procedural de destaque neste julgamento é a condução dos trabalhos pelo ministro Flávio Dino. Por força da regra de rotatividade interna do STF, Dino assumiu a presidência da Primeira Turma no dia 1º de outubro, sucedendo o ministro Cristiano Zanin. Caberá a ele a responsabilidade de gerir as sessões, abrindo e encerrando os trabalhos, além de garantir a disciplina e o respeito aos tempos de fala estipulados para advogados, partes e os demais ministros.

A sessão inaugural desta terça-feira terá como marco inicial a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Em seguida, o plenário dará voz à PGR e aos advogados de acusação, para então iniciar a fase de votos dos ministros. O rol de réus do Núcleo 4 inclui figuras de patente militar, como o coronel Reginaldo Vieira de Abreu e o major da reserva Ailton Gonçalves Moraes Barros, além de civis como Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL), e um policial federal. As decisões deste julgamento são aguardadas com intensa expectativa, podendo consolidar a jurisprudência do Supremo sobre a desinformação como instrumento de subversão da ordem democrática.

Bolsonaro é condenado a pagar R$ 1 milhão por declarações racistas

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado, nesta terça-feira (16), a pagar R$ 1 milhão por danos morais coletivos devido a declarações racistas feitas durante uma live em 2021, quando ainda estava no cargo. Na ocasião, ele comparou o cabelo de um homem negro a “criatórios de baratas”. A decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) foi unânime, embora ainda seja possível recorrer.

Indenização por comentários racistas

O TRF4 analisou, nesta terça-feira, recursos do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública da União, que solicitavam uma indenização coletiva de R$ 5 milhões e uma retratação pública de Bolsonaro. A corte também condenou a União, de forma independente, ao pagamento de R$ 1 milhão. Em primeira instância, o pedido havia sido rejeitado. A ação civil pública classificou os comentários como “discriminatórios e ofensivos à população negra”.

Além disso, Bolsonaro precisará remover conteúdos discriminatórios de suas redes sociais e realizar uma retratação pública dirigida à população negra.

O relator do caso, desembargador federal Rogério Favreto, afirmou que a fala de Bolsonaro é uma “ofensa racial sob a aparência de piada“, atingindo “a honra e a dignidade de pessoas negras e reforçando um processo de desumanização”. Favreto ressaltou ainda que “não se trata de uma brincadeira inofensiva, nem do exercício legítimo da liberdade de expressão”. Todos os membros da 3ª Turma acompanharam o voto, confirmando a condenação.

Em maio de 2021, durante encontro com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro fez comentários racistas a um homem com cabelo estilo Black Power, comparando-o a uma “barata”. A transmissão foi ao vivo por uma rede social próxima ao ex-presidente. Dias antes, ele já havia feito provocações semelhantes. Em julho, convidou novamente o homem para uma transmissão, intensificando o conteúdo discriminatório das falas.

Condenação por trama golpista

Na última quinta-feira (11), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado, por participação na trama golpista. A pena ainda não foi cumprida, pois depende da análise de recursos.


Bolsonaro é condenado por falas racistas (Vídeo: reprodução/Instagram/@itirucuonline)


Atualmente, o ex-presidente cumpre prisão preventiva em regime domiciliar por descumprimento de medidas judiciais determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Porém, na tarde desta terça-feira (16), ele precisou ir ao hospital DF Star, em Brasília, devido à crise de pressão, vômitos e soluços. Segundo a equipe médica de Bolsonaro, ele está em avaliação e realiza uma série de exames.

STF avalia trama golpista e define votos em sessão decisiva desta terça

Supremo Tribunal Federal julga nesta terça-feira (9), em Brasília, a acusação de trama golpista contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A sessão deve contar com votos dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que irão se pronunciar tanto sobre questões processuais quanto sobre o mérito das denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República. O julgamento busca definir responsabilidades em atos que tentaram abalar o processo democrático no país.

Ministros avaliam acusações e rito processual

Na sessão desta terça-feira (9), os ministros do Supremo Tribunal Federal analisam os primeiros pontos relacionados à trama golpista, em especial as questões processuais que podem influenciar o andamento do julgamento. Entre os temas discutidos está a admissibilidade das provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República e a validade dos depoimentos colhidos ao longo da investigação.

A ordem de votação seguirá a sequência: Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e, por último, o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin.

As sessões estão previstas para ocorrer:

  • 9 de setembro – 9h às 12h e 14h às 19h
  • 10 de setembro – 9h às 12h
  • 11 de setembro – 9h às 12h e 14h às 19h
  • 12 de setembro – 9h às 12h e 14h às 19h

 O cronograma, no entanto, pode ser alterado de acordo com o andamento dos votos

O julgamento é acompanhado de perto por partidos políticos, entidades da sociedade civil e pela opinião pública, já que o caso é considerado um dos mais relevantes da atual agenda do STF.

Denúncia da PGR e réus envolvidos

A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que a trama golpista envolveu a prática de cinco crimes graves. Veja os detalhes:

Crimes apontados pela PGR:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito – ocorre quando alguém tenta, com violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais. Pena: 4 a 8 anos de prisão.
  • Golpe de Estado – tentativa de depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído. Pena: 4 a 12 anos de prisão.
  • Organização criminosa – quando quatro ou mais pessoas se reúnem, de forma estruturada e com divisão de tarefas, para cometer crimes. Pena: 3 a 8 anos.
  • Dano qualificado – destruir, inutilizar ou deteriorar patrimônio da União, com violência e grave ameaça, causando grande prejuízo. Pena: 6 meses a 3 anos.
  • Deterioração de patrimônio tombado – destruir, inutilizar ou deteriorar bem protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial. Pena: 1 a 3 anos.

Réus denunciados pela PGR:

  • Jair Bolsonaro – ex-presidente da República
  • Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
  • Almir Garnier – ex-comandante da Marinha
  • Anderson Torres – ex-ministro da Justiça
  • Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens da Presidência
  • Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa
  • Walter Braga Netto – ex-ministro da Casa Civil

A acusação sustenta que esses nomes formaram o núcleo central da trama golpista, atuando de maneira organizada para fragilizar as instituições democráticas e tentar alterar o resultado eleitoral.

STF julga Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta semana o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete pessoas que fizeram parte do seu governo. Todos são acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022.

O processo é resultado de uma análise extensa feita pela PGR, que reuniu mais de 500 páginas para descrever a conduta de cada um dos investigados. Só a parte que trata das ações de Bolsonaro ocupa 137 páginas. O documento foi assinado pelo procurador-geral Paulo Gustavo Gonet Branco.

Entre os crimes listados estão: dano qualificado por violência ou ameaça, tentativa de acabar de forma ilegal com o Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado, organização criminosa armada e golpe de Estado. As penas previstas variam de um a 17 anos de prisão, de acordo com o enquadramento de cada réu.

Papel de liderança e uso da máquina pública

Para o procurador-geral, Bolsonaro atuou como líder do grupo. Ele teria aproveitado o cargo de presidente da República para espalhar desconfiança sobre as urnas eletrônicas e sobre instituições públicas.

A acusação sustenta que houve mobilização de recursos estatais para fortalecer esse discurso, o que incluía transmissões oficiais, relatórios e eventos públicos.

Principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado democrático de Direito.”

PGR

Entre os exemplos citados pela PGR estão uma live transmitida em 2021 no Palácio do Planalto e o uso irregular de estruturas de inteligência do Estado, que ficou conhecido como “Abin paralela”. A avaliação é que Bolsonaro tentava dar uma aparência técnica a um discurso sem fundamento, falando de códigos-fonte, hackers e voto impresso, para transmitir insegurança à população.

Planejamento e ataques às urnas

Segundo os investigadores, foram apreendidos documentos que indicam a orientação para repetir continuamente críticas ao sistema de votação. A estratégia seria reforçar a narrativa de fraude e criar um ambiente de contestação caso o resultado das urnas fosse desfavorável.


Julgamento de Bolsonaro e aliados no STF: veja o que esperar (Vídeo: reprodução/YouTube/MetrópolesTV)

A denúncia também cita falas do ex-presidente em 7 de setembro de 2021, em Brasília e São Paulo, em que teria intensificado ataques ao sistema eleitoral e a autoridades do Judiciário. Para a PGR, não se tratava de críticas isoladas, mas de um movimento articulado que poderia comprometer a estabilidade democrática.

Defesa e andamento do julgamento

Na fase de interrogatório, realizada em junho, Bolsonaro negou qualquer intenção de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse que nunca houve movimentação real para um golpe e classificou a denúncia como injusta.

O julgamento será conduzido na ordem estabelecida pelo STF: Alexandre de Moraes abre a votação, seguido de Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Julgamento de Bolsonaro sobre a tentativa de golpe começa nesta terça; STF reforça segurança

O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou que mais de 500 jornalistas estarão presentes para acompanhar o julgamento sobre a suposta tentativa de golpe, que começa na próxima terça-feira (2). O caso, considerado um dos mais importantes do ano, deve ganhar grande repercussão política e internacional.

Entre os réus estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e antigos aliados, acusados pela Procuradoria-Geral da República de montar um esquema para tentar mantê-lo no poder e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Todos os acusados, em interrogatórios anteriores, negaram as acusações e afirmaram que não houve plano de golpe.

Grande interesse da mídia em apurar o julgamento

O interesse pelo julgamento é alto: além da imprensa, mais de 3 mil pessoas pediram credenciais para acompanhar as sessões, que acontecerão nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. Enquanto 150 lugares foram liberados ao público no plenário da Segunda Turma, os jornalistas terão acesso por ordem de chegada à sala da Primeira Turma, onde o julgamento será realizado. Essa turma é composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux.

A segurança também foi reforçada em Brasília. Haverá bloqueios na Praça dos Três Poderes, varreduras com cães farejadores e presença de tropas especiais, como Bope e Comando de Operações Táticas, além de apoio da Polícia Militar e da segurança judicial dos tribunais.

O julgamento acontece em meio a um cenário político tenso. Bolsonaro cumpre prisão domiciliar acusado de pressionar instituições e ministros do STF, enquanto Lula fez duras críticas a Eduardo Bolsonaro, chamando sua atuação nos Estados Unidos de “traição à pátria”.

Trump justifica taxação como retaliação aos atos contra Bolsonaro

Nos EUA, Donald Trump, aliado de Bolsonaro, justificou a sobretaxa de 50% em produtos brasileiros como resposta ao processo, chamando-o de “caça às bruxas”. Além disso, o governo americano aplicou sanções contra Moraes e outros ministros da Corte. O presidente Lula tem repetido que a soberania do Brasil não está em discussão e que o país não abre mão dela.


Jair Bolsonaro foi a capa da revista “The Economist”, que faz uma analogia do ex-presidente com apoiadores do Trump que fizeram a invasão do Capitólio (Foto: Reprodução/X/@eixopolitico)


Nesta quinta-feira, a revista britânica The Economist, uma das mais respeitadas do mundo, trouxe em sua capa uma reportagem afirmando que o julgamento da tentativa de golpe no Brasil serve como exemplo até para os Estados Unidos. A imagem da capa mostra Jair Bolsonaro vestido como um dos extremistas que invadiram o Capitólio americano em 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores de Donald Trump tentaram impedir a posse de Joe Biden.