Moraes converte prisão domiciliar de Bolsonaro em preventiva

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decretou hoje (22) de manhã a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, sob a justificativa de risco concreto de fuga. O pedido veio da Polícia Federal e foi atendido por Moraes. Bolsonaro foi encaminhado à Superintendência Regional da Polícia Federal, em Brasília. Na segunda-feira, haverá uma votação na primeira Turma da Corte Constitucional para decidir se a prisão preventiva será ou não mantida.

Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto pelo descumprimento de medidas cautelares a que foi submetido em junho. Ele foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela liderança de uma tentativa de golpe de Estado.

Bolsonaro violou tornozeleira eletrônica

O risco de fuga foi averiguado frente à convocação, via redes sociais, de uma vigília, por parte de Flávio Bolsonaro, em frente ao condomínio do pai em Brasília. De acordo com a decisão de Moraes, a corrente de orações causaria aglomeração e tumulto social e poderia ser mobilizada para facilitar o refúgio de Jair Bolsonaro em locais como a Embaixada Americana, localizada a 13km ou 15 minutos de carro da residência do antigo chefe do Executivo. As informações foram apuradas pelo blog Natureza Nery.


CNN Brasil repercute prisão preventiva de Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/CNNbrasil)


Corrobora ainda para a tese de fuga a verificação de uma tentativa de ruptura da tornozeleira eletrônica do condenado realizada na madrugada deste sábado. 

O Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou a esta Suprema Cortea ocorrência de violação do equipamento de monitoramento eletrônico do réu Jair Messias Bolsonaro, às 0h08min do dia 22/11/2025. A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho“, pontua o texto.

O documento considera o deslocamento ilícito de condenados para fora do país como uma reiterada estratégia do setor bolsonarista. Nesse sentido, cita o deputado Alexandre Ramagem Rodrigues (PL-RJ), corréu na trama golpista que se encontra nos Estados Unidos, e Carla Zambelli, que fugiu para a Itália após ser penalmente responsabilizada por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma nas eleições de 2022.

Alexandre de Moraes determinou uma ação da PF sem uso de algemas e exposição midiática. O ministro garantiu tratamento médico a Bolsonaro por tempo integral na prisão.

Ex-presidente aguarda pena definitiva

Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão no final de setembro por liderar uma tentativa de golpe de Estado. Após a publicação da condenação no Diário da Justiça, cerca de um mês depois, Bolsonaro e mais seis réus do núcleo 1 da trama golpista (apontados como autores intelectuais da tentativa de golpe) entraram com o recurso dos “embargos de declaração“, destinado ao esclarecimento de omissões ou contradições do acórdão de julgamento. Eles pediram, entre outras questões, revisão de pena e invalidade da delação de Mauro Cid.

Os recursos foram rejeitados pela Primeira Turma da Corte no dia 7 deste mês e publicados no dia 18. A defesa tem uma semana (que termina neste domingo, 23) para entrar com um novo recurso, que pode ser julgado por Moraes apenas, sem necessidade de levar novamente à Turma, já na segunda (24). Caso rejeite a petição da defesa, Moraes poderá decretar o julgamento encerrado (trânsito em julgado) e notificar a Vara de Execuções Penais para a condução de Bolsonaro e aliados à prisão.

STF desconsidera requerimento relativo à ‘compatibilidade’ de estado de saúde de Bolsonaro a prisões do DF

O relator do processo da trama golpista e ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, alegou nesta quinta-feira (6) impertinência do pedido do governo do Distrito Federal para que o ex-presidente Jair Bolsonaro fosse submetido a avaliação médica no intuito de averiguar a “compatibilidade” de seu quadro clínico com a estrutura prisional da capital federal. Com isso, a solicitação será retirada dos autos da ação penal do núcleo 1 do processo.

Moraes argumentou que o momento processual do pedido não foi o adequado, já que Bolsonaro ainda não recebeu condenação definitiva. Futuramente, no momento oportuno, o governo do DF poderá encaminhar novamente o requerimento.

DF pede avaliação clínica de Bolsonaro

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) demandou ao STF ontem (5) que Jair Bolsonaro passe por uma consulta médica para avaliar se o condenado por tentativa de golpe de Estado está apto para alocação em alguma das unidades prisionais da unidade federativa.

Na demanda, a Seape cita a possível incapacidade do sistema carcerário da região em conceder o devido atendimento médico ao ex-presidente, que desde a facada sofrida durante a campanha presidencial de 2018, já passou por nove cirurgias abdominais. O órgão indica também a piora de saúde a partir de agosto, quando foi decretada sua prisão domiciliar.


Globo News repercute decisão de Moraes (Vídeo: reprodução/Instagram/@globonews)


A Seape justificou a antecipação do pedido pela proximidade do julgamento dos recursos dos réus do núcleo 1 da trama golpista, podendo levar à eventual prisão definitiva de Jair Bolsonaro.

Ex-presidente ainda aguarda condenação definitiva

Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão no final de setembro por liderar uma tentativa de golpe de Estado, com base em planos apreendidos, diálogos documentados e a delação premiada de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.

Antes disso, ele já estava em prisão domiciliar, decretada pelo STF, sob justificativa de desrespeito a medidas cautelares impostas em julho, assim como tentativa de interferência no proceso e risco de fuga.

Cerca de um mês depois, em 22 de outubro, a decisão da condenação foi publicada no Diário da Justiça, abrindo o prazo para recursos. Cinco dias depois, Bolsonaro e mais seis réus do núcleo 1 da trama golpista (apontados como autores intelectuais da tentativa de golpe) entraram com o recurso dos embargos de declaração, destinado ao esclarecimento de omissões ou contradições do acórdão de julgamento. Eles pediram, entre outras questões, revisão de pena e invalidade da delação de Mauro Cid.

Os recursos começam a ser julgados amanhã (7), tendo a Primeira Turma da Corte, responsável pelo caso, o prazo de uma semana para depositar os votos. Caso negado, um segundo e último recurso poderá ser movido, determinando-se, após isso, o trânsito em julgado, que torna a condenação definitiva. Só depois o local de detenção de Jair Bolsonaro será escolhido e o pedido da Seape/GDF poderá ser feito e analisado.

Ministros do STF avaliam prisão de Bolsonaro até o fim de 2025

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a prisão em regime fechado do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos por tentativa de golpe, pode ocorrer até o final deste ano. A expectativa é que o caso seja concluído antes do início do calendário eleitoral de 2026. Com a sentença já proferida e os recursos da defesa em andamento, os ministros acreditam que não há mais chances de reverter a condenação e que a execução da pena é uma questão de tempo.

A decisão de prisão de Bolsonaro se aproxima à medida que os recursos apresentados por sua defesa são analisados. Embora a defesa ainda tenha tentado recorrer, especialistas do STF afirmam que a condenação é firme, sem margem para reverter o julgamento. O processo tem avançado de forma acelerada e a expectativa é que o ex-presidente enfrente a execução da pena em breve.

Expectativa de cumprimento da pena até dezembro

A condenação de Bolsonaro, que envolve crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa, está com os trâmites avançados no STF. A defesa do ex-presidente apresentou embargos, mas os ministros acreditam que não há sustentação jurídica suficiente para mudar o resultado do julgamento. Com isso, os magistrados avaliam que o cumprimento da pena poderá acontecer entre o fim de novembro e início de dezembro, antes que o debate eleitoral de 2026 ganhe força no país.


Publicação da CNN Brasil (Vídeo:reprodução/Youtube/CNN Brasil)

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, sinalizou que não aceitará mais recursos protelatórios, o que acelera a execução da pena. A prisão de Bolsonaro, que está atualmente em prisão domiciliar por outra investigação, ainda está indefinida quanto ao local, mas a Superintendência da Polícia Federal e o Centro Penitenciário da Papuda são cogitados.

Implicações políticas e desdobramentos futuros

A prisão de Bolsonaro pode ter grandes implicações políticas, especialmente com o clima eleitoral se aproximando. A defesa do ex-presidente, que alega falhas no processo e responsabiliza o julgamento por questões políticas, tentará adiar a execução da pena. No entanto, membros do STF indicam que não haverá espaço para postergar o cumprimento da sentença, mesmo que novos recursos sejam apresentados.

Esse julgamento, com a possibilidade de prisão em breve, torna-se um marco na história recente do Brasil, que enfrenta uma série de desafios políticos e sociais. Para o STF, o caso representa um precedente importante no combate à tentativa de ruptura democrática no país. A decisão final, que deve ocorrer dentro de poucos meses, será um dos maiores testes para a democracia brasileira nos últimos tempos.

Alexandre de Moraes libera Mauro Cid para ir ao aniversário da avó

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu nesta sexta-feira (24) autorização ao tenente-coronel Mauro Cid para comparecer à celebração do aniversário de 90 anos de sua avó materna. Cid cumpre reclusão em regime aberto, mas é monitorado por meio de tornozeleira eletrônica e está proibido de sair de casa nos fins de semana.

A festa está marcada para o próximo sábado, dia 1º de novembro, no Condomínio Solar de Athenas, em Sobradinho, na região administrativa do Distrito Federal. O tenente-coronel obteve autorização para participar do evento a partir das 18h e deverá manter a tornozeleira eletrônica como medida cautelar. 

Segundo a Agência Brasil, a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal deverá enviar um relatório de monitoramento eletrônico do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) em até 48 horas após o deslocamento, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes. 

“Ressalte-se o caráter provisório da presente decisão, que não dispensa o requerente do cumprimento das demais medidas cautelares a ele impostas”, informou Moraes. 

Extinção da punibilidade

Além do pedido de autorização para ir ao aniversário da avó, os advogados de Cid também apresentaram novamente, nesta sexta-feira (24), um pedido de extinção da pena do militar, em caráter humanitário e excepcional. Porém, Alexandre de Moraes não mencionou o pedido na autorização concedida. A defesa já havia feito esta solicitação em setembro, alegando cumprimento total da sanção. 


Em cumprimento de pena em regime aberto, o tenente-coronel precisa cumprir medidas cautelares (Foto: reprodução/X/@Metropoles)

O advogado Cesar Bittencourt alega que não há justificativa para manter as medidas cautelares de Mauro Cid, visto que já se cumpriram dois anos de prisão durante as investigações no processo da trama golpista. Por causa da delação premiada, a punibilidade deveria ser extinta, considerando que não há mais risco para as investigações ou para a instrução penal. 

Sentenças

No último dia 11 de setembro, a Primeira Turma do STF condenou, por 4 votos a 1, Jair Bolsonaro, Mauro Cid e outros seis réus pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.


Os ministros da Primeira Turma do STF formaram maioria para pena de dois anos de reclusão em regime aberto (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

A sentença aplicada no julgamento de Cid, no processo da trama golpista, foi de dois anos de prisão em regime aberto. 

O STF publicou, na última quarta-feira (23), o acórdão do julgamento do núcleo da trama golpista e, a partir disso, as defesas têm o prazo de cinco dias para recorrer, sendo 27 de outubro o prazo final. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a 27 anos de prisão.

Bolsonaro faz pedido de visita médica após piora dos soluços

Na última sexta-feira (10), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou um pedido de uma visita médica ao político para Alexandre de Moraes, ministro do Superior Tribunal Federal (STF). Jair Bolsonaro se encontra em estado de prisão domiciliar após descumprir as medidas cautelares impostas por Alexandre de Moraes, e está proibido de sair de casa, receber visitas e acessar o celular e redes sociais. 

O ex-presidente Bolsonaro já saiu de casa três vezes por razões médicas: duas primeiras saídas foram autorizadas pelo STF, e a última foi emergencial – e a defesa de Bolsonaro teve que explicar o porquê da saída. O pedido do dia 10 só entrou no sistema do STF nesta segunda-feira, dia 13 de outubro. 

Soluços e pressão baixa

O ex-presidente Jair Bolsonaro tem sofrido de soluços constantes, e seu estado médico se agravou nos últimos tempos. A crise de soluços tem ficado pior. Bolsonaro também tem tido episódios de pressão baixa e vômitos. O ex-presidente Bolsonaro foi levado às pressas para o hospital no dia 16 de setembro, após ter passado mal em casa.


Bolsonaro vai a hospital (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNNN Brasil)

O pedido protocolado pela defesa de Jair Bolsonaro na sexta-feira, dia 10 de outubro, pedia pressa para o atendimento médico. O pedido diziaO ingresso da profissional se faz necessário em razão do agravamento de episódios persistentes de soluço, motivo pelo qual pugna-se pela célere apreciação do presente pleito.

A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro 

O ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretou, no dia 18 de julho, que o ex-presidente Jair Bolsonaro iria utilizar uma tornozeleira eletrônica, e estava proibido de acessar redes sociais. No dia 03 de agosto, durante uma manifestação, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho de Jair Bolsonaro, fez uma ligação para o pai.

A ação foi vista como uma produção de conteúdo para redes sociais de terceiros, e um descumprimento das condutas estabelecidas pelo STF. Um dia depois, no dia 04 de agosto, o Ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. 

Ministro do STF Luiz Fux vota para absorver dois réus do 8 de janeiro por crimes contra a democracia

Luiz Fux, ministro do supremo tribunal federal, apresentou nesta quinta-feira (25) seus votos nos dois processos de réus acusados na participação nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro em 2023, ele defendeu Angélica Dumont Araújo acusada de ter participação nas invasões ao palácio do planalto e ao congresso, conforme ele já havia informado, as imagens não mostram que ela tenha danificado bens públicos, ainda dizendo que esses elementos condizem a denúncia da procuradoria-geral da República(PGR) apontando os crimes de associação.

Entenda a situação

Mesmo com as divergências de Fux, ainda assim a primeira turma do STF já formou maioria para a condenação a 14 de anos de prisão, nos termos do voto do relator, o ministro Alexandre de Moraes, os ministros entenderam que os dois réus executaram os crimes. A posição de Luiz é a mesma que ele adotou no julgamento da trama golpista quando a primeira turma tomou a decisão de condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro mais sete réus por cometer os cinco crimes, votando somente para condenar Braga Netto e o delator Mauro Cid por crimes contra o estado.

Ele havia considerado o STF incompetente para trabalhar no julgamento dos casos, utilizou argumentos usados no julgamento da ação relacionada a trama golpista, quando absolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda defendeu na ocasião o triplo da anulação do processo evolvendo essa situação.


Luiz Fux no dia 10 de setembro de 2025 trabalhando (Foto: reprodução/Evaristo SA/Getty Images Embed)


Luiz Fux

Luiz Fux é um jurista e professor universitário e magistrado brasileiro, foi ministro do TRE e atualmente é do STF, sendo ainda presidente da corte eleitoral entre fevereiro e agosto de 2018, ainda exercendo também o cargo de ministério do STJ, entre 2001 a 2011.

Ele pratica Jiu-jitsu, e é mestre na arte marcial, atingindo ao 8° grau faixa vermelha e branca concedida ao grão-mestre Osvaldo Alves de 9° grau, faixa vermelha também pratica musculação e toca guitarra, no período da cerimônia de posse de seu colega, então ministro Joaquim Barbosa como presidente da corte, subiu ao palco e cantou um dia de domingo.

Estado de saúde pode definir local de prisão de Bolsonaro

Jair Bolsonaro, recém condenado há 27 anos e 3 meses de reclusão por golpe de Estado, pode ter seu local de prisão definido por conta de diagnósticos de problemas de saúde. De acordo com a coluna do jornalista Paulo Cappelli no Metrópolis, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam melhor forma para cumprimento da pena do ex-presidente.

Apesar do recém-descoberto câncer de pele, segundo a coluna, a maior preocupação dos médicos, na verdade, é com o quadro na região abdominal de Bolsonaro, considerado delicado inclusive por especialistas que também atendem os magistrados da Corte. 

Definição do local da prisão

Desde que foi sentenciado como culpado pelos ministros que compõem a Primeira Turma do Supremo, no último dia 11 de setembro, os questionamentos sobre qual local Bolsonaro cumprirá a pena pairam no noticiário nacional. No entanto, essa decisão somente será tomada após a apreciação dos recursos e o trânsito julgado da ação penal sobre o crime de golpe de Estado. 


Logo após ter sido declarado culpado por golpe de Estado e outros quatro crimes pela Primeira Turma do STF, Bolsonaro foi diagnosticado com câncer de pele (Foto: reprodução/Arthur Menescal/Bloomberg via Getty Images Embed)


No entanto, de acordo com o jornalista Paulo Cappelli, o STF estudava enviar o ex-presidente para cumprir detenção em uma cela especial no presídio da Papuda, localizado em Brasília, a fim de demonstrar que não haveria privilégios por se tratar de um ex-presidente. 

Bolsonaro pode cumprir pena em prisão domiciliar

Nesse contexto, após avaliação dos médicos especialistas que identificaram e sinalizaram gravidade no quadro abdominal de Jair Bolsonaro, os magistrados da Corte avaliam a prisão domiciliar como a mais indicada dado os problemas de saúde do ex-presidente. 

Dessa forma, Alexandre de Moraes, relator do processo e responsável pela decisão do local da pena, avalia se ordenará diretamente prisão domiciliar, visto que o ex-presidente já se encontra preso em sua residência, ou se o enviará a uma cela especial e depois atenderá o pedido da defesa para estabelecer a condição anterior. 

Declarações patriotas do Presidente Lula repercutem mundialmente após discurso na ONU

Nesta terça-feira (23) a CNN Brasil noticiou a repercussão do discurso do presidente Lula em uma reunião da ONU. Desse modo, Luiz Inácio Lula da Silva, virou assunto quando se dirigiu indiretamente aos acontecimentos globais durante a 80° Assembleia Geral das Nações Unidas. Assim, com um discurso de 15 minutos, o presidente do Brasil conseguiu impressionar nações com sua forte opinião embasada no patriotismo.

Por esse motivo, o petista foi citado em vários veículos midiáticos, como o The Guardian, por exemplo, que atrelaram sua imagem a “uma defesa apaixonada pela democracia de seu país” . Além disso, o regente do Brasil, ganhou destaque ao utilizar a reunião para sair em defesa do multilateralismo, enfatizar a soberania nacional e criticar os conflitos em Gaza e na Ucrânia. Também vale ressaltar, que o presidente Lula reforçou sua desaprovação pela taxação dos EUA aos produtos brasileiros e sanções do país norte-americano aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Falas do presidente Lula dividem opiniões nas Americas

Com isso, o jornal estadunidense The New York Times declarou que o discurso do presidente Lula carregou um tom duro. Ou seja, a fala do chefe de Estado pareceu mirar diretamente em Donald Trump de acordo com o jornal novaiorquino. Sendo assim, o veículo estrangeiro interligou as declarações do petista como uma resposta às falácias anteriores do presidente dos Estados Unidos —que pediu a suspensão do processo criminal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se compartilha sua opinião em relação a disputa entre Israel e a Palestina (Vídeo: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


No entanto, a renomada gazeta argentina conhecida como Clarin, noticiou que o presidente atual do Brasil fez uma intensa defesa da democracia contra o acúmulo do autoritarismo global. Ademais, o veículo relembrou a fala de Lula em relação a falta de justificativa ao atual genocídio em Gaza. E ainda conforme a matéria do Clarin, o Chefe de Estado reforçou a opinião do Brasil em relação a ofensiva de Israel contra o domínio palestino depois do ataque cometido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.

Presidente Lula chama atenção em jornais Europeus

Já a folha espanhola do El País, enfatizou que o veterano na politicagem abordou as questões em seu discurso sem citar países ou nomes. Além disso, reforçaram a pauta do presidente brasileiro que alfinetou “ataques à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais” que “se tornaram a norma”.


Presidente Lula defende democracia brasileira em discurso para ONU (Vídeo: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


Para mais, o tradicional The Guardian afirmou que Lula expressou uma intercessão apaixonada pela democracia brasileira. Com isso, o periódico britânico alegou que a condenação recente de Bolsonaro, revelou para o mundo que “aspirantes a autocratas” podem ser detidos. Ademais, o noticiário citou que o discurso teve um tom indireto, porém inconfundível, para remeter as nuances das decisões do governo Trump. Sendo assim, na visão do jornal ficou clara uma alusão a tentativa de interferência no Judiciário Brasileiro que os EUA vem impondo no cenário atual.

Eduardo Bolsonaro ameaça relator do PL da Anistia

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) utilizou as redes sociais na tarde de sexta-feira (19) para criticar as recentes falas do também parlamentar Paulinho da Força (Solidariedade-SP), escolhido na quinta (18), pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), como relator do projeto de lei que discutirá o perdão aos condenados pela trama golpista. 

O filho do ex-presidente disse que um acordo que não contemple a anistia ampla, geral e irrestrita é “indecoroso e infame”. Ele pontuou ainda que “todo colaborador de um sancionado por violações de direitos humanos é passível das mesmas sanções”, referindo-se à imposição da Lei Magnitsky ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Relator Paulinho da Força descarta anistia total

Paulinho da Força declarou, na quinta-feira (19), que a anistia ampla, geral e irrestrita está fora de questão, priorizando um projeto meio-termo que diminua as penas aplicadas em oposição à sua completa extinção. A fala se deu poucas horas após sua oficialização como responsável pela escrita do projeto de lei que versará sobre um possível indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado e mais 4 crimes.


Eduardo Bolsonaro condena o recente posicionamento de Paulinho da Força (Vídeo: reprodução/YouTube/EDUARDO BOLSONARO)


Com passado metalúrgico e sindicalista em São Paulo, Paulo Pereira da Silva entrou na política nos anos 1980, filiando-se ao Partido dos Trabalhadores, mas depois deixou a legenda para integrar o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), antes de fundar o Solidariedade, em 2012. 

O deputado votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff em 2016, mas apoiou a campanha de Lula à presidência em 2022. Logo depois, ainda na época de transição de governo, afastou-se do governante por não se sentir devidamente contemplado na hora da distribuição de cargos e ministérios. Desde então, defende um presidente de centro-direita.

Paulinho da Força se coloca como um defensor do Supremo Tribunal Federal e do devido processo legal. Quando Bolsonaro se mostrou favorável ao voto impresso, em 2021, o deputado articulou sua base para defender as urnas eletrônicas. Mais recentemente, ele foi contrário a projetos de lei que facilitassem a intervenção do Congresso em decisões da Corte Constitucional e a destituição de seus ministros. Denunciado, em 2020, por desvio de verbas milionárias do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulinho da Força foi inocentado pelo STF em 2023. O fácil acesso e interlocução com a Corte foram, na avaliação de analistas, diferenciais para a escolha do ex-sindicalista como relator do referido projeto.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão

Com voto decisivo da ministra Cármen Lúcia, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 7 réus pela trama golpista. O colegiado estava encarregado de julgar o chamado núcleo central da tentativa de golpe, constituído por militares e membros do alto escalão do governo apontados como mentores intelectuais da ação.

Bolsonaro foi condenado por 5 crimes (organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado) que, juntos, poderiam resultar em mais de 40 anos de prisão. Com o cálculo da pena acordado no STF, no entanto, ele foi submetido a pouco mais de 27 anos de penas restritivas.

Lideranças como o líder do Partido Liberal na Câmara, Sóstenes Cavalcante, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, vinham articulando a anulação total das penas de Bolsonaro e companhia.

“Nem de esquerda, nem de direita”: relator do projeto de anistia diz que busca o meio-termo

O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) revelou hoje (18), de Brasília, que a conversa que teve nesta manhã com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se debruçou sobre uma anistia “meio-termo” aos condenados por tentativa de golpe de Estado. Ainda hoje, Paulinho da Força foi oficializado por Motta como relator do projeto de indulto e deve apresentar uma proposta em até duas semanas, segundo apuração do G1.

O parlamentar afirmou ainda que não sabe se o texto beneficiará o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão na semana passada.

Componente do chamado Centrão, Paulinho da Força possui interlocução com membros do Supremo Tribunal Federal (STF), sendo especialmente próximo de Alexandre de Moraes. Ele apoiou a campanha de Lula em 2022, mas se afastou do atual governante ainda na época de transição de governo, por considerar que seu partido, o Solidariedade, não teve o devido reconhecimento na hora da distribuição de cargos e ministérios. Desde então, defende um presidente de centro-direita.

Projeto avança com apoio da base governista

Após semanas de esforços da oposição pela votação do projeto de anistia no Congresso, Hugo Motta colocou ontem, para apreciação dos deputados, um regime de urgência para a votação do perdão, que pularia certas etapas formais e aceleraria o processo decisório.

A atitude de Motta pode ser entendida como uma reação à orientação de Lula para que o PT votasse contra a PEC da Blindagem, aprovada nesta terça (16). Entre outras medidas, o projeto de emenda constitucional previu que a condenação de um parlamentar só poderá ocorrer se aprovada pela Casa de que ele faz parte.

No dia seguinte, o requerimento de urgência da anistia foi aprovado por 311 votos, frente a 163 contrários e 7 abstenções. Uma parcela expressiva dos votos favoráveis se deveu à base governista, isto é, a partidos, como o MDB e PSD, que possuem cargos ministeriais no governo Lula. Isso ocorreu mesmo diante de ameaças, por parte de integrantes petistas do governo, de que as legendas cujos deputados votassem favoravelmente à urgência do projeto teriam seus cargos retirados.


Escolhido como relator do PL da Anistia, Paulinho da Força (Solidariedade-SP) conversa com jornalistas (Vídeo: reprodução/Youtube/Câmara dos Deputados)


Há duas semanas, no mesmo dia que começou o julgamento de Jair Bolsonaro pela trama golpista, as siglas União Brasil e Progressistas se retiraram da base aliada do governo.

As recentes movimentações sugerem uma fragilização do apoio governista na Câmara. Senado e o STF, no entanto, continuam desfavoráveis a um projeto de anistia, assim como o presidente Lula.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão

Com o voto decisivo da ministra Cármen Lúcia, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 7 réus pela trama golpista. O colegiado estava encarregado de julgar o chamado núcleo central da tentativa de golpe, constituído por militares e membros do alto escalão do governo apontados como mentores intelectuais da ação.

Bolsonaro foi condenado por 5 crimes (organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado) que, juntos, poderiam resultar em mais de 40 anos de prisão. Com o cálculo da pena acordado no STF, no entanto, ele foi submetido a pouco mais de 27 anos de penas restritivas.

Embora lideranças como o líder do Partido Liberal na Câmara, Sóstenes Cavalcante, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, tenham tentado articular um projeto de anistia ampla, geral e irrestrita (que resultaria na anulação total das penas de Bolsonaro e companhia), o futuro parece, ao menos por enquanto, ser mais doloroso com os golpistas.