Filho de Daniel Alves nasce e mãe critica postura de portais de notícias: “não sabem de nada”

O bebê de Daniel Alves e Joana Sanz teve o nascimento anunciado nesta sexta-feira (10), por meio do Instagram. Na publicação, a modelo expressou a alegria pela chegada do filho, mas também a indignação com a mídia estrangeira, que divulgou a notícia sem o consentimento dos pais.

A proteção de uma mãe

“Fico triste por ver um comunicado de imprensa vazio (porque não sabem de nada) sobre o nascimento de um bebê que não foi anunciado por nenhum de seus pais”, iniciou Joana Sanz. O texto foi publicado junto a uma imagem de um colar ou pulseira com a data “1.10.2025”, que marca o nascimento da criança.

Segundo a modelo, nenhuma informação havia sido divulgada por ela, pelo pai da criança ou por familiares. Incomodada com a forma como a imprensa conduziu o assunto, Joana repudiou a falta de sensibilidade dos veículos ao tratarem de um momento tão íntimo, especialmente considerando a situação delicada envolvendo o ex-jogador Daniel Alves.

Apesar da crítica, Sanz agradeceu as mensagens de carinho que recebeu e destacou que, entre as matérias publicadas, algumas demonstraram respeito e empatia. Ela ainda assegurou que o bebê está saudável.


 

Publicação de Joana Sanz (Fotos: Reprodução/Instagram/@joanasanz)

Mesmo aliviada com a boa repercussão entre alguns fãs, a modelo afirmou que pretende preservar a imagem do filho. “Infelizmente, nem todas as mensagens são bonitas, e sempre há pessoas tão podres por dentro que têm coragem de desejar mal a um bebê”, escreveu. Joana revelou, ainda, ter feito um acordo verbal para garantir a privacidade da criança.

O medo de Joana

A espanhola já havia falado anteriormente sobre o receio de ser mãe e de lidar com a responsabilidade de cuidar de alguém totalmente dependente. Em outra ocasião, comentou também sobre a pressão social que as mulheres enfrentam em relação à maternidade, dizendo que, até então, não tinha o desejo de ter um filho.

Agora, no entanto, Joana Sanz vive uma nova fase: o medo deu lugar ao amor e à força de uma mãe decidida a proteger o próprio filho.

Matéria por Thayson Almeida (Lorena R7)

Daniel Alves recupera € 628 mil após vitória na Justiça contra sua ex-esposa

Daniel Alves (42) teve decisão favorável no Tribunal de Justiça da Catalunha, na Espanha, ao recuperar € 628 mil, que estavam bloqueados. A quantia estava retida após ação movida por sua ex‑esposa, Dinorah Santana, que o acusava de atraso no pagamento de pensão alimentícia dos filhos. No entanto, a corte reconheceu que ele cumpriu o acordo firmado em 2012.

Além disso, a Justiça determinou que Santana arcasse com as custas do processo, reforçando a decisão. Enquanto isso, Alves enfrenta ainda outro recurso no Tribunal Supremo da Espanha, movido pela promotoria no caso anterior de agressão sexual.

Detalhes da sentença e cumprimento do acordo

Segundo informações do jornal AS, a Justiça espanhola confiscou o valor de € 628 mil — quase 4 milhões de reais — durante o andamento do processo. Após o veredito favorável, o tribunal determinou a devolução integral do montante a Daniel Alves. O ex-jogador, assim, obteve um importante alívio financeiro em meio aos desafios legais que ainda enfrenta.

O tribunal espanhol concluiu que o ex-lateral da seleção brasileira havia cumprido todas as obrigações previstas no contrato de pensão, assinado com sua ex-esposa Dinorah Santana em 2012. Além disso, a corte determinou que Dinorah arcasse com o pagamento integral das custas processuais, reforçando ainda mais a vitória judicial de Alves e afastando definitivamente a alegação de inadimplência.


Entrevista da Dinorah Santana no Domingo Espetacular (Vídeo: reprodução/X/@domingoespetacular)


Vida pessoal e outros processos em curso

Paralelamente, Daniel Alves está prestes a se tornar pai novamente, desta vez com sua atual companheira, Joana Sanz, que se declara em momento “mágico” da vida. Enquanto isso, o Tribunal Supremo da Espanha continua analisando um recurso da Promotoria no caso de agressão sexual. O Tribunal Superior da Catalunha já havia absolvido Alves da acusação. No entanto, o processo ainda não foi concluído e permanece em andamento.


Daniel Alves e Joana Sanz juntos no Alexandra Palace em Londres 2021 (Foto: reprodução/Joe Maher/Getty Images Embed)


Daniel Alves retoma o controle dos recursos bloqueados e avança no aspecto pessoal, mas mantém desafios legais em outro processo. O desfecho reforça a vitória judicial recente, que pode impactar financeira e emocionalmente sua trajetória daqui para frente.

Caso de Daniel Alves é reaberto e brasileiro será julgado pelo Tribunal Supremo da Espanha

O Ministério Público de Barcelona recorreu da absolvição de Daniel Alves, nesta quarta-feira (7). O caso de estupro contra o jogador foi anulado em março por falta de provas. Este recurso se une ao outro apresentado pela vítima em abril, que reabriu o caso. Com a decisão, o ex-jogador da seleção brasileira será julgado novamente, mas desta vez pela instância mais alta do país.

O julgamento

Daniel Alves foi condenado por estuprar uma jovem em uma boate de Barcelona, em dezembro de 2022. Contudo, o caso foi anulado, pois o Tribunal Superior da Catalunha alegou inconsistências no depoimento da vítima. Nesta quarta, a promotoria apresentou um recurso e afirmou que a anulação havia “condenado moralmente” a jovem.


Daniel Alves estava em liberdade provisória desde março de 2023 (Foto: reprodução/Ulisses Ruiz/AFP)

A sentença da condenação de quatro anos e meio de prisão foi feita pela Audiência de Barcelona, a instância de justiça mais alta da cidade. A defesa de Daniel Alves entrou com recurso e o caso passou para o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, quando foi anulado de forma unânime, em março. A Catalunha é a região onde fica localizada Barcelona, onde a jovem alega ter sido estuprada.  Este é um tribunal de segunda instância que esgota as possibilidades no âmbito regional. O Tribunal Supremo tem a prerrogativa de analisar e rever as decisões de qualquer instância judicial do país.

O caso

Uma jovem espanhola que frequentou a mesma boate onde o jogador estava, acusa Daniel de tê-la estuprado no banheiro da área VIP, na noite de 30 de dezembro de 2022. Funcionários que trabalhavam no dia do ocorrido corroboraram a versão da vítima em depoimento. Exames de corpo de delito detectaram sêmen na vagina da mulher. Porém, a acusação foi considerada insuficiente para manter a condenação de Daniel, que foi absolvido. 

O jogador ficou mais de um ano preso por ser condenado em primeira instância em janeiro de 2023. Ele entrou em liberdade provisória após pagar a multa de um milhão de euros na época.

A anulação da condenação não significa que a versão de Alves seja verdadeira sobre a relação ser consensual. Os juízes explicaram que, pelas inconsistências no depoimento da vítima, não seria possível comprovar a acusação de estupro. A jovem afirmou ter sido estuprada desde o início do caso. Já o jogador, mudou de versão três vezes e alegou nem conhecer a mulher em determinado momento. 


Daniel Alves volta a justiça após espanhola recorrer à anulação do processo

Caso Daniel Alves ganha mais um capítulo. Após ter sido absolvido pelo “Tribunal Superior da Catalunha”, sob a alegação de inconsistências na sentença, a espanhola que denunciou o ex-jogador decide recorrer contra a anulação da condenação. 

A advogada da jovem declarou à imprensa espanhola que vai apresentar um recurso à justiça na segunda-feira (7). Ela já havia indicado que possivelmente recorreria desde a última semana, quando houve a anulação, porém optou por avaliar se a ação poderia acarretar danos psicológicos para a vítima, no entanto, ao ser consultada pela advogada, a espanhola decidiu seguir em frente com o caso. 


Daniel Alves em julgamento (Reprodução/Jordi Borras/Getty images embed)


Daniel Alves foi acusado de estuprar uma jovem espanhola no banheiro de uma discoteca em Barcelona. Na última semana, o processo contra o ex-jogador foi anulado pelo “Tribunal Superior da Catalunha”, que alegou inconsistências que não poderiam provar a acusação. Uma das inconsistências levantadas foi a de não contrastar o depoimento da vítima com outras provas. Alves havia sido sentenciado por um tribunal de primeira instância a 4 anos e 6 meses de prisão e já estava em liberdade provisória desde março de 2024, quando a justiça catalã acetou um recurso da defesa do ex-jogador. 

MP da Espanha anuncia que também irá recorrer contra anulação

O Ministério Público da Catalunha anunciou na quarta-feira (2) que também recorrerá ao Supremo Tribunal da Espanha contra a sentença que anulou a condenação do ex-jogador. O recurso será baseado nos fundamentos previstos no artigo 852 (violação de preceito constitucional) e no artigo 849.1 (violação da lei) do Código de processo Penal para contestar a decisão do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha. 

Com os novos recursos, a acusação voltará ao âmbito judicial. Os pedidos serão analisados e, se aceitos, o processo seguirá ao Tribunal Supremo da Espanha – instância mais alta da Justiça do país europeu. 

Passaportes recuperados


Ex-jogador Daniel Alves, acusado de estupro (Reprodução/Europa Press News/Getty images embed)


O ex-jogador Daniel Alves esteve nesta sexta (4) no Tribunal Superior da Catalunha para reaver seu passaporte. Alves jogou pelo Barcelona e, portanto, também tem nacionalidade espanhola.

Alves e sua defesa ainda não se pronunciaram se ele poderá vir ou não ao Brasil. Ele e sua esposa, a modelo Joana Sanz, tem uma casa em Barcelona. 

Promotoria da Catalunha recorrerá de absolvição de Daniel Alves

A Procuradoria Superior da Catalunha anunciou nesta quarta-feira que recorrerá da decisão que absolveu Daniel Alves da acusação de agressão sexual. O ex-jogador havia sido condenado pelo Tribunal de Barcelona a quatro anos e meio de prisão, mas, na última semana, foi inocentado por unanimidade. O tribunal entendeu que o depoimento da vítima não era suficiente para sustentar a condenação.

A acusação envolvia uma jovem de 23 anos, que alegou ter sido violentada pelo jogador no banheiro de uma boate em Barcelona, na madrugada de 31 de dezembro de 2022.

Anulação da sentença

Na última sexta-feira, o Tribunal de Justiça, composto por três mulheres e um homem, decidiu que a presunção de inocência deveria prevalecer. A insuficiência de provas, segundo a divisão criminal do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha, levou à revogação da pena, à absolvição de Alves e ao fim das medidas cautelares que o impediam de deixar a Espanha.

A advogada do jogador, Inés Guardiola, celebrou a decisão e afirmou que considera pedir uma indenização pelo tempo que ele passou na prisão. “A justiça foi feita e Alves foi considerado inocente”, disse à rádio RAC1.

A anulação da condenação, no entanto, gerou reações divididas na Espanha. A ministra da Igualdade, Ana Redondo, declarou que não concorda com a decisão do tribunal, enquanto Pablo Fernández, porta-voz do partido Podemos, classificou a sentença como “uma vergonha absoluta”.


Protestos feito em Barcelona contra a anulação (Vídeo: Reprodução/Youtube/CNN Esportes)

Procuradoria questiona decisão

Apesar da absolvição, a Procuradoria Superior da Catalunha afirmou que não compartilha do entendimento do tribunal e que há lacunas, imprecisões e contradições na decisão. A promotoria defende que há elementos suficientes para manter a condenação do ex-jogador e pretende apresentar o recurso nos próximos dias.

O caso segue gerando repercussão na Espanha e no mundo esportivo, com opiniões divididas sobre a decisão judicial. Caso a Suprema Corte da Espanha aceite o recurso, Daniel Alves pode voltar a ser julgado.

Esposa de Daniel Alves, Joana Sanz, anuncia sua primeira gravidez

Joana Sanz, esposa do jogador Daniel Alves, revelou, nesta segunda-feira (31), que está grávida do seu primeiro filho. A notícia foi compartilhada em suas redes sociais poucos dias após a absolvição de Daniel Alves das acusações de agressão sexual pela Justiça espanhola. Segundo Hugo Gloss, a modelo foi submetida a duas fertilizações in vitro (FIV), em que sofreu três perdas gestacionais.

Joana fala sobre pressão para engravidar

Segundo informações da imprensa espanhola, o casal reatou o relacionamento após o brasileiro deixar a prisão no ano passado. Em seu post nas redes sociais, Joana afirma que gostaria de compartilhar a notícia quando a gravidez estivesse mais evidente, mas optou por revelar por aquelas que estão na luta.

A modelo, de 32 anos, contou sobre a pressão que sofria para se tornar mãe: “Tive que lidar, desde os meus vinte e dois anos, com as perguntas do tipo: e o bebe, para quando?”. Ainda explicou que faz tratamento para engravidar há cinco anos.


Anúncio de gravidez de Joana Sanz (Vídeo: reprodução/Instagram/@joanasanz)


Emoção durante o exame de ultrassom

Joana relatou a emoção de ouvir o coração do bebê batendo durante o exame de ecografia e também desabafou sobre o medo de um aborto, pois já havia sofrido três ao longo do tratamento. Revelou também que este é o seu último embrião congelado, e que, no ano passado, fez uma cirurgia para retirada das trompas. Além disso, Joana diz ter sido diagnosticada com endometriose, o que tornou o processo ainda mais complexo. 

No post, a modelo ainda aparece aplicando uma injeção na barriga, o que pode ser associado a algum tipo de tratamento durante a gravidez.

Daniel Alves, que tem dois filhos de um casamento anterior, está sem redes sociais desde o início do processo e não se manifestou até este momento. Ele não aparece no vídeo da modelo.

A publicação de Joana Sanz rapidamente recebeu muitas mensagens de apoio e de felicitações de seguidores, amigos e familiares, que celebraram a nova fase da vida da modelo e do jogador.

Daniel Alves é absolvido pela justiça da Espanha: veja os argumentos

O ex-jogador Daniel Alves havia sido condenado há 4 anos e 6 meses de prisão, dos quais cumpriu apenas 15 meses. Alves já respondia em liberdade provisória desde março de 2024. A liberdade foi concedida após pagamento de fiança de 1 milhão de euros. 

A condenação veio a partir de uma acusação de abuso sexual a uma mulher em uma discoteca em Barcelona, em 2022. Nesta sexta-feira (28), porém, o Tribunal Superior da Catalunha anulou a condenação. Os juízes argumentam que, por conta das inconsistências, não podem aceitar a hipótese da acusação como provada, já que houve “lacunas e imprecisões” na sentença anterior. Uma das inconsistências foi a de não contrastar o depoimento da vítima com outras provas, bem como confiar no relato da testemunha. 

Os juízes também alegaram que a sentença anterior não esgotou a presunção de inocência. 


Daniel Alves em julgamento (Reprodução/Jordi Borras/Getty images embed)


Argumentos que condenaram Daniel Alves

Houve três elementos que, segundo a justiça, comprovaram a violação: existência de lesões nos joelhos da vítima; comportamento ao relatar o ocorrido; existência de sequelas. A partir desses três elementos, a justiça considerou como comprovado que a vítima não consentiu o ato. 

A resolução pontuou que para a existência de agressão sexual não é necessário ocorrerem lesões físicas, porém constatou-se que a vítima tinha lesões, o que reforçou que ela havia sofrido violência. Além das lesões físicas, houve comprovação por laudos de penetração vaginal com violência e que o sêmen do ex-jogador havia sido encontrado na vítima, segundo exames periciais. 

“Falta de confiabilidade”

A absolvição pela justiça da Espanha sobre Daniel Alves, ocorrida nesta sexta-feira (28), se deu pelo que o Tribunal considerou como “falta de confiabilidade”. A Justiça alega que a sentença havia sido dada sobre o depoimento da vítima, sem confrontação com outras provas (periciais dactiloscópica e biológica de DNA.)

“As insuficiências probatórias apontadas levam à conclusão de que não foi atingido o padrão exigido pela presunção de inocência, o que implica a revogação da sentença anterior e o consequente pronunciamento de uma absolvição”

O Tribunal também entendeu que as provas apresentadas não superaram o exigido para quebrar a presunção de inocência e que o relato da vítima não era suficientemente fiável para sustentar a condenação; as provas não atendem ao rigor necessário para validar uma condenação penal – o relato inconsistente da vítima compromete a hipótese acusatória. A defesa da jovem diz que irá recorrer.

Luana Piovani se manifesta contra a absolvição de Daniel Alves

A Justiça espanhola revogou, nesta sexta-feira (28), a sentença contra Daniel Alves por estupro, decisão que gerou revolta e reacendeu a discussão sobre impunidade em casos de violência sexual.

O ex-atleta, que recebeu uma pena de 4 anos de prisão pelo delito cometido em 2022, estava sob liberdade condicional. A anulação da pena fundamentou-se na argumentação de que a vítima não era digna de crédito em seu testemunho (de acordo com a justiça), o que suscitou dúvida sobre a dificuldade que as mulheres enfrentam para conseguir justiça ao relatar agressões.

Decisão gera indignação e reacende debate sobre impunidade

A anulação da condenação de Daniel Alves por estupro, provocou revolta. O ex-atleta foi sentenciado a 4 anos e 6 meses de reclusão pelo delito ocorrido em dezembro de 2022, em uma casa noturna de Barcelona. Contudo, desde março de 2024, ele estava em liberdade condicional após ter desembolsado uma fiança de 1 milhão de euros (aproximadamente R$ 6,5 milhões).


Momento que o jogador foi solto, após pagar fiança (vídeo: reprodução/Instagram/@dicasdoted.ofc)


O Tribunal Superior da Catalunha, encarregado da decisão, afirmou ter encontrado “falta de credibilidade” no testemunho da vítima, argumentando que parte do seu relato não correspondia a gravações em vídeo. Entretanto, os próprios magistrados reconheceram que isso não implica que o delito não tenha acontecido, mantendo o caso cercado de incertezas.

Para diversas mulheres, a escolha simboliza um retrocesso. Movimentos feministas e especialistas alertam que, em um cenário onde a palavra da vítima já é frequentemente descredibilizada, anular uma condenação por “falta de confiabilidade” no depoimento pode desencorajar outras mulheres a denunciar agressões.

Luana Piovani expressa revolta

Diante da repercussão do caso, a atriz Luana Piovani, conhecida por seu ativismo em questões sociais, não hesitou em se manifestar. Compartilhando um trecho da notícia, ela desabafou nas redes sociais: “Malditos todos!”.

Piovani já havia se posicionado contra Daniel Alves anteriormente e, agora, sua revolta foi ecoada por milhares de internautas, que também demonstraram indignação com a decisão. “Outro caso de impunidade. Como as vítimas vão ter coragem de denunciar?”, questionou uma seguidora.

A revogação da condenação acentua uma preocupação histórica de quem defende os direitos femininos: a dificuldade em evidenciar crimes sexuais.


Jogador Daniel Alves (foto: reprodução/Instagram/@transferencias24hras)

Diversas vítimas atravessaram um caminho difícil para relatar agressores, enfrentando julgamentos sociais, vitimização e, atualmente, o temor de que, mesmo com uma condenação, o agressor possa permanecer impune.

O episódio ressalta a preocupação em relação à dificuldade de alcançar justiça em crimes sexuais, um desafio que afeta mulheres em várias regiões do planeta. Enquanto o Judiciário duvida da credibilidade das vítimas, muitas permanecem em silêncio por medo de não serem escutadas, perpetuando um ciclo de impunidade e desconfiança no sistema.

Valor da fiança é devolvido a Daniel Alves, diz advogado

A restituição do valor da fiança foi confirmada após a revogação da sentença que condenou o ex-jogador Daniel Alves por estupro. A decisão foi tomada pelo Tribunal Superior de Justiça da Catalunha e o valor de 1 milhão de euros, equivalente a aproximadamente R$ 5,4 milhões na época, deverá ser restituído ao réu. Essa medida foi aplicada após a sentença ter sido revogada, demonstrando que o ex-lateral não foi considerado culpado pelo crime.

Contexto do caso

O processo foi acompanhado de perto pela mídia e foi amplamente noticiado que a sentença condenatória foi anulada nesta sexta-feira (28). O valor da fiança foi depositado em juízo e permaneceu bloqueado durante o período em que o processo transitou em julgado. Por conseguinte, a liberdade provisória de Daniel Alves foi mantida, ainda que medidas cautelares tenham sido impostas, como a entrega dos passaportes brasileiro e espanhol. Desde então, o ex-jogador ficou aguardando a decisão final que autorizaria a liberação do valor da fiança.

Além disso, foi ressaltado por Eduardo Maurício, advogado que atua em diversos países, que a legislação espanhola prevê que, em caso de absolvição, o valor depositado em juízo, com caráter indenizatório à vítima, deve ser restituído ao réu. Assim, a devolução do valor da fiança foi considerada um direito reconhecido pela Justiça, pois o entendimento da segunda instância foi de que Daniel Alves não praticou o crime. Essa conclusão reforça o princípio da presunção de inocência, que deve ser observado em processos judiciais.

Decisão judicial e implicações

A decisão de devolver o valor da fiança foi aplicada para assegurar que o direito do ex-jogador seja respeitado, pois foi evidenciado que a sentença condenatória foi revogada com base em rigor técnico. Dessa forma, todas as medidas cautelares impostas foram revogadas e o bloqueio do valor da fiança foi reconsiderado. Entretanto, foi alertado que o Ministério Público ainda pode recorrer ao Supremo e, eventualmente, ao Tribunal Europeu, o que poderá ocasionar novos desdobramentos no processo.


Daniel Alvez (Foto: reprodução/Ulises Ruiz / AFP)

Em suma, o valor da fiança foi reconhecido como passível de devolução e a decisão contribui para a manutenção dos direitos fundamentais de Daniel Alves. Portanto, a medida foi aplicada para reforçar a transparência e a imparcialidade do sistema judicial, garantindo que o réu tenha seu direito respeitado enquanto aguarda o trânsito em julgado do processo.

Justiça espanhola absolve Daniel Alves

O Tribunal Superior da Catalunha absolveu, nesta sexta-feira (28), o ex-jogador Daniel Alves, acusado de agressão sexual. 

De forma unânime, o tribunal, composto por três mulheres e um homem, entendeu que não havia provas suficientes para manter a condenação. O argumento foi de que a presunção de inocência deveria ser mantida no caso, visto que consideraram o depoimento da vítima como insuficiente para sustentar a condenação.

Os juízes apontaram “falta de fiabilidade” no depoimento da jovem que apontou o estupro, o que significa que, para eles, havia inconsistências no que a vítima depôs.

Preso em janeiro de 2023, Alves permaneceu por mais de um ano no complexo penitenciário de Brians 2, em Barcelona. Porém, o ex-jogador já se encontrava em liberdade provisória desde março do ano passado, quando a justiça aceitou um recurso da defesa que estabeleceu uma fiança de 1 milhão de euros para deixar a prisão.


Daniel Alves saindo de um de seus depoimentos (Foto: reprodução/David Oller/Europa Press via Getty Images Embed)


Relembre a acusação e a sentença

Em dezembro de 2022, Daniel Alves foi acusado de abusar sexualmente de uma mulher num banheiro de uma discoteca, em Barcelona.

O atleta foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão, além de indenização de 150 mil euros (R$804 mil) à vítima por danos moral e físico. A sentença apontou que, segundo o tribunal, havia três elementos que comprovaram a violação: a existência de lesões no joelho da vítima; seu comportamento ao relatar o ocorrido; e a existência de sequelas.

A resolução explicou que “no presente caso, encontramo-nos ainda com lesões na vítima, que tornam mais do que evidente a existência de violência para forçar sua vontade, com a subsequente penetração sexual que não é negada pelo acusado”.

Entre outros fatores, a sentença também afirmava que a vítima foi “coerente e especialmente persistente” em seu depoimento e que “não há dúvida de que a penetração vaginal aconteceu com violência.”

Em fevereiro de 2024, a justiça considerou provado que houve o crime de estupro por parte de Daniel Alves, alegando que:

O acusado agarrou bruscamente a denunciante, a derrubou ao chão e, impedindo-a de se mover, penetrou-a vaginalmente, apesar de a denunciante dizer que não, que queria ir embora. Com isso se configura a ausência de consentimento, com o uso de violência, e com acesso carnal

Após três dias de julgamento, ele terminou no dia 7 de fevereiro de 2024. No total, 28 testemunhas foram convocadas para prestar depoimento na corte, incluindo a mãe de Daniel Alves, Lucia Alves.

As versões de Daniel Alves em seu depoimento

Daniel Alves também prestou diversos depoimentos à justiça espanhola. Ainda em janeiro de 2023, o então jogador de futebol disse a um canal espanhol que “nunca tinha visto essa senhora (vítima) na vida”. No entanto, em um depoimento à polícia espanhola ocorrido poucos dias depois, Daniel Alves disse ter entrado no banheiro com a jovem, mas negou qualquer tipo de relação.

Contudo, a versão do atleta voltou a ser alterada em outras duas ocasiões. No dia 20 de janeiro, quando foi preso em flagrante, Alves confessou ter havido uma relação de sexo oral com a vítima, mas de forma consensual.

Já em 17 de abril de 2023, já sob prisão preventiva, ele declarou à juíza ter havido relação sexual com penetração, mas com o consentimento da mulher. Nessa altura, já havia sido encontrado sêmen de Daniel Alves na vítima.

Acerca das mudanças de versão, a defesa do atleta disse que Daniel Alves não queria que sua então esposa, a modelo espanhola Joanna Sanz, descobrisse que teria havido uma relação extraconjugal.