Sobre Mateus Pessoa

Mateus é formado em Tecnologia da Informação pela Uninassau e atualmente estuda Jornalismo na Estácio de Sá. Ele iniciou sua carreira em produção audiovisual em 2022, trabalhando em um projeto para a Stellantis, a gigante automotiva multinacional que detém marcas como Jeep, RAM, Fiat e Peugeot.

“A pior de todos os tempos”: Trump critica imagem de capa da Time em meio a elogios por Gaza

Em um episódio que mescla vaidade pessoal e o intrincado relacionamento com a mídia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou sua plataforma Truth Social na terça-feira (14) para emitir uma crítica surpreendentemente direcionada à sua própria imagem de capa na revista Time. Embora a reportagem principal da edição o elogiasse por uma significativa conquista diplomática, o foco do líder americano recaiu sobre a fotografia escolhida, que ele classificou como “a pior de todos os tempos”.

A edição em questão, cuja capa estampa o título “O triunfo dele” e destaca “O líder que Israel precisava” e “Como Gaza se recupera”, celebra o papel decisivo do republicano na intermediação do cessar-fogo em Gaza, que foi iniciado na semana passada e já resultou na libertação de todos os reféns vivos. No entanto, mesmo diante de um título tão lisonjeiro, Trump demonstrou insatisfação com o visual apresentado.

Trump critica foto publicada

“A revista Time escreveu uma matéria relativamente boa sobre mim, mas a foto pode ser a pior de todos os tempos”, escreveu o presidente em sua rede social. O cerne de sua queixa reside nos detalhes da imagem, que, segundo ele, teriam  “desaparecido” com seu cabelo, substituindo-o por algo que “parecia uma coroa flutuante, mas extremamente pequena. Muito estranho!”, completou.

Conhecido por sua atenção meticulosa à imagem pública, o presidente americano expressou um descontentamento particular com o ângulo da foto. “Eu nunca gostei de tirar fotos de ângulos inferiores, mas esta é uma foto super ruim e merece ser criticada”, declarou, questionando em tom de desconfiança:  “O que eles estão fazendo, e por quê?”, continuou. A reação de Trump não é inédita, refletindo seu histórico de atrito com veículos de imprensa, mesmo quando o conteúdo das matérias lhe é favorável.


Publicação da capa de Trump pela revista Time (Foto: reprodução/X/@TIME)

Capa da Time gera repercussão global

A controvérsia em torno da capa de uma das mais influentes revistas americanas rapidamente ganhou repercussão internacional e nas redes sociais, com observadores interpretando o episódio como mais um capítulo na relação complexa e por vezes turbulenta do republicano com a imprensa.

Enquanto a reportagem da Time projeta o acordo de Gaza como uma potencial “conquista marcante” de seu segundo mandato, a crítica do presidente desvia o foco do sucesso diplomático para a estética da representação, reforçando a natureza combativa de sua interação com o jornalismo. A revista Time, até o momento, não se pronunciou sobre as críticas.

Milei publica bilhete de Trump e celebra amizade: “Meu amigo, um grande presidente”

O cenário político sul-americano e as complexas relações internacionais voltaram ao centro das atenções com o encontro de alto nível entre o presidente argentino, Javier Milei, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, nesta terça-feira (14). A reunião, que aconteceu cerca de uma semana após Washington concordar em conceder um pacote de apoio financeiro significativo à Argentina, consolidou a parceria ideológica e estratégica entre os dois líderes.

Após o encontro no Salão Oval, o presidente argentino recorreu à rede social X para destacar a proximidade com o republicano. Milei publicou uma fotografia sorridente ao lado de Trump, acompanhada de um bilhete manuscrito e assinado pelo presidente americano, que o chamava de “amigo” e o elogiava como um “grande presidente”. A legenda da postagem reforçava a sintonia ideológica, combinando o famoso slogan de Trump, MAGA (Make America Great Again), com o lema do próprio Milei, “VLLC” (¡Viva la libertad, carajo!).

Ajuda bilionária dos EUA à Argentina reforça aliança estratégica

A visita de Milei aos EUA teve como principal objetivo discutir os detalhes da ajuda financeira prometida por Washington. O apoio, anunciado na semana passada pelo Secretário do Tesouro, Scott Bessent, virá por meio de um swap cambial com o Banco Central argentino, totalizando US$ 20 bilhões. A injeção de capital é vista como um movimento crucial para estabilizar a economia argentina e suas reservas cambiais, especialmente antes das eleições legislativas no país. Segundo fontes da Casa Branca, a decisão atípica de intervir no exterior visa estabilizar um aliado-chave na região e sustentar a agenda econômica ultraliberal de Milei.

Durante o almoço com o presidente argentino, Trump teceu comentários que expandiram o escopo da discussão para o contexto sul-americano. O presidente americano defendeu o apoio à Argentina, argumentando que o sucesso do país vizinho serviria de exemplo e que muitos outros já estão seguindo. O apoio não é incondicional: a imprensa americana relatou que Trump teria condicionado a continuidade da ajuda ao desempenho eleitoral de Milei nas próximas legislativas, ressaltando que investimentos são tratados de forma diferente quando se trata de um governo socialista.


Publicação de Milei sobre bilhete de Trump, que o chama de amigo (Foto: reprodução/X/@JMilei)


Trump cita conversa com Lula

Em uma nota diplomática que chamou a atenção, Trump mencionou sua recente boa conversa com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Embora Milei e Lula sejam adversários políticos, o comentário de Trump sobre o Brasil sugeriu um esforço para manter canais abertos na região.
Apesar de enfrentar críticas internas nos EUA, especialmente de agricultores norte-americanos, que apontam para o redirecionamento das compras de soja da China para a Argentina, o governo Trump demonstra interesse em fortalecer laços estratégicos. Questionado sobre a possibilidade de um acordo de livre comércio com a Argentina, Trump não descartou a ideia, afirmando que é possível, o que sinaliza um aprofundamento da relação bilateral para além da crise econômica. O pacote de ajuda e o apoio político de Trump, portanto, representam um forte endosso à administração Milei em um momento de extrema fragilidade econômica e política.

Reconhecimento diplomático: Israel anuncia maior honraria civil a Donald Trump

O cenário político e diplomático internacional ganhou destaque nesta segunda-feira (13), com o anúncio de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será agraciado com a Medalha de Honra Presidencial Israelense, a maior honraria civil concedida pelo Estado judeu. O reconhecimento, oficializado pelo presidente de Israel, Isaac Herzog, é uma resposta direta à atuação de Trump na mediação que culminou no atual acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, e na iminente libertação dos reféns mantidos em cativeiro em Gaza por mais de dois anos.

A notícia foi divulgada em paralelo à chegada de Trump a Israel na manhã desta segunda-feira, marcando o início de uma breve, mas intensa, visita ao país. A Medalha de Honra Presidencial, que já foi concedida a figuras de destaque internacional como o ex-presidente dos EUA Barack Obama em 2013, é reservada a indivíduos que demonstraram uma “contribuição extraordinária ao Estado de Israel ou à humanidade”.

Trump será homenageado por papel decisivo em acordo de cessar-fogo

Em um comunicado oficial, o presidente Herzog enfatizou a relevância dos esforços do líder americano: “Por meio de seus esforços incansáveis, o presidente Trump não apenas ajudou a trazer nossos entes queridos para casa, mas também lançou as bases para uma nova era no Oriente Médio, construída com base na segurança, cooperação e esperança genuína por um futuro pacífico”. Herzog classificou como uma “grande honra” a futura entrega da comenda.

O papel de Donald Trump foi classificado como “central nas negociações” que garantiram o acordo de cessar-fogo e a prometida libertação dos reféns israelenses. Contudo, apesar do peso do anúncio, a cerimônia de entrega da medalha não ocorrerá de imediato. O presidente Herzog informou que Trump será notificado sobre a premiação durante sua visita e a receberá formalmente “nos próximos meses“.


Donald Trump no Knesset, o Parlamento de Israel (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Agenda internacional e clima de incerteza

A agenda do Trump em Israel inclui um discurso no Parlamento (Knesset) e encontros com familiares dos reféns, antes de seguir viagem para o balneário de Sharm el-Sheikh, no Egito. Lá, ele participará de uma cúpula com mais de 20 líderes internacionais, onde está prevista uma declaração formal sobre o fim da guerra em Gaza.

Apesar do otimismo de Trump, que no domingo, ao embarcar na Base Aérea de Andrews, declarou que “a guerra terminou“, a afirmação ainda paira sob o signo da incerteza. Segundo fontes próximas às negociações, Israel e Hamas continuam a ter divergências em relação aos termos finais do conflito, sugerindo que o fim das hostilidades, embora iminente, ainda não está totalmente consolidado. A condecoração, portanto, celebra uma etapa crucial de um processo de paz ainda em curso.

Trama Golpista: Supremo coloca núcleo de desinformação no banco dos réus

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (14), o julgamento do chamado “Núcleo 4” da mega investigação que apura a tentativa de golpe de Estado supostamente orquestrada após as eleições de 2022. As sessões, que se estenderão por esta e a próxima semana — nos dias 14, 15, 21 e 22 de outubro —, marcam a estreia do ministro Flávio Dino na presidência da Primeira Turma.

O grupo, formado por sete réus, é formalmente acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter atuado na disseminação orquestrada de desinformação com o objetivo explícito de minar a credibilidade do sistema eleitoral brasileiro e das urnas eletrônicas perante a opinião pública. A PGR, em suas alegações finais apresentadas no início deste mês, solicitou a condenação de todos os envolvidos, sustentando que eles agiram em coordenação direta com o “núcleo central” da organização criminosa, apontado como sendo liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Acusações detalhadas e o papel da Abin

De acordo com o Ministério Público, a meta principal deste núcleo era “enfraquecer as instituições democráticas”, tornando-as questionáveis perante a população. A acusação é grave e aponta que os réus teriam, inclusive, utilizado a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para potencializar a divulgação de notícias falsas sobre o processo eleitoral. Em resposta, todos os réus enviaram alegações finais ao Supremo, nas quais negaram todas as acusações.

Este será o segundo núcleo da trama a ser submetido a julgamento pela Primeira Turma do STF. Em um precedente recente de grande impacto, a mesma Turma já condenou em setembro o ex-presidente Bolsonaro e outros sete integrantes do Núcleo 1 pela tentativa de golpe de Estado, reforçando a linha dura do colegiado.


Matéria sobre o julgamento do núcleo 4 da trama golpista de 2022 (Vídeo: reprodução/YouTube/Metrópoles)

Flávio Dino assume a presidência

Uma novidade procedural de destaque neste julgamento é a condução dos trabalhos pelo ministro Flávio Dino. Por força da regra de rotatividade interna do STF, Dino assumiu a presidência da Primeira Turma no dia 1º de outubro, sucedendo o ministro Cristiano Zanin. Caberá a ele a responsabilidade de gerir as sessões, abrindo e encerrando os trabalhos, além de garantir a disciplina e o respeito aos tempos de fala estipulados para advogados, partes e os demais ministros.

A sessão inaugural desta terça-feira terá como marco inicial a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Em seguida, o plenário dará voz à PGR e aos advogados de acusação, para então iniciar a fase de votos dos ministros. O rol de réus do Núcleo 4 inclui figuras de patente militar, como o coronel Reginaldo Vieira de Abreu e o major da reserva Ailton Gonçalves Moraes Barros, além de civis como Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL), e um policial federal. As decisões deste julgamento são aguardadas com intensa expectativa, podendo consolidar a jurisprudência do Supremo sobre a desinformação como instrumento de subversão da ordem democrática.

YouTube lidera consumo em TVs Conectadas no Brasil

O YouTube consolidou sua posição como a plataforma de streaming mais assistida em TVs conectadas (CTVs) no Brasil em 2025, um marco que reflete a profunda transformação nos hábitos de consumo de vídeo da população. A notícia foi revelada durante o evento Brandcast 2025, onde a vertical de vídeos do Google divulgou dados da pesquisa Cross Platform View, realizada pela Kantar IBOPE Media.

De acordo com o levantamento, o YouTube alcançou uma participação de 56% nas residências com pessoas maiores de 18 anos, estabelecendo-se como o player dominante no ambiente da tela grande. O estudo aponta para uma mudança significativa no comportamento da audiência brasileira: pela primeira vez, o consumo via TV conectada superou o realizado em smartphones.


App do YouTube na Smart TV (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Onfokus)

Atualmente, mais de 80 milhões de brasileiros já acessam o vasto catálogo de conteúdo da plataforma diretamente pela televisão. Em apenas três anos, a participação da TV conectada saltou de 41% para impressionantes 53%, sublinhando a preferência do público por uma experiência de visualização mais imersiva e, frequentemente, coletiva.

Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, comentou sobre o fenômeno, ressaltando o desejo crescente dos usuários: “Cada vez mais os brasileiros desejam assistir ao conteúdo do YouTube também por meio da TV, levando a personalização para uma experiência coletiva.

Novas soluções de publicidade e monetização para criadores

A liderança na audiência nas TVs conectadas vem acompanhada de uma ofensiva no campo da publicidade e do e-commerce. Durante o Brandcast, a plataforma apresentou uma série de soluções inovadoras visando capitalizar o tráfego e o engajamento na TV.

Um dos destaques é o Shoppable CTV, com lançamento previsto no Brasil até o final de 2025. Essa ferramenta permitirá ao público adquirir produtos diretamente na tela da TV ou, alternativamente, enviar os itens de interesse para o celular, facilitando a jornada de compra sem interromper a visualização. Complementando essa estratégia de shoppable video, o Shoppable Masthead oferecerá às marcas a oportunidade de destacar produtos em anúncios de vídeo imersivos.


Post sobre a ascenção do YouTube em SmartTV's (Foto: reprodução/X/@CNNBrasil)

No que tange à otimização da entrega de anúncios, o YouTube anunciou o Peak Points, uma solução baseada em inteligência artificial que identifica e posiciona ads nos momentos de maior atenção do espectador. Marco Bebiano, diretor de negócios de diversos segmentos do Google Brasil, salientou que essas inovações representam um novo patamar na relação entre marcas e consumidores. “Essas novidades oferecem às marcas formas de se conectarem com a audiência de maneira mais integrada e orgânica, aproveitando os picos de atenção em cada conteúdo,” afirmou.

Fortalecendo o ecossistema de criadores

O evento também reforçou o compromisso da plataforma com seus criadores de conteúdo. Patricia Muratori, diretora do YouTube na América Latina, classificou os creators como “as novas startups do entretenimento“, destacando a relação autêntica e de confiança que estabelecem com suas audiências.

Para ampliar as oportunidades de receita deste ecossistema, o YouTube planeja lançar, em 4 de novembro, o Programa de Afiliados do YouTube Shopping. A iniciativa permitirá que os criadores marquem e promovam produtos de varejistas parceiros, como Mercado Livre e Shopee, em seus vídeos e, notavelmente, nos Shorts. Esta expansão da monetização por afiliação é um passo estratégico para consolidar a plataforma não apenas como um hub de entretenimento, mas também como um motor significativo para o comércio eletrônico no país.

Crescimento Otimista em 2025: Moody’s prevê PIB do Brasil em 2,5%

A agência de risco Moody’s Analytics surpreendeu o mercado ao revisar para cima a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2,5% em 2025. O otimismo, detalhado em relatório sobre a América Latina divulgado nesta quarta-feira (8), coloca a agência com uma perspectiva ligeiramente mais positiva do que o consenso de mercado, atualmente em 2,16% conforme o último Boletim Focus.

A performance econômica brasileira, que a agência classifica como “melhor do que o esperado neste ano”, é atribuída primariamente a dois pilares de sustentação: um mercado de trabalho robusto e a força da moeda nacional, o Real. Segundo a Moody’s Analytics, esses fatores têm sido os principais motores do consumo privado, injetando dinamismo na economia.

Projeção para 2026 e o impacto da Selic

Apesar do cenário favorável para o ano corrente, o horizonte se mostra mais cauteloso para 2026. A agência projeta uma desaceleração do crescimento do PIB brasileiro, que deve recuar para 1,8%. Essa previsão está intimamente ligada à manutenção de uma política monetária restritiva.

O relatório aponta que a persistência das atuais restrições monetárias, somada à tradicional cautela do ciclo eleitoral, deve impactar negativamente o investimento. A expectativa do mercado, inclusive a sinalizada pelo Banco Central, é que a taxa básica de juros, a Selic, seja mantida em um patamar elevado de 15% por um “longo período”, mesmo após o encerramento do ciclo de alta. Esse cenário de juros altos tende a frear o ímpeto da economia a médio prazo.


Matéria sobre a previsão de crescimento do PIB no Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/InfoMoney)

América latina mostra resiliência, mas abaixo do potencial

O olhar da Moody’s Analytics se estende para toda a América Latina, que demonstrou resiliência ao longo de 2025. A região, apesar de enfrentar desafios como a inflação, taxas de juros elevadas e incertezas globais (incluindo tarifas dos Estados Unidos), projeta um crescimento de 2,3% em seu PIB regional. No entanto, a agência classifica esse número como “abaixo do potencial” da região.

A partir deste mês, a América Latina entra oficialmente em uma temporada eleitoral, começando pela Argentina em outubro e Chile em novembro. Esse fator político é considerado crucial, devendo influenciar consideravelmente os rumos econômicos regionais. Seguindo a tendência brasileira, a projeção é que a região também registre um recuo em 2026, com o crescimento do PIB caindo para 2%. A agência adverte que as incertezas continuarão a ser um desafio adicional, especialmente para o México, devido à sua forte dependência comercial dos EUA.

Vizinhança em Foco: Argentina e Chile

A análise detalhada dos vizinhos revela cenários contrastantes e complexos. Na Argentina, a economia sofreu uma deterioração após o governo de Javier Milei suspender os controles de capital, levando a uma corrida cambial e desvalorização acentuada do peso. Apesar do aumento nas taxas de juros ter prejudicado o consumo e o investimento, a Moody’s Analytics surpreendentemente projeta um crescimento de 4,5% neste ano e de 3,6% em 2026. Contudo, o relatório levanta preocupações sobre a governabilidade de Milei, que, segundo pesquisas, pode não obter maioria simples no Congresso. Isso poderia levar o mercado a desacreditar na continuidade das reformas fiscais e dificultar o avanço de sua agenda econômica.

Já no Chile, o cenário é de crescimento econômico desacelerado e mercado de trabalho enfraquecido. A deterioração da situação fiscal está frustrando os eleitores e deve dominar o debate nas campanhas presidenciais. Os analistas veem um cenário que “favorecerá coalizões da direita”, que podem assumir o controle da presidência e da Câmara dos Deputados, o que é visto como um “risco positivo para as perspectivas de finanças públicas e do investimento público”. A projeção para o PIB chileno é de 2,5%, impulsionada pela alta do cobre e uma política monetária mais flexível, desacelerando para 2% em 2026.

Relator define: manifestações de Eduardo Bolsonaro não configuraram quebra de decoro

O deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG), relator do processo disciplinar contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, votou nesta quarta-feira (8) pelo arquivamento do pedido de cassação. O parecer preliminar, lido na sessão, concluiu que a representação movida contra o parlamentar carece de sustentação fática e jurídica, recomendando que o caso seja encerrado sem a abertura de um processo formal.

O processo contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro foi motivado por uma representação que o acusava de quebra de decoro parlamentar, alegando que ele teria atuado em favor de sanções dos Estados Unidos contra o Brasil com o objetivo de “desestabilizar instituições republicanas”.

Relator aliado de Bolsonaro rejeita responsabilização

No entanto, o relatório de Freitas, que é publicamente conhecido por ser um aliado da família Bolsonaro, rechaçou essa premissa. O documento argumenta que a representação comete um “erro de raciocínio” ao tentar responsabilizar um deputado brasileiro por ações que são de exclusiva soberania de um país estrangeiro. “A decisão de um país estrangeiro de adotar ou não sanções econômicas, diplomáticas ou políticas é, em essência, ato de soberania”, declarou o relator em seu parecer.

O deputado do União-MG sustentou que a alegação de que Eduardo Bolsonaro seria o responsável por eventuais medidas coercitivas dos EUA é “factualmente insustentável e juridicamente improcedente”. Para Freitas, a representação confunde “atos de Estado soberano com manifestações individuais de natureza política”. Ele enfatizou que imputar a um parlamentar a responsabilidade por um ato dessa natureza representaria uma “ignorância ao princípio fundamental do Direito Internacional Público”, que reconhece a autonomia de cada Estado para tomar suas próprias decisões.


Trecho da fala de Marcelo Freitas no Conselho de Ética da Câmara (Vídeo: reprodução/YouTube/globonews)

Relator defende atuação de Eduardo Bolsonaro

Além disso, o relator defendeu a legitimidade das ações do deputado, argumentando que a prática de recorrer a organismos internacionais para expressar críticas a governos não constitui quebra de decoro, especialmente por parte de parlamentares de oposição. “Em democracias consolidadas, parlamentares de oposição frequentemente recorrem a organismos internacionais para expor visões críticas sobre políticas internas, sem que isso seja interpretado como ato de traição ou quebra de decoro”, destacou Freitas.

Após a leitura do voto favorável ao arquivamento, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) solicitou pedido de vista, adiando a deliberação do Conselho de Ética. A expectativa é que o relatório seja levado à votação do colegiado já na próxima semana. Caso o parecer de Freitas seja rejeitado, o processo será reencaminhado a um novo relator. Se aprovado, o arquivamento ainda poderá ser contestado via recurso no Plenário da Câmara, conforme o regimento interno da Casa. O destino do mandato de Eduardo Bolsonaro agora está nas mãos dos demais membros do Conselho.

Tragédia em SP: restaurante ligado ao chef Fogaça desaba

Uma tragédia abalou o bairro da Bela Vista, região central de São Paulo, na tarde desta quarta-feira (8), quando o teto do restaurante Jamile desabou, resultando em uma morte e deixando pelo menos sete pessoas feridas. O estabelecimento é conhecido por ter o cardápio assinado pelo renomado chef e jurado do programa “MasterChef”, Henrique Fogaça.

O incidente, que ocorreu por volta das 12h30, mobilizou imediatamente equipes do Corpo de Bombeiros. No horário da ocorrência, o restaurante ainda não estava aberto para o público, e todas as vítimas eram funcionários do Jamile. A ação de resgate foi intensa e resultou, inicialmente, no atendimento e hospitalização de quatro pessoas. Destas, uma foi encaminhada em estado grave, porém consciente, enquanto outras duas precisaram de socorro por estarem em estado de choque. Oito vítimas foram inicialmente reportadas.

Corpo de Bombeiros confirma morte

Infelizmente, por volta das 15h, a corporação confirmou o pior: uma mulher que estava soterrada não resistiu aos ferimentos, vindo a óbito no local. Sua identidade não foi imediatamente divulgada. As buscas e os procedimentos de resgate continuaram para garantir que não houvesse mais vítimas sob os escombros.

A causa exata do colapso estrutural está sendo investigada pelas autoridades competentes. Inicialmente, o Corpo de Bombeiros levantou a hipótese de uma explosão, possivelmente originada no sistema de gás da cozinha. A capitã Karol Burunsizian, em declaração, afirmou que a cinemática do acidente indicava uma explosão, mas ressaltou a necessidade de um laudo pericial conclusivo.


Momento da explosão capturado por câmera (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Funcionária contesta hipótese de explosão

Entretanto, uma funcionária do restaurante, que preferiu não se identificar, contestou a possibilidade de vazamento de gás. Em depoimento, ela levantou a suspeita de que o problema fosse estrutural, alegando que o mezanino do restaurante, área que desabou, já apresentava rachaduras antes do ocorrido. O desabamento do mezanino, juntamente com o forro do teto, foi o que causou o maior impacto, atingindo áreas de serviço e balcão.

O empresário Henrique Fogaça, apesar de ter o cardápio da casa sob sua assinatura, não é sócio ou proprietário do Jamile. Sua assessoria de imprensa informou que ele está acompanhando o caso de perto, mesmo estando fora do país, e dando suporte total à apuração dos fatos. A comunidade gastronômica de São Paulo aguarda o resultado da perícia para entender o que levou a essa fatalidade em um dos seus pontos mais conhecidos. O restaurante ficou completamente danificado e as investigações sobre as condições do imóvel e as responsabilidades pelo acidente estão em andamento.

Declaração de Eduardo Bolsonaro gera pedido de inelegibilidade por Erika Hilton

A polarização política no Brasil ganhou um novo e intenso capítulo nesta segunda-feira (06), com a formalização de um pedido de inelegibilidade contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), impetrado por sua colega de parlamento, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP). O centro da controvérsia é uma declaração feita por Eduardo Bolsonaro em suas redes sociais, na qual ele condiciona a realização das próximas eleições gerais à concessão de anistia.

A solicitação, encaminhada à Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), tem como base a fala de Eduardo Bolsonaro, publicada na última quinta-feira (2) na rede social X, onde ele afirmou categoricamente: “sem anistia, não haverá eleições em 2026”. A afirmação, vista por muitos como uma ameaça velada ao processo democrático, foi proferida no contexto do debate sobre a flexibilização das penas de condenados por atos antidemocráticos, um projeto apelidado de PL da Dosimetria e relatado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP).

Alegação de ameaça à democracia

O deputado do PL, filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro, usou sua plataforma digital para criticar a proposta de revisão das penas. Para ele, o projeto, que busca uma modulação das sentenças aplicadas aos invasores da Praça dos Três Poderes, em vez de uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, “soa como suavizar a vida de ditadores”. Na sua interpretação, apenas uma anistia completa seria a verdadeira “defesa tolerável da democracia”, insinuando que a ausência desta medida poderia desencadear uma crise institucional que inviabilizaria o pleito de 2026.

A deputada Erika Hilton classificou a postura de Eduardo Bolsonaro como “inaceitável” e uma ameaça grave à ordem constitucional. Seu pedido à PGE não se limita à inelegibilidade do parlamentar. Hilton também pleiteou o bloqueio dos salários de seus assessores e das verbas de gabinete, questionando a manutenção da estrutura. Ela sublinhou a discrepância de o deputado manter um gabinete na Câmara “no qual 9 assessores recebem, mensalmente, 132 MIL reais” enquanto faz tais declarações contra a estabilidade democrática.


 

 

Post de Erika Hilton em sua rede social (Foto: reprodução/X/@ErikakHilton)

Ausência no país e outras pendências

O contexto se torna mais complexo devido à situação funcional de Eduardo Bolsonaro. Desde março, o parlamentar reside nos Estados Unidos, para onde se mudou após pedir um afastamento temporário do cargo. Na época, sua justificativa para a licença sem vencimentos era a dedicação integral à busca de “devidas sanções aos violadores de direitos humanos”.

Contudo, o prazo de afastamento expirou em 20 de julho, e desde então, o deputado tem acumulado faltas não justificadas, abrindo a possibilidade de perda do mandato. O deputado já é alvo de uma representação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética, apresentada pelo PT, que questiona sua atuação no exterior e pede sua possível cassação.

Eduardo Bolsonaro, por sua vez, atribui sua permanência fora do país a uma suposta “perseguição do ministro Alexandre de Moraes”, do Supremo Tribunal Federal (STF), que, segundo ele, o impediria de retornar ao Brasil sem correr riscos legais. Este novo pedido de inelegibilidade, somado às pendências de seu mandato e à sua ausência prolongada, adiciona pressão significativa sobre o deputado e promete aquecer o debate político e jurídico nas próximas semanas.

A Fazenda 17: Rayane Figliuzzi define alvo na roça

A formação da roça dessa semana em A Fazenda 17 promete agitar o celeiro, e a Fazendeira da semana, Rayane Figliuzzi, já tem sua indicação definida. Em uma conversa franca com outros participantes na tarde desta segunda-feira (6), a influenciadora digital revelou que o alvo de seu voto é o peão Shia Phoenix, motivada pelo que classificou como um “comportamento explosivo” apresentado por ele recentemente no reality show.

A namorada do cantor Belo não poupou críticas e utilizou palavras fortes para descrever sua aversão ao colega de jogo. “Eu tomei ranço já. Não consigo nem olhar”, declarou Rayane, evidenciando que sua decisão não se trata apenas de estratégia, mas de uma repulsa genuína às atitudes de Shia dentro da casa.

Rayane expõe motivos para indicar Shia à roça

Durante o bate-papo com Martina Sanzi e Walério Araújo, Rayane detalhou os motivos que a levaram a cravar o nome de Shia Phoenix para a berlinda de terça-feira (7). Segundo a Fazendeira, o estopim para a decisão foram os incidentes ocorridos após a última festa, onde Shia teria apresentado um comportamento agressivo, apesar de negar.

“Eu estou me baseando pelas coisas de ontem. Ele me disse que não falou falas agressivas [depois da festa]. Mas ele já falou…”, pontuou Rayane.

A Fazendeira relembrou episódios anteriores para sustentar sua argumentação, citando momentos em que o peão teria expressado violência verbal. Ela mencionou a ocasião em que Shia teria falado em “amassar a cabeça” de Dudu Camargo e, em outro momento, manifestado ódio por pessoas preguiçosas e “vontade de bater nas pessoas”. A Fazendeira frisou que sua avaliação é baseada no que ela tem presenciado dentro do jogo, e não em informações externas.


Resumo sobre o comentário da Rayane na fazenda 17 (Vídeo: reprodução/YouTube/Casal das Noticias)

Rayane se irrita com comparações

“Não estou me baseando pelas coisas que contaram lá de fora, estou vendo aqui dentro… Isso aqui é um jogo! Eu tomei ranço já. Não consigo nem olhar”, reiterou Rayane, mostrando-se irredutível.

Um ponto que elevou a irritação da Fazendeira foi o fato de Shia ter comparado o seu descontrole após a festa com uma atitude anterior de Rayane, que jogou água no rosto de outra participante, Yoná Sousa. “Toda hora que acontece alguma coisa, sempre é sobre mim… A pessoa quebra a despensa toda”, reclamou Rayane, condenando a falta de autocontrole de Shia.

Rayane Figliuzzi concluiu sua análise com um alerta sobre o comportamento em confinamento: “Não pode! Está em um reality, não sabe beber, fique sem beber. Acha que é normal, não é normal”. Com a indicação de Rayane Figliuzzi praticamente selada, a expectativa se volta agora para a dinâmica da votação, que promete esquentar os ânimos e definir mais um trio que disputará a permanência no reality show rural da TV Record.