Relator define: manifestações de Eduardo Bolsonaro não configuraram quebra de decoro

O deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG), relator do processo disciplinar contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, votou nesta quarta-feira (8) pelo arquivamento do pedido de cassação. O parecer preliminar, lido na sessão, concluiu que a representação movida contra o parlamentar carece de sustentação fática e jurídica, recomendando que o caso seja encerrado sem a abertura de um processo formal.

O processo contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro foi motivado por uma representação que o acusava de quebra de decoro parlamentar, alegando que ele teria atuado em favor de sanções dos Estados Unidos contra o Brasil com o objetivo de “desestabilizar instituições republicanas”.

Relator aliado de Bolsonaro rejeita responsabilização

No entanto, o relatório de Freitas, que é publicamente conhecido por ser um aliado da família Bolsonaro, rechaçou essa premissa. O documento argumenta que a representação comete um “erro de raciocínio” ao tentar responsabilizar um deputado brasileiro por ações que são de exclusiva soberania de um país estrangeiro. “A decisão de um país estrangeiro de adotar ou não sanções econômicas, diplomáticas ou políticas é, em essência, ato de soberania”, declarou o relator em seu parecer.

O deputado do União-MG sustentou que a alegação de que Eduardo Bolsonaro seria o responsável por eventuais medidas coercitivas dos EUA é “factualmente insustentável e juridicamente improcedente”. Para Freitas, a representação confunde “atos de Estado soberano com manifestações individuais de natureza política”. Ele enfatizou que imputar a um parlamentar a responsabilidade por um ato dessa natureza representaria uma “ignorância ao princípio fundamental do Direito Internacional Público”, que reconhece a autonomia de cada Estado para tomar suas próprias decisões.


Trecho da fala de Marcelo Freitas no Conselho de Ética da Câmara (Vídeo: reprodução/YouTube/globonews)

Relator defende atuação de Eduardo Bolsonaro

Além disso, o relator defendeu a legitimidade das ações do deputado, argumentando que a prática de recorrer a organismos internacionais para expressar críticas a governos não constitui quebra de decoro, especialmente por parte de parlamentares de oposição. “Em democracias consolidadas, parlamentares de oposição frequentemente recorrem a organismos internacionais para expor visões críticas sobre políticas internas, sem que isso seja interpretado como ato de traição ou quebra de decoro”, destacou Freitas.

Após a leitura do voto favorável ao arquivamento, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) solicitou pedido de vista, adiando a deliberação do Conselho de Ética. A expectativa é que o relatório seja levado à votação do colegiado já na próxima semana. Caso o parecer de Freitas seja rejeitado, o processo será reencaminhado a um novo relator. Se aprovado, o arquivamento ainda poderá ser contestado via recurso no Plenário da Câmara, conforme o regimento interno da Casa. O destino do mandato de Eduardo Bolsonaro agora está nas mãos dos demais membros do Conselho.

Ouro atinge recorde inédito e se firma como refúgio diante da turbulência nos mercados internacionais

Ouro atinge recorde histórico ao ultrapassar US$ 4.000 por onça, refletindo fatores econômicos e geopolíticos que aumentam a procura pelo metal como ativo de proteção. A expectativa de cortes na taxa de juros do Federal Reserve (Fed), somada à paralisação parcial do governo americano, intensifica a instabilidade nos mercados e eleva a percepção de risco entre investidores.

Os contratos futuros de ouro para entrega em dezembro avançaram cerca de 1,3%, atingindo US$ 4.058, enquanto o ouro à vista negociava próximo de US$ 4.036. Especialistas afirmam que a valorização evidencia o papel do metal como proteção frente à volatilidade cambial e às oscilações financeiras, atraindo atenção de investidores institucionais e privados.

Expectativa de cortes de juros impulsiona valorização

Analistas apontam que a perspectiva de redução da taxa básica de juros nos EUA é um dos principais fatores por trás da alta do ouro. Um corte de 25 pontos-base neste mês, seguido por outra possível redução em dezembro, estimula a demanda pelo metal, que historicamente se valoriza em períodos de juros baixos, preservando valor mesmo sem gerar dividendos.

Peter Grant, vice-presidente de metais, afirma que o ouro atua como um refúgio seguro em tempos de incerteza, destacando que a demanda de investidores institucionais fortalece sua importância estratégica.

Paralisação do governo reforça recorde histórico

A paralisação parcial do governo americano, agora no sétimo dia, interrompeu a divulgação de indicadores oficiais, obrigando investidores a recorrer a dados alternativos e projeções independentes para avaliar o ritmo de cortes de juros. Assim, o cenário reforça a atratividade do ouro, que atinge recorde histórico e segue valorizando-se em períodos de instabilidade política.


Ouro alcança valor recorde no mercado internacional (Vídeo: reprodução/YouTube/G1)

Crises geopolíticas em países como França e Japão pressionam os mercados internacionais, consolidando o metal como principal ativo seguro frente a ações e moedas tradicionais. Enquanto isso, investidores ajustam carteiras para proteger capital e aproveitar oportunidades de valorização.

Compras estratégicas e crescimento do ouro atinge recorde histórico

Valorização do ouro atinge recorde histórico em 2025, acumulando alta superior a 50% no ano, superando os mercados acionários e reforçando sua posição como ativo de destaque. Compras estratégicas de bancos centrais, somadas a aportes em fundos de índice (ETFs), sustentam essa trajetória de valorização.


         Ouro alcança valorização de 50% (reprodução/X/@DocRoger)


A prata acompanhou parcialmente o movimento, registrando crescimento de 2,4% e aproximando-se de seu próprio recorde histórico. Outros metais, como platina e paládio, apresentaram variações mais moderadas, mantendo o foco dos investidores no ouro como principal porto seguro.

Cenário futuro e perspectivas do ouro atinge recorde histórico

Segundo analistas, a evolução do ouro atinge recorde histórico nos próximos meses e dependerá de três fatores: decisões do Fed, paralisação governamental e volatilidade global. Um corte mais profundo de juros ou a extensão da instabilidade política poderia impulsionar ainda mais o metal, consolidando seu papel como refúgio seguro.

Além disso, a demanda deve permanecer elevada, impulsionada por investidores individuais e institucionais que buscam diversificação. Mercados monitoram indicadores alternativos, já que a paralisação limita dados oficiais.

Portanto, ajustes estratégicos em carteiras são esperados, aproveitando oportunidades de valorização e mitigando riscos de desvalorização. A expectativa é que o ouro continue desempenhando papel estratégico, oferecendo proteção contra incertezas econômicas e turbulências geopolíticas.

Consequentemente, especialistas reforçam que a evolução do metal pode impactar ativos correlacionados, como prata, platina e ETFs de metais preciosos, tornando o ouro um termômetro confiável da percepção de risco global. Também, variações no preço do metal influenciam decisões de alocação de capital em mercados internacionais, afetando estratégias de investidores institucionais e privados, fundos de investimento e políticas de reservas de bancos centrais.

Trump não fará mais esforço para acordo com Venezuela

Na última segunda-feira, dia 6 de outubro, o jornal americano The New York Times (NYT) publicou uma reportagem a respeito das relações diplomáticas entre os Estados Unidos da América e a Venezuela. Segundo o veículo de comunicação, o presidente dos EUA, Donald Trump, teria desistido de fazer esforços para estabelecer um acordo diplomático entre as duas nações. A decisão de Trump pode dar abertura à possibilidade de uma escalada militar contra o tráfico de drogas ou contra o governante Nicolás Maduro.

As informações do NYT

O jornal americano The New York Times divulgou que uma reunião estava acontecendo com líderes militares americanos na última quinta-feira, dia 02 de outubro. Richard Grennel, presidente executivo do Kennedy Center, era um dos principais representantes dos Estados Unidos na negociação do acordo diplomático com a Venezuela. Durante o encontro, o presidente Donald Trump fez uma ligação para Richard Grennel, pedindo que a negociação do acordo fosse suspensa: Trump estava desistindo dos esforços para firmar o acordo. 


Análise das tensões EUA X Venezuela (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNN Brasil)

Marco Rubio, Secretário de Estado e Conselheiro Nacional de Segurança  dos Estados Unidos, também deu depoimentos a respeito de Nicolás Maduro. Segundo Marco Rubio, Nicolás Maduro é um líder ilegítimo, e também possui acusações de tráfico de drogas por parte dos Estados Unidos.

Tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela

A negociação entre Richard Greenel, presidente executivo do Kennedy Center, e o governo venezuelano estava acontecendo já havia vários meses. O contato entre as duas partes ficou mais intenso após ameaças e ataques militares dos Estados Unidos à Venezuela: barcos foram atingidos, e pessoas perderam a vida. Nicolás Maduro chegou a enviar uma carta ao presidente Donald Trump, dizendo que não possui relação com o tráfico de drogas. O governo dos Estados Unidos está oferecendo uma recompensa de 50 milhões de dólares para obter informações que provam que Nicolás Maduro está envolvido com o tráfico e com organizações criminosas.

Presidente dos EUA anuncia nova tarifa sobre caminhões médios e pesados

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na segunda-feira (6) que uma tarifa de 25% será aplicada a todos os caminhões médios e pesados importados a partir de 1º de novembro. O anúncio, feito por meio de sua rede social, tem como objetivo proteger fabricantes nacionais como Peterbilt, Kenworth, Freightliner e Mack Trucks, além de garantir a saúde financeira dos caminhoneiros americanos.

Trump já havia sinalizado a medida em setembro, mas com previsão de início em 1º de outubro. O novo prazo foi divulgado com a justificativa de garantir tempo hábil para adaptação do setor e reforçar a segurança econômica do país. Segundo o presidente, a decisão responde à “inundação em larga escala” de produtos estrangeiros no mercado interno.

Indústria nacional recebe incentivo, mas importadores reagem

De acordo com o governo, a medida fortalece a indústria nacional e protege empregos em setores estratégicos. Trump destacou que a tarifa é essencial não apenas por questões econômicas, mas também de segurança nacional. “Precisamos proteger nosso processo de fabricação”, escreveu o presidente.


 Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto:reprodução/Getty Images Embed/Chip Somodevilla)

Fabricantes americanos elogiaram a decisão, enquanto representantes do setor de importação demonstraram preocupação. Para empresas que dependem de caminhões estrangeiros, o aumento repentino nos custos pode impactar diretamente a cadeia de suprimentos e atrasar entregas em setores logísticos, agrícolas e da construção civil.

Especialistas veem risco de tensão comercial e aumento de preços

Analistas alertam que a nova tarifa pode acirrar as relações comerciais com países exportadores, como China, México e Alemanha, além de elevar os preços finais dos caminhões no mercado americano. O temor é de que a medida, embora beneficie os fabricantes locais, resulte em retaliações comerciais e desequilíbrios no comércio internacional.

Trump, no entanto, mantém-se firme na defesa de políticas protecionistas. “Nossos caminhoneiros devem ser fortes e saudáveis. Não podemos deixá-los à mercê de práticas injustas”, declarou. O impacto da medida deve ser sentido nas próximas semanas, à medida que o mercado se ajusta à nova regra e os países afetados reagem.

Trump elogia conversa com Lula e planeja encontro bilateral

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (6) que gostou da ligação que fez com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que a conversa foi centrada em economia e comércio. Segundo Trump, novas discussões serão mantidas, e os dois líderes “vão se encontrar em um futuro não tão distante, no Brasil e nos Estados Unidos”. 

O Palácio do Planalto informou que Lula solicitou durante a chamada a retirada da sobretaxa de 40% aplicada a produtos brasileiros e o fim de sanções contra autoridades nacionais. A conversa, que durou cerca de 30 minutos, foi conduzida “em tom amistoso” e contou com a participação de ministros do governo brasileiro e foi descrita como uma oportunidade de restaurar relações diplomáticas fortes entre os dois países

Relação entre Brasil e Estados Unidos ganha novo impulso 

A recente conversa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump marcou um novo capítulo nas relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Segundo informações do Palácio do Planalto e da Casa Branca, o diálogo, realizado por telefone nesta segunda-feira (6), teve duração aproximada de 30 minutos e manteve um tom cordial e construtivo.

Durante a ligação, Lula pediu a retirada da tarifa de 40% imposta a produtos brasileiros e o fim das sanções aplicadas a autoridades nacionais. Em resposta, Trump destacou a importância de fortalecer o comércio entre os dois países e afirmou que “Brasil e Estados Unidos vão se dar muito bem juntos”.

O presidente norte-americano também revelou que pretende se encontrar pessoalmente com Lula em breve, tanto em Washington quanto em Brasília, o que reforça a intenção de aprofundar a cooperação bilateral. Analistas internacionais apontam que esse movimento representa uma tentativa de reconstruir pontes diplomáticas após um período de tensões comerciais e políticas entre as duas nações.


 

Trump diz ter gostado de conversa com Lula e fala em encontro (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Expectativa cresce para o primeiro encontro presencial entre Lula e Trump

Após a conversa telefônica que reacendeu o diálogo diplomático entre Brasil e Estados Unidos, cresce a expectativa para o primeiro encontro presencial entre Lula e Trump. De acordo com fontes ligadas à diplomacia brasileira, as equipes de ambos os governos já discutem possíveis datas e locais para a reunião, que pode ocorrer ainda neste trimestre.

O objetivo, segundo interlocutores, é transformar o tom amistoso da ligação em resultados concretos. Entre os temas esperados para a pauta estão novos acordos comerciais, cooperação em infraestrutura e segurança regional, além da ampliação de investimentos norte-americanos em território brasileiro.

Nos bastidores, diplomatas avaliam que a aproximação representa um realinhamento estratégico entre as duas maiores economias do continente, com potencial de abrir espaço para uma agenda mais pragmática e menos ideológica. O encontro é visto como uma oportunidade para consolidar uma parceria de resultados, capaz de fortalecer o papel do Brasil no cenário internacional e melhorar o ambiente de negócios entre os dois países.

Haddad confirma reunião entre Lula e Trump e classifica como positiva

Nesta segunda-feira (6), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma reunião por videoconferência com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A videoconferência também deu continuidade ao diálogo iniciado entre os dois presidentes durante a Assembleia Geral da ONU, quando Lula e Trump manifestaram interesse em fortalecer a cooperação entre os dois países.

De acordo com interlocutores do governo, o tom da conversa foi cordial e produtivo, com foco na ampliação das relações comerciais e na busca por maior equilíbrio nas trocas econômicas. Haddad ressaltou que o encontro representou um passo importante para restabelecer a confiança diplomática entre Brasil e Estados Unidos, sinalizando uma fase de diálogo mais constante e menos marcada por divergências.

Haddad destaca tom cordial e avanço nas negociações comerciais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reunião entre Lula e Trump transcorreu em um ambiente de respeito e cooperação, marcado por trocas diretas e objetivas. Segundo ele, o diálogo abordou temas econômicos sensíveis, como as tarifas impostas recentemente por Washington a produtos brasileiros. Haddad destacou que parte dessas medidas já começou a ser revista, abrindo espaço para um entendimento comercial mais equilibrado.

Além disso, segundo o Presidente Trump, houve uma boa “química” entre Lula e ele.


Conversa de Lula com Trump foi "positiva", diz Haddad (Vídeo: reprodução/YouTube/CNNBrasil)

Próximos passos incluem nova rodada de diálogo em Washington

Após a reunião entre Lula e Trump, o ministro Fernando Haddad informou que novas conversas estão previstas para este mês, durante sua viagem a Washington para participar das reuniões do G20. O encontro presencial deve servir para aprofundar os temas tratados na videoconferência e consolidar medidas de cooperação econômica.

Haddad explicou que o governo brasileiro pretende aproveitar a oportunidade para discutir ajustes nas tarifas aplicadas pelos Estados Unidos a produtos nacionais e propor um plano conjunto de incentivo ao comércio bilateral. Segundo ele, a disposição mostrada por ambos os líderes indicam um momento de reaproximação diplomática, com expectativa de resultados concretos a curto prazo.

O ministro reforçou que a reunião virtual foi apenas o início de uma agenda mais ampla de entendimento político e econômico entre Brasil e Estados Unidos. A intenção do governo, disse Haddad, é transformar o diálogo positivo em ações práticas que favoreçam a competitividade das exportações brasileiras e o fortalecimento das relações entre os dois países.

Itamaraty aprecia negociações do acordo de paz entre Israel e Hamas

O Ministério das Relações Exteriores publicou neste sábado (4) uma nota sobre o plano de paz que o governo dos Estados Unidos anunciou para a Faixa de Gaza. O Palácio do Itamaraty acompanha de perto as negociações e reafirma o entendimento brasileiro de que há apenas uma solução para o estabelecimento da paz entre Israel e Palestina, que é a ‘implementação dos dois Estados”.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (1º) que o Brasil considera o plano favorável para o fim do conflito na Faixa de Gaza. A declaração foi feita na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, após um questionamento do deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR).

Teor da nota

A publicação oficial destaca que a população de Gaza vem contabilizando mortes, deslocamentos forçados, fome, destruição de lares e infraestrutura primária nos últimos dois anos, desde o início do conflito, em outubro de 2023.

A pasta reconhece o empenho dos países envolvidos na mediação para encerrar o conflito e espera que o plano promova em definitivo o fim dos ataques de Israel à Faixa de Gaza, a liberação dos reféns israelenses, a entrada de ajuda humanitária, a reconstrução do território, sob a liderança da Palestina, a retirada completa das forças militares israelenses e a restauração geopolítica da Palestina.

O governo brasileiro afirma com segurança que a implementação de dois Estados é o caminho viável para a paz. Lado a lado, Palestina e Israel podem viver em paz e segurança, dentro dos limites territoriais já estabelecidos em 1967, com a inclusão da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, em que Jerusalém Oriental se torna sua capital. O Brasil entende que é o Conselho de Segurança das Nações Unidas que deve emitir mandatos para a presença da Força Internacional de Estabilização em território palestino.

Posicionamento de Israel e do Hamas

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou nesta sexta-feira (3) que Israel está em preparação para “implementação imediata” da primeira fase do plano de paz. O plano em questão foi projetado pelos Estados Unidos. Israel informou que continuará operando em parceria com os Estados Unidos a fim de encerrar o conflito na região segundo “os princípios estabelecidos por Israel, que são consistentes com a visão do presidente Trump”.


O Hamas se mostrou disposto a negociar a libertação dos reféns israelenses (Foto: reprodução/X/@soupalestina)

Nesta quarta-feira, o Hamas concordou em conversar sobre a proposta de paz com o governo Trump e com Israel. Além de sinalizar a possível liberação dos reféns israelenses, o grupo aceitou o acordo parcialmente nesta sexta-feira (3).

Principais pontos do plano de paz

O documento demanda o cessar-fogo imediato após a aceitação do plano com a troca da libertação de prisioneiros palestinos e de reféns israelenses em 72 horas, além da entrega dos restos mortais de ambos os lados.

O plano de paz contempla a entrada imediata de alimentos, água, energia, hospitais e infraestrutura, o fornecimento de equipamentos pesados para limpeza dos escombros e reabertura de estradas. A distribuição dos itens seria realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), pelo Crescente Vermelho e outras entidades.


O plano de paz foi desenhado pelo governo Trump (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)

Com relação ao novo governo palestino, um comitê tecnocrático e apolítico assumiria a gestão do lugar, um órgão supervisionado pelo “Conselho da Paz”, presidido por Donald Trump.

O plano inclui a desmilitarização e anistia ao Hamas, mediante a entrega de armas, mas toda infraestrutura militar e de túneis seria destruída sob olhos internacionais.

Quanto à segurança internacional e ao futuro político da região, uma Força Internacional de Estabilização ficaria responsável pelo treinamento da Polícia Militar local, após a retirada gradual de Israel do território palestino.

Trump chama Rússia de ‘tigre de papel’ e Putin responde com provocações e ameaça à Otan

Putin confronta Otan e critica Trump em discurso na Rússia nesta quinta-feira (2). O presidente russo reagiu às declarações do líder dos EUA, Donald Trump, que recentemente chamou a Rússia de “tigre de papel”, e destacou que o país segue avançando mesmo diante da oposição da aliança ocidental.

Durante a fala, Putin afirmou que a Rússia mantém capacidade militar para enfrentar ameaças externas e questionou a credibilidade das acusações de líderes ocidentais sobre ações russas na Europa. Ele também ressaltou que a situação na Ucrânia é consequência de decisões externas, como envio de armas e informações estratégicas por aliados, e alertou que qualquer escalada dependerá dessas iniciativas.

Putin reforçou ainda que Moscou busca estabilidade e controle de suas fronteiras, mas condenou o que chamou de “tentativas de provocar tensão” na região por parte do Ocidente. Segundo ele, a intensificação do conflito será resultado direto de ações externas, não de iniciativa russa.

Putin confronta Otan e critica Trump em Sochi

O presidente russo ironizou relatos de que drones russos teriam invadido o espaço aéreo de países da Otan: “Não vou mais mandar drones para a Dinamarca, prometo”, afirmou. Autoridades europeias relataram incidentes na Polônia e na Estônia, enquanto a Dinamarca chegou a fechar aeroportos temporariamente.

Em seu discurso, Putin confrontou a Otan ao ressaltar que a Rússia enfrenta praticamente toda a aliança e questiona a consistência das críticas: “Se estamos lutando contra toda a Otan e nos chamam de tigre de papel, então o que é a Otan?”. Ele ainda afirmou que a narrativa de ameaça iminente é usada para justificar a escalada militar na região, aumentando a tensão entre os países europeus e os EUA.

Escalada se EUA enviarem mísseis à Ucrânia

Putin alertou que o envio de mísseis de longo alcance, como os Tomahawk, pelos EUA à Ucrânia poderia provocar uma nova fase de escalada no conflito. “É impossível usar Tomahawks sem participação direta de militares americanos. Isso representaria um estágio completamente novo, inclusive nas relações entre Rússia e Estados Unidos”, declarou.

O jornal The Wall Street Journal informou que os EUA planejam fornecer apoio de inteligência à Ucrânia e solicitaram que países da Otan façam o mesmo. Apesar disso, autoridades americanas consideram improvável o envio direto de Tomahawks, que podem atingir até 2.500 km, cobrindo grande parte do território russo estratégico.


 

Putin ironiza Otan após Trump chamar Rússia de ‘tigre de papel’ (Vídeo: reprodução/YouTube/Terra Brasil)

Defesa militar russa e apelo à negociação

Durante o fórum em Sochi, Putin destacou que a Ucrânia enfrenta escassez de soldados e registros de deserções, enquanto a Rússia mantém contingente suficiente para suas operações militares. Ele defendeu que Kiev busque negociações para encerrar o conflito, ressaltando que Moscou mantém controle das ações e estabilidade interna, e que qualquer escalada futura dependerá de decisões externas.

O presidente russo também criticou líderes europeus por fomentar uma “histeria” sobre uma guerra iminente. “Quero apenas dizer: acalmem-se, durmam tranquilos e cuidem dos seus próprios problemas. Basta observar o que acontece nas ruas das cidades europeias”, afirmou, reforçando o confronto à Otan e mantendo firmeza diante das tensões internacionais.

Repercussão internacional e recado a Trump

Putin aproveitou para rebater a declaração de Trump e enfatizou que a Rússia não se intimida com provocações externas. Ele questionou a postura da Otan e afirmou que qualquer escalada futura dependerá das decisões dos EUA e de seus aliados. Autoridades europeias observaram o discurso com preocupação, destacando que a tensão entre Ocidente e Rússia continua elevada, e reforçando a necessidade de mediação diplomática para evitar confrontos diretos.

O presidente russo também destacou que o conflito na Ucrânia não é apenas um confronto militar, mas um desafio geopolítico envolvendo interesses estratégicos de vários países. Ele acrescentou que a Rússia mantém controle sobre a situação, desafiando qualquer nova ação, especialmente relacionada ao envio de armas e apoio militar à Ucrânia, a qual deixa claro que Putin confronta Otan e mantém firmeza diante das decisões.

Rússia acusa Europa de estar impedindo acordo de paz com Ucrânia

Nesta quinta-feira (02), o porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, junto ao Presidente Vladimir Putin, entregaram um press briefing em Moscou. Nela, Dmitry Peskov falou que a histeria dos governantes europeus atrapalha as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Do mesmo modo, o presidente Vladimir Putin informou que essa histeria levava a acreditar que a Rússia pretende atacar a Otan, mas que não constava nos planos de Moscou.

Entretanto, Putin afirmou que está observando as movimentações militares da Otan e dos países europeus, e responderá a qualquer provocação à soberania da Rússia. 

Guerra entre Rússia e Ucrânia, situação atual

Após um mês e meio das negociações entre o presidente da Rússia e o presidente dos EUA no Alaska, segue um caminho longe do fim da guerra entre Ucrânia e Rússia. Ao afirmar o porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov, que os países europeus estimulam a Ucrânia a não negociar a paz e sim continuar a guerra. Além disso, Peslov falou sobre os EUA entregarem informações à Ucrânia sobre locais de alvos de infraestrutura energética de longo alcance na Rússia. Ele minimizou, falando que não é a primeira vez que isso acontece.


Porta-voz da Rússia, Dmitry Peskov (Foto: Reprodução/Getty Images Embed/Contributor) 

Ademais, Dmitry Peskov comentou que a Rússia analisa o pedido da Ucrânia e é financiada por países da Europa para receber mísseis Tomahawk dos EUA. Esses mísseis têm um longo alcance, eles chegam a atacar alvos a 2.500 km. Desse modo, podem chegar os ataques no interior da Rússia. O presidente dos EUA, Donald Trump, recusou enviar esses mísseis no passado, porém, com as últimas falas, onde ele cita que a Rússia não queria um acordo de paz e que era um tigre de papel, é possível que ele envie atualmente. O porta-voz da Rússia falou que, caso isso realmente ocorra, seu país irá responder à altura aos atos.

Mais informações sobre a guerra 

Em resumo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, mantém a narrativa de que a Rússia não vai recuar. O país afirma que havia uma crescente propaganda do nazismo e neonazismo na Ucrânia, e a Rússia estaria combatendo isso. E que ela quer o reconhecimento de parte do território ucraniano como parte da Rússia e que a Ucrânia não entre para a Otan. Também, a Rússia quer manter um certo domínio tanto linguístico quanto cultural sobre a Ucrânia, quase transformando o país em uma nova Rússia, ou melhor, uma antiga União Soviética. 


 Kyiv destruída por ataques russos (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Global Images Ukraine) 

No entanto, a Ucrânia solicita que as tropas da Rússia saiam do seu território e devolvam os territórios que já foram atribuídos à Rússia. A Ucrânia, também, quer uma comprovação de que a Rússia não voltaria a atacá-la, e uma compensação econômica para reconstrução do país, com líderes da Rússia assumindo a culpa da guerra e pelas mortes dos cidadãos ucranianos, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, com países europeus e os EUA, tentam não ceder territórios a Rússia em um possível acordo de paz, porém os russos acreditam que a única forma é parte do território ucraniano se torne parte da Rússia.

Parte de edifício de 20 andares desaba no bronx

Uma emergência assustou os moradores do bairro do Bronx, em Nova York, na manhã desta quarta-feira (01), após o desabamento parcial da fachada de um prédio residencial público de 20 andares. O incidente, que resultou na queda de um trecho da estrutura externa, mobilizou imediatamente equipes de resgate e autoridades municipais, embora, felizmente, não houvesse registros imediatos de feridos.

O colapso ocorreu pouco depois das 8h, no horário local. Chamadas para o serviço de emergência 911 alertaram a polícia e o Corpo de Bombeiros, que ao chegarem ao local, se depararam com uma abertura visível no edifício, conforme registrado em vídeos que rapidamente circularam nas redes sociais.

Segurança Garantida e Reparo Prometido

A provável causa do desmoronamento está sendo investigada como uma explosão de gás, que teria levado ao colapso do duto do incinerador do conjunto habitacional. Segundo informações da Associated Press, o Corpo de Bombeiros de Nova York indicou essa hipótese, mas ressaltou que uma investigação completa está em curso para determinar a causa exata e a extensão dos danos.

“Uma investigação está em andamento para determinar a causa do ocorrido e a extensão de possíveis danos além dos já relatados na parte externa da chaminé” afirmou uma autoridade à agência de notícias, indicando a complexidade da avaliação estrutural pós incidente.


Vídeo divulgado em rede social do momento do desabamento (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Segurança Garantida e Reparo Prometido

Apesar da gravidade do colapso em um edifício de grande porte, as autoridades confirmaram que nenhuma unidade habitacional foi atingida diretamente. O prédio faz parte da habitação pública da cidade, o que coloca o foco na manutenção e segurança das infraestruturas sociais de Nova York.

O prefeito Eric Adams se manifestou rapidamente nas redes sociais, informando que havia sido notificado sobre a emergência e pedindo à população que evite a área enquanto as equipes de avaliação trabalham. “As autoridades seguem avaliando a situação” escreveu.

Posteriormente, em uma coletiva de imprensa, o prefeito Adams assegurou aos moradores que o prédio será reparado. A prioridade imediata é a segurança da comunidade e a estabilização da estrutura remanescente, enquanto a Autoridade de Habitação da Cidade de Nova York (NYCHA) é esperada para se pronunciar sobre as ações de longo prazo. O susto desta manhã serve como um alerta para a importância da fiscalização e manutenção contínua das estruturas urbanas em uma das cidades mais densamente povoadas do mundo.