Lula promete rigor total em apuração de fraude no INSS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que as investigações sobre as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não farão distinções. A declaração ocorreu nesta quinta-feira (18/12), durante um encontro com jornalistas, em Brasília.

Segundo o presidente, qualquer pessoa eventualmente envolvida no esquema será alvo de apuração, sem exceções por vínculos pessoais ou políticos. Lula afirmou que a responsabilidade deve alcançar todos os níveis. “Se tiver filho meu metido nisso, será investigado”, declarou, ao reforçar a necessidade de rigor institucional.

Investigações avançam e revelam novos elementos

No mesmo dia, a Polícia Federal deflagrou uma nova etapa da operação que investiga irregularidades em benefícios previdenciários. A princípio, a apuração identificou transações financeiras atribuídas ao empresário Antônio Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Ainda de acordo com os investigadores, os pagamentos teriam como destinatária Roberta Luchsinger, apontada como próxima de Fábio Luís da Silva, filho do presidente. Roberta é herdeira de um banqueiro e mantém relação histórica com quadros ligados ao Partido dos Trabalhadores.


Operação contra fraude já prendeu oito pessoas (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)


Até o momento, contudo, as autoridades não indicaram participação direta do presidente ou de familiares no esquema investigado. A Polícia Federal segue analisando a origem dos recursos e a finalidade das transferências. Como o INSS integra a administração federal, os processos relacionados às suspeitas tramitam na Justiça Federal. As investigações concentram-se em possíveis descontos indevidos aplicados a aposentadorias e pensões, prática que teria afetado milhares de beneficiários em diferentes regiões do país.

Ressarcimento e ações recentes do INSS

Enquanto as apurações avançam, o governo federal iniciou, em agosto, o ressarcimento das vítimas dos descontos irregulares. Até agora, mais de R$ 1 bilhão foi devolvido aos beneficiários prejudicados. Dados oficiais indicam que cerca de 1,6 milhão de aposentados e pensionistas já receberam os valores integrais, com correção monetária. O Executivo afirma que os pagamentos continuarão até a conclusão de todos os casos identificados.

Além disso, em outubro, o INSS passou a alertar aproximadamente 4 milhões de beneficiários que ainda não realizaram a prova de vida. Os comunicados foram enviados por meio de extratos bancários impressos e digitais. O procedimento segue sendo obrigatório para garantir a regularidade dos pagamentos. Por fim, em novembro, o instituto anunciou a antecipação de benefícios para moradores de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, atingidos por um tornado. A medida buscou garantir assistência imediata às famílias afetadas pela tragédia.

Bolsonaro tem nova crise de soluços após visita da família na PF, diz Flávio Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro, detido desde o último sábado por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) após violar a tornozeleira eletrônica, teria apresentado uma nova crise de soluços durante a madrugada, segundo relato do senador Flávio Bolsonaro. O episódio ocorreu após visita feita ao pai na superintendência da Polícia Federal em Brasília e, segundo o parlamentar, acentua a preocupação da família, que acusa tratamento desumano e inadequado para o estado de saúde do ex-presidente.

Relato da família e estado de saúde 

De acordo com Flávio, a crise só foi amenizada após a intervenção de um policial federal que teria oferecido medicamento para aliviar o desconforto. Ele relatou ainda que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, tem assumido cuidados diretos durante a noite, acompanhando o ex-presidente, ajustando sua posição na cama e verificando possíveis riscos de bronco aspiração, uma condição que pode gerar complicações sérias. 

Segundo relatos de aliados, Bolsonaro estava emocionalmente abalado desde a detenção, comendo pouco, dormindo mal e demonstrando sinais de desgaste físico. O vereador Carlos Bolsonaro afirmou que o pai está “devastado psicologicamente” e que a repetição das crises de soluços pode indicar piora em sua condição geral.


Após visita ao pai, Flavio diz quadro de soluços continuam (Vídeo: Reprodução/X/@g1)


Posicionamento da PF e repercussões políticas

A Polícia Federal informou que Bolsonaro permanece detido em sala especial destinada a autoridades, sob as condições previstas para prisão preventiva. A corporação reiterou que a conversão da prisão domiciliar em preventiva foi motivada por indícios de risco de fuga, violação da tornozeleira e mobilização de apoiadores em atos que poderiam obstruir o trabalho policial. Embora não comente detalhadamente questões de saúde, a PF afirma que todos os cuidados médicos necessários estão sendo observados.

A nova crise reacende as já tensas discussões sobre a adequação das condições de custódia para ex-chefes de Estado, especialmente em casos de fragilidade física. A defesa de Bolsonaro pretende reforçar, nos próximos dias, o pedido para que ele retorne à prisão domiciliar, alegando agravamento do quadro clínico e exigindo tratamento mais compatível com sua condição. Flávio Bolsonaro tem dito que a manutenção da prisão “fere princípios humanitários” e ignora a vulnerabilidade do ex-presidente.

Zema volta a defender Bolsonaro e critica decisão do STF após violação de tornozeleira

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro após a conversão da prisão domiciliar em preventiva determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi tomada após a violação da tornozeleira eletrônica usada pelo ex-mandatário. 

Para Zema, o episódio revela uma “situação extrema” vivida por Bolsonaro e sinaliza, em suas palavras, um cenário de perseguição política. O governador argumentou que a tentativa de retirar parte do equipamento com um objeto metálico poderia estar ligada a uma alteração emocional provocada por medicamentos, o que, no seu entendimento, caracterizaria um comportamento atípico e não uma tentativa consciente de fuga.

O diz a polícia federal e a decisão do STF 

A Polícia Federal, ao solicitar a conversão da prisão domiciliar em preventiva, afirmou que Jair Bolsonaro teria convocado apoiadores para se mobilizarem em frente à sua residência, o que foi interpretado como uma tentativa de gerar pressão externa sobre as autoridades e criar um ambiente de instabilidade institucional. 

Além disso, o relatório apontou risco de fuga após a violação da tornozeleira eletrônica, destacando que o equipamento apresentava sinais de manipulação com objeto metálico, fator decisivo para o endurecimento da medida. Para os investigadores, a soma desses elementos justificava a necessidade de prisão preventiva para evitar obstrução do trabalho policial e garantir o comprimento das determinações judiciais. 


Bolsonaro recebeu a visita de seu esposa Michelle Bolsonaro (Vídeo: reprodução/X/@g1)


Zema, entretanto, discordou da avaliação e classificou o rigor como desproporcional, afirmando que casos semelhantes recebem respostas mais brandas. Segundo ele, a decisão reforça sua percepção de seletividade judicial e contribui para o que chama de “enfraquecimento da democracia”.

Impactos políticos e possíveis reflexos em 2026

Zema também buscou contextualizar suas declarações dentro do cenário político mais amplo. Segundo ele, apesar da crise envolvendo Bolsonaro, os governadores alinhados à direita continuarão a articular seus projetos e devem desempenhar papel importante nas eleições de 2026. 

O governador defendeu que a pluralidade de nomes no campo conservador será positiva, permitindo que o eleitorado tenha alternativas caso o desgaste jurídico e político de Bolsonaro se intensifique. Seus aliados interpretam essa fala como uma tentativa de reorganizar a direita sem romper completamente com o ex-presidente, mantendo a narrativa de injustiça enquanto prepara o terreno para novos nomes.


Com possível candidatura a presidência, Tarcísio defende Zema de vice (Foto: reprodução/X/@eleiçãoempauta) 


A repercussão das falas ocorre em um contexto institucional já marcado por tensões. A prisão de um ex-presidente por descumprimento de medida cautelar e a acusação de incitação a mobilizações externas acentuam debates sobre a relação entre Judiciário e política. 

Possíveis desdobramentos para o caso 

Para apoiadores de Bolsonaro, a conversão da prisão reforça a tese de perseguição. Para analistas, o episódio evidencia uma estratégia deliberada de confronto com o STF e amplia a polarização política. O caso tem potencial para influenciar a dinâmica eleitoral de 2026 ao afetar alianças, discursos e a capacidade de reorganização do campo conservador.

Enquanto isso, a defesa de Bolsonaro poderá apresentar novos recursos ao STF na tentativa de reverter a decisão e restabelecer a prisão domiciliar. Para Zema, contudo, mais do que um caso jurídico isolado, o episódio simboliza uma crise institucional profunda, na qual decisões judiciais, disputas políticas e tensões sociais se entrelaçam em um momento decisivo para o futuro democrático do país.

Primeira Turma do STF mantém, por unanimidade, a prisão preventiva de Bolsonaro

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, de forma unânime, manter a determinação do ministro Alexandre de Moraes que converteu a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão preventiva. O julgamento ocorreu nesta segunda-feira (24), em sessão virtual, e contou com os votos dos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, todos acompanhando integralmente o entendimento do relator.

Bolsonaro está detido desde sábado (22) em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, após a PF apontar elementos que indicariam risco de fuga e ameaças à ordem pública. A análise ocorreu no plenário virtual, sistema em que os ministros registram seus votos eletronicamente, sem a necessidade de sessão presencial.

A decisão de Moraes, ratificada pelo colegiado, foi tomada no sábado depois de a PF registrar que Bolsonaro tentou violar a tornozeleira eletrônica poucas horas após seu filho, Flávio Bolsonaro, convocar uma vigília religiosa diante da residência onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar. Em paralelo, o processo referente à chamada trama golpista — no qual Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar organização criminosa que buscava desestabilizar o Estado Democrático de Direito — se aproxima da fase final de recursos.

Após a conclusão dessa etapa, a condenação se tornará definitiva, autorizando o início da execução da pena. Bolsonaro passou por audiência de custódia no domingo (23), ocasião em que afirmou que a violação do equipamento ocorreu em razão de um surto causado pela interação de medicamentos psiquiátricos. Ele negou qualquer intenção de fuga.

Os votos dos ministros e os argumentos para a manutenção da prisão

Na votação, Alexandre de Moraes sustentou que Bolsonaro violou “dolosa e conscientemente” a tornozeleira eletrônica, tornando sem efeito a medida cautelar anteriormente imposta pelo próprio STF. Em seu voto, o ministro afirmou que o ex-presidente apresentou um padrão de condutas reiteradas que demonstrariam tentativa de descumprir decisões judiciais. Moraes destacou ainda que, na audiência de custódia, Bolsonaro confessou ter inutilizado o equipamento, caracterizando falta grave e desrespeito direto às ordens da Justiça. Assim, o relator avaliou que os requisitos para prisão preventiva — preservação da ordem pública, garantia da aplicação da lei penal e prevenção de obstrução do processo — estavam plenamente presentes.



O ministro Flávio Dino acompanhou o relator e ressaltou o risco relacionado à mobilização de apoiadores do ex-presidente. Segundo ele, episódios recentes demonstram que grupos organizados e descontrolados podem promover tumultos semelhantes aos atos de 8 de janeiro de 2023, quando invasões e depredações atingiram os prédios dos Três Poderes. Dino afirmou que não se pode descartar a possibilidade de que esses grupos tentem acessar o local de custódia de Bolsonaro, colocando em perigo agentes de segurança e ampliando a ameaça à ordem pública. O ministro também observou que o ex-presidente já declarou publicamente que “jamais se submeteria à prisão”, o que reforçaria seu potencial risco de fuga e afronta ao Judiciário.

O ministro Cristiano Zanin igualmente votou pela manutenção da prisão preventiva, aderindo ao entendimento de Moraes sem acréscimos. A ministra Cármen Lúcia foi a última a votar e também acompanhou integralmente o relator, consolidando a decisão unânime da Primeira Turma.

Os fatores que levaram à prisão e o relato da defesa

A prisão preventiva foi decretada após a PF apresentar dois fatos centrais: a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica e a convocação pública para uma vigília religiosa em frente à residência do ex-presidente, o que, segundo a polícia, poderia comprometer a fiscalização da prisão domiciliar. Um vídeo divulgado pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal mostra Bolsonaro dizendo que tentou abrir o equipamento usando um ferro de solda e que a ação teria sido motivada por curiosidade. Na audiência de custódia, contudo, Bolsonaro alegou ter sofrido um surto provocado pela interação de medicações como pregabalina e sertralina, usadas em tratamentos psiquiátricos. Ele declarou não ter dormido nos dias anteriores e afirmou que não tinha qualquer intenção de fugir.

A defesa apresentou laudo médico ao Supremo e argumentou que o estado de saúde do ex-presidente justificaria uma prisão domiciliar humanitária. Os advogados sustentaram que o vídeo demonstra desorientação e fala arrastada, supostamente compatíveis com efeitos colaterais dos medicamentos, e insistiram que não houve tentativa real de romper o monitoramento. Para a defesa, os eventos da madrugada do dia 22 revelam uma condição clínica “delicada” e não um comportamento consciente de fuga ou de obstrução.

Michelle Bolsonaro se pronuncia após a prisão de Jair Messias Bolsonaro

Na manhã deste sábado (22), o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi detido pela Polícia Federal (PF) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente estava sendo investigado por envolvimento na Polícia Federal ainda durante seu governo, que durou de 2018 até 2022.

Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama do Brasil e atual esposa de Bolsonaro, se pronunciou via Instagram com versículos bíblicos.

O pronunciamento

Michelle Bolsonaro disse em seu pronunciamento alguns versículos da Bíblia; um deles foi o Salmo 121, que diz: “Levarei os meus olhos para os montes, de onde vem meu socorro”, fazendo alusão à prisão de seu marido e ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.

Outro trecho dos versículos que a esposa de Bolsonaro mencionou foi: “Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará”, levantando comentários nas redes sobre possíveis “indiretas” em correlação à decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal de prender Jair Messias Bolsonaro.


 

 

 

 

Prisão de Bolsonaro (Vídeo: reprodução/X/@Globonews)


Prisão de Bolsonaro

Na manhã de hoje (22), o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi preso de maneira preventiva pela Polícia Federal por determinação do ministro Alexandre de Moraes. A prisão será julgada ainda pela primeira turma do Supremo, e o resultado será determinante para saber se a prisão preventiva continuará ou não.

Uma sessão foi convocada por Alexandre de Moraes para a próxima segunda-feira (24), das 8 às 20 horas. Segundo a PF, a prisão não tem nada a ver com sua condenação por tentativa de golpe, pela qual foi condenado a cumprir prisão domiciliar. O ministro Alexandre de Moraes alega que a prisão é uma garantia de ordem pública, com risco de aglomeração.

 

PF cumpre ordem de Moraes e prende Bolsonaro sem uso de algemas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal prendesse preventivamente o ex-presidente Jair Bolsonaro na manhã deste sábado, 22 de novembro.

A decisão faz parte das ações do inquérito que apura tentativa de golpe e no qual o ex-presidente já foi condenado. O mandado corre sob sigilo, mas seu conteúdo estabelece orientações específicas para a forma como a prisão deveria ser realizada.

Orientações para o cumprimento da prisão

No documento, Moraes orienta que os agentes responsáveis executem a ordem de maneira discreta. O ministro determina que Bolsonaro não seja algemado e que a operação evite qualquer tipo de exposição midiática. A justificativa apresentada no texto é preservar a dignidade do ex-presidente durante o procedimento.

Além disso, o ministro deixa a cargo da própria Polícia Federal a escolha de usar ou não uniforme e armamento, desde que o cumprimento da ordem ocorra com segurança. O despacho é curto, com duas páginas, e lista os crimes pelos quais Bolsonaro já foi condenado no inquérito. Apesar disso, não detalha qual fato novo levou à decretação da prisão preventiva.


Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Sergio Lima/Getty Images Embed)


O mandado previa que a ação acontecesse na parte da manhã deste sábado, orientação que foi seguida pela equipe policial. A decisão mantém o padrão adotado por Moraes em outras operações, priorizando sigilo e discrição.

Como a prisão aconteceu e próximos passos

Bolsonaro foi detido em sua residência, onde cumpria prisão domiciliar. Os agentes da PF conduziram o ex-presidente para a Superintendência Regional da Polícia Federal, localizada no Setor Policial Sul, em Brasília, destino padrão de custódia em operações dessa natureza.

O inquérito da tentativa de golpe segue investigando a participação de diferentes envolvidos, tanto do setor público quanto do privado. A prisão preventiva é mais uma etapa desse processo, que permanece sob sigilo judicial. A expectativa é que novas ações ocorram conforme avançam as análises conduzidas pelo STF e pela Polícia Federal.

A reportagem solicitou posicionamentos oficiais das instituições envolvidas, mas ainda não obteve retorno até o momento da publicação.

PF vai investigar envolvimento de crime organizado nos casos de bebidas com metanol

O ministro da Justiça Ricardo Lewandowski realizou uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (30)  afirmando que a Polícia Federal (PF) irá investigar o envolvimento do crime organizado com os casos de adulteração de bebidas alcoólicas com metanol em todo o estado de São Paulo, onde já foram registradas três mortes ligadas a intoxicação. 

Na coletiva feita em Brasília, com detalhes apurados com exclusividade pela CNN Brasil, o ministro disse que o objetivo da investigação é verificar a origem da substância encontrada nas bebidas e a rede de distribuição das bebidas adulteradas. 

Envolvimento do crime organizado

As suspeitas do envolvimento do crime organizado nos casos de intoxicação por metanol já foram levantadas no último domingo (28), onde Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) divulgou uma nota ao público levantando a suspeita da ligação do Primeiro Comando da Capital (PCC) na adulteração das bebidas, a suspeita foi levantada porque o metanol encontrado nas bebidas também é usado na adulteração de combustíveis.


Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 30 (Foto: reprodução/José Cruz/Agência Brasil)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que recebeu até o momento dezesseis notificações de pessoas com suspeita de intoxicação por metanol, sendo seis dos dezesseis casos confirmados, todos no estado de São Paulo. Ao todo, três mortes por intoxicação de metanol foram confirmadas. 

Ações preventivas

Na reunião feita nesta quarta, que envolveu os ministros da Justiça, da Segurança Pública e órgãos voltados para a proteção da saúde pública e dos consumidores, ficou decidido que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) deverá emitir um alerta aos Procons, órgãos de proteção ao consumidor, com orientações para os consumidores, que seriam para segurança do consumo e comercialização.

Com o monitoramento do Sistema de Alerta Rápido, que continua rastreando os novos casos, o Ministério da Saúde vai se responsabilizar pelos cuidados dos afetados pela intoxicação, garantindo o atendimento em todos os postos de saúde e um protocolo para notificação de intoxicação por metanol, para a continuidade no rastreamento e registro de casos. Por fim, o Ministério da Agricultura ficará responsável por possíveis ações de fiscalizações das bebidas alcoólicas comercializadas e distribuídas em território nacional. 

Oito pessoas são presas pela PF por suspeita de invadir sistema PIX

Nesta última sexta-feira (12), a Polícia Federal realizou uma operação para prender um grupo de hackers que tentavam invadir o sistema PIX da Caixa Econômica Federal. A PF prendeu oito pessoas, que estariam envolvidas com a quadrilha que desviou cerca de 1,5 bilhão de reais depois do ataque hacker às empresas Siqia e C&M, responsáveis por fazer a conexão entre os bancos e o sistema PIX.

A operação da Polícia Federal

A Polícia Federal começou a agir na quinta-feira (11), quando recebeu a notificação de que um notebook da Caixa Econômica Federal havia sido roubado. Dois suspeitos roubaram um equipamento de um funcionário que trabalha em uma agência do banco no Brás. A Polícia Federal resolveu usar a técnica de “ação controlada”, ou seja: postergar a intervenção policial para que mais provas sejam geradas pelos suspeitos. 


O Jornal O Globo fez um relatório a respeito das prisões (Vídeo: reprodução/Instagram/@jornaloglobo)


Por isso, a Polícia Federal conseguiu acompanhar os suspeitos e a localização do notebook. Além disso, a PF também conseguiu interceptar mensagens entre os alvos. Além de terem acesso ao notebook da Caixa Econômica Federal, os suspeitos também tinham acesso à rede privada do banco, por meio de uma chave de VPN (Virtual Private Network, ou Rede Privada Virtual em português).

O acesso ao VPN da Caixa Econômica Federal possibilitou aos hackers enfraquecer o sistema de segurança do banco, para um possível ataque cibernético. Os agentes da Polícia Federal conseguiram a localização dos alvos, que estavam em uma casa na Zona Leste. A prisão foi feita em flagrante. 

Ataque ao sistema PIX

No final de junho, o Banco Central identificou que a empresa C&M, que conecta bancos com o sistema PIX, havia sido invadida. A empresa sofreu um ataque hacker; o que levou clientes de bancos a ficarem sem acesso ao PIX, e 800 milhões de reais foram desviados. No começo de julho, um operador de TI foi preso, acusado de auxiliar a quadrilha a invadir o sistema PIX.

Bolsonaro terá segurança reforçada para ida a hospital após condenação

O ex-presidente Jair Bolsonaro deixará sua residência pela primeira vez neste domingo após ser condenado a 27 anos de prisão. A princípio, ele fará um procedimento dermatológico de baixa gravidade no hospital DF Star, em Brasília, autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Atualmente, Bolsonaro está em regime de prisão domiciliar. Por isso, terá escolta da Polícia Penal do Distrito Federal, agentes à paisana e vistoria no veículo. O ex-presidente passará por dois procedimentos: a retirada de um nevo melanocítico no tronco e a coleta de material cutâneo para biópsia. O tratamento será ambulatorial, com alta no mesmo dia. A defesa deve apresentar atestado médico em até 48 horas.

Esquema de segurança e restrições impostas

A Polícia Militar do Distrito Federal reforçará o entorno do hospital. Além disso, Bolsonaro usará tornozeleira eletrônica durante o deslocamento. Nesse ínterim, apoiadores já convocaram manifestação em solidariedade ao ex-presidente na manhã do domingo.

Em agosto, Moraes determinou medidas adicionais para reduzir riscos de fuga. Anteriormente, o laudo da Seape-DF apontou “pontos cegos” na residência de Bolsonaro. O ministro também destacou que a saída para o hospital não isenta o cumprimento de cautelares, como a proibição de uso das redes sociais.

Condenação histórica e futuro político incerto


Jair Bolsonaro na garagem de sua residência, em 11 de setembro de 2025 (Foto: reprodução/SERGIO LIMA/AFP/Getty Images Embed)


Na última sexta-feira, o Supremo Tribunal Federal condenou Bolsonaro a 27 anos de prisão por crimes como golpe de Estado e organização criminosa. Pela primeira vez, um ex-presidente brasileiro recebeu pena por tentativa de derrubar o governo eleito.

Em contrapartida, a defesa prepara pedido para manter prisão domiciliar, alegando quadro de saúde delicado. Bolsonaro já passou por várias cirurgias desde a facada ocorrida em 2018. Em abril deste ano, ficou 12 horas em cirurgia abdominal.

A Polícia Federal também reservou uma sala especial em Brasília caso ele seja transferido para cumprir pena sob custódia direta. Ainda assim, a decisão final sobre o local de prisão caberá a Alexandre de Moraes.

Polícia Federal prepara sala especial para detenção de Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) já deixou pronta uma sala especial para o ex-presidente Jair Bolsonaro, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida que ele deve cumprir sua pena na superintendência do órgão, em Brasília, e não na Papuda. O espaço improvisado conta com cama, cadeira e banheiro privativo.

Mesmo com essa preparação, a palavra final sobre o local da prisão será do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. Outras possibilidades, como o Complexo Penitenciário da Papuda, continuam em análise.

Defesa de Bolsonaro pede por permanência domiciliar

Apesar dessa preparação, a decisão final não está nas mãos da PF, mas sim do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. Ele será o responsável por definir se Bolsonaro ficará em prisão domiciliar, em uma cela da Polícia Federal ou na Papuda. A avaliação de investigadores é de que, por enquanto, nenhuma definição deve sair rapidamente.

Isso porque, mesmo após a condenação, os advogados ainda podem apresentar recursos, conhecidos como “embargos de declaração”. Somente depois da análise e julgamento desses pedidos é que o acórdão será publicado, confirmando oficialmente a sentença e permitindo o início da execução da pena.


Polícia Federal prepara sala especial para Bolsonaro caso STF decida que sua sentença seja na superintendência (Foto: reprodução/X/@limalblue)


Bolsonaro foi condenado por tentativa de golpe

Na quinta-feira (11), a Primeira Turma do STF decidiu condenar Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão pelo envolvimento na tentativa de golpe. Como a pena ultrapassa oito anos, a lei prevê que ele deve iniciar o cumprimento em regime fechado. No entanto, a prisão imediata não está prevista, já que a defesa ainda pode explorar todas as possibilidades jurídicas.

Enquanto isso, Bolsonaro continua em prisão domiciliar por determinação de Moraes. O ministro justificou a medida apontando risco de fuga do ex-presidente. Atualmente, ele está proibido de sair de casa, usa tornozeleira eletrônica e é monitorado por policiais no condomínio onde vive, em Brasília.