Palmeiras se reinventa no ataque com Allan, Sosa e ajustes de Abel Ferreira

O Palmeiras inicia a segunda metade da temporada com um desafio claro: reconstruir seu ataque. Com a venda definitiva de Estêvão ao Chelsea após o Mundial de Clubes, além da nova cirurgia de Paulinho – que voltou a apresentar dores na perna –, forçou mudanças importantes no setor ofensivo.

Aos 21 anos, Allan deve assumir a vaga deixada por Estêvão. Enquanto isso, Facundo Torres, que estava jogando pela esquerda, volta a atuar em sua posição de origem. A comissão técnica enxerga na reorganização uma chance de reequilibrar o sistema ofensivo com peças mais alinhadas às características naturais.

Sosa chega para somar e Vitor Roque em alerta

Apresentado como a oitava contratação do ano, Ramón Sosa surge como o principal nome para ocupar a posição deixada por Paulinho. O atacante paraguaio, no entanto, deve seguir o caminho habitual dos reforços do clube: adaptação gradual antes de assumir uma vaga no time titular. 

Apesar disso, Sosa já demonstrou estar pronto para contribuir, destacando sua versatilidade, visto que no Nottingham Forest jogava pela esquerda e na Seleção Paraguaia pela direita.


Ramón Sosa e Leila Pereira durante apresentação oficial do jogador ao clube (Foto: reprodução/César Greco/Palmeiras)

Vitor Roque continua sendo o principal nome no ataque, mas vive uma fase que exige cautela. No Mundial de Clubes, o camisa 9 acabou perdendo espaço para Flaco López, que soube aproveitar a chance e teve bom desempenho. Apesar de acumular 34 partidas – a maioria como titular –, Roque tem apenas três gols marcados com a camisa alviverde.

Time-base ganha nova cara para duelo no Brasileirão

Com todas essas mudanças, o Verdão deve ir a campo nesta quarta-feira (16), às 19h (horário de Brasília), no Allianz Parque, diante do Mirassol pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, com a seguinte formação provável: Weverton; Mayke (Marcos Rocha), Gustavo Gómez, Bruno Fuchs e Piquerez; Emiliano Martínez (Aníbal Moreno), Richard Ríos e Maurício; Allan, Facundo Torres e Vitor Roque.

Na tabela, o Palmeiras ocupa a quinta colocação, com 22 pontos – cinco atrás do Flamengo, líder momentâneo que tem dois jogos a mais. A missão é clara: reagrupar o elenco, manter o alto nível competitivo e seguir na briga pelos principais títulos da temporada.

Corpo de menino de 9 anos vítima de um atentado em escola no RS é sepultado

A vítima do ataque na Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Nascimento Giacomizzi, Vitor Andre Kungel Gambirazi, de 9 anos, foi enterrado na tarde dessa quarta-feira (9) no norte do Rio Grande do Sul. Vitor foi a única vítima fatal do ataque com arma branca na escola em que estudava no último dia 8. O ataque deixou 2 pessoas feridas.

Cerimônia de Despedida

O velório do menino começou às 17h na terça-feira (8) na Capela Velatória Gruber, segundo a Funerária Gruber responsável pela cerimônia de despedida de Vitor. Ela contou com a presença de familiares e amigos. 


A Escola Maria Nascimento Giacomazzi foi fechada após o ataque (Foto: reprodução/Jefferson Botega/Agencia RBS)

O sepultamento foi realizado no Cemitério Municipal de Getúlio Vargas, cidade vizinha. A funerária responsável pela cerimônia publicou uma mensagem em homenagem à vítima em suas redes sociais: “A vida do pequeno Vitor Andre Kungel Gambirazi foi breve, mas deixou um legado eterno de amor”.

O ataque

Na última terça-feira (8), um adolescente de 16 anos invadiu a escola de ensino fundamental utilizando uma faca. O ataque deixou dois feridos, entre uma aluna e uma professora, que estão em estado estável, além de deixar uma vítima fatal. 

Segundo a Brigada Militar, o autor já era conhecido pela escola e no dia do ataque, entrou na escola informando que iria entregar um currículo. Após a entrega do currículo, foi ao banheiro e se dirigiu a uma sala da turma do terceiro ano, onde iniciou o ataque. Funcionárias da escola e vizinhos que ficavam nos arredores da escola, auxiliaram os alunos a se abrigarem e se protegerem do ataque. 

O jovem, autor do ataque, tem 16 anos e já fazia acompanhamento psiquiátrico. Ele foi apreendido e a Justiça do Rio Grande do Sul solicitou a internação provisória, os seus atos são classificados como tentativa de homicídio e ao crime de homicídio. 

O governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que está prestando suporte à família, professores e alunos, declarou que “O que aconteceu não pode ser normalizado” e informou que o estado está disposto e presente para dar suporte.  

Inter de Milão pode ter reforço no ataque para o jogo contra o River Plate 

Nesta quarta-feira (25), a Inter de Milão enfrenta o River Plate, às 22h (de Brasília), pela terceira rodada do Grupo E, e pode ter um retorno importante em seu ataque. Existe chances do atacante Marcus Thuram voltar a ser relacionado pelo treinador Cristian Chivu. 

Ausência do jogador 

Thuram entrou na segunda etapa do empate em 1 a 1 contra o Monterrey-MEX, valendo pela primeira rodada do Mundial de Clubes. O francês não foi titular por não estar 100% fisicamente. De acordo com o jornalista, Gianluca Di Marzio, o atacante apresentou uma leve fadiga muscular durante os treinos depois do empate com os mexicanos. 

Devido a essa fadiga, o atleta não foi relacionado contra o Urawa Reds-JAP. Em relação ao jogo contra o River Plate, é possível que o Thuram esteja entre as opções no banco de reservas. A informação foi divulgada pelo Gazzetta dello Sport. 


Marcus Thuram (reprodução/Instagram/@thuram)

O treinador da Inter de Milão deve escalar Lautaro Martínez como titular no ataque. Dois irmãos disputam a vaga ao lado do argentino: Sebastiano Esposito e Francesco Pio Esposito, com mais chances para o segundo. 

Inter de Milão no Mundial de Clubes 

Até o momento na competição, o time italiano tem uma vitória e um empate no Grupo E. O primeiro jogo foi contra o Monterrey, que terminou empatado em 1 a 1. O segundo jogo foi uma vitória contra o Urawa Reds por 2 a 1. E está na segunda colocação com quatro pontos, empatado no quesito pontos com o primeiro lugar, que é o River Plate, porém no saldo de gols, o time argentino tem uma vantagem.  

O terceiro lugar do grupo fica com o Monterrey, que possui dois pontos, e o último lugar é do Urawa Reds, com zero pontos.  O último jogo da fase de grupos da Inter de Milão acontece contra o River Plate, nesta quinta-feira (25), às 22h (de Brasília), no Lumen Field, em Seattle. 

Otan anuncia aumento histórico nos gastos com Defesa

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, anunciou nesta segunda-feira (23) uma importante mudança na política de Defesa da aliança militar: os países-membros deverão aumentar seus gastos com Defesa para pelo menos 5% do Produto Interno Bruto (PIB). A decisão foi tomada durante a cúpula da Otan realizada em Haia, na Holanda, e representa um avanço significativo em relação aos atuais níveis de investimento, que variam entre 2% e 3,5% na maioria dos países.

Para Rutte a nova meta é essencial

Segundo Rutte, todos os membros concordaram com a nova meta, considerando-a essencial diante do crescente cenário de insegurança global. “O mundo está se tornando mais perigoso, e precisamos estar preparados. O plano de investimento aprovado representa um salto gigantesco — ambicioso, histórico e fundamental para garantir nosso futuro”, declarou o secretário-geral em entrevista coletiva.

Um dos principais focos da nova estratégia será o aumento expressivo nos investimentos em defesa aérea. De acordo com Rutte, os países irão quintuplicar os aportes nessa área, impulsionados pelas ameaças representadas por ataques aéreos, como os que vêm sendo vistos na guerra na Ucrânia, com o uso de drones de fabricação iraniana por parte da Rússia.

A Otan oferecerá mais de 35 milhões de euros para Ucrânia

No mesmo encontro, Rutte confirmou que a Otan fornecerá mais de 35 bilhões de euros (aproximadamente R$ 221 bilhões) em ajuda militar à Ucrânia somente neste ano. Ele também reforçou que a adesão da Ucrânia à aliança é um caminho sem volta, ainda que não tenha estabelecido prazos concretos para a entrada oficial do país.

Bandeira da Ucrânia (reprodução/x/@g1)

O conflito entre Israel e Irã também esteve entre os temas discutidos. Rutte responsabilizou diretamente o Irã por seu envolvimento na guerra na Ucrânia e defendeu a recente ofensiva dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas, alegando que não houve violação de normas internacionais.

A decisão de elevar os gastos para 5% do PIB vinha sendo pressionada especialmente pelos Estados Unidos, desde que Donald Trump voltou à presidência em janeiro deste ano. Os EUA já investem acima desse patamar e cobravam maior compromisso dos aliados. Apesar de algumas resistências — como a da Espanha, que tenta negociar maior flexibilidade — a meta será comum a todos. A Alemanha, por exemplo, planeja atingir 3,5% até 2029, e a Eslováquia afirmou que pretende decidir seu próprio ritmo de adequação.

Explosão em igreja na Síria deixa vítimas e alerta para retorno do extremismo

Neste domingo, 22 de junho, um atentado abalou profundamente a comunidade cristã nos arredores de Damasco, na Síria. Um homem-bomba detonou explosivos dentro da Igreja Mar Elias, localizada no bairro de Dweil’a, durante uma cerimônia religiosa que reunia dezenas de fiéis. O trágico episódio ocorreu em um momento de oração, transformando o ambiente de fé e devoção em um cenário de caos, dor e destruição.

Informações da TV Síria

Segundo informações divulgadas pela televisão estatal síria e confirmadas pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede no Reino Unido, o ataque resultou em várias vítimas entre mortos e feridos — estima-se que ao menos 30 pessoas tenham sido atingidas, embora os números exatos ainda estejam sendo apurados. Relatos de testemunhas e veículos de imprensa locais indicam que entre as vítimas há crianças, o que intensifica ainda mais a tragédia.

Antes e depois da igreja Mar Elias (reprodução/x/@g1)

Este tipo de ataque, um atentado suicida dentro de um local de culto cristão, não era registrado na Síria há vários anos. A ação reacende temores sobre a reativação de células extremistas no país, que ainda enfrenta os impactos de mais de uma década de guerra civil. Apesar de o regime de Ahmad al-Sharaa controlar a capital e tentar estabelecer uma aparência de estabilidade, episódios como esse revelam que a paz na região ainda é frágil e constantemente ameaçada.

Mais sobre a religião

Damasco, que atualmente vive sob um regime islâmico de fato, tem buscado atrair o apoio de comunidades minoritárias como os cristãos, numa tentativa de fortalecer sua base de legitimidade interna. No entanto, ataques como o deste domingo minam esses esforços e expõem a vulnerabilidade da população civil, especialmente em áreas onde minorias religiosas estão concentradas.

Igreja após explosão na Síria (reprodução/x/@CartaCapital)

A explosão na Igreja Mar Elias não é apenas uma tragédia local, mas também um lembrete cruel de que o extremismo continua a representar uma ameaça real, mesmo em tempos de aparente calmaria. A comunidade internacional, assim como os líderes locais, será desafiada a responder com solidariedade e medidas efetivas para evitar que episódios como este se repitam. Enquanto isso, o povo sírio segue convivendo com o medo e a dor de um conflito que, mesmo quando parece adormecido, ainda não chegou ao fim.

Casa Branca divulga imagens de Trump durante ataque dos EUA a alvos nucleares no Irã

O departamento de comunicação da Casa Branca divulgou, na noite do último sábado (21), imagens do presidente Donald Trump coordenando os ataques a três instalações nucleares iranianas. Diretamente dos EUA e sob o seu comando, as plantas nucleares nas cidades de Fordow, Isfahan e Natanz, no Irã, foram bombardeadas. 

A ação foi condenada por membros da oposição ao governo Trump. Conforme informações, a ofensiva não teve o apoio do Congresso norte-americano.  A deputada Alexandria Ocasio-Cortez e o deputado Jim McGovern declararam que Donald Trump tomou uma decisão unilateral “arrastando os EUA para uma guerra no Oriente Médio“.

Sala de situação

Na investida dos EUA contra o Irã, na sala de situação da Casa Branca, juntamente com Donald Trump, estavam presentes: o vice-presidente J.D. Vance, o secretário de Estado Marco Rúbio, o secretário de Defesa dos EUA Peter Hegseth, além de militares e outras autoridades estratégicas estadunidenses. 

Em declaração após os bombardeios, o presidente Trump afirmou que a ação “quebrou as pernas” do regime liderado pelo Aiatolá Ali Khamenei, líder supremo iraniano, e declarou que a ação poderá “trazer paz” ou “tragédia” para o Irã, a depender dos próximos passos dados pelo país do Oriente Médio.


Donald Trump e demais autoridades dos EUA monitorando o ataque ao Irã (Foto: reprodução/Instagram/@whitehouse)


Em seu discurso, Donald Trump declarou, ainda, que caso haja uma retaliação por parte do Irã contra os EUA, a resposta “virá com muito mais força” do que foi nesta ofensiva. No entanto, autoridades iranianas, entre elas o próprio aiatolá Ali Khamenei, informaram que não se renderão e não farão acordos mediante “coerção”.  

O ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, publicou em suas redes sociais que os ataques “terão consequências duradouras” e que o Irã utilizará “todas as opções” para contra-atacar. Na madrugada deste domingo (22), horário local, o Irã bombardeou cidades israelenses, incluindo a cidade de Tel Aviv.

Reação mundial

Após os ataques dos EUA contra instalações nucleares iranianas, líderes de grandes potências mundiais condenaram a ofensiva realizada pela Casa Branca. Tanto autoridades da China quanto da Rússia criticaram a ação dos EUA, uma vez que, segundo informaram, a ofensiva agrava a situação no Oriente Médio.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da China declarou que “as ações dos EUA violam gravemente os propósitos e princípios da Carta da ONU e do direito internacional, e exacerbaram as tensões no Oriente Médio”. Informando ainda que o país está pronto para trabalhar pela paz na região. 


Publicação do Ministério das Relações Exteriores da China sobre a ofensiva dos EUA contra o Irã (Foto: reprodução/X/@MFA_China)

Kaja Kallas, vice-presidente da União Europeia, pede que as negociações sejam retomadas para um cessar-fogo entre Israel e Irã. Jean-Noel Barrot, ministro das Relações Exteriores francês, solicita que o conflito seja resolvido dentro dos termos do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). A Alemanha se mantém cautelosa e informa que o chanceler do país, Friedrich Merz, avalia a situação. Já o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, declara apoio aos EUA, informando que a ação foi necessária para barrar a ascensão do programa nuclear iraniano.

Irã cobra ação da ONU após ataques à instalação nuclear

Em carta aberta direcionada à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o chefe da Organização de Energia Atômica do Irã (AEOI), Mohammad Eslami, informou ontem, quinta-feira (19), que tomará medidas legais contra a agência. A ação, segundo informou, deve-se à inação do órgão em fiscalizar os ataques realizados por Israel às instalações nucleares iranianas nas regiões de Arak e Khondab.

Críticas à AIEA

Em comunicado, Eslami critica o diretor-geral da agência, Rafael Grossi, acusando-o de trair o regime de não proliferação nuclear, informando que Grossi precisa “cumprir seus deveres constitucionais, encerrando imediatamente essa inação”. As falas seguem condenando as ações realizadas por Israel, alegando serem “contrárias às regulamentações internacionais”.


Críticas feitas pelo Irã à AIEA (Foto: reprodução/X@EnglishFars)

 O ministro das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baqaei, também utilizou suas redes sociais para criticar e acusar Rafael Grossi de traição ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). Em suas falas, Baqaei declara que Grossi “transformou a AIEA em uma ferramenta de conveniência para que membros não pertencentes ao TNP” fossem privados de direitos básicos.


Declaração de Esmaeil Baqaei, em relação ao diretor geral da AIEA, Rafael Grossi (Vídeo: reprodução/X/@IRIMFA_SPOXa)

Conforme publicação, autoridades iranianas acusam Grossi de elaborar um relatório tendencioso e instrumentalizado pelos EUA, referente a investigações por parte da AIEA, sobre armamento nuclear desenvolvido pelo Irã ou não. Esmaeil Baqaei alerta que as ações de Grossi tiveram consequências terríveis à população iraniana, exigindo que o diretor da agência seja responsabilizado.

Resposta da AIEA

Em discursos publicados em suas redes sociais, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informa realizar o monitoramento de instalações nucleares iranianas constantemente. Declara, ainda, que técnicos da Agência estão no país para avaliar a situação de perto assim que possível. Grossi declara, inclusive, que viajará ao Irã para avaliar as instalações nucleares e confirmar se estão sendo utilizadas para fins não armamentistas.


Discurso do diretor diretor-geral da AIEA perante o Conselho de Governadores da ONU (Vídeo: reprodução/Instagram/@grossirafaelmariano)


Desde o início da ofensiva de Israel contra o Irã, e ataques mútuos, a AIEA se diz apreensiva com uma possível radiação nuclear afetando o meio ambiente e a população local. Em nota, a Organização das Nações Unidas (ONU) informa que outras instalações nas cidades iranianas de Tesa Karaj e Teerã, atingidas por Israel, já haviam sido monitoradas pelo órgão como parte do Plano de Ação Conjunta Global (Jcpoa). 

O Jcpoa é um acordo firmado em 2015 com o Irã, a fim de retirar as sanções impostas ao país em troca da não proliferação de armas nucleares, que limita a capacidade para enriquecimento de urânio, além do monitoramento por vários órgãos internacionais às suas instalações nucleares.

A preocupação tanto do Conselho de Segurança da ONU quanto da AIEA é a de que haja vazamento radioativo nos locais atingidos pela ofensiva israelense. A vice-comissária do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Nada Al-Nashif, solicitou negociações urgentes para acabar com os ataques, evitando uma escalada militar a nível global e danos irreversíveis às pessoas e ao meio ambiente.

Rússia causa o maior ataque de drones à Ucrânia

Na madrugada desta terça-feira (10), a Rússia lançou o maior ataque de drones, até então, à Ucrânia. Foram utilizados ao todo 315 drones no bombardeio da capital Kiev. Os ataques danificaram vários prédios e estruturas, especialmente uma maternidade. O presidente Volodymyr Zelensky afirmou que esse foi o maior ataque à Ucrânia e que a força militar russa supera qualquer esforço para acabar com a guerra.

O ataque russo

A Rússia lançou, na madrugada desta terça-feira (10), um ataque de drones à capital da Ucrânia, Kiev, que foi considerado o maior até o momento. Foram usados 315 drones no ataque que destruiu vários edifícios e estabelecimentos da capital. Segundo o chefe da administração militar de Kiev, Tymur Tkachenko, sete distritos da cidade foram afetados, sendo que vários prédios, casas, armazéns e carros foram explodidos e incendiados. Ele afirmou que foi uma noite difícil para o povo ucraniano.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez posts em seu X (antigo Twitter), relatando os ataques russos que incidiram sobre Kiev. Ele afirmou como os esforços para resolver a guerra e manter a paz são ínfimas, perto da intensidade da opressão russa.


Post de Volodymyr Zelensky sobre os ataque de drones russos (Foto: reprodução/X/@ZelenskyyUa)

Na cidade de Odessa, os ataques foram bastante intensos. De acordo com o Ministério Público da região, pelo menos dois homens morreram e outros nove ficaram feridos. O ataque à cidade causou destruição em vários locais, como uma maternidade.

Relatos do ataque

O bombardeio à Ucrânia gerou relatos de vítimas que estavam presentes na região. Uma mulher, que se identificou apenas como Violeta, que é uma moradora de Odessa, relatou como a noite que passou foi terrível.

Minha garagem com meu carro está destruída… Passamos por momentos terríveis. Graças a Deus não me machuquei. Ouvi a sirene a tempo e corri para o corredor para me esconder. Foi bem a tempo, porque o teto do meu apartamento desabou. Ouvi outras explosões em Odessa, mas nada se compara a esta, é tão perto. Meu vizinho, um menino, ficou ferido, teve o ombro cortado por estilhaços de vidro, e ontem à noite o levaram para receber pontos.”, declarou Violeta.


Prédio ucraniano devastado após ataque da Rússia (Foto: reprodução/Ukrinform/NurPhoto/Getty Images Embed)


Outra mulher, chamada Lyudmila contou como foi a situação, tudo que viu e ouviu. Ela descreveu como foram assustadores os barulhos e os drones passando por toda a região. Ela declarou, também, que essa é a primeira vez em quatro anos que foram atingidos.

Trump declara insatisfação com Putin após bombardeio à Ucrânia

A capital, Kiev, e outras regiões do país foram bombardeadas por drones e mísseis russos neste domingo. O ataque, ordenado por Putin, irritou o presidente dos EUA, que lamentou o número de fatalidades e feridos. O fato dificulta acordos diplomáticos para um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia e coloca uma interrogação na mediação de Donald Trump para solucionar o conflito.

Trump e Putin: confiança estremecida

O ataque de Putin à Ucrânia, neste final de semana, deixou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nada contente. “Não estou satisfeito com Putin”. A fala do presidente americano tem tom de decepção, pois as negociações entre Moscou e Kiev estão em ponto morto.

“Não sei o que há de errado com ele. O que diabos aconteceu com ele? Certo? Ele está matando muita gente. Não estou feliz com isso”, disse Trump a repórteres no aeroporto de Morristown, Nova Jersey, enquanto se preparava para retornar a Washington.


Donald Trump presidente dos EUA (reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)

Reflexos do descontentamento

O presidente americano, embora tenha ressaltado o bom relacionamento que tem com o presidente russo, levantou a possibilidade de impor mais sanções ao país euro-asiático. “Sempre me dei bem com ele, mas ele está enviando foguetes para cidades e matando pessoas, e eu não gosto nem um pouco”, disse Trump.

Alvo dos ataques, a capital Kiev e outras regiões do país foram bombardeadas em grandes proporções por drones e mísseis russos, vitimando pelo menos 12 pessoas e ferindo dezenas.
Os ataques da Rússia contra a ucrânia ocorreram depois que os dois países concluíram a maior troca de prisioneiros desde que Moscou lançou a invasão em fevereiro de 2022, quando prisioneiros foram enviados de volta para ambos os lados. A guerra já dura cerca de três anos e a troca de prisioneiros era visto como uma sinalização de paz entre os dois países.
A Rússia, sob o governo de Putin, atingiu a Ucrânia liderada por Volodymyr Zelensky, em um bombardeio considerado como o maior ataque aéreo individual, com 367 drones e mísseis. Segundo Yuri Ihnat, porta-voz da Força Aérea da Ucrânia.

Ataque antissemita mata duas pessoas em Washington

Na noite da última quarta-feira, um atentado trágico abalou a capital dos Estados Unidos. Dois funcionários da Embaixada de Israel em Washington foram assassinados a tiros ao saírem de um evento no Museu Judaico da Capital. As vítimas, Yaron Lischinsky, cidadão israelense, e Sarah Lynn Milgrim, americana, estavam deixando uma recepção organizada pelo Comitê Judaico Americano para jovens diplomatas quando foram atacadas por Elias Rodriguez, de 31 anos, natural de Chicago. Ao ser detido no local, Rodriguez teria gritado “Palestina Livre”, o que levou as autoridades a tratarem o caso como um possível crime de ódio e ato de terrorismo com motivações antissemitas.

Dados informados pela polícia

A comoção foi imediata. A Polícia Metropolitana de Washington aumentou a presença de agentes em locais sensíveis da cidade, como sinagogas, escolas judaicas e o Centro Comunitário Judaico. “Estamos lado a lado com nossa comunidade judaica”, declarou a chefe de polícia Pamela A. Smith, durante uma coletiva. A prefeita da cidade, Muriel Bowser, também tomou providências rápidas, convocando uma reunião emergencial com líderes religiosos, vereadores e representantes das forças de segurança para reforçar as medidas de proteção.


Imagens do local após o ataque (Foto: reprodução/x/@g1)

Internacionalmente, o impacto também foi significativo. França, Itália e Alemanha, em solidariedade e alerta, reforçaram a segurança em consulados israelenses, centros religiosos e monumentos relacionados à cultura judaica. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou o ataque em suas redes sociais, classificando-o como um ato antissemita e reafirmando que “o ódio e o radicalismo não têm lugar nos Estados Unidos”.

Falas do primeiro ministro

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também se pronunciou, expressando solidariedade às famílias das vítimas e cobrando justiça das autoridades americanas. Segundo o embaixador de Israel nos EUA, Yechiel Leiter, os dois funcionários mantinham um relacionamento e planejavam uma viagem a Jerusalém, durante a qual Lischinsky pretendia pedir Sarah em casamento. A tragédia interrompeu abruptamente os sonhos do casal e reacendeu preocupações globais sobre segurança em tempos de tensão crescente.

O ataque ocorreu em uma área central e simbólica de Washington, próxima ao Capitólio, ao Departamento de Justiça e ao escritório local do FBI, o que evidencia o nível de audácia e risco envolvido. A investigação continua, e o mundo observa atento os desdobramentos deste crime que reforça a urgência no combate ao extremismo e ao ódio religioso.