Esposa de Eduardo Bolsonaro tem contas bloqueadas

Nesta quarta-feira (23), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse, em publicações feitas no Instagram e no X, que sua esposa, Heloísa Bolsonaro, também teve suas contas bloqueadas por ordem de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal. O deputado federal licenciado, teve suas contas bloqueadas na segunda-feira (21).

Na publicação, Eduardo fala que provavelmente é mais um ato arbitrário ordenado pelo ministro do STF e tal ação foi realizada contra sua mulher sem qualquer justificativa legal. 

Ações contra a soberania brasileira

Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirma, em meio a estadia nos EUA, que tem mantido contato com o governo americano para buscar sanções contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e outras autoridades envolvidas nas ações contra Jair Bolsonaro, alegando perseguição política.

Segundo avaliação da Procuradoria-Geral da República (PGR), Jair e Eduardo tentam dificultar o andamento da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado, que tem como principal réu o ex-presidente. 

Toda movimentação de Eduardo Bolsonaro no exterior, resultou na tarifação de 50% sobre produtos brasileiros que entrará em vigor a partir de 1º de agosto, além da suspensão dos vistos das autoridades envolvidas na investigação, como é o caso de Moraes.


Eduardo Bolsonaro fala sobre bloqueio na conta da esposa (Foto: reprodução/Instagram/@bolsonarosp)


A decisão para bloqueio de bens móveis e imóveis de Eduardo foi deferida no sábado (19). Essa estratégia investigativa tem como objetivo interromper a continuidade de práticas criminosas.

“Os próximos meses serão vitais para o Brasil”, diz Eduardo

Em participação no podcast Inteligência LTDA. nesta segunda-feira, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, após bloqueio das contas, disse que os próximos meses serão vitais para as próximas décadas do país e que está disposto a ir às últimas consequências.

No episódio, o deputado licenciado diz que a decisão do ministro é arbitrária e criminosa, e que ele não irá se intimidar e se calar, “eu me preparei para este momento”, completou ele. Para o filho do ex-presidente, a única solução para o Brasil é o impeachment de Alexandre de Moraes.

Justiça Eleitoral torna Pablo Marçal inelegível até 2032

Pablo Marçal, empresário e filiado ao PRTB, foi condenado pela terceira vez à inelegibilidade pela Justiça Eleitoral de São Paulo, em razão de irregularidades cometidas durante sua campanha à Prefeitura da capital paulista em 2024. A decisão mais recente, assinada pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, aponta práticas como abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e captação ilícita de recursos. Apesar de ser a terceira condenação, o tempo de inelegibilidade não é acumulativo, o que significa que Marçal permanecerá impedido de disputar eleições até 2032.

Condutas ofensivas e estratégias digitais

Entre os comportamentos considerados mais graves estão ataques a adversários políticos, como a acusação de que Guilherme Boulos seria usuário de drogas, além de insinuações de corrupção envolvendo a Justiça Eleitoral e a candidata Tábata Amaral. O juiz também destacou que Marçal violou o princípio da igualdade entre os candidatos ao incentivar eleitores a produzirem e distribuírem materiais de campanha por conta própria, transferindo a eles os custos e obrigações legais.

Durante o período eleitoral, Marçal também promoveu sorteios de brindes e dinheiro para aumentar seu engajamento nas redes sociais. Após ter seus perfis suspensos temporariamente, passou a utilizar influenciadores digitais para continuar divulgando sua candidatura. Mesmo sem ter avançado ao segundo turno, o juiz considerou que a gravidade das ações justificava a condenação.


Matéria sobre a inelegibilidade de Pablo Marçal (Vídeo: reprodução/YouTube/Rádio BandNews)

Marçal reage à decisão e enfrenta histórico de condenações eleitorais

Em nota, Marçal afirmou que recebeu a decisão com tranquilidade e reafirmou sua confiança na Justiça, acreditando que as instâncias superiores poderão reverter a sentença.

As outras duas condenações envolvem práticas semelhantes. Em uma delas, ele foi acusado de oferecer apoio político em troca de doações financeiras. Na outra, foi responsabilizado por impulsionar sua candidatura irregularmente nas redes sociais, atingindo milhões de pessoas. Uma dessas decisões também impôs multa de R$ 420 mil. As ações foram movidas por adversários políticos, como o PSB, partido de Tábata Amaral.

Bolsonaro se defende no Senado e critica ação da PGR e STF

Na manhã desta quinta-feira (17), Jair Bolsonaro participou de uma coletiva de imprensa no Senado. Durante conversas com jornalistas, o ex-presidente alegou não ser culpado e disse que está sofrendo uma injustiça.

Jair Bolsonaro comenta sobre a decisão favorável feita na segunda-feira (14) pela Procuradoria-Geral da República (PGR) à sua condenação por tentativa de golpe. A PGR, reiterou o pedido de condenação do ex-presidente pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Caso seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro pode pegar mais de 40 anos de prisão. Em coletiva, o ex-presidente afirmou que a ideia de ser preso não passa pela sua cabeça.

Preocupado com o filho

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), investigado por tentar atrapalhar as investigações, voltou a ocupar espaço na mídia. O deputado licenciado, morando nos Estados Unidos atualmente, tenta, segundo ele e a própria família, influenciar a interferência do governo Donald Trump nos processos judiciais de seu pai, Jair Bolsonaro.


Eduardo Bolsonaro defende nova tarifa de exportação imposta por Trump (Vídeo: reprodução/Youtube/G1)

A licença de Eduardo vence no domingo (20), caso ele não volte e atinja um terço de faltas nas sessões da Câmara, poderá perder o mandato. Segundo o ex-presidente, o filho não irá voltar porque também é alvo de perseguição no Brasil, e, por causa disso, pode ser preso pela Polícia Federal assim que chegar no aeroporto.

Parlamentares adversários já fizeram pedidos ao STF nesse sentido, entretanto as solicitações não avançaram na justiça, ou seja, não há nenhuma ordem de prisão contra Eduardo no Brasil.

A tarifa de Trump

O estado de São Paulo será um dos mais afetados, caso a tarifa imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump, não seja reduzida. Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador do estado e aliado de Bolsonaro, escolheu não apoiar o tarifaço, o que rendeu atritos com Eduardo Bolsonaro, que é a favor.

Para reduzir os impactos negativos no setor do agronegócio no estado, Tarcísio procurou o corpo diplomático norte-americano para tentar negociar as tarifas impostas. Entretanto, a ação dificultaria a conquista de anistia que Jair Bolsonaro busca como moeda de troca para revogação do aumento de tarifa. 

A ação de Tarcísio causou mal-estar em Eduardo que mandou um recado ao governador de São Paulo pelas redes sociais, dizendo que o mesmo agia com “subserviência servil” ao empresariado brasileiro. Com a intervenção de Bolsonaro, o tom mudou e a paz entre o governador e o deputado voltou. “Visões de mundo diferentes são normais”, publicou Eduardo no X (antigo Twitter).

Senadores brasileiros buscam redução de tarifas em visita a Washington

Uma delegação de senadores brasileiros embarca para Washington em 29 de julho, durante o recesso parlamentar, para uma importante missão diplomática. O objetivo principal da viagem é discutir com congressistas norte-americanos a redução da tarifa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros. Essa taxação, que permanece em vigor mesmo após a mudança de governo nos Estados Unidos, afeta negativamente diversos setores da economia brasileira, como o agronegócio, a indústria de transformação e o comércio de commodities, gerando perdas consideráveis e incerteza para investidores.

A iniciativa partiu da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, que busca uma solução efetiva para o “tarifaço”, visto como um grande obstáculo às exportações do Brasil. A urgência do assunto foi debatida em uma reunião que contou com a presença do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o presidente da CRE, Nelsinho Trad (PSD-MS), e o vice-presidente e atual ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, além de outros parlamentares envolvidos nas discussões econômicas. A união de esforços entre diferentes esferas governamentais ressalta a relevância do tema.


Encontro entre o presidente do senado Davi Alcolumbre, presidente da Câmara, Hugo Motta e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (Vídeo: reprodução/Instagram/@tvsenado/@radiosenado)


Missão busca destravar comércio

Os senadores acreditam que a diplomacia entre legisladores pode abrir portas onde os canais tradicionais entre os Poderes Executivos têm encontrado dificuldades. A delegação brasileira pretende intensificar o diálogo com o Congresso dos EUA, buscando avançar nas negociações comerciais e fortalecer os laços institucionais entre os dois países, promovendo uma relação mais equilibrada e estratégica. Essa abordagem direta visa construir pontes duradouras para o futuro.

Agenda inclui reuniões estratégicas e proposta de grupo Brasil-EUA

A agenda da missão, que vai até 31 de julho, inclui reuniões com senadores norte-americanos, representantes do setor privado e entidades comerciais. A expectativa é que essa aproximação direta ajude a resolver impasses e crie um ambiente mais positivo para as relações bilaterais. Além da questão tarifária, a comitiva também pretende estabelecer um grupo interparlamentar Brasil-Estados Unidos, focado em diplomacia econômica, proteção de empregos, inovação, sustentabilidade e previsibilidade no comércio exterior. Apostam no diálogo construtivo para superar os desafios atuais e fortalecer parcerias.

Tarifa de 50% de Trump ao Brasil choca EUA e vira manchete internacional

Uma decisão surpreendente do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, gerou alvoroço global nesta quarta-feira (9): a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras para os Estados Unidos, com início em 1º de agosto. A medida não só chocou o mercado, mas também colocou o Brasil em destaque nos principais jornais americanos, como The New York Times, Bloomberg, CNBC e Washington Post.

O mais impactante, contudo, não foi apenas o alto percentual da tarifa — o mais alto já anunciado por Trump — mas sim a justificativa claramente política por trás dessa decisão.

Crítica Política e o Uso de Tarifas como Ferramenta

Trump enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual criticava abertamente o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele classificou o processo em andamento contra Bolsonaro como uma “vergonha internacional” e uma “Caça às Bruxas” que deveria ser encerrada imediatamente.


Carta de Donald Trump para o presidente do Brasil, Lula, sobre a taxação de 50% nas tarifas de exportação (Reprodução/X/@patricia_vasc)

A imprensa americana interpretou essa intervenção em um julgamento criminal de um país estrangeiro como uma demonstração extraordinária de como Trump usa as tarifas como uma ferramenta para diversos propósitos.

Justificativa política gera críticas e levanta dúvidas sobre coerência comercial

Veículos como a Forbes USA e a CNBC, destacaram a inconsistência da justificativa econômica de Trump. Ao contrário do que ele afirmou, os Estados Unidos mantêm um superávit comercial com o Brasil. A tarifa foi, portanto, imposta como uma punição por questões políticas e jurídicas internas do Brasil que desagradam a Trump, e não por razões econômicas.

A CNN ressaltou ainda que, apesar da censura ao julgamento de Bolsonaro, Trump ofereceu uma brecha: a isenção da tarifa seria possível caso o Brasil ou empresas brasileiras optassem por fabricar seus produtos nos Estados Unidos, uma oferta similar às feitas a outros líderes mundiais. A decisão eleva a insegurança nas relações comerciais americanas, ao atrelar políticas tarifárias a critérios puramente políticos.

Hamas sinaliza apoio a cessar-fogo proposto pelos EUA e acende esperança de trégua definitiva

O grupo Hamas anunciou nesta sexta-feira (4) que respondeu positivamente à proposta de cessar-fogo apresentada e mediada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O movimento, que controla a Faixa de Gaza, afirmou estar pronto para iniciar negociações imediatas com base no esboço do acordo, reacendendo esperanças de uma trégua definitiva após 21 meses de um conflito devastador.

Segundo o comunicado oficial do grupo, o Hamas “apresentou uma resposta positiva aos mediadores e está totalmente preparado para entrar imediatamente em uma rodada de negociações sobre o mecanismo de implementação deste plano“. Israel já havia aceitado o esboço do acordo proposto pelos EUA, o que deve abrir caminho para negociações finais que antecedem a assinatura formal do cessar-fogo.

Trégua de 60 dias e libertação de reféns

A proposta prevê uma trégua inicial de 60 dias. Durante esse período, o Hamas se compromete a libertar 10 reféns israelenses — 8 vivos e 2 mortos — logo no primeiro dia. Em troca, Israel libertaria um número não especificado de prisioneiros palestinos e começaria a se retirar de partes do norte da Faixa de Gaza. Ao todo, ainda restam cerca de 50 reféns israelenses em poder do grupo.

O plano também estipula que as libertações ocorrerão sem cerimônias ou celebrações por parte do Hamas. As negociações para um cessar-fogo permanente seriam iniciadas paralelamente ao andamento da trégua e da retirada militar.

Conflito prolongado e devastador

A guerra iniciou em 7 de outubro de 2023, quando militantes do Hamas invadiram Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando outras 251, em sua maioria civis. O ataque desencadeou uma resposta militar massiva de Israel, que desde então já matou mais de 56 mil palestinos, segundo autoridades de Gaza controladas pelo Hamas.


Destruição promovida por bombardeio israelense em Gaza, 2025 (reprodução/Bashar Taleb/AFP/Getty Images embed)


A ofensiva deixou grande parte do território de Gaza em ruínas. A maioria da população foi deslocada e vive em condições humanitárias críticas, com relatos alarmantes de desnutrição generalizada, especialmente entre crianças.

Um possível ponto de virada

Apesar das repetidas tentativas fracassadas de cessar-fogo ao longo dos últimos meses, a adesão formal do Hamas à proposta atual pode representar o avanço mais significativo rumo à paz desde o início do conflito. Se confirmada, a trégua de 60 dias pode não apenas aliviar a crise humanitária, como também abrir caminho para um acordo duradouro entre as partes envolvidas.

Torre Eiffel ganha as cores do Brasil durante visita de Lula à França

Na noite da última quinta-feira (5), a famosa Torre Eiffel, em Paris, foi iluminada nas cores da bandeira do Brasil — verde, amarelo e azul. Essa homenagem aconteceu enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava em visita oficial à França, onde se encontrou com o presidente francês Emmanuel Macron.

Lula está em solo francês para participar da Conferência das Nações Unidas focada nos oceanos, que ocorre em Nice, uma cidade localizada no sul da França, e também para avançar nas negociações do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. A visita é a primeira de um presidente brasileiro ao país europeu desde 2012, reforçando a relação próxima entre Lula e Macron, que esteve no Brasil no ano anterior.


Torre Eiffel ganha as cores do Brasil durante visita de Lula a Paris (Foto: Reprodução/Instagram/@ricardostuckert)

Encontro entre os presidentes no Palácio do Eliseu

Durante o dia, Lula e Macron se encontraram no Palácio do Eliseu, residência oficial do presidente francês. Eles chegaram juntos, de mãos dadas, e fizeram uma coletiva de imprensa para falar sobre as pautas discutidas. Durante a visita, Lula aproveitou a ocasião para pedir o apoio de Emmanuel Macron nas tratativas do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Ele ressaltou que assumirá a presidência temporária do bloco sul-americano no dia 6 de julho e disse que pretende concluir as negociações enquanto estiver à frente do cargo.

Veja o post feito por Macron:


Macron utilizou suas redes sociais para agradecer a visita de Lula (Foto: Reprodução/Instagram/@emmanuelmacron)


O presidente francês reforçou a parceria entre Brasil e França, mencionando a cooperação entre os dois países em prol das pessoas e do planeta, com uma visão compartilhada para o futuro.

Registro simbólico da visita nas redes sociais

Ainda à noite, Macron publicou uma selfie com Lula, mostrando a Torre Eiffel iluminada ao fundo. Na foto, também aparecem as primeiras-damas Brigitte Macron e Janja. Esse registro simbolizou o momento de proximidade entre os dois líderes e a importância da visita para as relações bilaterais.

Suprema Corte dos EUA autoriza a proibição da entrada de militares transgêneros

A medida tomada nessa terça-feira (6) permite que os estados individuais proíbam pessoas trans de servirem nas Forças Armadas. A decisão também impede que novos recrutas transgêneros ingressem no serviço militar. Isso representa uma vitória para legisladores conservadores que defendem restrições ao serviço militar de indivíduos trans, além de demonstrar a tentativa do presidente norte-americano em outras autorizações A comunidade LGBTQIAPN+ vem sendo um dos principais alvos das políticas de Trump e despertando alerta.

Entenda a execução da medida

A resolução não estabelece uma regra nacional, mas abre caminho para que estados como Texas e Flórida, que já possuem leis similares, mantenham suas proibições.

O caso chegou à Suprema Corte após uma série de batalhas judiciais envolvendo a política de inclusão de transgêneros no Exército. Nos mandatos anteriores de Donald Trump, a Suprema Corte já havia autorizado proibições semelhantes. Entretanto, a proibição foi revogada pelo ex-presidente Joe Biden.


—Suprema Corte dos EUA autoriza Trump a proibir militares trans. (Vídeo: reprodução/CNN Brasil/Youtube)


Impacto nos militares em serviço

De acordo com o memorando interno, militares que apresentem sintomas de disforia de gênero ou possuam um diagnóstico atual serão submetidos a processos de desligamento. Tal disforia é definida como o sofrimento psicológico que um indivíduo sente quando sua identidade de gênero difere do seu gênero designado ao nascimento. O Pentágono confirmou que não permitirá a entrada de novos membros trangêneros em nenhum ramo militar.

Um estudo de 2018 da RAND Corporation estimou que cerca de 14 mil militares transgêneros serviam nas Forças Armadas dos EUA. No entanto, o número atual é incerto, já que políticas anteriores variaram entre administrações.

A decisão foi celebrada por grupos conservadores, porém três integrantes liberais da Suprema Corte a criticaram publicamente. A administração federal ainda pode contestar as leis estaduais, mas, por enquanto, a medida fortalece a autonomia dos estados em regulamentar o serviço militar.

Mundo bate recorde de execuções e acende alerta global sobre pena de morte

Nesta terça-feira (8), a Anistia Internacional revelou que o mundo registrou, em 2024, o maior número de execuções por pena de morte em quase uma década. Segundo o relatório divulgado pela organização, foram 1.518 execuções no ano passado, um aumento de 32% em relação a 2023. A maior parte delas se concentrou em três países: Irã, Iraque e Arábia Saudita, responsáveis por 91% dos casos oficialmente documentados.

O aumento alarmante das execuções em 2024

O Irã aparece como o principal executor, com 972 mortes registradas, número que representa 64% de todas as execuções conhecidas. Muitas dessas sentenças, de acordo com a Anistia, foram motivadas por repressão política, atingindo inclusive manifestantes do movimento “Mulher, vida, liberdade” que foram sentenciados à morte, incluindo um jovem com deficiência mental. Na Arábia Saudita, a pena capital continua sendo aplicada para silenciar dissidentes e membros da minoria xiita. O Iraque também surpreendeu pelo salto expressivo no número de execuções, que passou de 16 para 63 em apenas um ano.


Irã executa sete pessoas em praça pública (Foto: reprodução/ISNA/AFP/Getty Images Embed)


Segredo, repressão e o uso político da pena de morte

Embora o relatório traga números preocupantes, ele também destaca o silêncio e a falta de transparência de países como China, Coreia do Norte e Vietnã conhecidos por aplicarem a pena de morte, mas que não divulgam dados confiáveis. A China, segundo a Anistia, continua sendo o país que mais executa pessoas no mundo, embora as cifras oficiais permaneçam fora do alcance público. Outro dado alarmante diz respeito ao uso da pena capital em crimes relacionados a drogas, que representam mais de 40% das execuções globais.

A Anistia alerta para a tendência preocupante de alguns países em reverter avanços: Maldivas, Nigéria e Tonga estudam reintroduzir a pena de morte para crimes ligados ao tráfico de drogas, enquanto República Democrática do Congo e Burkina Faso avaliam restaurar as execuções para crimes comuns.

Apesar do cenário, a Anistia reforça que a maioria do mundo segue em caminho oposto. Atualmente, 145 países aboliram ou deixaram de aplicar a pena de morte. “A pena de morte é um crime atroz que não tem lugar no mundo atual”, declarou Agnès Callamard, secretária-geral da organização, que pede mais pressão internacional e solidariedade às vítimas de regimes opressores.

Deputados querem urgência no projeto de lei da anistia

De autoria do deputado federal Major Vitor Hugo, do PL goiano, o projeto de lei foi apresentado inicialmente para anistiar manifestantes presos em outubro de 2022, após fechamento de rodovias como protesto ao resultado das urnas, que garantiu a eleição do candidato Lula da Silva.   

Porém, com a invasão de manifestantes extremistas ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal, o projeto de lei passou a incluir na lista de anistia todos os presos do 8 de janeiro de 2023, acusados de tentativa de golpe. Além da preservação dos direitos políticos dos envolvidos, o novo PL também pede o perdão judicial aos que participaram ou financiaram de forma direta ou indireta os ataques ocorridos na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Na prática, se aprovado, todos os já julgados e os denunciados teriam suas penas anuladas e direitos políticos devolvidos.  

Deputados do PL querem urgência

O projeto segue parado na Câmara dos Deputados desde quando o ex-presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL), pediu que o texto fosse analisado em pelo menos uma das cinco comissões do Parlamento. Agora, deputados do Partido Liberal (PL) querem urgência da tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que avance à votação em plenário. Para ser aprovado, o texto precisa ser debatido na CCJ, ter o apoio de no mínimo 257 deputados e a concordância do atual presidente da casa, Hugo Motta.     


Ato em Copacabana com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto: reprodução/X/Polícia Militar)

Bolsonaro trabalha para aprovação

Denunciado pelo PGR, o ex-presidente trabalha para a aprovação do projeto de lei, tanto nas redes sociais quanto nas ruas, falando em pacificação do país. Bolsonaro convocou apoiadores para o ato de apoio à anistia, no último domingo (16/3) em Copacabana. Em seu discurso, fez críticas ao governo de Lula e ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, a quem acusou de perseguição. Mas, o foco estava na busca de apoio popular a fim de pressionar deputados na questão do PL da anistia. Segundo o ex-presidente, o texto de lei só precisa avançar dentro do Congresso para ser aprovado. Ainda de acordo com as declarações, o projeto tem adesão de 300 deputados e senadores suficientes para aprovação. E mesmo que o presidente Lula vete, o Congresso derrubaria o veto, ficando ao STF a missão de julgar se o texto é constitucional ou não.